sábado, 19 de fevereiro de 2011

Curta cearense concorre a 'oscar' brasileiro


O curta metragem cearense “Céu Limpo”, dirigido por Duarte Dias e Marcley de Aquino, está perto de ganhar o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Se em território internacional, o prêmio mais desejado no mundo do cinema é o Oscar, no Brasil, a mesma expectativa está relacionada ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Entre os dez melhores do país, o filme vai passar pela votação dos associados para definir o grande vencedor. A produção se baseia no conto homônimo do escritor cearense Eduardo Campos e já passou por 18 festivais brasileiros, recebendo nove premiações, entre melhor filme, melhor ator e melhor atriz, no Festival Latino Americano de Curtas de Paranapiacaba-SP.

O curta de 15 minutos conta o drama de Leôncio (Démick Lopes) e Chica (Samya de Lavor), que vivem inseridos em uma realidade cruel, mas utilizam a esperança como principal aliada.

Premiações de ‘Céu Limpo’:
Melhor Atriz no Festival de Cinema de Maringá 2010
Melhor Curta do eixo Ceará, Piauí e Maranhão no Festival de Jericoacoara Cinema Digital 2010
2º Lugar na Categoria Ficção no Festival de Vídeo de Teresina 2009
Melhor Roteiro em Vídeo no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2010
Melhor Filme no CINEAMOR 2010
Melhor Ator no Curta Neblina – Festival Latino Americano de Curtas de Paranapiacaba 2009
Melhor Atriz no Curta Neblina – Festival Latino Americano de Curtas de Paranapiacaba 2009
Melhor Filme no Curta Neblina – Festival Latino Americano de Curtas de Paranapiacaba 2009
Melhor Fotografia Digital no Curta Neblina – Festival Latino Americano de Curtas de Paranapiacaba 2009

Com informações da Agência da Boa Notícia

Fonte: Blog da Janga 

Lançamento de livro sobre Sivuca reúne parentes e admiradores do sanfoneiro

O livro, escrito por Flávia Barreto e pelo jornalista Fernando Gasparini, enfoca o período de dez anos que o artista viveu em Pernambuco

Da Redação do pe360graus.com

O livro "Sivuca e a Música do Recife" foi lançado na última sexta-feira (18), na Casa da Cultura. A festa teve música e exposição de fotos do artista. O evento reuniu amigos, parentes e admiradores do instrumentista que nasceu em Itabaiana, na Paraíba, mas encontrou na Capital de Pernambuco o ambiente ideal para desenvolver o talento e se consagrar como um dos maiores sanfoneiros do Brasil.

“Sivuca foi um gênio. Para mim, como pessoa humana também. Uma pessoa muito compreensiva, amiga, leal e como músico eu não tenho o que dizer”, afirma o maestro Clóvis Pereira.

O livro, escrito pela filha única de Sivuca, Flávia Barreto (foto 3), e pelo jornalista Fernando Gasparini, enfoca o período de dez anos entre 1945 e 1955. “Na época de Sivuca, as rádios tinham orquestras. Sivuca só é Sivuca porque Recife é Recife”, diz o jornalista Fernando Gasparini.

De acordo com a socióloga, Flávia Barreto, filha de Sivuca, esse é um trabalho inicial. Mas há uma biografia ainda a ser lançada. “A biografia abarca toda a trajetória dele, pessoal, de vida, desde que nasceu, no interior da Paraíba, até a vinda”, diz.

Além do lançamento do livro, foi aberta uma exposição na casa da Cultura que reúne 16 painéis com fotos e textos sobre a trajetória de Sivuca e a ligação dele com o Recife. A exposição fica em cartaz até o dia 27 de fevereiro.

Sivuca morreu, vítima de câncer, em maio de 2006, aos 76 anos. “A qualidade da música dele está ultrapassando os tempos e, também, a questão de ser uma música internacional”, diz a viúva de Sivuca, Terezinha Mendes.

Fonte: pe360graus.globo.com

Livros Digitais geram polêmica entre leitores e especialistas

A discussão ganhou destaque quando a multinacional de serviços online Google começou a digitalizar

A polêmica acerca da digitalização de livros está divergindo opiniões. Pesquisas mostram que as telas digitais não prendem a atenção dos leitores e o cérebro absorve menos informações, pois a tela e as fontes deste tipo de leitura não entendem como interessante as mensagens lidas.

Para a professora Maria Inêz Bandeira, que coordena estudantes em fase de Trabalho de Conclusão de Curso, todo tipo de estudo é válido.“Acredito que se o estudante não tem acesso a um livro que só existe em outro país, a possibilidade de ler o seu conteúdo online é bastante interessante. Quanto ao tipo de letra, as mais utilizadas em trabalhos acadêmicos e livros são as mesmas disponíveis na maioria das publicações digitalizadas, exatamente por conta de sua leitura fácil, não acredito que isso torne o aprendizado digital mais difícil”, opina a professora.

A discussão ganhou destaque quando a multinacional de serviços online Google começou a digitalizar livros do mundo inteiro para disponibilizar na internet. Isso levantou questionamentos tanto sobre direitos autorais e de posse, quanto sobre a democratização da leitura.

De acordo com o especialista em marketing Cândido Gomes Neto, os livros digitais acarretam em vantagens, mas devem ser trabalhados com responsabilidade. “Os conteúdos devem ser digitalizados, mas respeitando seus autores, direitos autorais e mantendo os devidos créditos editoriais, além de ter uma resolução de leitura”, declara. Para ele, os livros tradicionais ainda vão durar muito tempo. “Apesar dessa tendência, o livro impresso tem uma presença muito mais forte que a leitura através da internet”, afirma Cândido Gomes Neto.

Fonte: 180graus.com 

Mapeamento de negros e quilombolas


Foto: Elizângela Santos
Após estudos e levantamentos, Grupo de Valorização Negra do Cariri lança cartilha sobre comunidades na região.

Crato. Um trabalho de mais de dois anos, na busca pelo reconhecimento e identificação das comunidades quilombolas do Cariri, resultou no lançamento da Cartilha Caminhos, Mapeamento das Comunidades Negras e Quilombolas do Cariri Cearense, na manhã de ontem, na Urca, Crato.

O trabalho foi realizado por meio de projeto desenvolvido pelo Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec), e a Cáritas Diocesana do Crato. São 25 comunidades mapeadas em 15 Municípios da região. Junto com a cartilha, foi lançado um DVD sobre o projeto nas comunidades.

O lançamento contou com a presença de representantes das comunidades identificadas e entidades colaboradoras do levantamento. A cartilha traz questões relacionadas à cultura, identidade, acesso à terra, já que a maioria dessas comunidades é formada por agricultores, levando em consideração a questão agrária e suas implicações para o povo negro; a mulher e a educação contextualizada, além da juventude, religiosidade e perspectivas.

O processo de identificação inicial levou em consideração que a maioria das pessoas indicava locais habitados por população negra, conforme a cartilha. Segundo os levantamentos realizados, das 25 comunidades visitadas, apenas seis delas se auto-reconhecessem como remanescentes de quilombolas.

Comunidades como Serra dos Chagas, em Salitre, Arruda em Araripe, e Sousa, em Porteiras já receberam certificado como remanescentes de quilombolas, da Fundação Cultural palmares. Mas há um processo de encaminhamento incluindo as comunidade de Lagoa dos Crioulos, em Salitre, Caracará e Catolé, em Potengi.

A coordenadora da Cáritas Diocesana do Crato, Solange Santana Filgueiras, afirma que o trabalho terá continuidade, já que nesse momento houve a identificação dessas áreas, seguindo um processo legal de reconhecimento. Esse acompanhamento diz respeito ao acesso de políticas públicas e projetos orientados na área de agroecologia. "Eles mesmos se diziam esquecidos. Sentiam-se rejeitados", diz ela, ao ressaltar a conquista da autoestima das pessoas dessas comunidades.

O lançamento contou com o antropólogo Alex Ratts, pesquisador que atua com a questão indígena e negra no Ceará. Ele abordou questões sobre a reterritorialização dos negros no Cariri. Representando as comunidades, participou da abertura, dona Antônia Bizunga, da comunidade Carcará, além de Sérgio Brissac, antropólogo do Ministério Público Federal.

Resgate

"O trabalho é importante no resgate da identidade e visibilidade das comunidades negra e quilombola"

Solange Santana
Coordenadora da Cáritas Diocesana do Crato

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Ronaldo Correia é novo colunista

Foto: Divulgação
Ronaldo Correia de Brito, cearense radicado em Recife, estreia amanhã crônica no Vida & Arte  No Jornal O Povo.

O autor fala da terra, remete a um sertão cearense que ficou na memória quando aos 17 anos o deixou. Busca na imaginação e nos fatos corriqueiros do cotidiano elementos para montar as paisagens e a gente que ele traduz em palavras. Ronaldo Correia de Brito é enquadrado como escritor regional, mas o termo não comporta a profundidade de sua narrativa, tecida pelo vento da poesia. Ele o extravasa. É roteirista, autor teatral, contista aclamado, romancista e agora cronista.

Este ano, Ronaldo Correia lança o primeiro livro de crônicas – da coleção Para Ler na Escola, da editora Objetiva – e amanhã faz sua estreia no O POVO, em crônicas quinzenais, dividindo o espaço com a escritora Ana Miranda. O escritor escreve periodicamente para as principais publicações do Brasil, mas é a primeira vez que terá textos em um jornal cearense. “Para mim é completamente nova a relação com o leitor cearense. Escrever uma crônica quinzenal de certa maneira é um desafio e provoca ansiedade”, explica.

Apesar de ter o Ceará como terra natal, Ronaldo, nascido em Saboeiro, nos Inhamuns, e criado no Crato, foi para Recife estudar medicina e ficou. Já são mais de 40 anos vivendo em Pernambuco. “Fui incorporado ao Recife e acolhido com carinho aqui”, diz em entrevista por telefone. Com as crônicas dominicais, os laços com os leitores alencarinos serão atados suavemente, como os primeiros textos que virão. “Decidi dar um teor leve para pisar devagar no terreno”.

As ligações afetivas com a terra de nascença são fortes e vão além da narrativa, quase toda construída em uma paisagem imaginária do sertão e do Cariri. “As cidades são as pessoas, tem as paisagens, os lugares, e existe esse afeto pelo ambiente, mas o afeto predominante é por pessoas”. Então, o autor dispara a lembrar de nomes queridos que são a cidade para ele e teme esquecer alguém. “Natércia Campos, Moreira Campos, Eleuda de Carvalho, que sempre escrevia sobre os meus livros, além dos amigos mais recentes como o Pedro Salgueiro, Nilton Maciel, Jorge Pieiro, Tércia Montenegro, Virgílio Maia, Socorro Maia. É muita gente”.


Parceira da dobradinha, Ana Miranda prevê boa leitura dominical. “Ele tem uma visão profunda do Nordeste e vai ter muito a nos dizer. Ele é médico e tem acesso às mazelas das pessoas, pelas conversas. É uma experiência de vida rica. Vai ser maravilhoso”, comemora. Vai sim.

LEIA AMANHÃ
Na crônica de estreia, Ronaldo Correia de Brito escreve sobre a lenda da Pedra da Batateira que povoou sua infância e adolescência no Cariri.
Fonte: Domitila Andrade
domitilaandrade@opovo.com.br


Fonte: O Povo

Scribd: Saiba qual é a maneira mais prática de publicar seu livro na web

Se você tem textos, artigos ou livros prontos, saiba que você já pode publicá-los na web

Se você tem textos, artigos ou livros prontos, saiba que você já pode publicá-los na web de forma rápida e gratuita. Foi com essa proposta que o Scribd conquistou mais de 60 milhões de usuários, formando a maior rede de compartilhamento de documentos da web. Siga os passos abaixo e seja você o seu próprio editor:

Passo 1. Faça seu cadastro e o primeiro upload
Logo na home da Scribd você preencherá um cadastro com e-mail e senha, ou entrará com sua conta do Facebook. Escolha a opção "Upload" ou "Carregar" (em português) e clique na pasta onde está o arquivo (as extensões aceitas são doc, txt, xls, ppt e pdf) , que será convertido em formato web.

Passo 2. Descreva seu documento
Ao fazer o upload, você preenche dados como título, categoria, tags (palavras-chave) e resumo. Na forma padrão, seu documento ficará acessível à leitura do público, mas é possível modificar isso. Todos os dados preenchidos sobre o seu documento são importantes pois o Scribd indexa e disponibiliza os documentos para todos os mecanismos de busca da internet.

Passo 3. Visualize o documento e divulgue
Após a publicação, o Scribd permite que você compartilhe seus documentos nas redes sociais, principalmente Twitter e Facebook. Se você tiver um blog ou site para colocar, também pode copiar o código, ou também enviar diretamente o link de sua publicação para uma lista de e-mails.
A visualização da leitura é feita por um menu de navegação bem fácil de usar. O usuário pode escolher entre a opção "livro", "apresentação de slide" ou "rolar" (com mouse ou setas para baixo). Você pode dar zoom, ver o conteúdo em tela cheia, buscar palavras e explorar a biblioteca.

Passo 4. Detalhando seu perfil e interagindo
A sua página de usuário é o local onde você colocará a sua foto, dados pessoais e e-mail para contato. O programa incentiva muito a interação e a troca. Você pode pesquisar por assunto e adicionar títulos à sua coleção pessoal, seguir pessoas, e fazer comentários em documentos lidos. Em sua conta, ainda, você terá acesso a uma estatística de quantas pessoas leram o seu documento, quando, e quem compartilhou ou comentou em seus textos.
Você não precisa mais esperar que alguém publique seus escritos. Aproveite também para pesquisar e estudar, pois o Scribd tem livros, revistas, manuais e documentos de todos os tipos, assuntos e abordagens. E além de ver seu texto publicado, você vai poder trocar ideias com muita gente interessante

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Gonzaga Mota no Mundo Literário


Foto: Jader Paes - O Povo
" Textos para reflexão " marca a estreia de gonzaga mota no mundo literário. São 68 textos escritos para periódicos nacionais, pronunciamentos feitos na câmara federal e palestras realizadas em épocas distintas. É o primeiro livro que não aborda temas técnicos. Gonzaga mota, sempre acompanhado por d. Mirian Mota e sua família, mostrava-se tranquilo e sorridente, mas ansioso pela estreia.
O livro foi lançado na livraria cultura, sendo apresentado pelo escritor, poeta, imortal da academia cearense de letras e ex-senador da república, Cid Carvalho, que reconheceu o valor literário, documental e históricos dos texto de gonzaga mota, além de reconhecer a sua atuação política, creditando a ele a sua própria eleição para o senado, afirmando que o o fortalecimento da candidatura e eleição de Tancredo Neves para a presidência da república, marco histórico para a derrota do regime militar teve a firme contribuição do ex-governador gonzaga mota.

Cid carvalho ainda creditou a gonzaga mota os novos rumos políticos do ceará e fortalecimento da educação no ceará.
Depois que cid carvalho apresentou, de forma brilhante o livro, oex-deputado Antonio Câmara falou da trajetória do homem e do político Gonzaga Mota.
Depois de rápidos e emocionados agradecimentos se iniciou a longa fila de autógrafos.

Fonte: Blog Grupo Chocalho

I Congresso de Experiências exitosas em Educação Bilíngue para Surdos

O Instituto Cearense de Educação de Surdos - ICES, em Março de 2011, irá comemorar os seus 50 anos de existência realizando o I Congresso de Experiências Exitosas em Educação Bilíngue para Surdos, com o intuito de promover uma troca de experiências entre as mais variadas instituições de ensino para Surdos, posto que ciente de sua responsabilidade social na realização de uma educação de qualidade, de inserção dos sujeitos surdos na vida acadêmica, social e profissional, o ICES vem compartilhar suas histórias de sucesso e êxito com outras instituições e pesquisadores na área da surdez e do bilinguismo.


Fonte: sur10.Net

Pássara na garganta


A matogrossense Tetê Espíndola e o cearense César Barreto realizam seus shows em mais uma edição do Projeto BNB Clube de Cultura, amanhã, a partir das 21 horas

Tetê Espíndola é a grande atração da edição de amanhã do Projeto BNB Clube de Cultura, a partir das 21 horas. Como já é tradição no formato do projeto, a artista divide a noite com outro artista, na mesma da música popular brasileira.

César Barreto, cantor, compositor e músico cearense , é quem primeiro entra em cena. O show promete ser um de seus três discos lançados, "Nordestinados", "A Vitória do Forró" e "Corpo de Delito", além de interpretações de grandes sucessos de autores nordestinos.

Repertório

Depois, é a vez da intérprete, musicista e compositora Tetê Espíndola, que canta e toca craviola. Tetê será acompanhada pelo músico Adriano Magoo, nos teclados e sanfona. A artista matogrossense vai relembrar seus antigos sucessos, mostrar composições novas e recordar clássicos da MPB registrados em sua discografia.

Ela está bastante feliz em retornar aos palcos cearenses. "Estou super animada com a volta à Fortaleza pois há muito tempo não canto pra esse publico tão simpático. Me lembro da minha passagem por aí no projeto Pixinguinha juntamente com Duo Fel e Marlui Miranda e foi um sucesso", conta.

Tetê Espíndola, que apesar de não figurar nos veículos da grande mídia brasileira já conquistou uma boa fatia do público pela qualidade do seu trabalho, afirma que fará uma apresentação sintonizada com o que a plateia que ouvir.

"Estou preparando um repertório de trajetória, que inclui desde uma guarânia, ´Sertaneja´, de Renné Bitencourt, gravada por Augusto Calheiros, a vanguarda de Itamar Assumpção, ´Adeus pantanal´, e Arrigo Barnabé, ´Tamarana´, até clássicos da MPB, como ´Trem das Onze´, de Adoniran Barbosa, e ´Refazenda´, de Gilberto Gil. Além delas, músicas de minha autoria, do CD ´Evaporar´, e os sucessos que todos querem ouvir. ´Escrito nas estrelas´, com certeza, não vai faltar. O meu show tem momentos interativos com o público e é bem diferente e pra cada cidade. Gosto de fazer um roteiro bem completo espero que não falte nada", prometeu.

Trajetória

Nascida numa família essencialmente musical, Tetê Espíndola desde pequena conviveu com a arte. Ela relembra: "Meus irmãos são artistas com personalidades fortíssimas e a musica, desde a minha infância, faz parte do nosso cotidiano, das brincadeiras".

"Tenho ótimas lembranças pois foi uma época de grandes descobertas: eu cantando musicas do Geraldo Espíndola ganhando festivais como melhor interprete com 14 anos e ouvindo serenatas de trio paraguaios e muita curtição na natureza em especial o canto dos pássaros. O encontro com a minha craviola, o instrumento de 12 cordas que entrou na minha vida em 1974 e nunca mais saiu", detalha Tetê Espíndola.

No começo da carreira, a cantora foi morrar em São Paulo, onde integrou o grupo LuzAzul. No começo dos anos 80, ela gravou seus dois primeiros álbuns. Em 81, com Arrigo Barnabé no MPB Shell 81, e no Festival dos Festivais, em 85, época de "´Escrito nas Estrelas".

Tetê não pára. "Recentemente fiz uma expedição pelo Pantanal. Foi uma experiência fantástica em uma chalana. Eu, Lucina, Alzira Jerry e Carol Ribeiro fizemos 15 musicas novas e pretendemos dar uma continuidade lançando esse momento autoral no CD Água dos Matos".

Para os admiradores do trabalho em discos da cantora de Mato Grosso ela avisa que trará alguns exemplares de sua obra. São eles: "Espíndola canta", "Evaporar" e "VozVoixVoice". "Estou cheia de músicas novas e acabei de participar do programa Zoombido do Paulinho Moska, que vai ao ar em maio próximo, pelo Canal Brasil", antecipa a cantora.

MAIS INFORMAÇÕES

Tetê Espíndola e César Barreto. Amanhã, às 21 horas, no BNB Clube (Av. Santos Dumont, 3646). Ingressos: R$ 30 (inteira) e 15 (meia/sócio). Contato: (85) 4006.7200 e 4006. 7203

NELSON AUGUSTO
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Festival seleciona músicos estudantes


Foto: Silvania Claudino
Crateús. Trinta estudantes de música da rede estadual de ensino dos Municípios de Crateús, Tamboril, Nova Russas e Monsenhor Tabosa, nesta região, participaram, na última quarta-feira, da seleção para as Residências Artísticas do Festival Jazz & Blues 2011.

Desde o dia 4 de fevereiro estudantes de música do Ceará participam das audições de seleção para as Residências Artísticas do Festival, que acontecerão em Guaramiranga, de 26 de fevereiro a 4 de março, semana que antecede o Festival na serra. A audição ocorreu durante todo o dia, no auditório da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede 13), sob a coordenação do professor Heriberto Porto.

"Estou conhecendo novos talentos, aproveitando para incentivar os jovens a aperfeiçoarem sua música e seus estudos, além de valorizar o potencial deles, independente de serem selecionados ou não", pondera o professor Heriberto Porto, sobre a importância dos momentos de audições no interior do Estado.

Além de ouvir o som dos estudantes, ele aproveita para fazer uma pequena entrevista a fim de conhecer melhor o participante. "É importante interagir para perceber bem o perfil do participante", explica, dizendo que aproveita o momento da audição para dar dicas aos participantes e fazer um mapeamento da realidade musical e de talentos no Estado.

O Festival de Jazz & Blues de Guaramiranga tem promoção do Diário do Nordeste e realização da Via de Comunicação e Cultura.

Enquete
Expectativa

"Minha expectativa é realizar meu sonho de ir para o Festival em Guaramiranga. Por isto, participo desta seleção"

Daniela Rodrigues
Estudante

"Já participei de outros Festivais e estou otimista com a aprovação para participar deste, devido a essas experiências"

Mateus Araújo
Estudante

Fonte: Diário do Nordeste

O baile do Zé

Aos 70 anos, Zé Tarcísio recebe homenagem.
 Em celebração aos 70 anos do artista plástico Zé Tarcísio, o Sobrado Dr. José Lourenço realiza hoje, das 19h às 23h, o "Baile ZéTenta". A festa, aberta a amigos e admiradores do artista, será animada pelo Quarteto de Cordas da Orquestra Eleazar de Carvalho

Figura carismática e querida do meio artístico cearense, Zé Tarcísio é um artista "multi", com muitas lembranças na bagagem. São histórias de vida que se cruzam e repercutem em sua arte. Uma poética libertária, reflexiva e comprometida com os problemas do mundo. De um ser artista-cidadão que contribuiu (e contribui) para divulgar a produção artística do Ceará aonde quer que ele vá.

Com mais de 50 anos de carreira, Zé Tarcísio chega à casa dos 70. Nesta data especial, o artista ganha, hoje, das 19h às 23h, uma justa homenagem, no Sobrado Dr. José Lourenço, de amigos e admiradores de seu trabalho. O "Baile ZéTenta", assim, chamado carinhosamente o evento, terá como tema a fusão de dois estilos festivos: o de baile e a festa infantil.

"Estamos fazendo uma homenagem a tudo que o Zé Tarcísio representa para a cultura cearense. Ele que é um artista com penetração nos mais diversos segmentos artísticos. Quando perguntamos como ele queria a festa, Zé expressou o desejo de que fosse um baile. Acho que é pela áurea do próprio Sobrado, onde já funcionou um bordel. Ao mesmo tempo, ele queria uma festa infantil (risos). Então será um baile infantil, um verdadeiro ´mingau pop´, com DJs", conta Dodora Guimarães, amiga do artista e uma das organizadoras da festa de homenagem.

A curadora acredita que o baile vai ser uma surpresa não só para Zé Tarcísio, mas também para todos que estarão presentes. "Por ele ser sempre tão eclético e mergulhado numa intensa ebulição criativa, o Zé é uma figura surpreendente que sempre nos emociona", diz.

O aniversariante

Enquanto os preparativos rolam às soltas para o tão esperado baile infantil, o aniversariante é só felicidade. Parecia mesmo uma criança ao falar de sua festa. "Nossa, está tendo uma repercussão muito grande no meio artístico! Vai ser o aniversário que não tive aos sete anos de idade, com apitos e chapeuzinhos, uma coisa bem simples e descontraída. São 70 anos... Uma soma boa de alegria. A minha vida predomina a alegria e a liberdade. Sou uma pessoa feliz. Trabalhei muito para ter a liberdade que tenho hoje. A arte se mistura com minha vida", explica Zé Tarcísio.

O artista destaca que, ao longo desses anos, buscou dividir suas habilidades entre vários setores das artes, uma vez que sobreviver apenas como artista de ateliê é muito difícil. "Procurei me diversificar dentro do campo artístico. É complicado viver só de uma única coisa, entende? Fiz pinturas, esculturas, gravações, fotografei... Mas, está tudo ótimo mesmo".

Em voz num tom mais baixo, quase sisudo, ele confessa: "queria mesmo era estar completando 37 anos, mas esse é o ciclo da vida, né? Tenho muitos sonhos a conquistar ainda, quero conhecer o Oriente. Além de fazer a ´FunZé, ´uma fundação onde estará guardada minha produção artística e trabalhos de outros artistas que fazem parte do meu acervo pessoal", diz.

Zé Tarcísio tem uma produção poética variada, e independente da fase em que se encontra, o artista nunca deixou de incorporar ao seu trabalho a realidade política, social e cultural do País. "Sempre fui muito polêmico e engajado. Não sou só aquele artista que pinta flor. Tenho minha opinião política. Acho importante pensar a arte junto com cidadania. Nos anos 1960, usei a minha produção para denunciar os abusos da repressão da ditadura militar. A minha insatisfação com o sistema".

Ele continua: "Posteriormente procurei esboçar as minhas preocupações ecológicas. Os cuidados que devemos ter com o planeta. Além de expressar a religiosidade popular do Interior do Ceará".

Retrospectiva

O artista, que viveu cerca de 30 anos no Rio de Janeiro, liderou ao lado do pernambucano Carlos Zílio, a lista dos jovens artistas que agitavam a cena carioca. A relação contida na enquete "Nossos jovens mais discutidos" foi publicada pela revista "Manchete, em 1969.

Diante dessa trajetória tão intensa, Zé Tarcísio a convite do Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro ganhará uma "survey", um tipo de retrospectiva mais resumida, com um total de 30 trabalhos pertencentes ao próprio acervo do museu.

A curadoria da mostra, que ficará em cartaz de 12 dezembro de 2011 a 19 de fevereiro de 2012, ficará sob o encargo de Ricardo Resende. Além da mostra, Zé Tarcísio terá, pela primeira vez um catálogo com suas obras publicadas pela editora Pinakotheke São Paulo. O livro contará com textos de Rezende e outros escritos da época em que cada obra foi exposta. O artista também será homenageado pela edição deste ano do Salão de Abril.

MAIS INFORMAÇÕES

Baile ZéTenta, no Sobrado Dr. José Lourenço, hoje, das 19h às 23h. Aberto aos amigos e admiradores do artista. Contatos: (85) 3101.8827.

ANA CECÍLIA SOARES
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Cofre de poemas

Aos 95 anos, Daniel Lima publica sua primeira obra, com versos marcados por reflexões filosóficas
Avesso à publicidade, Daniel relutou para deixar publicar o livro Foto: Arquivo Pessoal

É no mínimo curioso que a primeira obra de um escritor seja publicada quando ele já conta 95 anos. Quando se trata de um senhor que não dá entrevistas, esconde a sete chaves seus poemas e busca o anonimato há cerca de 30 anos, desde que se aposentou das salas de aula, o estranhamento é maior ainda. Poemas, de Daniel Lima, editado pela Cepe e lançado hoje, às 19h, na Livraria Cultura, possui esta aura de mistério. Somente alguns poucos amigos tiveram acesso aos versos que compõem o livro, difíceis de classificar por tema, estilo ou forma.

São 416 páginas divididas em quatro livros. Escritos em várias fases da vida, os versos possuem linguagem despojada e presença marcante de reflexões filósoficas, influência dos anos em que atuou como professor da Faculdade de Filosofia de Pernambuco. ´O diretor achava que ele corrompia a juventude`, recorda Luzilá. Mesmo naquela época, o jeito já reservado do professor escondia sua produção. Ele cita nomes como Einstein, Jean-Paul Sartre, Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Rimbaud e obras como Hamlet e Dom Quixote, mas não se intimida em criticar os intelectuais, utilizando-se até mesmo de palavrão. De alma barroca, como escreve em um dos poemas, e muito religioso, varia de Deus e personagens bíblicos a descontentamentos e questionamentos internos, passando por homenagem ao Recife e seus rios, tão presente entre os poetas daqui.

Para tornar o livro possível, Luzilá, que é conselheira editorial da Cepe, precisou ´roubar` os originais de 14 livros inéditos, datilografados pela amiga e bibliotecária Célia Veloso. ´Depois de muita insistência, ele deixou publicar, mas depois disse que não tinha deixado. Ele sempre foi estranho. Nunca quis publicar nada`, revela. ´Ele tem muitas obras que eu não tenho conhecimento. Devem estar sendo comidas pelos ratos`. A própria Luzilá confessa que há mais de trinta anos tenta convencê-lo a publicar os poemas, que conheceu um pouco depois do tempo em que era sua aluna de estética na faculdade, quando se tornaram amigos.

´Ele foi o formador de uma geração`, defende Lourival Holanda, professor da Universidade Federal de Pernambuco, que fará palestra hoje no lançamento, ao lado de Zeferino Rocha. A lista de alunos e fãs de Daniel Lima inclui ainda Francisco Brennand, Jomard Muniz de Brito, Zeferino Rocha. Muitos deles conheceram seus versos através de versões pirateadas, feitas a partir de poemas roubados. ´Ele tinha um fã-clube na universidade que era uma coisa`, garante Luzilá.
(Luiza Maia) 

Fonte: Diário de Pernambuco 

Jovens poetas de Limoeiro lançam livros

Kelson Oliveira lança o livro "Para comover Borboletas"...
RAFAEL CRISÓSTOMO
...enquanto Dércio Braúna apresenta o livro "Metal Sem Húmus". São autores que conquistam seu espaço
DIVULGAÇÃO
Kelson Oliveira e Dércio Braúna, de Limoeiro, estão nas bancas com dois livros recém lançados

Limoeiro do Norte. Quando as palavras querem falar de sutilezas, procuram borboletas. Quando batem as asas, é porque alguém escreve e alguém lê. Todos sentem. A poesia delicada, alta, moderna, pensante, está nas asas de dois jaguaribanos. Jovens poetas maduros lançam aos ventos seus dizeres nas asas de livros. Kelson Oliveira e Dércio Braúna, de Limoeiro do Norte, estão nas bancas e estantes com dois livros recém lançados. "Para Comover Borboletas", do primeiro, e "Metal Sem Húmus", do segundo. À base de editais ou do próprio bolso, publicam seus livros e dentro de um circuito paralelo ao das academias literárias, revelam talento e vão ainda mais longe.

Dizer que Kelson Oliveira já foi agraciado em competições, como o Concurso Nacional de Poesia Prêmio Filogônio Barbosa, no Estado do Espírito Santo, ou menção honrosa no 7º Prêmio Nacional de Poesia de Ipatinga, ajuda o leigo a dizer que ele não só se diz poeta. É reconhecido poeta. Mas no Ceará carente de concursos literários, o melhor prêmio para o poeta daqui é vencer um edital de incentivo. Em outras palavras, ter o patrocínio para custear a publicação de sua obra.

"Para Comover Borboletas", depois de "Quando as Letras Têm a Cor do Sonho" (2008), faz de Kelson um autor de estilo próprio. Não que isso o defina ou delimite. Apenas que diga que tem um jeito seu de fazer poesia - haverá sempre a lembrança de outros poetas, principalmente o principal, o "pantaneiro", o Manoel de Barros, poeta mato-grossense que só não é a sua maior inspiração literária porque tem Jeane Leda, sua namorada. A brincadeira com as palavras, os neologismos em gerúndios para dizer do que está "coisando" em sua mente sonhadora trazem simplicidade.

Também é assim como Manoel, que diz "sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se desejo contar nada, faço poesia". E Kelson, "no meio do dia claro/ por não dispor de nada a fazer/ fiquei a deselaborar planos/ de reinventar sentimentos/ e forjar profissões de vadiagem".

Sentimento

O sentimento vêm antes das palavras. A frase anterior não é tão óbvia quanto parece. Melhor dizer que o poeta cruza os braços de interrogação de menino ocioso, e tudo o que vê, ou sonha, é tão real que as palavras são o que o ligam ao mundo material.

Uns mais, outros menos, cada poema, quando se lê, imagina sonhar. "A cada esboço poético que distingo/ entre os barulhos do mundo/ começo magicamente a sentir/ um suave estarzinho se achegando no meu peito". "Para Comover Borboletas" é humano, cotidiano, traz impressão de um menino que sonha enquanto flutua entre universos, o de casa, da família, da namorada, das coisas.

E dos desejos das coisas: "meu olho esticou, e fiquei míope/Aí andei querendo esticar o mundo/Estiquei um pássaro que passava/ estiquei um haicai para o romance/ e a razão até a loucura/ Não me bastou/ Mês que vem eu deliro e vou esticar a felicidade". A poesia cotidiana, de rio, de rua, risos e rãs é coisa de menino que a mãe dirá "cheio de invenção".

O livro é dividido em duas partes, ou asas, como definiu. Na asa esquerda tem 41 poemas. E outros 40 na direita, como "amizade para nesses tempos de calor": "tenho grandes amigos de forma quase simplesmente/ o sol, por exemplo/ Acreditem-me/ vez aqui e acolá toda companhia/ esquenta meu ombro/ derrama na minha sala um lágrima incandescente". A contista Tércia Montenegro destacou o poema "feito sereia de contos", o considera "um belo livro". "Ela tinha um rosto de metáfora/ e o corpo de clave de sol/ A voz era um musical de sereia de contos/ enfeitada de mar/ Pela beleza que lhe pertencia/ podia perfeitamente se misturar/ com as cores de Van Gogh/ Apesar disso, ela preferiu se misturar comigo".

Admiração

"Para Comover Borboletas" já é admirado desde o próprio título, assim fez e disse o músico compositor Nando Reis ao receber de presente um livro do poeta "lá de Limoeiro do Norte". E quem é Kelson Oliveira? Um rapaz, jovem estudante, recém mestre acadêmico depois que se graduou em História. Namorado de Jeane Leda, filho de Gilson Chaves e Maria do Socorro. Tem irmãos, tem ideias. Não participa de academias de letras que dizem reunir os escritores. É menino do rio e poeta.

REVELAÇÃO
Poesia da ´contundente humanidade´

Limoeiro do Norte. Já se dizendo um "escrevente de coisas sentintes", Dércio Braúna é o poeta que não se vê, só se lê. Não dá tempo, trabalha o dia inteiro, radicou-se noutro Município para passar o dia sentado a uma mesa de agência bancária. Mas pela pouca idade se pode dizer que está sempre lançando algum livro - cinco nos últimos seis anos. O mais recente foi "Metal sem Húmus".

Poesia da "contundente humanidade". Que pergunta das coisas: "não seria o caso de reencantar o mundo?". Predomina a morte, o amor, a solidão, essências humanas que faz "versos como quem sangra vidas".

"É o mais certo amor/ o que temos pela rudeza das coisas// O bicho que se milagrou homem (pela caridade de suas mãos e dentes)/ que pariu um deus/ com gravetos e pedras (para apedrejá-lo): esse bicho talha sem descanso/ dentro da coisa milagrada".

No livro, o jovem Dércio Braúna conta também: "Eu faço versos como quem sangra vidas/ para o alimento doutro bicho/ Retalho carne como quem recita Pessoa/ Amolo Minha lâmina como quem ensaia dizimentos e cantos/ Ao som de coros de ambivalentes arcanjos// Açougueiro lavado de hemócito perfume/ Eu me sento neste dia/ Nas escadarias da Casa do Pai/ E O como/ Engulo-O/ Como quem fome tenha/ E ao cabo da blasfêmia antropofágica/ Mais fome tenha".

Dércio publicou "O pensador do jardim dos ossos", que não teve editora ou edital, foi ´bancado´ pelo próprio poeta.

Outras obras

Na lista desse jovem autor ainda existem: "A selvagem língua do coração das coisas", de 2006, via edital de incentivo às artes do Estado do Ceará; depois "Uma nação entre dois mundos", no ano de 2008, sobre a obra do escritor moçambicano Mia Couto; e na sequência de "Metal sem húmus" tem "Como um cão que sonha à noite só", pela Editora 7 Letras - a mesma que publicou "Para Comover Borboletas", de Kelson Oliveira.

Poeta, consitas e ensaísta, Dércio está no projeto Kaya - Revista de Atitudes Literárias - verdadeira roda poética virtual reveladora da talentosa safra vale jaguaribana.

MAIS INFORMAÇÕES
Escritores de Limoeiro do Norte, Vale do Jaguaribe
Kelson Oliveira: (88) 8829.2739
Dércio Braúna: (88) 9291.8500

Melquíades Júnior
Colaborador

Fonte: Diário do Nordeste

Casa Grande - Apresentada na Noite da Biblioteca de Cruz-12.01.2011


A pintura  foi apresentada no dia 12/01/2011, por ocasião do 24º Aniversário da Biblioteca dentro das festividades da Semana de Emancipação de Cruz, sendo apresentada também um histórico sobre a Casa Grande, recuperada através da memória dos Irmãos Zeca Muniz e Gonzaga e seu primo Nego Sousa sobre a coordenação de Evaldo Vasconcelos e Elisabeth Albuquerque. Pintada por Maycon de Lagoa Salgada

MEMÓRIA DA CASA GRANDE

Relato produzido por Elizabeth Albuquerque
A “Casa Grande” como ficou conhecida foi construída por Antônio Carlos de Vasconcellos, meu tetravô, provavelmente nas primeiras décadas de 1800, quando se preparava para casar. Não temos essa data, mas, sua primeira esposa – Maria Angélica, faleceu em 09/06/1827 – e o inventário realizado no mesmo ano pelo viúvo, diz que ela deixou três filhos, o mais velho com 14 anos, o que indica que nasceu em 1813.

Diz a tradição oral que Antônio Carlos (neto de Joana Correia da Silva e Manoel Carlos de Vasconcellos, tidos como os primeiros povoadores de Cruz), usou nessa construção a madeira do desmatamento da área onde se estabeleceu. A casa era de taipa, coberta de telhas e era muito grande. Este casarão atravessou a história, passando de pai para filho por três gerações. Depois foi vendido para o Capitão Antônio Raimundo de Araújo, em data que não descobri, ainda. Mas, com certeza depois da morte de Antônio Carlos (02/05/1870), pois no inventário dele, realizado em junho de 1870 consta a referida casa.

Geraldo Aluizio de Araújo e sua irmã Jordélia, filhos de Celso Araújo e netos do Cap. Antônio Raimundo eram herdeiros do casarão e, pela proximidade familiar venderam-no para a tia Maria Souza (sogra do Aluizio) por Cr$ 10.000,00 no início da década de cinqüenta. Quem me deu esta informação foi o filho mais velho dela (em dez/2010), José Antônio de Albuquerque – conhecido como NEGO SOUSA. Ele só lembra que a compra foi anterior ao seu casamento, que ocorreu em 12/1955, mas eles já moravam lá desde 1950...

Após a morte de Maria Souza, que era casada com Antônio Menezes de Albuquerque – meu tio avô pelo lado paterno – Nego Souza vendeu a casa velha para a Paróquia de Cruz por Cr$ 30.000,00. Disse-me ele que essa importância foi dividida igualmente pelos 10 irmãos e com os Cr$ 3.000,00 que lhe tocou ele comprou a casinha onde mora até hoje.

No livro de Tombo da Paróquia de Cruz o Pe. José Edson Magalhães, nosso primeiro vigário, registrou em 30/12/1958, a compra de um terreno para construção de um prédio escolar e uma casa paroquial pelo valor de Cr$ 28.000,00.

A diferença de Cr$ 2.000,00 corresponde a venda da casa velha para quatro senhores que a demoliram e dividiram o material entre si. Um deles foi o tio Gonzaga que me disse ter participado desta aquisição com os senhores: Manoel Sialdino, Manoel Zaquiel e outro que ele não conseguiu mais lembrar, embora não tivesse na memória este valor. Tio Gonzaga é o único vivo, para contar a história, com seus 84 anos (em dez/2010), quando fechamos este levantamento.

Imaginem só, uma casa de taipa com quase 150 anos, ainda tendo alguém disposto a aproveitar o material. Contou-me uma senhora, de seus setenta e tantos anos, que seu marido assistiu a dita demolição e teria comentado que os amarradios das estacas em muitas das paredes eram de couro de gado (relho, tipo chicote de couro torcido).

O lendário casarão que até então teve sua história reconstituída através da memória dos mais idosos ganhou registro de imóvel. Ele consta do inventário da minha tetravó – Maria Angelica (que descobri em julho de 2010, junto a vários outros antigos, no Arquivo Público do Estado do Ceará), e está descrito assim:

“...Declara o inventariante meeiro haver ficado em seu casal por óbito da dita sua mulher huma morada de casas de taipa, coberta de telha, com quatro portas e uma janela, sitas no sitio denominado Cruz, avaliada pelos avaliadores em preço de vinte mil reis”.

E no inventário de Antônio Carlos (f. 02/05/1870) realizado por sua 3ª esposa, Ignez Maria de Araujo, em junho de 1870, ele aparece com a seguinte descrição:

“... Haverá uma morada de casa de taipa coberta de telha com uma porta de frente com cercado de pau a pique, avaliada por trezentos mil reis, cita na Cruz deste termo – 300$000”

Com esses dados, somados ao conhecimento visual de pessoas idosas – meu pai Zeca Muniz, 90 anos; tio Gonzaga, 84; e Nego Souza, 83 mais a presença de um desenhista contratado pela Prefeitura providenciamos um retrato desta 1ª casa construída no centro da hoje cidade de Cruz, ambientada nos anos de 1930.

Registramos por último que no terreno onde ficava o referido casarão, adquirido pela Paróquia, foi construído apenas o prédio Paroquial, pois o Padre preferiu reformar outra casa do patrimônio da Igreja, transformando-a na residência dos Padres. Com isso, a outra parte do terreno foi vendida para o Jonas Muniz (hoje Prefeito da cidade) que lá edificou sua morada.

Elizabeth Albuquerque, 06/01/2011

Livros publicados e apoiados pela Secretaria de Educação de Cruz


10/01/2006 - Revelações de um Agricultor – Antônio José dos Santos – Antônio Pedro – Belém

10/01/2007 – Divulgação dos Escritos Poéticos de João Batista de Sousa (Porteiras) e José Fabião Filho (Lagoa Salgada)

19/12/2007 - Segredo e Infâmia – Júlia Studart

20/03/2008 – Coletânea de um aprendiz aos 80 – José de Sousa Albuquerque – Zeca Muniz

Setembro/2008 – Apoio a divulgação dos Escritos dos Idosos do Grupo Conviver – Miscelânia do Grupo Conviver

13/01/2009 – Resgatando Memórias – Manoel Messias de Freitas

13/01/2009 – Apoio ao Lançamento do Livro Era uma vez na Cruz – Elisabeth Albuquerque.

23/04/2009 – Publicação do Livro Eterno Admirador da Poesia – José de Farias de Menezes

10/01/2010 - Apresentação das Biografias das Personalidades Cruzenses com entrega de Troféu Honra ao Mérito

11/01/2010 – Publicação do Livro Didático – História D'áqui – Gleiciane Freitas / Cartilha Conhecendo o Meio ambiente de Meu Município – Organizado por Maria José de Farias / Apresentação da Arvore Genealógica das Famílias de Cruz – Elisabeth Albuquerque /

2010 – Apoio a divulgação do Cordel Cachaça não é água não – Zeca Muniz

12/01/2011 – Publicação do Livro Alma Desnuda de Paulo Roberlando / Apoio a divulgação do Cordel A pedra do Capim – José Orestes Albuquerque.

Fonte: Biblioteca Municipal de Cruz

Cadastro na Semana Nacional de Museus

Nota do IBRAM confirmando cadastro do Evento do Museu de Cruz na 9ª Semana Nacional de Museus

IBRAM - Instituto Brasileiro de Museus


O Evento abaixo foi incluido com sucesso em 16/02/2011 15:57:25
Verifique os dados:
Exposição da Pintura da Casa Grande c/ descrição completa do inventário e moradores e da Pintura da 1ª Capela da Sede de Cruz (ambas edificações históricas)Exposição das Peças do Museu em slide
Biblioteca Municipal Maria Inês de Farias (Sede do Museu)Rua Padre Valdery, 364 - Centro Cruz - Ceará
Data Inicio: 17/05/2011 - Data Fim: 18/05/2011
Horario: 08:00 - 21:00

Fonte: Bliblioteca Municipal de Cruz

Secult lança VII Edital da Paixão de Cristo 2011

O VII Edital Prêmio Ceará da Paixão 2011, da Secretariada Cultura do Estado do Ceará (Secult), está com as inscrições abertas até o dia 11 de março para a seleção de projetos e ações relacionados às tradições regionais cearenses da Semana Santa. De acordo com a secretária-adjunta, Maninha Morais, os recursos do Edital, de R$ 500.000,00, do Fundo Estadual de Cultura, irão premiar 40 projetos nas categorias Evento Tradicional Popular e Espetáculo Cênico, selecionados por uma Comissão de Avaliação, composta por técnicos da SECULT e por profissionais de renomado conhecimento no segmento cultural a eles responsabilizado.

Na categoria “Evento Tradicional Popular serão premiados pela Comissão Julgadora os eventos que compreendam a diversidade de manifestações populares tais como: malhação de Judas, caretas, procissão de penitentes ou quaisquer outras festas tradicionais populares relativas ao período da Semana Santa. Na categoria “Espetáculo Cênico” serão contempladas as realizações cênicas, de palco ou de rua, que encenam o processo de crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

As inscrições de projetos devem ser feitas no Setor de Protocolo da Secult, no horário de 08h às 12 h e das 13h às 17h, ou encaminhado por meio dos serviços de postagem de correspondência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, na modalidade SEDEX, com aviso de recebimento (AR), ou ainda em correspondência registrada, no qual deverão constar, no espaço do remetente e do destinatário, as seguintes informações

17.02.2011
Assessoria de Imprensa da Secult
Sonara Capaverde ( sonaracapaverde@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 85 3101.6759)

Dominguinhos: do preconceito da bossa ao reconhecimento da MPB

Sanfoneiro completa 70 anos e é um dos personagens onipresentes na música brasileira

Pedro Alexandre Sanches, repórter especial iG Cultura

Foto: Divulgação
O músico Dominguinhos em cena do filme 'O Milagre de Santa Luzia'


Quando o sertanejo pernambucano Luiz Gonzaga (1912-1989) conquistou o Brasil com “Asa Branca”, em 1947, um menino de seis anos, seu conterrâneo, começou a tocar sanfona na cidade em que nasceu, Garanhuns. Dois anos mais tarde, o pequeno José Domingos de Moraes se apresentou para o futuro “rei do baião” em pessoa - já era músico de rua, tocando pandeiro, e não sanfona.

Aos 13 anos, o menino migrou para Niterói com a família, numa viagem de pau-de-arara que durou 11 dias. Seu pai, mestre Chicão, era conhecido tocador e afinador de foles de oito baixos, e procurou Gonzagão logo na chegada ao Rio. O cantor de “Baião”, “Assum Preto” e “Paraíba” passou logo a apadrinhar o pequeno José, que foi apelidado primeiro de Neném do Acordeon e, mais tarde, de Dominguinhos. A proximidade durou enquanto Luiz Gonzaga viveu, e o parentesco musical se mantém até este ano de aniversário de 70 anos do menino Dominguinhos, completados no último dia 12.

Adoentado após um princípio de infarto e um cateterismo, o aniversariante faltou à própria festa, que aconteceria no dia 13, na casa paulistana de forró Canto da Ema. Convidados especiais de várias gerações, como Elba Ramalho, Oswaldinho do Acordeon, Mariana Aydar e Duani, tiveram de homenagear o aniversariante em sua ausência.

Dois dias antes, Dominguinhos havia falado ao iG por telefone, demonstrando entusiasmo com o aniversário, a festa, as histórias fabulosas do passado, o momento de revalorização da sanfona pelas mãos de músicos jovens, como o pop-roqueiro-emepebista Marcelo Jeneci, e de cineastas, como Sergio Roizenblit, diretor do documentário “O Milagre de Santa Luzia”, recém-editado em DVD.

Falou sobre momentos de baixa e de alta, como a fase de “pau no sanfoneiro” iniciada pela bossa nova e a temporada de intenso sucesso pop resultante das gravações de suas “Eu Só Quero um Xodó” (1973), “Tenho Sede” e “Lamento Sertanejo” (1975) pelo tropicalista baiano Gilberto Gil. Comentou, também, sua nem sempre percebida onipresença na música brasileira pós-anos 70, como músico de estúdio num arco amplo e democrático que vai de Luiz Gonzaga a Gilberto Gil, passando por Gal Costa, Raul Seixas, Odair José, Chico Buarque, Roberto Carlos e duplas caipiras.

Fonte: iG Cultura

3ª Crede-Acesso ao Edital de Seleção de Professores por Tempo Determinado (carências)

Seleção de Professores por Tempo Determinado para Regência de Sala e Laboratórios de Informática Educativa.

Clique AQUI para acessar o edital 014/2011

Fonte: 3ª  Crede

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Estudantes de Crateús aprendem a fazer cordel

FOTOS: SILVANIA CLAUDINO
O Mestre da Cultura Popular, Lucas Evangelistas, ministra curso para alunos da rede municipal
Silvania Claudino

Aula de Cordel

O Mestre Lucas Evangelista ensina a arte do cordel para alunos da rede municipal de Crateús.
Ensinar é aprender duas vezes, já diziam os antigos. É esse o sentimento do cordelista Lucas Evangelista, ao ministrar o curso "Literatura de Cordel - Versos e Cantoria" a 25 alunos da rede municipal deste Município. "É uma alegria ensinar o que sei a estes adolescentes, mostro os detalhes do cordel, como surgiu, como fazer, e quem sabe dessa turma pode até surgir algum novo cordelista aqui da região", comenta o crateuense reconhecido como Mestre da Cultura Popular, que escreve cordéis desde os 14 anos de idade.

O projeto, realizado com apoio do Governo Federal, Governo do Estado, Banco do Nordeste, Prefeitura de Crateús, Instituto Nordeste Cidadania e Ministério da Cultura, iniciou na segunda-feira e encerrará nesta sexta, no auditório da Secretaria Municipal de Educação.

Incentivo

O curso visa despertar o incentivo pela leitura e escrita por meio da literatura de cordel. Além disso, o projeto busca, também, incentivar a produção criativa e oralidade dos estudantes para melhor compreensão do mundo por meio da cultura popular nordestina.

Explanação do tema por meio de textos e painéis, apresentação de folheto, apresentação e análise de cordéis, construção de versos coletivos, confecção de folhetos, produção artesanal das capas dos folhetos são abordados no projeto, cujas aulas são teóricas e práticas, coordenadas pelo próprio mestre.

"Repasso tudo sobre a arte do cordel e eles levam também cordel para ler em casa e são incentivados a reproduzirem cordel ao final do curso", diz Lucas.

De acordo com Lucas Evangelista, que já ministrou outros cursos em outros períodos na cidade, nem todos os alunos chegam a produzir os folhetos. "Isso porque escrever cordel é dom, então, não obrigamos a escrever, tem que ser livre, mas todos saem daqui conhecendo e conscientes da literatura de cordel", comente.

Exposição

Na última etapa do curso, sexta-feira (11/02), acontecerá uma exposição dos trabalhos para a comunidade escolar.

O painel expositivo com a produção de cordéis do mestre Lucas chama a atenção dos alunos. Eles se detêm mais nos dois últimos: "Primeira Mulher Presidente do Brasil", que conta a história da eleição e posse de Dilma, e "Guerra do Narcotráfico na Vila Cruzeiro e no Morro do Alemão", que conta de forma popular o episódio ocorrido no fim do ano no Rio de Janeiro.

O aluno Lucas Alves, de 12 anos, estudante da Escola Olavo Bilac, entusiasmado com o novo aprendizado, revela a vontade de escrever cordéis. "Conhecia o seu Lucas lá do Centro, onde ele fica todos os dias cantando, no entanto, não sabia que eu também podia fazer. Cordel é muito bonito. Estou pensando em escrever, só não sei ainda o assunto", diz.

Aprendizado

Para a estudante da mesma Escola, Vitória Alves, o curso despertou a vontade de aprender mais sobre arte popular e cantoria. "Estou animada para conhecer e aprender mais sobre cordel, literatura, versos e o que gostei mais é de treinar as músicas com a viola", declara Vitória entusiasmada com o curso.

Enquete: O que acha do curso?

"Estou animada para conhecer e aprender sobre cordel, literatura, versos. O que gostei mais é de treinar músicas com a viola"
Vitória Alves - Aluna participante do curso

"Cordel é muito bonito. Não sabia que também podia fazer. Estou pensando em escrever, só não sei ainda o assunto"
Lucas Alves - Aluno participante do curso

MAIS INFORMAÇÕES

Mestre Lucas Evangelista - Apresentações, shows e Cantorias: (88) 3691.0011/ (88) 9966.6114
Secretaria de Educação: (88) 3692.3311

SILVANIA CLAUDINO
REPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste

Alunos de Construção Naval assistem a palestras

Quarenta estudantes do 1º semestre do curso Técnico em Construção Naval do campus de Acaraú assistiram a palestras sobre a área, no primeiro dia de aula, no dia 15, no prédio da sede, situado na Avenida Desembargador Armando Sales de Louzada, s/n, bairro Monsenhor Edson Magalhães. As palestras, ministradas aos primeiros alunos do curso, tiveram por objetivo informá-los da realidade da empregabilidade no setor e do uso de novas tecnologias.

Foi abordada a realidade da indústria naval no Ceará, pelo Gerente de Projeto do Estaleiro da Indústria Naval do Ceará (INACE), Márcio Ferreira Igreja. Além disso, apresentou-se a experiência do curso técnico em Construção Naval ofertado no pólo naval da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pelo professor Fernando Antônio Sampaio de Amorim, Coordenador do Polo Náutico da UFRJ.

O curso Técnico em Construção Naval, ofertado pelo campus do IFCE em Acaraú, é o primeiro a ser ofertado, no país, pela Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

Além da preocupação com a formação, o curso busca a inserção do aluno no mercado de trabalho. “O mercado mostra-se cada vez mais promissor à área, com inúmeros estaleiros não só a nível local, mas nacional que necessitam de mão de obra qualificada”, afirmou o professor João Vicente Mendes Santana, da disciplina de Introdução à Pesca e Aquicultura, um dos idealizadores do curso e que organizou e viabilizou a realização das palestras.

Fonte: IFCE de Acaraú

IFCE de Acaraú promoveu aula inaugural

O campus de Acaraú do Instituto Federal do Ceará (IFCE) realizou a aula inaugural referente ao semestre 2011.1. A solenidade ocorreu, no último dia 14, no auditório da 3ª Coordenadoria de Desenvolvimento da Educação (CREDE) em Acaraú. Na oportunidade, professor Amilton Nogueira de Vasconcelos, Diretor Geral da sede do IFCE no Município, procedeu a apresentação institucional do IFCE e do campus. O evento foi direcionado aos 120 alunos recém-ingressos nos cursos técnicos em Pesca, Aquicultura, Construção Naval e Serviços de Restaurante e Bar; além dos cerca de 40 alunos matriculados, até o momento, nos cursos superiores de Licenciatura em Física e em Ciências Biológicas.
À solenidade, fizeram-se presentes, entre outras autoridades, o Secretário de Agricultura e Pesca de Acaraú, José Nacélio Couto Cruz, representando o prefeito da localidade, Pedro Fonteles dos Santos, o presidente da Câmara de Vereadores do Município, Paulo Sérgio Gomes de Andrade, o prefeito de Cruz, Jonas Muniz, o Secretário de Educação de Cruz, Raimundo Otávio, o chefe do Tiro de Guerra de Acaraú, subtenente Vanderley Terras de Sousa, o presidente do Conselho Tutelar de Acaraú, José Teúnas Ramos, e o diretor da Escola Municipal João Ribeiro Ramos.
As aulas já estão transcorrendo, desde o dia 15, no prédio do campus, situado na rua Desembargador Armando Sales de Louzada, s/n, no bairro Monsenhor Edson Magalhães, vizinho ao Liceu Maria Alice Ramos Gomes. No semestre 2010.2, as atividades ocorriam em sedes provisórias. No período da manhã, as aulas ocorrem de 7h15min as 11h30min e, à noite, de 18h20min as 22h. Transporte é disponibilizado aos alunos pelas prefeituras dos municípios de Itarema, Cruz, Bela Cruz e Acaraú com seus distritos para trazer os alunos de suas localidades até a sede do IFCE e conduzi-los de volta.

Fonte: IFCE de Acaraú

Reitor Cláudio Ricardo toma posse na presidência do Conif

O reitor do Instituto Federal do Ceará (IFCE), professor Cláudio Ricardo Gomes de Lima, tomou posse como presidente do Conif, nessa segunda-feira, dia 14, em solenidade em Brasília/DF, com a presença do Ministro da Educação (MEC), Fernado Haddad, do senador José Pimentel, do deputado federal Ariosto Holanda, entre outras autoridades.

No discurso de posse, Cláudio Ricardo destacou os grandes avanços da educação nos últimos anos, retratando o esforço do governo federal em estruturar a expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, tendo o Conif como um importante articulador. “O Conif é hoje um conselho extremamente representativo na rede federal de EPF, congregando 42 instituições presentes em todos os estados, inclusive no Distrito Federal”, disse.

A nova presidência do Conif, eleita em reunião dos conselheiros, no dia 14 de dezembro do ano passado, é composta pelos reitores do IF do Espírito Santo, Denio Rebelo (vice-presidente), do IF Catarinense, Claudio Koller (diretor administrativo), e do IF do Amapá, Emanuel Alves (diretor financeiro).

Imagem: Professor Cláudio Ricardo (em pé), ministro Haddad (à direita) e outras autoridades durante solenidade de posse (foto: Divulgação)

Deborah Susane - reitoria

Fonte: IFCE 

Educadores recebem capacitação em Sobral

O curso de capacitação acontece até sexta-feira, no Espaço de Referência do Brincar, localizado no Município de Sobral

Sobral. Uma turma de 30 educadores sociais participam da terceira etapa da Formação para Educadores Sociais do Programa de Brinquedotecas Públicas Municipais, nesta cidade. Realizado pelo Unicef/CE, Instituto Stela Naspolini e Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Estado do Ceará (APDMCE), o curso de capacitação ocorre até a sexta, no Espaço de Referência do Brincar do Município.

Mas outros espaços culturais, como teatro, museu e prédios tombados pelo patrimônio histórico, estão sediando algumas atividades preparadas para esta etapa. Os educadores sociais de Apuiarés, Aratuba, Itaiçaba, São Gonçalo do Amarante e Tauá trabalham as técnicas da contação de história e brincadeiras com jogos de tabuleiro.

Segundo o gestor do Programa pelo Unicef, Rui Rodrigues Aguiar, "o curso é um avanço na implantação desta rede de formação. E Sobral foi escolhida por ser uma cidade polo". O calendário do brincar, para o ano de 2011, foi construído por cada um dos Municípios que integra esta terceira turma de educadores sociais.

Além das técnicas de contação de histórias e brincadeiras com jogos de tabuleiro, será feita uma abordagem específica do trabalho com cada um dos "cantos" da brinquedoteca: canto do faz de conta, do fazer, do brincar, da leitura e do esporte educacional.

Consta na programação a continuidade das técnicas da sequência didática, método empregado no planejamento das atividades a serem executadas dentro do Programa. A próxima, e última etapa da formação, acontece em abril de 2011, juntamente com a certificação dos profissionais que passaram pelo total de 130 horas/aulas.

O programa tem como objetivo principal oferecer às milhares de crianças cearenses, que estão expostas a todas as formas de violência, ao trabalho infantil e ao abandono, o acesso à área e equipamentos públicos para brincar, jogar, se divertir e se desenvolver de forma saudável e criativa.

As brinquedotecas são, ao mesmo tempo, espaços culturais e de lazer destinados a crianças e adolescentes, para formação continuada de educadores e capacitação de famílias na área do brincar. Instaladas na Capital e no interior, a meta é que se tornem espaços de referência do brincar, respeitando os aspectos culturais de cada região.

Desde 2006, o projeto é implantado com recursos da parceria estabelecida entre Unicef e Companhia Energética do Ceará (Coelce), que arrecada fundos por meio das contas de energia. O recurso arrecadado é destinado à aquisição do acervo desses equipamentos nos Municípios cearenses de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), certificados com o Selo Unicef.

MAIS INFORMAÇÕES

Programa de Brinquedotecas Públicas Municipais / Espaço de Referência do Brincar Biblioteca
Lustosa da Costa / (85)4006.4058

Fonte: Diário do Nordeste

Ministério da Cultura quer foco em economia criativa

Inspirado em Barcelona e no Reino Unido, ministério estuda gerar núcleos criativos em áreas urbanas degradadas; um exemplo de patrimônio com potencial de se transformar em cidade criativa é o centro de São Luís

A terceira maior indústria do mundo, atrás de petróleo e de armamentos, tem como principal insumo a criatividade.

Da moda ao design, passando por cinema e literatura e incluindo a produção de software, a chamada indústria criativa movimenta mais de R$ 380 bilhões no Brasil, segundo estimativa da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

O setor ganha neste ano maior relevância institucional, com a criação, no Ministério da Cultura, da Secretaria da Economia Criativa.

O conceito vem dos anos 90: indústrias criativas são aquelas com potencial de geração de riqueza e emprego por meio da utilização de propriedade intelectual.

Do conceito surgiram experiências de cidades ou núcleos criativos, como forma de transformação de áreas degradadas e de desenvolvimento sustentável.

Caso de Glasgow, que uniu todas as disciplinas em uma só escola no meio de uma área degradada e violenta. Por meio do envolvimento dos alunos -designers, estilistas e artistas- com a comunidade, a área foi recuperada.

A criação de núcleos e redes de cidades criativas é uma das prioridades da nova pasta, revelou à Folha de S. Paulo a secretária de Economia Criativa, Cláudia Leitão.

Ela diz que quer se aproximar do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão do próprio Ministério da Cultura, para estimular a geração de núcleos criativos.

"Temos que promover uma ocupação de prédios históricos que seja inclusiva e que gere riqueza", diz Leitão, ex-secretária de Cultura do Ceará e professora da Universidade Federal do Ceará.

"Temos muito o que aprender com as experiências de fora, da Austrália, de Barcelona."

Já o exemplo do que não fazer vem de Salvador. "A reforma do Pelourinho tinha enganos graves. Foi feita a partir de uma visão do turismo, de exclusão. Temos de incluir a população local."

São Luís - Outro exemplo de patrimônio com potencial de se transformar em cidade criativa é o centro de São Luís.

"O Maranhão precisa tornar a diversidade um ativo para a sua economia. Precisa ir muito além do título de Patrimônio da Humanidade."

Interessada no tema desde o início dos anos 2000, Leitão foi para Brisbane, na Austrália, estudar com os grandes pensadores da área.

"Esse é um conceito novo, que precisa ser compreendido pela sociedade", diz Leitão. "Você tem ainda uma visão negativa, que nasce com a Escola de Frankfurt, com uma visão apocalíptica da indústria cultural."

Segundo ela, o Brasil precisa empreender mais na área e exportar a diversidade cultural, do mamulengo ao software e à arquitetura.

"A criatividade é um insumo que não acaba e a economia criativa pode ser uma grande estratégia de desenvolvimento com distribuição de renda."

Atraso - O tema chega ao Brasil com atraso de 17 anos. Em 1994, a Austrália foi o primeiro país a apontar a necessidade de desenhar políticas públicas para estimular a economia movida a cultura e criatividade.

Mas o termo indústria criativa só ganhou visibilidade internacional em 1997, quando o governo britânico do trabalhista Tony Blair criou a Força-Tarefa das Indústrias Criativas.

Fonte: Folha de S. Paulo do dia 13/02/2011)

Fonte: Ministério da Cultura 

Portal da História do Ceará

O pesquisador Gildásio Sá criou o Portal da História do Ceará, que já está no ar, com o objetivo de pôr à disposição de todos um pouco da história do Ceará, com fatos, documentos e personagens que fizeram a história do Estado.

No portal é possível ter acesso a um banco de dados com milhares de itens – livros, artigos, revistas, fotos, mapas jornais e outros documentos – organizados em seções.

Gildásio, na apresentação, afirma que o portal não tem fins lucrativos e visa à “divulgação de informações importantes para cientistas sociais, pesquisadores e estudantes”. O material disponível no portal foi cedido por pesquisadores e instituições.

Fonte: O Povo

Projeto entrevista grandes nomes da cultura cearense

Willis Santiago é o convidado de hoje do projeto Quarta Literária Especial
 Em mais uma edição do projeto Quarta Literária Especial, que acontece no Centro Dragão do Mar, o escritor e pesquisador Willis Santiago debate sobre Literatura, Filosofia e Direito

As afinidades entre os campos do Direito e da Literatura no Brasil já foram mais evidentes. Desde meados do século XIX, nas redações jornalísticas e nos movimentos literários, lá estavam os estudantes de direito. Pelos dois primeiros cursos superiores do Brasil, direito e medicina, passaram diversos dos nossos cânones literários. Mas qual a influência do estudo do direito na literatura por eles desenvolvida? E mais intrigante ainda: qual a influência da literatura no exercício das leis?

Para o escritor, filósofo e professor Willis Santiago, o direito não apenas estimulou a literatura, sendo berço de escritores e pano de fundo de muitos romances, mas também a literatura exerce poder sobre o direito, na medida em que o humanismo presente na produção da prosa e da poesia é fundamental à elaboração das leis impostas à vida humana. Sobre esse e outros debates intrínsecos ao tema, conversa hoje Willis Santiago, convidado do projeto Quarta Literária Especial, apresentado pelo também escritor Carlos Emílio Corrêa.

A primeira palestra de Willis proferida a respeito do assunto foi em 1983, no Ceará, quando debateu sobre o jurídico em Kafka. "Esse grande filósofo era também jurista, por isso pensou o ser humano e as relações sociais através do prisma do direito", explica. O pesquisador, que é também livre-docente em Filosofia, pretende levar esse campo ao debate, como um elo entre literatura e direito.

Evento

Há quatro anos, o Centro Cultural Dragão do Mar sedia o projeto Quarta Literária, que já recebeu grandes nomes da literatura cearense. Em formato de entrevista, o evento é gravado e, futuramente, será disponibilizado online. "Fomos responsáveis por um dos únicos registros de célebres autores cearenses como José Alcides Pinto e Eduardo Campos", revela Carlos Emílio.

Na quarta-feira passada, o programa recebeu a tradutora de "O Quinze", de Rachel de Queiroz" para a Alemanha, Ingrid Schwamborn. Na semana após Willis, o programa adota o tema "Projetando cinema na vela da jangada" e recebe o crítico Rodrigo Miranda Leão, que reportará suas lembranças da vinda de Orson Welles a Fortaleza nas filmagens do inacabado "It´s All True". Na época, Miranda tinha 10 anos. O projeto acontece no auditório do Centro Cultural Dragão do Mar e é aberto ao público.

MAIS INFORMAÇÕES

Quarta Literária Especial. Hoje, às 19h30, no Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Rua Dragão do Mar, 81). Grátis. Contato: (85) 3488.8600

MAYARA DE ARAÚJO
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Na rota do Pe. Antônio Vieira

Em terras alencarinas, o professor e navegador António Abreu Freire comanda o veleiro na subida do Rio Coreaú
FOTO: DIVULGAÇÃO
No roteiro original da viagem do missionário, revivido pelo CHIC, estão incluídos Camocim e a Serra da Ibiapaba

Fortaleza Há quase três anos, o professor e navegador português António de Abreu Freire decidiu refazer, a bordo de um veleiro, o trajeto do padre Antônio Vieira entre Portugal e Brasil, realizado no século XVII, em 1641. O Cruzeiro Histórico Identidade e Cidadania (CHIC) foi parte de um projeto da Universidade de Aveiro (Portugal) para celebrar os 400 anos de nascimento de um dos principais personagens da história luso-brasileira. Na próxima semana, o professor estará em Fortaleza, de onde seguirá até o Maranhão, onde trabalha num documentário filmado sobre Pe. Vieira.

Em entrevista concedida de Portugal, Antônio Abreu Freire conta que o objetivo do cruzeiro, ao repetir a epopeia do padre Vieira, foi "dar a conhecer melhor a dimensão do seu gênio, com a publicação do livro intitulado ´Diário de Bordo´, escrito ao longo da viagem. O veleiro partiu no dia 17 de março de 2007, fez escala em Cabo Verde e chegou a Salvador no dia 30 de abril. Em seguida, fez escalas em Recife, Camocim, São Luís e Belém, percorrendo, a partir desses portos, os espaços por onde o padre Vieira percorreu na sua atividade de educador, político, pregador e Missionário".

Piratas

O escritor descreve a vida de Vieira como "uma história de projetos inacabados e de paixões sublimes. Ao longo da sua existência, ele passou por espaços que foram e continuam a ser emblemáticos". O escritor lembra que o missionário " atravessou o Oceano Atlântico sete vezes, fez 15 grandes viagens marítimas, foi vítima de piratas e naufragou, mas nada o fez desistir de enfrentar o seu destino de cidadão do mundo".

Além da fúria do mar, no histórico cruzeiro, a tripulação, formada por quatro pessoas, se deparou com vários dissabores. Se não encontraram os piratas que atacaram a comitiva do padre Vieira, se depararam com problemas comuns nos nossos tempos. "Em Cabo Verde, na Ilha de Santiago, Cidade da Praia, fomos vítimas de um assalto a mão armada quando estávamos ancorados na noite que precedeu a nossa largada para Salvador. Levaram computadores, dinheiro, máquinas fotográficas e nossos passaportes".

Novo assalto

Em Salvador, mais um susto. "Desta feita, o assalto foi no meio da rua. Nos levaram a máquina fotográfica que estávamos a trabalhar. O pior é que, no dia seguinte, fomos vítimas de um golpe que nos deixou sem dinheiro. Nossa conta bancária foi esvaziada, depois que clonaram nossos cartões". A via- crúcis da comitiva não acabou por aí. No Pará, foi a vez dos chamados "ratos de água" agirem. "Estes só queriam comida e roupa. Levaram nossas reservas alimentares nas vésperas da largada de Belém. Deixaram-nos umas garrafas de cachaça, dizendo que não a queriam porque não era boa".


Apesar de tudo, o professor António Abreu enfatiza que "as alegrias foram tantas que compensaram todos os percalços, todos os momentos difíceis em que faltou o dinheiro, em que fomos assaltados e corremos riscos de perder a vida. O importante é que fizemos uma grande viagem, fomos e voltamos. Realizamos esse projeto para prestar uma homenagem ao padre Antônio Vieira, o maior luso-brasileiro de todos os tempos".

MAIS INFORMAÇÕES

Sobre a viagem, conferir o blog antonioabreufreire.bloguepessoal.com ou no site http://www.ua.pt (Universidade de Aveiros-Portugal)

AVENTURA
Percurso de quase meia volta ao mundo

O Cruzeiro Histórico Identidade e Cidadania (CHIC), que serviu de tema para o livro do professor, escritor, ensaísta e navegador António de Abreu Freire "Diário de Bordo" fez parte de um projeto da Universidade de Aveiro que comemorou, em 2008, 400 anos de nascimento do padre Antônio Vieira. Cumpriu um percurso de 10 mil milhas náuticas, o equivalente a quase meia volta ao mundo. O veleiro sueco - um Elan 43 com 18 anos de uso - deixou Aveiro em março de 2007 e regressou um ano depois. Na primeira etapa, passou pela Ilha da Madeira, Cabo Verde, Salvador, Recife, Camocim, São Luís, Belém, Caraíbas, Bermudas, Açores e Portugal. A tripulação foi sempre de quatro pessoas, sendo que António Freire e o engenheiro alemão Dietmar Schramm participaram do roteiro completo. Já o cinegrafista português Luís Costa fez a viagem até Belém; Jaime Castro, português, viajou de Portugal a Salvador; Henrique Naomi, artista baiano, foi de Salvador a Belém. João e Rafael Quaresma, brasileiros paraenses, foram de Belém a Portugal.

Fernando Maia
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste