sábado, 19 de março de 2011

Movimento Escoteiro

Foto: Divulgação
 No dia 12 de março, sábado, às 8:00 h da manhã, no CVT, foi realizada uma palestra sobre ESCOTISMO e como contribuir para o desenvolvimento dos jovens de nossa comunidade com o Major Rondon Comandante da Policia Militar de nossa cidade e Chefe Escoteiro. Compareceram a essa reunião 40 alunos do Liceu para participarem do Movimento Escoteiro.
O Escotismo é um movimento educacional para jovens com a colaboração de adultos e voluntários, sem vínculos politico-partidários, que valoriza a participação de pessoas de todas as origens sociais, raças e crenças, de acordo com o Propósito, os Princípios e o Método Escoteiro, concebidos pelo fundador Baden-Powell. Oferecido a milhares de jovens graças ao trabalho voluntário de adultos que se preocupam com a construção de um mundo melhor, o Movimento Escoteiro procura alcançar o maior número possível de crianças e jovens com a formação de Grupos Escoteiros em todos os bairros da cidade. Tomar parte neste maravilhoso movimento é tornar possível que mais crianças e jovens possam praticar atividades sadias relacionadas ao seu desenvolvimento pessoal.
O Programa Educativo do Escotismo é composto por um conjunto de atividades e conhecimento que o jovem deve desenvolver, que resultam em experiências educativas e contribuem para o crescimento pessoal, o aumento da autonomia e capacidade de assumir responsabilidades.

Fonte: Blog Liceu de Acaraú

Estudantes podem inscrever-se para bolsa de trabalho

O campus de Acaraú do Instituto Federal do Ceará (IFCE) abre inscrições, de 16 a 18 de março, aos estudantes dos cursos técnicos e superiores da sede, para bolsas de trabalho. Os alunos selecionados, que ficarão num banco de reserva, darão apoio aos setores administrativo e de ensino da instituição. As inscrições, gratuitas, serão efetivadas no sala do Serviço de Assistência ao Estudante do campus. As entrevistas serão realizadas no período de 21 a 24 de março. A seleção é coordenada pela Professora Soniamar Rodrigues, do campus de Acaraú. Os bolsistas da sede do IFCE trabalharão em regime de 20 horas semanais (quatro horas diárias) e receberão um auxílio no valor de R$ 255,00. A vigência da bolsa será de um semestre, podendo ser prorrogada por mais três semestres, não podendo ultrapassar quatro semestres. O foco do Programa Bolsa de Trabalho, ofertado pela instituição, são alunos carentes com renda familiar de até três salários mínimos.
Leia o Edital aqui: http://migre.me/43dAm

Fonte: Blog do IFCE-Campus Acaraú

Ano de Instrução 2011 começa com Solenidade de Matrícula

Aconteceu no último sábado (12 Mar 11) a solenidade que marcou formalmente a matrícula dos novos atiradores da Turma de 2011. Na presença de autoridades locais, militares e familiares que abrilhantaram a cerimônia, os novos atiradores adentram o Portão das Armas e foram recepcionados pelo Subtenente Vanderlei Terras de Souza, Chefe da Instrução e pelo Excelentíssimo Senhor Pedro Fonteles dos Santos, Diretor do TG 10-018.


O Subtenente VANDERLEI TERRAS DE SOUZA, Chefe da Instrução realizou a leitura da mensagem do Excelentíssimo Senhor General de Exército ENZO MARTINS PERI, Comandante do Exército, aos novos Atiradores.
50 Novos atiradores foram matrículados
Momento em que o Excelentíssimo Senhor Pedro Fonteles dos Santos, Prefeito e Diretor do TG 10-018, declara iniciado o ano de instrução militar no Tiro-de-Guerra de Acaraú
 Fonte: Blog TG 10.018

O sonho não morreu

Minha amada terra latina americana
Minha amada África escravizada e desumana
O sonho não morreu
Meu antepassado faleceu
Mas eu estou vivo
“HASTA LA VICTORIA SIEMPRE” meu querido
Eu sei que o que eles querem é padrão europeu
Que o norte-americano é bonito e o feio aqui sou eu
Quem disse que ser negro é ser inferior
Quem disse que o europeu é que é superior
Temos vividos anos e anos como coadjuvantes
Meros figurantes
Desprovidos de ascensão social
Providos de discriminação racial
Latino americano
Não é o Latino rebolando
Não estamos nos jornais e nas revistas
Mas somos sujeitos a todo tipo de revista
Policial que incita
Que pelo a cor da pele somos marginais
Drogados banais
A África outrora rica
Foi invadida e destruída
América Latina já tinha seus moradores
Quando foi violada pelos europeus invasores
Capturaram, subjugaram, mataram e estupraram
Mas nunca foram julgados
Pagamos pelo crime que não cometemos
Você não sabe o que é séculos e séculos sofrendo
“HERMANOS E HERMANAS”
Não deixem apagar a chama
Norte americano vive “MUY BIEN EN SU CASA”
Enquanto a nossa ainda é feita de palha
“NO PUEDE" continuar assim
Temos que lutar até o fim.

Fonte: Web Artigos publicado 14/03/2011 por Alberto Marques Aragão

Conexão Minas-Ceará

O mineiro Lô Borges encerra a turnê do CD "Harmonia" com show em Fortaleza, no BNB Clube. Abertura fica por conta do cearense Eudes Fraga

Depois da folia do carnaval, o público de Fortaleza tem uma boa opção de espetáculo de música de qualidade. E em dose dupla. Na edição deste sábado do Projeto BNB Clube de Cultura, sobem ao palco da tradicional agremiação o cantor e instrumentista mineiro Lô Borges e o violonista e compositor cearense Eudes Fraga. A programação começa às 21 horas.

Lô Borges Foto: Divulgação
Lô Borges faz uma apresentação com seu tradicional violão, acompanhado por um de seus conterrâneos, o guitarrista Henrique Mateus. O show marca o encerramento da temporada de divulgação eo seu disco mais recente, "Harmonia" (2008).

O set list, claro, inclui também suas canções que foram sucesso de público, desde o tempo do lendário do Clube da Esquina (parceria com Milton Nascimento, Beto Guedes e outros). Têm espaço garantido clássicos como "O trem azul", "Um girassol da cor do seu cabelo", "Para Lennon e McCartney" e a própria "Clube da Esquina Nº2", além de novidades, caso de "Caminho", "Onde a gente está", "Cordão de ouro" e "Chegado" - todas feitas em parceria com o mano Márcio Borges.

Depois de algum tempo sem se apresentar em Fortaleza, o músico mineiro está otimista com relação a sua apresentação: "Minha expectativa é enorme. Adoro tocar em Fortaleza, cidade que tenho bons amigos e me traz ótimas lembranças. O show ´Duo´ é mais intimista e acho que vai combinar muito com o astral do projeto".

O repertório do show seguirá o set list da turnê. "Mas a participação da plateia nos meus shows é sempre bem-vinda. Podem pedir que eu canto, desde que eu ainda me lembre das harmonias e das letras (risos)", avisa o dono da festa.

Álbum
As composições do CD "Harmonia" são frutos de sua parceria com o irmão, Márcio Borges. Com o tempo, Márcio tornou-se o parceiro mais frequente e constante de Lô Borges. "Como pretendia manter um núcleo fechado para produzir este projeto, chamei o Marcinho para escrever as letras para aquelas canções que pediam letras. A minha ideia era de que esse disco tivesse várias vinhetas ou temas musicais que não precisassem de letra. O núcleo que trabalhou neste disco comigo foi basicamente os músicos da minha banda, o arranjador de cordas, o Márcio e os músicos do Octeto de Cordas".

Parcerias
A partir dos anos 2000, Lô Borges realizou shows com o conterrâneo Samuel Rosa, da banda Skank, e fez parcerias com Tom Zé, Nando Reis e Arnaldo Antunes. "Com o Samuel Rosa, continuo me encontrando com regularidade, fazemos músicas e no meu novo disco, previsto para este ano, vão ter duas parcerias inéditas nossas, não só na composição, mas ele cantando comigo. Inclusive numa dessas músicas, somos parceiros do Nando Reis. Com Tom Zé e o Arnaldo, nos encontramos por aí, pelos festivais que rolam pelo país, mantendo aberta a possibilidade de novas parcerias", detalha.

Quando questionado sobre o momento atual da MPB mineira, Lô Borges preferiu não dizer nomes: "a cena musical hoje em Minas Gerais vai muito bem, principalmente a independente. Graças às leis de incentivo, muita gente boa está tendo oportunidade de mostrar o seu valor. Além dos artistas, vejo que os festivais de música estão retomando a sua força, o que é muito bom".

Mesmo antenado com a atual geração, Lô Borges também mantem contatos com seus contemporâneos do Clube da Esquina. Ele revela que, "continuamos todos amigos, apesar de não nos encontrarmos mais com a mesma frequência. O que mais tenho contato é com o Bituca (Milton Nascimento), inclusive ele me chama para participar dos shows dele, bem como sempre o convido para ele cantar comigo, nos meus shows. Ano passado fizemos isso umas cinco vezes e gostaria de manter essa média anual".

As composições de Lô Borges já foram gravadas por alguns artistas da MPB com destaque para Elis Regina, Tom Jobim e Milton Nascimento, entre outros. No exterior tem sua obra lançada no Japão onde teve a experiência de fazer shows e ter seus discos lançados por lá, inclusive com as letras do encarte no idioma deles.

Clube da Esquina
O compositor Lô Borges faz parte de uma geração de artistas mineiros que marcou definitivamente a MPB nos anos 1970, através do movimento que ficou conhecido como Clube da Esquina. Além dele, integram o seleto grupo, figuras do nível de Toninho Horta, Fernando Brant, Beto Guedes, Ronaldo Bastos, Nivaldo Ornellas, Flávio Venturini e Milton Nascimento. Com Milton, Lô compôs todas as músicas do antológico álbum duplo "Clube da Esquina" (1972).

Sempre trabalhando na sua trajetória profissional, nos planos futuros na carreira musical de Lô Borges estão o registro de novas canções, "tenho composto e gravado bastante material inédito. Costumo dizer que a minha capacidade de produzir música é muito maior que a capacidade de lançá-la. Tento fazer a minha parte, que é produzir, mas lançar os discos, não depende só de mim. Por isso mesmo, vou tocando o barco. E como já disse, este ano de 2011 vai ter disco novo, que na minha modesta opinião, é um dos melhores que já produzi. caprichei nas participações especiais: Fernanda Takai, Samuel Rosa e Milton Nascimento. Estou super ansioso para lançá-lo e ver a reação do público. Se tudo der certo, até o meio deste ano, estará nas lojas". Finalizou.

MAIS INFORMAÇÕES
Show Lô Borges e Eudes Fraga. Às 21 horas, no BNB Clube
(Av. Santos Dumont, 3646). Ingressos: R$ 15 (meia/sócio) e R$ 30 (inteira).
Contato: (85) 4006.7200

Eudes Fraga Foto: Divulgação

O cancioneiro de Eudes
O cantor, compositor e músico cearense Eudes Fraga também está bastante otimista com sua participação no Projeto BNB Clube de Cultura. "É uma honra fazer a abertura do show do Lô Borges", revela. "Sou fã demais do pessoal do Clube da Esquina. Milton Nascimento é a minha referência maior por causa do seu canto. Sempre foi", explica .

Eudes Fraga faz questão de antecipar algumas músicas que fazem parte do repertório de seu show. Estão confirmadas "Urubu mestre do voo", "Bailarina", " Assovio" e "Amor de reis", parcerias com Joãozinho Gomes, Dudu Falcão, Paulo César Pinheiro e Fausto Nilo, respectivamente. O gantor garante ainda "Dragão do Mar", criação solo, com letra e música do próprio intérprete.

O cantor Eudes Fraga sobe no palco do BNB Clube tocando violão e cantando. Na noite, ele se faz acompanhar pelos percussionistas Otto Júnior e Rodrigo dos Santos. Ele manda um recado para os leitores: "Convido a todos que compareçam para ouvir música que vem do coração. Sem tempo, sem moda, sem dançarinas. Não é todo dia que temos um Lô Borges cantando aqui na cidade. Vai ser uma noite de festa, de rever amigos e fazer novos também. Esse Projeto BNB de Cultura é uma das válvulas de escape da nossa MPB. Precisamos comparecer sempre a palcos como esse, feito com muita raça e luta por pessoas amantes da boa música".

NELSON AUGUSTO
 REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Encontro reúne gerações de rabequeiros

FOTO: ALANA ANDRADE
Orquestra Armorial do Cariri arrancou aplausos do público durante sua apresentação no auditório de Sesc/Senac
O I Ceará das Rabecas foi aberto, ontem, no Sesc/Senac Iracema. Exposições (fotográfica e instrumental), oficinas, seminários, apresentações de mestres rabequeiros e de grupos regionais e lançamento de livro fizeram parte do evento.

Reunir gerações de rabequeiros do Estado para o fortalecimento da cultura é o objetivo do festival que conta com apoio do Sistema Verdes Mares.

Um público diversificado em termos de faixa etária compareceu ao Sesc/Senac Iracema. "É muito interessante ver aqui reunidos a nova geração e a velha guarda de rabequeiros. Além do que, apreciar esta exposição fotográfica e ter contato com as luthiers que nos mostram a verdadeira arte de se confeccionar uma rabeca, é gratificante", contou a publicitária Nathália Cardoso (24), publicitária.

Aos 83 anos, seu Antônio Hortêncio ainda não perdeu o ritmo de seu instrumento preferido que aprendeu tocar quando tinha 15 anos, lá na Varjota. Ele ´´debruça-se´´ sobre a rabeca e executa o clássico "Asa Branca" para seu deleite. "Tocar rabeca não é tão fácil assim como é o violino", afirma seu Antônio.

A nova geração de rabequeiros representada por Jéferson Leite (29), também deu uma "´palhinha´´ para o público, tocando chorinhos consagrados.

"Não podemos deixar essa tradição se acabar. Além do que tocar rabeca é prazeroso", argumentou Jeférson Leite.

O luthier (fabricante de rabeca)Benedito Sousa (55), considerou importante expor o produto que fabrica. "Aqui temos chance de vender instrumentos. Em Itapajé, onde moro é difícil encontrar comprador. Confeccionar rabeca não é fácil, requer paciência e dedicação. R$250,00 custa a rabeca que é uma obra de arte" completou.

O professor Gilmar de Carvalho curador do I Ceará das Rabecas, que também é o nome de seu livro lançado, aproveitou para ressaltar a importância do evento. "Durante esses três dias de programação inteiramente gratuita, o público terá a oportunidade de participar de uma intensa e bastante rica diversidade cultural. Aqui estão mestres e tocadores que mantêm viva a tradição de tocar um instrumento que embora seja de origem árabe, foi incorporado à cultura brasileira, de feitura popular.

Livro
Sobre seu livro, Gilmar diz que juntamente com o fotográfico Francisco Sousa, procurou resgatar esta cultura, através de pesquisa, que mostrou existir mais de 100 rabequeiros em atividade no Interior do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste

Uma estreia em versos

Foto: Jornal de Poesia
A escritora e poeta Maria de Fátima Maia, mineira de nascimento e cearense de criação, lança hoje seu primeiro livro, baseado em experiências próprias

Catarse. Assim Maria de Fátima Maia resume o processo de elaboração de seu primeiro livro, "Borboletário", a ser lançado hoje à noite, no Ideal Clube. A obra reúne poemas produzidos ao longo de alguns anos da trajetória da escritora. "As temáticas variadas dos textos referem-se às minhas próprias vivências. Então escrever esse livro foi uma forma de catarse de situações que experimentei", revela Maia.

A ideia da obra surgiu por acaso, quando a autora decidiu apresentar seus versos ao poeta cearense Majela Colares, que assina a orelha do livro. "Tinha o material guardado e mostrei ao Majela. Ele achou que tinha qualidade e repassou à editora", recorda Maia.

Com prefácio do poeta e jornalista brasileiro Jorge Tufic, "Borboletário" é dividido em três blocos: "Uma borboleta", "Duas borboletas" e "Panapaná" (migração do inseto em certas épocas). O primeiro reúne versos elaborados primordialmente a partir da observação de pessoas em geral e suas condutas. "Às vezes ficamos chocados com uma atitude injusta, cruel, e escrever é uma forma de relatar, de liberar a indignação, a revolta", ressalta a autora, referindo-se novamente à catarse.

No segundo bloco, a temática é mais afetiva. "É uma espécie de desabafo de todas as situações pelas quais já passei nesse âmbito", explica Maia.

Já o terceiro bloco é mais relativo à família, à infância. "Há muitas lembranças, principalmente do Interior, pois fui criada em Limoeiro do Norte. No poema ´Madrugada da tarde´, por exemplo, falo sobre a rotina de estudante e da cidade na hora da sesta, quando fecham até comércio. Fica tudo tão silencioso quanto a noite, por isso o nome. É algo comum lá, e uma coisa que me marcou muito", comenta Maia.

"Já o último poema, ´Bicicleta´, faz alusão ao rio Jaguaribe, que corta Limoeiro. Aprendi a nadar nele", lembra a escritora. O próprio nome do livro é uma referência a esse processo de vivências. "Cresci muito ao fazer esse exercício de auto-analise. Assim como a borboleta evolui desde a fase de larva, até se tornar livre, passar para outra etapa da vida. Tanto que as coisas que escrevi após o livro são diferentes. A poesia é espontânea, e sua produção não para", observa Maia.

Maria de Fátima Maia nasceu em Minas Gerais, mas mudou-se para o Ceará ainda criança. Começou a escrever poesia ainda na infância.

Poesia
Borboletário Maria de Fátima Maia

Confraria do Vento
2011
60 páginas
R$ 23

Lançamento hoje, às 19 horas, no Ideal Clube - Salão Meireles (Av. Monsenhor Tabosa, 1381, Meireles). Contato: (85) 3248.1055

Fonte: Diário do Nordeste

Marcelo Gurgel -Livro Tempos de Guerra e de Paz

Médico, professor e escritor Marcelo Gurgel (Foto: BANCO DE DADOS)



Marcelo Gurgel é que nem uma coruja: não dorme à noite e ainda fica a filosofar. No silêncio da madrugada, o único sinal de vida acordada que vem do seu apartamento, é uma luzinha fraca que permanece acesa, sem alterar muito a conta da Coelce, no final do mês. É que o médico Marcelo, além de economista, é econômico, cultivando sempre o velho ditado “quem paga, apaga”.

Mas nada disso vem ao caso porque o que se quer mesmo é falar da última produção literária do Marcelo Gurgel Carlos da Silva. Esse é o seu 57° livro, e do jeito que vai, com a idade que ele tem, lançando uma média de quatro obras por ano, quando chegar aos 80, será figura carimbada no Guiness local.

O mais importante, nessa corrida desenfreada do Professor Marcelo para publicar títulos e mais títulos, é que ele, além de se promover, promove também um bocado de gente, pessoas, aliás, que não teriam condições de ver seus trabalhos jogados no mercado da fama, se não fosse o olho clínico dele para escolher o que é bom e o que não é. Com outros, no entanto, acontece diferente: ele faz um trabalho de compilação - seleciona autores, identifica peças dignas de serem publicadas, reúne-as em capítulos, observando os temas tratados, no que, por sinal, ele é um verdadeiro “expert”, e, logo, logo, chega a hora de dizer: Pronto! Mais um!

Pode até parecer estranho, mas diante dessa avalanche literária, em termos de produção de obras, bem que o Marcelo Gurgel poderia se dar ao luxo de representar a esfinge, e dizer para o grande público: “Decifra-me”. Devorar, não cairia bem, dado seu espírito de paz, mas até que seria bom alguém conseguir explicar o comportamento dos seus neurônios, numa atividade (cerebral/intelectual) fora dos padrões da normalidade.

Esse último livro do Marcelo Gurgel Tempos de Guerra e de Paz só faz enriquecer a sua biografia e a própria literatura cearense, tão prolífera, mas sempre tão engenhosa, o que abre espaço para que, aqueles que são realmente bons, venham a se perpetuar.

A Academia Cearense de Letras, quando assim julgar oportuno, poderá acolhê-lo, entre os seus imortais, dispondo ao Marcelo uma cadeira, a fim de nela ele tome assento, por méritos próprios, honrando uma Casa que já abrigou, e ainda abriga, as mais lúcidas inteligências do Ceará.

Em que pese o título da obra que ora está sendo lançada na XV Semana Universitária da Uece, vive-se, hoje, mais tempo de paz, que de guerra. Se essa existe, é para que a justiça seja feita.

Elsie Studart G. de Oliveira - Técnica em assuntos educacionais
e aposentada do DNOCS adrianoboxcar@ig.com.br

Fonte: O Povo

Perímetros podem ter CVTs

CVT Portuário da Companhia Docas do Ceará
FOTO: ALANA ANDRADE
Grupo de trabalho já está formado para iniciar as ações nas áreas tecnológicas, conforme foi anunciado ontem
Até R$ 100 milhões serão investidos na implantação de centros tecnológicos em perímetros irrigados da Região Nordeste. O projeto em fase embrionária, que pretende adotar como modelo o Centro Vocacional Tecnológico (CVT) Portuário da Companhia Docas do Ceará, contará com a participação técnica e financeira de todos os órgãos envolvidos para superar entraves orçamentários.

Em encontro realizado ontem pela manhã, no CVT Portuário de Fortaleza, foi formado um grupo de trabalho para iniciar as ações nas áreas de tecnologia e assistência tecnológica, visando atender demandas dos pequenos produtores, com base na vocação de cada perímetro irrigado e na expertise de cada órgão. O projeto, com o detalhamento de todos os envolvidos, será entregue ao ministro Fernando Bezerra, da Integração, para avaliação junto aos Ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia. Juntos eles encaminharão a proposta à Presidência da República.

Encabeçada pelo deputado Ariosto Holanda, o projeto engloba instituições como Departamento de Obras Contra as Secas (Dnocs), Companhia Vale do São Francisco (Codevasf), Conselho dos Reitores dos Institutos Federais (Conif), CNPq e Embrapa, devendo envolver recursos do Finep e do BNB. Segundo o diretor do campus Limoeiro do Norte do IFCE, José Façanha Gadelha, além de ter participado da elaboração do projeto junto ao Dnocs, "o IFCE fará a formação de pessoal, acompanhamento dos perímetros irrigados e pela realização de pesquisas em seus laboratórios", reforça. Segundo Façanha, o grupo de trabalho terá também a missão de pressionar a bancada cearense para reforçar a proposta perante o governo federal. "O desenvolvimento tecnológico do Estado depende da fixação de centros tec-nológicos no interior. A escola itinerante ensina e vai embora. Então o produtor rural não consegue esclarecer as dúvidas que surgem. Com os centros fixados nos perímetros eles vão se sentir numa extensão do trabalho deles", defende.

Perímetros no Ceará
Rennys Frota, diretor de Produção e Desenvolvimento Tecnológico do Dnocs, informou que dos 19 perímetros irrigados previstos no anteprojeto para receber os CVTs, oito estão no Ceará, que concentra a maior parte dos perímetro de grande porte mantidos pelo órgão. São eles: Curu Paraipaba, Baixo Acaraú, Araras Norte, Tabuleiro de Russas, Jaguaribe-Apodi, Morada Nova, Icó-Lima Campos e Pentecostes. Os outros 11 perímetros estão distribuídos na Bahia, Paraíba, Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco. "Para fazer a seleção consideramos a área dos perímetros e as comunidades do entorno. Nossa projeção é que para os 19 centros sejam necessários R$ 52 milhões", informa. Frota adiantou que o número de perímetros cearenses beneficiados pode aumentar. O diretor do Dnocs lembra, porém, que ainda vai ser elaborado o projeto da Codevasf. "É um trabalho embrionário", emenda.

ÂNGELA CAVALCANTEREPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 18 de março de 2011

Giuliano Eriston – De Jericoacoara para o Mundo

O instrumentista Giuliano Eriston (13 anos), natural de Bela cruz, radicado em jericoacoara, filho do musico compositor e interprete Ricardinho Mattos , fez a esperada aparição no domingo dia 06/03/11 no programa Domingão do Faustão. O mesmo foi convidado pela produção do programa.

Todo o vale do Acaraú assistiu este grande momento. Giuliano Eriston  começou a tocar aos seis anos de idade e hoje aos 13 já tem em seu currículo várias participações com grandes músicos de reconhecimento nacional e internacional, tendo já tocado com Davi Morais, Roberta Sá, Arismar e Carrilho, que além de mestres, já são considerados amigos. Recentemente abriu o segundo festival de choro e jazz de Jericoacoara. O músico mirin, toca guitarra, cavaquinho, bandolim entre outros instrumentos. 

Fonte: Blog Cruz Online



Gente, eu tive a oportunidade de conhecer esse músico maravilhoso de apenas 13 anos em Dezembro do ano passado no Festival de Choro e Jazz em Jericoacoara. Ele fez o maior sucesso, a cidade inteira já o conhecia e fez uma apresentação de 1 hora impecável. Nos intervalos do festival dava canjas nos bares e restaurantes sempre acompanhado por músicos cearenses e nacionais já consagrados, tais como, Mimi Rocha, Manassés e Nélio Costa.

Nesse último domingo, 6 de Março, Giuliano participou do programa Domingão do Faustão no quadro “De Olho Nele” acompanhado pelo saudoso Caçulinha. Nesse mesmo período, estava eu e minha amiga querida - a RP Inara de Almeida, em Jericoacoara, curtindo a popularidade do garoto na região, aproveitando a rica oportunidade de vê-lo tocar mais uma vez ao vivo nos bares locais, e claro, conversei com o próprio no bar ZChopp na noite de terça feira.

Sempre muito simpático e com um lindo sorriso estampado no rosto, Giuliano me contou humildemente que ainda não pensa em gravar um Cd, normal para quem tem apenas 13 anos. Seu passaporte para a Rede Globo foi graças a uma matéria feita no Festival de Choro e Jazz para um jornal de São Paulo. Sua cabeleira cheia de cachinhos esconde em parte seus olhos que brilhavam ao falar de música.

Em seu repertório para o carnaval de Jeri pude conferir muita MPB, considerando que nessa época do ano o município mantém sua estrutura e cultura local que é rica em gastronomia e músicas de muita classe. O axé e o pagode não entram na programação.

Giuliano nos concedeu uma entrevista que estará disponível em breve aqui no blog e na revista. Segue o vídeo da participação do músico no programa do Faustão. Vale a pena conferir o talento!

Fonte: Revista Fale

Paróquia de Acaraú: Convite Missa - Mons. Edson - 1 ano de Saudade!


A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Acaraú, ainda comovida com o falecimento do seu ex-pároco Mons. José Edson Magalhães, convida a todos participarem da Missa de 1 ano de Saudade que será celebrada na Igreja Matriz de Acaraú, no dia 29 de março, às 18 horas.

Sua presença muito nos confortará.

Agradecimentos antecipados a quem comparecer a esse momento de fé e oração!

Fonte: Blog Acaraú vivendo e  aprendendo

Centro de Educação a Distância de Sobral tem 95% das obras concluídas

A ideia de deslocar a sede administrativa do Governo do Estado para o Interior será retomada esta semana. O “Governo do Ceará na Minha Cidade” estará esta sexta-feira (18) em Juazeiro do Norte e sábado (19) em Sobral. O secretariado acompanha o governador Cid Gomes, e René Barreira, titular da Secretaria da Ciência e Tecnologia (Secitece), além de participar da programação conjunta, fará visitas específicas às instituições ligadas a C&T e Educação Superior e Profissional nas duas regiões.

No Cariri na sexta-feira, o secretário faz visita à Universidade Regional do Cariri (Urca), às 15 horas. Já às 19 horas, participa da colação de grau de 116 alunos da Faculdade de Tecnologia (Fatec - Cariri) e do Centro Vocacional Técnico (CVTec) do Crato e do Centro Vocacional Técnico (CVTec) de Barbalha, em solenidade no Ginásio Poliesportivo de Juazeiro.

No sábado, em Sobral, René Barreira estará presente no lançamento pelo Governo do Estado do "Projeto São José 2011", de combate à pobreza rural. À tarde o secretário visitará a fase final das obras do Centro de Educação a Distância (CED) no município. O empreendimento está com 95% de sua construção executados e deve abrir suas portas em agosto. “O CED irá ampliar a oferta de cursos técnicos, de nível superior tecnológico e de graduação por intermédio da Educação à Distância, através das instituições públicas de ensino superior do Estado”, lembra René.

Ainda em Sobral, a comitiva da Secitece irá à Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Lá, tem um encontro com os 21 novos professores efetivos, admitidos no último Concurso Público realizado na instituição, empossados no dia 1º de março. Integram a comitiva o secretário-adjunto, Almir Bitencourt, o secretário-executivo, Pedro Castelo, e a coordenadora de Educação Superior, Marcília Barreto.

17.03.2011

Assessoria de Imprensa da Secitece
 Simplícia Viana (3101.6466)

Feira Internacional de Cultura e Artesanato deve atrair cerca de 60 mil visitantes

Evento irá reunir 15 países e 10 estados brasileiros no Parque da Uva 

 Parceria entre a Prefeitura de Jundiaí e a Art Vale traz para a cidade a Feira Internacional de Cultura e Artesanato, entre os dias 18 e 27 de março, no Parque da Uva. Uma verdadeira viagem pelo mundo reunindo mais de 15 países e 10 estados brasileiros. A expectativa da organização é de atrair 60 mil visitantes durante o evento.

A feira, que já aconteceu nas cidades de Sorocaba, Piracicaba, São José dos Campos, Rio de Janeiro e Vale do Paraíba, tem parceria com o FUNSS (Fundo Social de Solidariedade), que receberá parte da renda arrecadada. A Secretaria Municipal de Cultura também apoiará o evento e oferecerá espaço a cerca de 100 artesãos locais.

“Este evento vai ser muito importante para a cidade. As pessoas vão poder visitar culturas de diferentes países num único lugar”, comenta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ari Castro Nunes Filho.

Com um passaporte, o visitante poderá conhecer inúmeras culturas, além de levar para casa o melhor de cada uma delas. No total, serão 84 estandes espalhados pelos dois primeiros pavilhões do parque.

“O terceiro pavilhão está reservado para o festival gastronômico que reunirá o melhor da culinária dos países participantes”, completa o secretário.

Participantes
Índia, Paquistão, Líbano, Síria, Peru, Equador, Indonésia, Turquia, Japão, Portugal, Rússia, Uganda, Gana, Quênia, Emirados Árabes, África do Sul, Tunísia, Tailânida e Itália já confirmaram presença na Feira em Jundiaí. Do Brasil, participam os estados de Minas Gerais, Tocantins, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Goiás e Rio de Janeiro.

 Fonte: Agencia Bom Dia

Marcos Duarte lança o livro “Alienação Parental” em Fortaleza

Foto: Divulgação
Fortaleza, Ceará, Brasil – O Advogado Marcos Duarte lança na Livraria Cultura, em Fortaleza, o livro “Alienação Parental – Restituição Internacional de Crianças e Abuso do Direito de Guarda – Teoria e Prática”. O autor será apresentado pelo Desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará, Francisco de Assis Filgueira Mendes.

Marcos Duarte analisa, Com base em sua vasta experiência profissional, a Convenção sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças, aprovada em 25 de outubro de 1980 e que entrou em vigor internacional no dia 1°. de dezembro de 1983, sendo promulgada pelo Brasil através do Decreto n.° 3.413, de 14 de abril de 2000 e a Lei de Alienação Parental.

O livro contém ainda, decisões judiciais selecionadas, pareceres, legislação e questões de ordem prática de grande utilidade para juristas, advogados, magistrados, promotores, professores, estudantes e público em geral. O prefácio é de Maria Berenice Dias, Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Advogada e Vice-Presidente Nacional do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família).
O evento terá ainda uma coletiva jurídica com a presença do Advogado Paulo Lins e Silva (RJ).

FICHA TÉCNICA:
TÍTULO: Alienação Parental – Restituição Internacional de Crianças e Abuso do Direito de Guarda – Teoria e Prática
AUTOR: MARCOS DUARTE
EDITORA: LEIS&LETRAS
Número de págs.: 250
Formato: 15cm x 23cm
Preço: R$ 59,90

Disponível nas lojas da Livraria Cultura em todo o Brasil:

Mais informações:
(85) – 3264.0012 – editor@leiseletras.com.br

Fonte: O Povo

Agentes de leitura


SAI/MinC realiza oficina no dia 18 de março para gestores de ações voltadas para o livro e leitura

A Secretaria de Articulação Institucional (SAI/MinC) promove nesta sexta-feira, dia 18, oficina para gestores estaduais e municipais de ações voltadas ao livro e à leitura. O objetivo é apresentar a metodologia do projeto Agentes de Leitura. Ao todo sete estados e 11 municípios, além de um consórcio municipal, são esperados para o encontro.

A oficina terá a participação da Cátedra UNESCO de leitura da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), centro de pesquisa especializado em leitura, responsável pelo desenvolvimento da metodologia de formação dos agentes. O projeto conta, também, com apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação ( MEC), sendo que a seleção das famílias alvo do projeto está a cargo do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

A partir do Programa Mais Cultura, o MinC coordena o projeto, repassa os recursos e orienta como os estados e municípios devem proceder para a seleção e formação dos agentes. A iniciativa consiste na preparação de jovens, entre 18 e 29 anos, com ensino médio completo, para o atendimento a famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família. Para um total de 25 horas semanais dedicadas ao programa, cada agente de leitura recebe uma bolsa mensal de R$350,00, um acervo com cerca de 100 livros, além mochila, bicicleta e uniforme.

Pelo projeto, esses jovens desenvolvem atividades cuja finalidade é criar ambientes favoráveis à leitura em escolas, bibliotecas e casas de famílias de suas comunidades. A estratégia utilizada inclui a promoção de rodas de leitura, contação de histórias e empréstimos de livros.
“Os agentes de leitura atuam integrados às bibliotecas públicas municipais. Da mesma forma, estão inseridos nas escolas, contribuindo na formação leitora de crianças e jovens, articulados com os professores em projetos pedagógicos de incentivo à leitura. Outros ambientes importantes para a ação dos agentes são os Pontos de Leitura e os Pontos de Cultura”, explica Fabiano dos Santos, diretor de Livro, Leitura e Literatura da SAI.

Foram convidados gestores dos estados do Acre, Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Piauí e Rio Grande do Norte; dos municípios de Canoas, Bento Gonçalves e São Leopoldo (RS); Ribeirão Preto, Osasco, Laranjal Paulista, Diadema e Votarantim (SP); Recife (PE), Fortaleza (CE), Joinville (SC) e do Consórcio Culturando São Paulo.

A SAI estima que os primeiros agentes de leitura já estarão atuando a partir do segundo semestre deste ano. A previsão é distribuir 3.118 jovens agentes entre os estados e municípios beneficiados pelo projeto.
Inspirada em uma iniciativa do governo do Ceará, a difusão de Agentes de Leitura, no país, é parte das diretrizes do Plano Nacional do Livro e Leitura ( PNLL), implantado em 2006 pelo governo federal para assegurar e democratizar o acesso à leitura e ao livro.

Serviço
Ofina do Projeto Agentes de Leitura
Data:  sexta-feira, dia 18, a partir das 9 h
Local: Diretoria do Livro, Leitura e Literatura do MinC
End.: Setor Comercial Sul, quadra 9, lote C, Edifício Parque da Cidade – Torre B, 12º andar -
Tel.: (61) 20242692

Fonte: Marcelo Leal, Ascom/MinC

Promotora de Justiça cearense Greceanny Cordeiro lança livro coletivo em Paris, hoje


"As escritoras do Ceará Lêda Maria Souto, Beatriz Alcântara, Joyce Cavalcantte e Grecianny Carvalho Cordeiro, reunidas na capital francesa, vivenciam, hoje, o lançamento da antologia da Rebra na língua de Molière Após oito meses de gestação e de um mês e sete dias de seu nascimento, eis que chega o dia da consagração da obra: "Le Grand Show des Ecrivaines Bresiliennes", no Salão do Livro de Paris, às 21h:00.

Antologia é recheada de inspirações, retiradas de momentos do cotidiano e de insights de suas 62 autoras, traduzidos para diversos gêneros, como a poesia, crônicas e contos, agora na língua francesa. a colunista e as rebrinhas do Ceará, Beatriz Alcântara, Grecianny Carvalho Cordeiro e Joyce Cavalcantte já estão na terra de Victor Hugo, para o grande momento.

As cearenses escolheram a poesia no evento comandado pela Rebra (Rede de Escritoras Brasileiras), à frente Joyce Cavalcantte, escritora e jornalista, residindo em São Paulo, que reúne 3.500 associadas, com a missão de colocar em evidência na vitrine internacional os talentos femininos do nosso Brasil.

Com o lançamento na Cidade Luz, em um dos mais importantes eventos daquele país, contando inclusive com o "sous le haut patronage" do presidente da República Monsieur Nicolas Sarkozy e do senhor Ministro da Cultura; Monsieur Frédéric Mitterrand, a nossa literatura passa a ganhar destaque internacional.
A coletânea estará disponível para compra nas grandes livrarias a partir do próximo mês.

Uma parte significativa será destinada à distribuição em bibliotecas e universidades francesas, criando assim uma oportunidade para a nossa literatura frequentar o nicho das letras universais, e não apenas ocupar um modesto espaço na de língua portuguesa."

Fonte: Lêda Maria - Diário do Nordeste

A poética de Pedro Henrique Saraiva Leão

O poético se evola de todas as manifestações artísticas; na composição do poema, encontra a sua materialidade em relação à criação literária. O poeta, por sua vez, é resultado da elaboração, ao longo da cultura, de um discurso que, constantemente renovado, faz com que ele seja tocado pelo estado poético
Nesse sentido, o poeta, se gira na "essencial atmosfera dos sonhos lúcidos", é, pelo meio poético, impelido a ter uma singularidade; e, nesse caso, o que reconhece nos outros poetas - e o que destes colhe - é, em essência, o natural à poesia, pois, esta, naquele, é, antes de tudo, um apelo que vai ao encontro de uma vocação, um socorro a uma voz, sempre carente, assim, de uma inesgotável beleza.

O ponto de partida
A leitura de um grande poeta, portanto, veste-se de incontáveis desafios, quer sob aspectos de formas, que sob os relativos a cultivos temáticos. Por isso, as considerações iniciais foram ditadas pela empreitada de realizar um exame crítico do discurso literário de Pedro Henrique Saraiva Leão, uma vez que os fios por que se constrói apontam uma multiplicidade de recursos, ora de natureza morfossintática, ora de explorações sonoras; de tal sorte que, na folha de papel, o contorcionismo das palavras, em sílabas despedaçadas, inaugura sons e formas; e, até mesmo sob as estruturas aparentemente simples, imprime-se uma complexidade em relação à lógica e ao sentido.

O alimento
A matéria da poesia é a linguagem, pois desta advém o sensível. Nesse sentido, a lírica de Pedro Henrique Saraiva Leão concentra-se, sobretudo, no trabalho com a construção do discurso; e, este, nele, é, a rigor, o motivo do poético. Trata-se, então, de uma poética da linguagem, em que, mais do que a produção de um sentido, o que, em verdade, constitui o interesse do discurso, é o jogo dos significantes; isto é, o que a mais uma palavra, se provocada, poderá, enfim, dizer, ou, quando não, aludir. E todo o encantamento que o seu poema provoca no leitor resulta, antes, da naturalidade com que consegue extrair, de palavras já comuns, a seiva primeva, o nácar de que todos carecem, para que, assim, possam ser entregues ao prazer estético, como nessa composição do livro "Meus Eus": (Texto I)

Leitura do poema
Pedro Henrique Saraiva Leão é poeta de inúmeras particularidades: seus poemas, por exemplo, não comportam títulos; com isso, não há qualquer elemento-orientador em relação a uma possível temática. Desse modo, o verso surge, então, de chofre, desconcertando o leitor, enchendo-o de indagações perplexas, intrigado sob a égide das elipses mentais.

O primeiro verso "mas", a princípio, introduz uma oração subordinada adverbial adversativa; a oração principal, por sua vez, não se encontra no corpo do texto, só possível, portanto, no território das elipses; assim, o que parece opor-se aos desejos do eu lírico integra outra ordem, presente no terreno das especulações; entanto, tais considerações são, logo empós, dissolvidas pela conjunção aditiva "e", fazendo com que aquele "mas" seja absolutamente expletivo, um ornamento, assim, à estrutura sintática do texto.

A partir disso, o leitor percorre o sinuoso caminho das assonâncias, sublinhando as palavras-chave do poema: "era", em todas as variações sonoras e semânticas; e "tempo", enquanto agente provocador das reflexões; e, outrossim, alimento permanente destas. Ora, sendo do "tempo", a "hera" diz-lhe da natureza corrosiva; o tempo, sendo "era", isto é, um sistema ininterrupto da passagem das horas, o "tempo" aponta o perecível que se incrusta em todas as coisas, arando, assim, quer no passado, quer no porvir, a mesma terra, para a mesma colheita a ceifar seres e coisas, pois tudo se destina, inexoravelmente, à decomposição.

Uma reiteração
Ainda acerca do emprego de determinados recursos expressivos para o início da composição poética, o leitor encontra, em um outro poema, dessa mesma obra, não mais um advérbio, porém uma solitária vírgula - também carregada de especulações, já que, no discurso de Pedro Henrique Saraiva Leão, não existe abrigo para o excesso - os elementos por que o texto se orienta a este são absolutamente imprescindíveis: (Texto II)

Leitura do poema
Nesse poema, o sinal de pontuação - a vírgula -, implicando um único verso, sugere, no espaço, uma divisão temporal: um antes - a ser refeito pelo leitor - e um depois, configurando a experiência do eu lírico em tempo real. A presença de um "depois" indica o haver de um antes; este - infere o leitor - deve ser compreendido como o viver de uma escuridão, o exercício de uma ignorância, consoante insinua o oximoro (arrancados os olhos, o eu lírico é iniciado para a visão). Os pássaros (criam alguns povos antigos, como os célticos) são mensageiros; hão o poder mágico de comunicar-se com os deuses; nesse sentido, revelaram ao eu poemático o que, até então, não descortinara: a imagem do outro como uma promessa do - agora não tanto - desconhecido; pois, os olhos não só revelam quem olha, como, também, o que é olhado. Assim, o eu lírico, à semelhança dos aedos, cego, passa a ver o que, vidente, a ele era impossível.

Sobre o olhar
Em outro poema, Pedro Henrique Saraiva Leão perscruta o olhar enquanto curiosidade do espírito e desejo de decifração do que se estende entre o eu e o outro. Trata-se de uma composição em versos livres; porém com o emprego de rimas; - e estas surgem como indispensáveis ao andamento do ritmo: (Texto III)

A trama lírica se desenvolve a partir de um embate entre dois olhos, que, por conta do processo metonímico, representam os dois amantes. Em primeiro lugar, havemos a introdução do discurso do eu lírico, quando este se dirige aos "olhos" da amada, que, a rigor, encontram-se apenas na segunda estrofe.

O que, com insistência, diz o sujeito da anunciação? Servindo-se da estilística da repetição, bem como de malabarismos verbais, cose um intrigante jogo de armar: na passagem, "e que nos veem", (v.1), os "olhos" são um espelho numa função bijetora: imagina-se a reação do fitado sob o olhar do outro, e a deste sobre o daquele. Insinua um desdém na alusão a outros "olhos" e lábios "outros", estes "mais vermelhos" do que mesmo o "encarnado do vosso beijo"; e tal ocorreu "noutros espelhos", numa clara consciência de uma revelação, pois, dado aos "espelhos", os olhos os atravessam, e, refletida, é a imagem da própria alma.

O tema é o amor como uma aprendizagem, ditada esta por inexoráveis desencontros, conforme Platão, em "O Banquete": amar é dar ao outro o que não se tem, e esperar deste o que ele não possui; daí a blague no verso final: "estes olhos são os mesmos, meu amor", dissolver aquele incipiente desdém.

Trechos
TEXTO I
mas

a hera é do tempo, e

o tempo é era

que ara a mesma seara

do tempo de outrora

noutra hora

(p.35)

TEXTO II
como se depois

que pássaros me arrancassem os olhos

eu começasse a te enxergar

(p.42)

TEXTO III
estes olhos que vedes e que nos veem / já viram olhos como eu vejo, / viram lábios mais vermelhos / (não aqui: noutros espelhos) / do que o encarnado do vosso beijo /// estes olhos que ausentes me contemplam / agora, reconhecem, por certo, os de outrora / que vos olhavam olhavam, presentes, / vos olham da noite à aurora; /// estes olhos, ora

quedos, ora alados, / vezes ledos, outras tristes, / olhos de si amotinados, olhos / que cegastes pois tanto vistes, /// olhos que veem ermos, e / que se inundam de prazer, de dor / ,olhos que querem ver - / estes olhos, são os mesmos, meu amor (p. 67)

CARLOS AUGUSTO VIANA
EDITOR

Fonte: Diário do Nordeste

quinta-feira, 17 de março de 2011

Primeiro catálogo de equipamentos culturais de Fortaleza será lançado nesta quinta

Catálogo com todos os equipamentos culturais de Fortaleza é lançado nesta quinta-feira, 17, às 18 horas, no Theatro José de Alencar, como parte do Localizador Cultural de Fortaleza. O projeto, que tem o apoio da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará, visa promover a preservação e valorização do patrimônio cultural da cidade, por meio de um valioso registro histórico-cultural que inclui outros materiais, como o catálogo de artistas da terra.

De acordo com a idealizadora do Localizador Cultural de Fortaleza, professora e  produtora cultural, Sandra Maciel Barreto, a ideia é que este trabalho represente uma ferramenta de gestão capaz de ajudar aos Governos na elaboração de políticas de incentivo à cultura e aos novos negócios sociais na promoção e consolidação da Arte & Cultura.

O Projeto contempla seis produtos, com linguagens e objetivos diferenciadas: Livro que revela os principais bens culturais materiais pertencentes aos Governos Federal, Estadual e Municipal; Livro com os profissionais da cultura de Fortaleza, cadastrados em todas as regionais; Livro de referência didática, que propõe, aos educadores, a reconstrução dos espaços urbanos,um livro sobre os equipamentos culturais de Fortaleza; Mapa Cultural de Fortaleza com a localização de 70 Equipamentos Culturais em funcionamento em 116 bairros; Cartões Postais com as principais informações histórico–culturais e um Portal reunindo todas as informações do Projeto, com espaço para que os artistas cadastrados possam divulgar seus fazeres culturais

Serviço:
Lançamento do projeto Localizador Cultural de Fortaleza
Local: Teatro José de Alencar
Data: 17 de março
Hora: 18 horas
Fonte: Sandra 8822 5205

16.03.2011
Assessoria de Imprensa da Secult
Sonara Capaverde ( sonaracapaverde@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 85 9608.5822 - 8878.8805)

II Encontro com poetas populares e rodas de cantoria


Academia Brasileira de Literatura de Cordel promove encontro com poetas populares e rodas de cantoria no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular

Será realizado nos dias 17 e 18 de março, no Auditório do Museu de Folclore Edison Carneiro, a partir das 14h30, o "II Encontro com poetas populares e rodas de cantoria", uma realização da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) em parceria com o CNFCP e patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro (SEC RJ).

Esta é a segunda edição do Encontro, projeto da ABLC financiado, por meio de edital público, pela SEC RJ.  Constam da programação oficinas, mesas redondas e "rodas de cantoria".

A ABLC vai homenagear, no âmbito do Encontro, o poeta Manoel Monteiro, eleito "cordelista do ano de 2010", em sessão plenária que será realizada no dia 19 de março, às 16h, na sede da entidade, no bairro de Santa Teresa.

Notícias do Encontro estão disponíveis no site do Encontro


Programação

17/03/2011

- 14h30 - Oficina "O cordel, suas manhas e mumunhas"
Com Sepalo Campelo

- 16h - "Literatura de cordel: o tempo é hoje! "
Como a literatura de cordel evoluiu e permanece viva como gênero literário e fragmento da cultura popular transitando entre o simbólico e a resignificação dos códigos.
Com Gonçalo Ferreira da Silva, Manoel Monteiro e Maria do Rosário de Fátima Pinto

- 18h30 -  "Roda de cantoria" com Mestre Azulão

18/03/2011

- 14h30 - Oficina "A literatura de cordel, evolução e firmamento"
Com Mestre Campinense

- 16h - "Literatura de cordel, desafio e pelejas: o cordel  na contemporaneidade"
Como a literatura de cordel se apropriou das novas formas de comunicação e fez material
para a divulgação de seu conteúdo e instrumento para o processo identitário nacional.
Com Dalinha Catunda, João Batista Mello e Ivamberto Albuquerque

- 18h30 - "Roda de cantoria" com Sergival e Chico Salles

19/03/2011

- 16h - Sessão plenária na sede da ABLC - Rua Leopoldo Froes, 37 - Santa Teresa
Homenagem ao poeta Manoel Monteiro, eleito o "cordelista do ano de 2010"

Serviço
"II Encontro com poetas populares e rodas de cantoria"
17 e 18 de março de 2011, a partir das 14h30
Auditório do Museu de Folclore Edison Carneiro/CNFCP
Rua do Catete, 179 (metrô Catete), Rio de Janeiro, RJ

Realização
Academia Brasileira de Literatura de Cordel

Parceria
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular

Patrocínio
Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro

Informações

Setor de Difusão Cultural/CNFCP
21-2285-0441 / 0891, ramais 204 e 206
difusão.folclore@iphan.gov.br
www.cnfcp.gov.br

Academia Brasileira de Literatura de Cordel
Rua Leopoldo Fróes, 37 - Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ
21-2232-4801
encontro@ablc.com.br
www.ablc.com.br

Produção executiva: Fernando Assumpção
fernandosilvaassumpcao@yahoo.com.br
Fonte: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular

Museu Nacional do Rio publica estudo sobre fósseis do MA, CE e SP

O Museu Nacional do Rio de Janeiro e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) anunciaram, nesta quarta-feira (16), a publicação científica de um estudo retratando 20 pesquisas inéditas de localização de fósseis pelo mundo, sendo que quatro delas tiveram participação de cientistas brasileiros em São Paulo, no Maranhão e no Ceará.

Segundo Alexander Kellner, pesquisador do Museu Nacional e coordenador do trabalho, uma das pesquisas realizadas na Ilha de Cajual, no Maranhão, revelou a existência do maior dinossauro carnívoro que viveu na região. "Trata-se de um lagarto-fóssil, que foi descoberto por volta do ano de 2000. Ele viveu há 85 milhões de anos, tinha entre 12 e 14 metros de comprimento, e pesava entre 5 e 7 toneladas."
Kellner disse que o dinossauro encontrado no Maranhão é típico do continente africano. "Também mostramos espécies localizadas no Chile, Estados Unidos, Portugal, Angola e Austrália."

Os 20 trabalhos científicos tratam da biodiversidade do passado e incluem descobertas de novas pegadas de dinossauros na Bolívia, registros de pterossauros na África e uma nova espécie localizada e identificada na Austrália.

Além do maior dinossauro carnívoro do Brasil, entre as novas espécies encontradas no país estão um lagarto-fóssil, de 80 milhões de anos. O material foi encontrado em Presidente Prudente (SP), há três anos, segundo Kellner. O outro é um crocodilo-fóssil, de 80 milhões de anos, que viveu na área correspondente a São Paulo. O terceiro caso foi a descoberta de penas fósseis, de 115 milhões de ano, na Bacia do Araripe, no Ceará, há dois anos.

Kellner disse que apesar de as descobertas terem sido feitas há mais de dois anos, o tempo decorrido até a publicação do estudo se justifica pela necessidade laboratorial para analisar as peças encontradas. "Essa demora é normal por causa do preparo dos fósseis, que é demorado. Por exemplo, precisamos retirar o fóssil das rochas e isso é feito com ponteiras e agulhas, um trabalho minucioso, que não pode comprometer a integridade da peça", afirmou o pesquisador.

Outro fator para justificar o tempo até a publicação e ainda garantir o ineditismo do achado, Kellner disse que a fragilidade dos fósseis e o tamanho deles podem variar a conclusão da identificação das peças. "O importante é que são 20 trabalhos inéditos, que nunca haviam sido mostrados ao público e para os estudiosos sobre o assunto", afirmou Kellner.

Fonte: G1

Para conhecer a arte

O Núcleo de Ação Educativa do Museu de Arte Contemporânea (MAC) do Dragão do Mar realiza neste sábado, 19, encontro com educadores e o público em geral para discutir as obras que participaram do Salão de Abril, da década de 1980 a 2009

A arte pode ser um importante meio educativo que aperfeiçoa os mecanismos que desenvolvem a percepção, a imaginação, o raciocínio e a aprendizagem do ser humano. Além de aguçar a sensibilidade de cada um de nós. É por essas e outras que sua aplicabilidade em sala de aula se torna um elemento indispensável.

No entanto, observa-se, cada vez mais, a necessidade de formação e investimento no campo das artes visuais em Fortaleza através de atividades contínuas e organizadas que preparem profissionais qualificados para o mercado, que despertem nas novas gerações o gosto e a vontade de conhecer mais sobre as poéticas artísticas.

Como forma de tentar amenizar essa lacuna, o Núcleo de Ação Educativa do Museu de Arte Contemporânea (MAC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, vem promovendo, desde o ano passado, encontros, oficinas e palestras com curadores, artistas, pesquisadores e o público em geral. Além de enfatizar a formação do educador de museu desenvolvendo estudos e cursos.

Teoria e prática
A próxima atividade do Núcleo Educativo está marcada para este sábado, das 14 horas às 18 horas, no Auditório do Dragão do Mar. Ela consiste em um encontro com professores e o público em geral, com a finalidade de levantar uma discussão acerca dos movimentos do classicismo, modernismo e da arte contemporânea, presentes nas obras dos artistas que integram a exposição "Salão de Abril 1980 - 2009 - De casa para o mundo, do mundo para casa". A coletiva está em cartaz no MAC desde o dia 28 de dezembro de 2010. O encontro será ministrado pela historiadora Ana Raquel Bastos.

Ele abordará ainda aspectos históricos do Salão de Abril, contando com um momento mais dinâmico onde os participantes farão uma visita mediada com os educadores do próprio MAC. Segundo a coordenadora do Núcleo Educativo Carmem Lazari, nesse instante os participantes serão provocados a dar as suas impressões sobre os trabalhos expostos, abrindo um debate sobre aquilo que foi visto com a historiadora e as obras expostas no museu.

"A escolha da temática do encontro partiu da necessidade de trazermos ao público a importância do Salão de Abril para a região, bem como estreitar laços com a comunidade de educadores. O funcionamento dos ´Encontros com educadores´ foi pensado sempre em ´linkar´ a exposição que estiver acontecendo com os movimentos artísticos, pensamentos estéticos e oficinas, dando assim subsídios para o educador trabalhar o conteúdo dentro da sala de aula ou em suas ONG´s", explica a coordenadora Carmem Lazari.

A intenção do Núcleo, ressalta a coordenadora, é a de que os encontros sejam mensais, para fidelizar a presença do público de educadores. Por enquanto, a ação acontece apenas uma vez por mês, estando destinada a educadores que trabalham com educação formal, informal e não-formal, e a todos que estiverem interessados na temática dos encontros.

A historiadora Ana Raquel Bastos acredita que o grande diferencial desta atividade, em especial, estar no fato de proporcionar aos seus participantes saber mais sobre os artistas cearenses e a produção local. "Vou falar sobre a trajetória do Salão de Abril, como ele se organizou, os conceitos trabalhados pelos artistas da década de 80 até o ano de 2009. Para desenvolver este debate realizei uma pesquisa extensa, a partir de relatos e estudos feitos pelo artista plástico Nilo Firmeza (Estrigas), e os professores Herbert Rolim e Kádma Marques", destaca. Em seguida ela completa: "o encontro é importante porque é uma maneira de introduzir as pessoas no universo das artes e qualificar seus conhecimentos".

Fique por dentro
Mostra histórica

A exposição "Salão de Abril 1980 - 2009 - De casa para o mundo, do Mundo para Casa", tem curadoria do professor e pesquisador Herbert Rolim. A mostra comemorativa aos 61 anos do Salão de Abril é composta por quatro núcleos temáticos, cada qual com 18 artistas das gerações de 40, 70, 80, 90 e da primeira década do século XXI.

O primeiro núcleo, "Veteranos - Salão de Abril", traz obras de artistas que iniciaram movimentos nas artes visuais em Fortaleza, que culminaram na criação da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (Scap) e no Salão de Abril, na década de 40. O segundo, "Ceará Geração 80", representa as artes visuais nos anos 1980, que mudaram seu curso com ironia e bom humor, atribuindo uma nova abordagem no engajamento em questões sociais e políticas.

Siegbert Franklin, Mário Sanders, Eduardo Eloy e Hélio Rola são alguns dos artistas contemplados. Em seguida, "Ceará Geração 90" traz um panorama significativo da produção de artistas que iniciaram sua trajetória na década de 90, como Jared Domício, Francisco de Almeida e Tiago Santana. O último núcleo, "Ceará Século XXI", sintetiza a produção artística cearense na primeira década do século XXI, da qual participam Diego de Santos, Waleria Américo e Milena Travassos.

A mostra é gratuita e fica em cartaz até o dia 27 de março.

MAIS INFORMAÇÕES
Encontro com Educadores - Trajetórias da Arte no Salão de Abril. Sábado dia 19, das 14 horas às 18 horas, no Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Avenida Almirante Tamandaré, 310 - Centro). 50 vagas. A inscrição gratuita pode ser feita através dos contatos: (85) 3488.8622 e educativomac@dragaodomar.org.br

ANA CECÍLIA SOARES 
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

Famílias retornam para casa

FOTO: WILSON GOMES
Após o nível das águas do Rio Acaraú baixar, moradores afetados pela inundação, em Acaraú, deixam o abrigo

Acaraú. As 38 pessoas provenientes de dez famílias que estavam morando provisoriamente em um abrigo, por conta de terem sido afetadas pelas cheias do Rio Acaraú este ano, já estão retornando para suas casas. A informação foi dada pelo coordenador da Defesa Civil no Município, Marcos Borges. Ele adiantou que a decisão de voltar para casa partiu das próprias famílias, que viram o nível das águas baixarem e acreditam não correrem mais risco.

As famílias são todas do Bairro Camboa que, juntamente, com moradores dos Bairros Perseguida e Mucunã, sofrem quando o nível do rio atinge a cota máxima. "São mais de quatro mil pessoas, num total de 800 famílias, que no período do inverno são obrigadas a deixarem suas casas, por conta das cheias", disse Marcos Borges.

"Gostaria que a Prefeitura cumprisse com o que foi prometido e retirasse a gente dali, não dá mais para viver nessa situação", disse a dona de casa, Francisca Neide de Oliveira - que estava no abrigo juntamente com seus oito filhos e o marido -, se referindo às casas que a Prefeitura prometeu construir e doar para as pessoas que moram em área de risco no Município.

Novas casas
As residências, segundo a secretária do Trabalho, Ação Social e Empreendedorismo, Irene Barbosa Vaz Mota, estão em fase de conclusão. "As casas, num total de 105, estão sendo construídas no Bairro Campo da Viação e, entre os meses de abril e maio, serão entregues às famílias que foram selecionadas", garantiu a secretária Irene Barbosa. As moradias estão sendo construídas com recurso federal, adquirido por conta da situação de 2009, onde centenas de famílias foram afetadas pelas cheias do Rio Acaraú.

A dona de casa, Maria Viviane da Conceição, tinha outra preocupação. Em 2009, por conta das chuvas, viu sua casa ser completamente destruída e, atualmente, mora em casa alugada. Não sabe se vai poder permanecer no abrigo ou vai ter que procurar outra casa para morar. "Para lá eu não quero mais voltar. Temo que as cheias voltem", disse Viviane, que recebeu a promessa do coordenador da Defesa Civil, em ser beneficiada com o aluguel social.

As famílias, que até ontem permaneciam num abrigo pertencente à Diocese de Sobral, estavam recebendo assistência por parte da Prefeitura e da Defesa Civil do Estado. Desde o dia em que foram removidas, no começo do mês, estavam recebendo água potável e alimento. "Enviamos para aquela comunidade 200 cestas básicas. E já houve um pedido de nova remessa. Estou em Fortaleza, exatamente tratando desse assunto", disse o capitão do Corpo de Bombeiros de Sobral, Roberto Moraes, que coordena a Defesa Civil na Zona Norte.

Cestas básicas
As cestas básicas destinadas aos desabrigados, segundo Marcos Borges, é suficiente para alimentar uma família de cinco pessoas por um período de 15 dias. Maria da Conceição Oliveira, beneficiada com o auxílio, informou que, apesar da economia, durou apenas 10 dias. Ela mora com o marido e dois filhos menores de idade. "Aqui na minha casa uma cesta dessas que recebi durou apenas dez dias".

Mas nem todas as famílias que moram no Bairro Camboa afetadas por conta do inverno quiseram ser removidas. O pescador Francisco Apoliano Alves preferiu ficar em casa, mesmo correndo o risco da sua moradia ficar inundada. "Aqui eu protejo o que é meu. Nos abrigos há sempre confusão. Lá tem gente que não consegue viver com outras pessoas por perto", disse Francisco Apoliano.

Segundo Marcos Borges, ele não é único que demonstra resistência. "Tem muita gente aqui que precisa ser retirada e só deixa a casa quando a situação já está fora do controle. E mesmo com a garantia de nova moradia, eles preferem permanecer morando à margem do rio, pela facilidade na hora de ir à pescaria", concluiu Borges.

Enquete
O que fazer?
"Minha vontade é sair daquele lugar. Espero que a Prefeitura termine logo essas casas que foram prometidas para nós"
Francisca Neide De Oliveira
 
Dona de casa

"Morava numa casa que foi destruída pelo inverno, com dois filhos. Hoje pago aluguel, e não quero mais voltar para o bairro"
Maria Viviane da Conceição
 Dona de casa

"O meu marido prefere ficar morando aqui, mesmo que o nível das águas do rio aumente. Eu prefiro sair"
Rita Carlinda de Lima
 Aposentada

MAIS INFORMAÇÕES
Coordenação da Defesa Civil da cidade de Acaraú
Rua Santo Antônio, 1178, Centro
Telefone: (88) 9680.8483

WILSON GOMES 
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

Campo aberto para os stalkers

FOTO: MARILIA CAMELO

Quem nunca olhou o perfil de um amigo ou de desconhecido em redes sociais? Orkut, Facebook e Twitter são os itens de um prato cheio para os curiosos de plantão que sempre guardam um tempinho para fuçar a vida dos outros

Eles são curiosos, gostam de um mexerico, mas tem não tem coragem de se expor. Alguns personagens da matéria ganharam nome fictício com receio de uma repercussão negativa. É o caso do jornalista Lucas Vieira*, de 23 anos, que passa mais de 15 horas por dia na frente do computador. Além do trabalho, aproveita a web para ficar mais informado sobre a vida dos amigos e desconhecidos que pretende conhecer melhor. Ele reconhece ser um stalker. “A internet hoje está por todo lado. É uma importante ferramenta para a comunicação, então estamos sempre conectados. Quando digo que sou ‘stalker’ não é no sentido mais tenso da palavra, e sim pelo fato de que eu realmente fuço a vida de quem me interessa. Percebo meu interesse por alguém quando me vejo fuçando. E percebo quando perco o interesse ao parar de fuçar. É tipo um termômetro.

Não sei explicar bem essa necessidade de saber da vida dessas pessoas, o que ela está fazendo, falando e com quem tem interagido”, comenta.

Desde uma foto bonita ou até saber como anda o namoro de alguém... Estas são algumas ações que podem trazer uma visitinha ao perfil. Lucas conta ainda que o ato de bisbilhotar é mais forte quando está interessado em alguém. “Talvez pelo fato de que em relacionamentos sempre tem o lance de estar concorrendo com outras pessoas, você precisa garantir que seu território está seguro para que possa dar os próximos passos. Também rola com amigos, mas em menor grau de obsessão”, afirma ele. Já Camila Guimarães*, 26 anos, passa até menos tempo na internet, cerca de cinco horas por dia, mas não perde a chance de conferir as últimas novidades de seus amigos. “Como gosto muito de sites de relacionamentos sempre procuro informações para poder manter contato com as pessoas”, diz a estudante, que encara isso como um passa-tempo. Ela conta que geralmente gosta de olhar as fotos de viagens, festas, descobrir quais lugares a pessoa frequenta e de quais comunidades participa.

Camila sabe até que também recebe várias visitas na sua página pessoal. Os desconhecidos, ela vai atrás de saber quem é e encara isso com naturalidade. “Nesses sites de relacionamento a gente fica exposto a qualquer comentário mesmo”, afirma Camila que permite apenas aos amigos verem suas atualizações. “Não coloco nada da minha vida. Antes, tinha muitas comunidades, que mostravam o bairro que moro, onde trabalho, festas que eu ia”, afirma.

Vítima

O estudante de Publicidade Julio Monteiro, 21, já foi vítima de stalkers. "Na época, se usava mais o Orkut, e acabei percebendo pela ferramenta Últimas Visitas, onde a gente ficava sabendo quem entrou no nosso perfil. No começo, eram visitas de perfis totalmente em branco, algumas vezes de amigos do stalker. Mas sempre constante. Talvez estivesse usando o perfil do amigo para despistar. Depois continuou tentando me adicionar em outras redes e até entrar no meu e-mail. Acabei mudando todas as senhas e permaneci um tempo ´trancado´. No fim, acho que o stalker se desinteressou e seguiu o rumo dele", diz com alívio.

Júlio destaca ainda que, às vezes, o stalker é inocente e entra só pra saber mais da pessoa e estabelecer um contato. "Mas, outras vezes é bem mais perigoso, como a tentativa de ´hackear´ suas senhas. Comigo nunca conseguiram entrar de fato, mas tenho amigos que já perderam e-mails por conta disso", comenta.

Júlio admite, inclusive, que atualmente as pessoas estão compartilhando mais sobre a própria vida no mundo virtual. "A gente acaba dividindo demais o que fazemos no dia a dia, dando informação demais. E muitas vezes não se tem muito controle do que aparece para as outras pessoas. Hoje existem ferramentas como o Formsquare que possibilitam saber até mesmo onde você está. Soa perturbador", diz.

Permitir o acesso às informações disponíveis depende de cada usuário. O psicólogo Arthur Petrola destaca que as informações divulgadas nas redes sociais são de responsabilidade dos usuários que as colocam. "Se eu não quero que saibam quais festas eu fui, com quem saí, posso simplesmente não postar isso em nenhuma rede, e consequentemente, menos pessoas saberão desses fatos", observa.

Além disso, Júlio ressalta a possibilidade de "trancar" o perfil. "Também é preciso tomar mais cuidado com o que se divide nessas redes. Acho que é parte de cada um julgar o que é ou não perigoso para se colocar numa rede onde todos tem acesso", afirma.

Vício
O psicólogo destaca que se a pessoa se reconhece um viciado em ´stalkear´ é necessário questionar qual seria o objetivo de querer fuçar a vida dos outros. "O que há de tão desinteressante na própria vida, onde a do outro é mais importante? Por outro lado, somos constantemente sugeridos a prestar atenção na vida, nos defeitos, nas intrigas humanas como forma de entretenimento", destaca.

Segundo ele, se for algo sem controle, vale buscar alternativas para uma vida mais saudável através de ajuda especializada. "Nesse caso, a psicoterapia é um excelente instrumento de auto-descobrimento", sugere.

*Nomes fictícios

ESPECIALISTA

É ruim?

Não sei bem se é possível fazer esse juízo de valor em termos de bom ou ruim. Todo comportamento deve ser observado diante da função que este exerce na vida do sujeito. Nesse caso, temos que pensar em dois sujeitos distintos, quem persegue e quem é perseguido. Há de se ponderar até onde o comportamento de quem persegue prejudica a vida de quem é perseguido, ou seja, se essa perseguição causa transtornos e interferir na vida da vítima. No caso de famosos, diversos artistas possuem fãs que os seguem em redes sociais, que vão a todos os eventos, que sabem de toda a vida por conta de sites de fofocas, portanto, são também perseguidores, porém não há prejuízo para o ídolo e nem para o fã. Contudo, há aqueles que fazem tudo isso, mas ainda invadem as casas, e hotéis, roubam peças de roupa, fantasiam uma vida e a vivenciam como realidade. Esse tipo de perseguição apresenta um nível de patologicidade. É importante salientar, que a perseguição pode ser considerada crime, e transformada em transação penal. Diante desse contexto, acaba sendo de certa forma uma coisa "ruim".

Arthur Petrola
PSICÓLOGO

TESTE
Descubra se você é um stalker

1. De manhã, a primeira coisa que faz é entrar nos perfis de outras pessoas?

2. Entra no perfil de um amigo todos os dias e fala com ele como se não soubesse de nada da vida dele?

3. Conhece alguém numa festa e assim que chega em casa vai procurar os perfis dele (a) nas redes sociais?

4. Cria perfis falsos para fuçar sem levantar suspeitas?

5. Entra em contato com famosos e interage mesmo sem conhecê-los pessoalmente?

6. Entra no Google para procurar mais informações sobre a pessoa?

7. Você acompanha os passos de alguém que pretende ter um romance ou já teve?

Se você respondeu sim a mais de quatro perguntas, pode se considerar um stalker em alto grau.

Izakeline Ribeiro
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste