sábado, 16 de abril de 2011

Cearense

Cearense não acompanha casal de namorados, segura vela!
Cearense não anda com pressa, anda avexado!
Cearense não anda em grupo, anda de magote!
Cearense não aperta botão, aperta biloto!
Cearense não aperta, arroxa!
Cearense não bate, senta a mãozada no peduvido!
Cearense não bebe um drink, toma umas!
Cearense não bebe, toma um celular!
Cearense não briga, risca a faca e faz o maior salseiro!
Cearense não casa, se amanceba!
Cearense não cochila, tira uma pestana!
Cearense não comete gafe, comete rata!
Cearense não conserta, imenda!
Cearense não corre, mete o pé na carreira!
Cearense não dá bronca, dá carão!
Cearense não dá liberdade, dá cabimento!
Cearense não dá risada, se abre!
Cearense não dá volta, arrudeia!
Cearense não desce da montaria, ele apêia!
Cearense não desiste, pede pinico!
Cearense não da soco, da tebefe!
Cearense não é alto, é varapau!
Cearense não é caloteiro, é xexeiro!
Cearense não é chato, é carniça!
Cearense não é desajeitado, é malamanhado!
Cearense não é desastrado, é atoleimado!
Cearense não é desorientado, é ariado!
Cearense não é distraído, é apombaiado!
Cearense não é escandaloso, é presepeiro!
Cearense não é esperto, é desenrolado!
Cearense não é exibida, é espilicute!
Cearense não é mal educado, é mundiça!
Cearense não é malandro, é malaca!
Cearense não é medroso, é froxo!
Cearense não é metido, é esticado!
Cearense não é mulherengo, é raparigueiro!
Cearense não é rico, é estribado!
Cearense não é sem futuro, é fulerage!
Cearense não é sortudo, é cagado!
Cearense não enche a paciência dos outros, ele aperreia!
Cearense não entra no carro da polícia, entra no camburão!
Cearense não entra, emburaca!
Cearense não espera um minuto, espera um pedacinho!
Cearense não estoura, pipoca!
Cearense não exagera, alopra!
Cearense não faz barulho, faz zuada!
Cearense não faz careta, faz mungango!
Cearense não faz fofoca, faz fuxico!
Cearense não faz vistoria, faz baculejo!
Cearense não fica apaixonado, arrêia os quatro pneus!
Cearense não fica bêbado, fica cheio dos paus!
Cearense não fica com raiva, fica puto!
Cearense não fica com vergonha, fica encabulado!
Cearense não fica de mau humor, fica de lundu!
Cearense não fica fraco, fica baqueado!
Cearense não fica grávida, fica buxuda!
Cearense não é maluco, é abirobado!
Cearense não fica menstruada, fica de bode!
Cearense não fica se dinheiro, fica lascado!
Cearense não fica sem graça, fica distrenado!
Cearense não fica solteiro, fica solto na bagaceira!
Cearense não fica solteirona, fica vitalina!
Cearense não fica torto, fica engembrado!
Cearense não fica triste, fica mufino!
Cearense não joga fora, rebola no mato!
Cearense não lancha, merenda!
Cearense não leva surra, leva pisa!
Cearense não dá porrada nos outros, dá sabacú!
Cearense não malha os outros, ele manga!
Cearense não mergulha, dá umas tainha!
Cearense não morre, bate a caçuleta!
Cearense não namora, fica enrabichado!
Cearense não opina, dá pitaco!
Cearense não percebe, dá fé!
Cearense não pula, dá pinote!
Cearense não quebra, tora!
Cearense não rega as plantas, agôa!
Cearense não sai correndo, sai desembestado!
Cearense não sai apressado, tira os calços e sai avexado!
Cearense não sai pra balada, sai pras comédias!
Cearense não sai pra farra, sai pra bagaceira!
Cearense não se arruma, se empiriquita!
Cearense não se dá mal, se lasca todin!
Cearense não se diverte, bota pra muêr!
Cearense não se engana, vacila!
Cearense não sente mal estar, sente gastura!
Cearense não tem caxumba, tem papeira!
Cearense não tem criança pequena, tem bruguelo!
Cearense não toma água com açúcar, bebe uma garapa!
Cearense não vai embora, pega o beco e pica a mula!
Cearense não vê assombração, vê visage!
Cearense não vigia, pastóra!
Cearense o não tem perna fina, tem cambito!


EITA QUE ORGULHO DANADO DE SER CEARENSE!
 

Plano Nacional de Educação deve ser aprovado na Câmara só em outubro, prevê deputado

Brasília – O presidente da comissão especial que analisará o Plano Nacional de Educação (PNE), deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), instalada hoje (13) na Câmara, prevê que a tramitação do projeto de lei seja concluída na Casa só entre outubro e novembro. O texto apresentado pelo Ministério da Educação reúne 20 metas, que deverão guiar as ações dos governos municipais, estaduais e federal até 2020. Entre elas, estão a ampliação de matrículas na educação infantil e no ensino superior, medidas de valorização do magistério e o aumento do financiamento público para a área.

Segundo Vieira, o primeiro passo é fazer um diagnósticos do PNE anterior, cuja maioria das 295 metas não foi cumprida, e do novo projeto. Esse trabalho será feita pelas comissões técnicas da Câmara. “Não tenho porque correr tanto com o plano. Estamos vivendo no país a perspectiva de uma grande crise fiscal. Se votarmos um plano que fala em dobrar metas e, consequentemente, gerar novas despesas com rapidez, ele será bombardeado por governadores, prefeitos e a própria equipe econômica do governo. Então, trabalho com a perspectiva de aprová-lo na comissão em outubro e novembro, para então remetê-lo ao Senado.”

A comissão prevê audiências públicas e seminários, inclusive fora de Brasília. O prazo para apresentação de emendas ainda não foi aberto, mas informalmente o projeto já recebeu cerca de 150 emendas de entidades da sociedade civil, como a União Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

Um dos pontos que deverá ser alvo de muita discussão é a meta relacionado ao financiamento. O projeto enviado pelo MEC estabelece uma meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até 2020 – atualmente o patamar é de 5%. Os movimentos sociais pressionam para que o percentual seja de 10%. O relator do projeto, Angelo Vanhoni (PT-PR), sugeriu que a comissão se divida em grupos de parlamentares para discutir temas específicas abordados pelo plano. O calendário de trabalho será definido na próxima semana. “A impressão que tenho é que o texto será melhorado pelo parlamento.”
 

Movimento PNE pra Valer será lançado no Ceará


Entidades cearenses reunidas no Fórum de Discussões do PNE, do qual participa o comitê cearense da Campanha Nacional pelo Direito à Educação do Ceará, lançarão o movimento PNE pra Valer na segunda-feira, 18/04, na Assembleia Legislativa do Estado.

O “Fórum de Discussões do PNE no Ceará foi criado por professores e pesquisadores cearenses que participaram da Conferência Nacional de Educação (Conae), juntamente com o comitê cearense da Campanha, para participar das discussões sobre o novo PNE e propor mudanças ao projeto. O seu objetivo é uma mobilização da sociedade em favor de um plano realmente comprometido com a educação de qualidade. As discussões do Fórum tomaram como referência os trabalhos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Veja aqui texto sobre o evento, assinado pelas organizações membros do Fórum de Discussões do PNE do Ceará.

Veja aqui o convite para o lançamento do Movimento PNE pra Valer no Ceará, do dia 18/04.

Semana Cultural 2003 - No Ceará é Assim

Semana Cultural 2003 do colégio Manuel da Silva - Homenagem feita aos 400 anos do Ceará pela turma do 2º ano - No Ceará é assim, quadro que mostra um pouco das músicas, danças e costumes mais tradicionais e folclóricas do Ceará, destacando alguns personagens como Lampião, Maria Bonita, o vaqueiro, a rendeira, os cangaceiros, o pescador, o jangadeiro, as apanhadoras de algodão e os ritmistas. Um show embalado ao som de Luís Gonzaga, rei do Baião, uma apresentação de emocionar qualquer pessoa.

Professor Pinheiro-Os planos e o impasse

Envolvido em um imbróglio político que o afastou da titularidade da Secretaria da Cultura do Ceará há quase três meses, o deputado estadual Francisco José Pinheiro (Professor Pinheiro) concedeu entrevista ao Caderno 3 para falar de política, cultura e do processo que está tramitando no Tribunal Superior Eleitoral, que definirá o destino da vaga de deputado que o historiador ocupa desde o revés ocorrido no dia da posse, em 1º de fevereiro de 2011

Professor Pinheiro: "Sei que é ruim as pessoas ficarem esperando o titular voltar, na expecta- tiva de que as coisas voltem a andar com mais celeridade. Mas as coisas estão andando"
FOTO: VIVIANE PINHEIRO
Todo mundo sabe o que aconteceu, mas pouca gente entende porque o senhor, de última hora, tornou-se suplente, abdicou da Secretaria da Cultura e assumiu uma vaga de Deputado Estadual, na Assembleia Legislativa. Como se deu esse revés?

Nos desligamos da Secretaria de Cultura por entender que a posição de suplente é uma expectativa de poder. E, enquanto tal, não poderíamos deixar de assumir o mandato. Assumimos e estamos trabalhando para reverter a perda de uma vaga que nossa coligação teve, porque temos 21 vagas e perdemos uma. Estamos trabalhando no sentido de reverter essa situação, tendo em vista que o partido que ganhou a vaga, o PTC (Partido Trabalhista Cristão), não fez coeficiente eleitoral. Um candidato do PTC, chamado Antônio Maurício Bezerra, não tinha prestado contas em duas eleições e teve seu registro indeferido e seus votos contabilizados para sua coligação.

Tem algo a ver com a Lei da Ficha Limpa?

Não, nada. Tem a ver com a regra eleitoral que diz que se o candidato não prestar contas em relação às suas eleições, fica impedido de se candidatar na próxima eleição, a não ser que entre com processo e tudo mais. No caso, ele não conseguiu registro e o processo tramitou em julgado, ou seja, ficou sem jeito. Mesmo assim, em função de uma liminar, dada pelo ministro Marco Aurélio Mello (Supremo Tribunal Federal) para o PP (Partido Progressista), garantiu que o PP pudesse contar todos os votos, mesmo o dos candidatos com registro indeferido. Aí o PTC pegou carona nessa liminar e somou os votos do Antônio Maurício. Só que, no dia seguinte, 14 de dezembro, (a liminar é datada de 13 de dezembro de 2010), o pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou um caso similar do Amapá, e deu ganho de causa contrária, não acatando a soma dos votos do candidato que teve mandato indeferido. E fez uma recomendação, uma espécie de súmula, para que todos os TREs (Tribunal Regional Eleitoral) seguissem a mesma orientação, ou seja, não acatassem votos de candidatos sem registro deferido. Terminou que no Ceará não foi feita essa recontagem e, à medida que fomos atingidos, entramos com uma ação.

Então o processo será julgado em Brasília?

Entrei com a ação sete dias depois, para que a junta apuradora fizesse a retotalização dos votos. A junta deu um parecer muito qualificado, dizendo que ela já tinha sido extinta e, por isso, não poderia mais fazer recontagem. E transferiu tudo para o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O pleno distribuiu para o juiz, que está examinando e, acredito, deve entrar em pauta ainda esse mês. Até janeiro, estava tudo normal, nossa coligação com 21 deputados. Somente no dia da posse surgiu esse fato novo. Até então, eu era deputado titular, estava como titular na Assembleia, e me licenciaria para assumir o cargo de secretário na pasta da Cultura, cheguei a ficar todo mês de janeiro lá. À medida que mudou o cenário, me afastei da Secretaria, vim para a Assembleia, e aqui estou há três meses.

Deu tempo fazer alguma coisa nesse curto período?

Claro que sim. Visitamos todas as casas vinculadas à Secretaria da Cultura: Theatro José de Alencar, Museu Sacro São José de Ribamar (Aquiraz), Museu do Ceará, Museu da Imagem e do Som (MIS), Sobrado José Lourenço, Biblioteca Pública Menezes Pimentel, enfim. Conversamos com as direções para avaliar a situação das casas e, em seguida, montamos boa parte das equipes. Hoje, todas as casas estão com suas direções nomeadas. Também iniciamos um processo de discussão com as várias linguagens. Reunimos, inicialmente, um grupo de uns 50 artistas, representando suas categorias, para pensar, conjuntamente, um plano de ação para Secretaria da Cultura. Fizemos uma primeira reunião e foi muito importante, teve participação de grupos significativos. Inclusive remarcamos outra reunião para podermos aprofundar e começarmos produzir alguns documentos que serviriam, junto com o Programa de Governo, com a Constituinte Cultural, e com a Conferência Estadual de Cultura, para construir o Plano Estadual de Cultura. Esse processo está em andamento. Temos uma equipe trabalhando com esses documentos e, logo, logo, vamos voltar a fazer novas reuniões. Vamos começar a trabalhar dentro de um plano.

O senhor tem ingerência nas decisões lá dentro da Secult?
Não.

Ligação nenhuma?
Ligação tenho, claro, porque sou um homem ligado à cultura. Tenho conversado com Maninha Moraes, que assumiu inicialmente como Secretária Adjunta, mas que, nesse momento, está respondendo pela Secretaria. Quem responde é ela, formalmente, não interfiro.

O senhor sabe que a classe artística está extremamente insatisfeita com essa situação?

Sei que é ruim as pessoas ficarem esperando o titular voltar, ficam na insegurança, na expectativa de que as coisas voltem a andar com mais celeridade. Mas eu digo que as coisas estão andando. Estamos fazendo todos os esforços para não haver quebra de continuidade. Maninha Moraes vem fazendo as ações da cultura de forma muito tranquila, conversamos frequentemente, nos reunimos toda segunda-feira para não perdermos, como diz o matuto, o fio da meada. Todos os editais que tinham que ser feitos, foram realizados, o Edital da Paixão, o Edital Junino, que deve sair agora. Todos os projeto que aparecem de forma espontânea estão sendo julgados, aprovados e encaminhados pelos comitês. A comissão do Mecenato se reúne sistematicamente e nenhum projeto está deixando de ser analisado. Quero dizer para os artistas, para os envolvidos com cultura de modo geral, que a Secretaria não está parada, ela está e vai continuar funcionado.

As ações da Secretaria, no momento, são essas que o senhor citou?

Não. Temos, por exemplo, o processo de recuperação do Cine São Luiz, que está indo muito bem, obrigado. Aliás, acabamos de adquirir o cinema, já fechamos o negócio.

Há novos projetos em vista?

Estamos pensando em redimensionar algumas políticas. Por exemplo, a política em relação à memória. No Brasil, praticamente nenhum Estado tem o Sistema Estadual de Arquivos. Queremos implantar esse sistema para que gerações futuras tenham acesso ao que estamos produzindo hoje, e o que nossos antepassados produziram. Hoje, temos o Arquivo Público do Estado do Ceará, localizado aqui em Fortaleza, e outros dois arquivos no interior, mas não temos o Sistema Estadual de Arquivo. Queremos criar um sistema moderno, onde você possa organizar, por exemplo, a memória do jornalismo. Qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, poderá acessar, pela rede mundial de computadores, o que há de acervo, de publicação, a respeito de jornalismo no Ceará, acessando, também, as próprias fontes dos jornais. Esse é um projeto ambicioso que vamos realizar aqui no Ceará.

E como estão os trabalhos aqui na Assembleia? Tem dado para desenvolver algum projeto?

No início, fiquei em compasso de espera, estava extremamente vinculado à Secretaria, e meu mandato ficou um pouco parado. Depois comecei a ver que tenho que realizar algo nesse mandato. Estou aproveitando para fazer algumas audiências públicas. Inclusive, estamos marcando uma que se chama, "Cultura Viva", uma ideia que a deputada (federal) Jandira Feghali (PCdoB/RJ) está discutindo no Congresso Nacional. Estamos fazendo um requerimento para realizar audiência onde uma das questões que discutiremos é a cultura como dever do Estado e direito do cidadão. Muita gente acha que o direito aos bens culturais é uma coisa diletante, que só poucos têm direito. Queremos tornar o direito aos bens culturais algo tão essencial como o direito à saúde ou à educação.

Quando de sua nomeação, diversos setores o criticaram alegando sua pouca ligação com a cultura. O que o senhor tem a dizer a respeito?

E o que é ser ligado a cultura? Não conheço nenhum curso de "culturólogo". Examine quem foram os últimos secretários do Ceará: Auto Filho é filósofo, Cláudia Leitão é socióloga, Paulo Linhares também é sociólogo, Raimundo Girão, nosso primeiro secretário, era historiador. Não existe nenhum especialista, isso é de uma idiossincrasia inimaginável. Não existe essa história. Se você examinar a obra que produzi no e sobre o Ceará... Eu desafio esses críticos... Chame para uma mesa redonda para discutir Ceará, para ver se eles conhecem mais que eu. Bote todos numa roda, todos os críticos que me criticam, falo sem nenhuma bobagem, que não sou disso. Mas quero fazer um tête-à-tête com eles. Alguns jornalistas também dizem muita bobagem. Cotidianamente ficam colocando nas colunas, e a gente sabe porque é aquilo. Perdem tempo, porque eu não respondo. Não respondo, é perda de tempo responder crítica sem embasamento. Fazem por fazer, porque querem aparecer, nunca leram meu currículo..

NATERCIA ROCHA
REPÓRTER

Ainda sem data para o retorno do titular da Secretaria da Cultura do Estado, a situação da pasta divide opinões. Enquanto artistas e produtores criticam a indefinição, Francisco Pinheiro (secretário licenciado) e Maninha Morais (atual responsável pela pasta) rebatem, afirmando que as ações políticas para a cultura no Ceará seguem sendo executadas

Basta conversar com alguém que acompanhe minimamente os tinos e desatinos da política local, para saber que a insatisfação com a pasta da cultura está grande. Descaso, pouca importância, esquecimento, são alguns dos adjetivos que muita, muita gente ligada à diversas manifestações de arte, destilam, quando o assunto é a vacância no cargo titular da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult).

A crise teve início em fevereiro, mais precisamente dia 2, data marcada para a posse dos candidatos eleitos no pleito de 2010, onde deveriam assumir aos respectivos cargos de Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Governador.

Professor Pinheiro
Na ocasião, o ex-vice-governador Francisco José Pinheiro, conhecido como Professor Pinheiro, eleito deputado estadual com 38.581 votos, e nomeado pelo governador reeleito, Cid Ferreira Gomes, como Secretário da Cultura do Estado, estava lá para tomar posse. Até a data, Pinheiro esteve todo o mês de janeiro, em plena atividade na Secult.

Mas, como Professor Pinheiro figurava na lista dos deputados eleitos, ele teve que deixar a secretaria para ir assumir o mandato de deputado estadual dia 1º de fevereiro. Só que, chegando às dependências da Assembleia Legislativa, onde deveria acontecer a posse dos eleitos, Pinheiro foi surpreendido com a notícia de que não seria mais titular da vaga de deputado. A Justiça Eleitoral havia feito alterações no quadro de eleitos, e, a partir daquele momento, Francisco Pinheiro passou a ser primeiro suplente. E o historiador não foi empossado.

No dia seguinte, 2 de fevereiro, em razão da saída dos deputados eleitos que ocupavam cargos nas secretarias, como, por exemplo, Nelson Martins e Camilo Santana, o então Secretário da Cultura foi convocado para assumir a Assembleia como suplente.

"No dia da posse surgiu uma liminar em que o PTC (Partido Trabalhista Cristão) ganhou uma vaga na Assembleia e tirou uma vaga de nossa coligação (PSB, PT e PRB)", explica Pinheiro. "Mas estamos trabalhando no sentido de reverter essa situação, tendo em vista que o partido que ganhou a vaga, o PTC, não fez coeficiente eleitoral. Entramos com uma ação sete dias depois, que hoje está tramitando no Tribunal Regional Eleitoral e, de lá, segue para o Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília. Temos que aguardar a decisão, mas estou certo que o bom direito vai prevalecer", explica Pinheiro.

Continuidade
Desde então, quem assumiu a titularidade da pasta da cultura foi Francisca Andrade de Morais, mais conhecida como Maninha Morais. Ex-presidente do Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC), ela foi nomeada Secretária Adjunta da Cultura do Estado em janeiro, e hoje, acumula as duas funções. Ela também conversou com o Diário do Nordeste.

Maninha Morais
"A secretaria está funcionando. Estamos recebendo todas as demandas, temos uma pauta imensa de audiências. Estamos lançando os editais no período que tem que sair, aliás, acabamos de lançar o Edital da Paixão, e o Edital dos Pontos de Cultura fechamos agora com 399 projetos inscritos, para escolha de 100 pontos. Com relação aos projetos que vamos desenvolver, estamos fazendo reuniões com todas as coordenações, fazendo um balanço mesmo. Muitas questões foram pensadas no mês de janeiro, quando Professor Pinheiro estava aqui, e estamos considerando todas as demandas e dando os devidos fins. Estamos antenados, trabalhando junto. Quando essa situação for resolvida, apenas daremos continuidade aos trabalhos", tranquiliza Maninha Moraes.

O processo
As reclamações de que a pasta estaria indefinida por quase três meses, mais precisamente, 74 dias, estão por toda parte. Diante de tanta insatisfação, o Caderno 3 conversou com artistas representantes de suas respectivas áreas e esteve no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE), para saber a quantas anda o processo em questão.

No TRE, uma funcionária que não quis se identificar, informou o seguinte: "localizamos pelo sistema um Recurso Contra Expedição de Diploma (RCED), mas ele foi enviado para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, dia 2 de março de 2011. Aqui ele só é preparado e encaminhado para o TSE, o julgamento é lá. A eleição quem faz é o TRE e o recurso quem julga é a instância superior. O TRE diplomou, mas alguém entrou com recurso contra a diplomação dele. Como o TRE diplomou, ele não pode decidir, quem fará isso é o TSE. Entendeu?", esclarece.

Para dar uma ideia de como estão as atividades na área do teatro, conversamos com Carry Costa. Insatisfeito com a atual situação da Secretaria da Cultura, mas reconhecendo que as atividades estão acontecendo, o ator desabafou: "É notório que a coisa não está legal para a cultura do Ceará, estamos em banho-maria, sem saber como as políticas públicas vão se definir. A gente percebe que a secretaria está funcionando, não está parada, mas está extremamente desprestigiada. Em qualquer outra pasta, a situação seria absolutamente diferente. Não digo que secretário A ou B é culpado. Mas vejo despreocupação do poder público com uma pasta de secretaria de Estado. Será que essa situação aconteceria na saúde? Tive uma reunião com Maninha Morais, para solicitar apoio para o 15º Festival de Esquetes de Fortaleza, e ela deu encaminhamento, mas essa demanda estava lá desde novembro de 2010. E acredito que outros projeto protocolados pela Secult, permaneçam recebendo apoio, ela está recebendo muitas pessoas em reuniões. Mas a gente precisa de definições, queremos as coisas nos eixos. Fazer só o que já estava acontecendo, não é o devido para uma pasta como a Secretaria de Cultura".

Outro atuante artista da cidade, na área da música, Alan Mendonça, também despejou suas impressões a respeito da ausência de secretário titular na cultura. "A princípio parece desrespeito à classe artística, nenhuma outra pasta está assim, sem definição de cargo. Essa situação, no início da gestão, prejudica o pensar cultural. A demora já é excessiva, estamos na segunda quinzena de abril e, sequer, temos um gestor oficial, é como se fosse ausência de governo, fica cada um por si. Tivemos um encontro com Pinheiro em janeiro, que foi muito proveitoso. A figura dele gera muita esperança, por ele ser aberto para o diálogo. Daí ele sai justo na hora que a gente achava que ia dar certo. Pinheiro gerou uma ideia nos artistas de que muita coisa ia acontecer. Ninguém esperava por esse espaço de tempo tão longo", avalia.

NATERCIA ROCHA
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Estado beneficia entidades no CE

Sem discussão, os deputados aprovaram a proposta governamental que ajuda o Instituto e a Academia de Letras

Os deputados aprovaram ontem, no plenário da Assembleia Legislativa, mais uma mensagem do Governo do Estado, além de cinco projetos de autoria parlamentar. A proposta do Estado autoriza o Poder Executivo a destinar contribuição em favor da Academia Cearense de Letras e ao Instituto do Ceará.

De acordo com o Governo, a Constituição Federal de 1988 definiu como dever do Estado o apoio à preservação do patrimônio histórico-cultural brasileiro e à criação e difusão dos bens e serviços culturais destinados ao usufruto do povo brasileiro. Desse modo, alega o Executivo, o Estado tem buscado dar consequência à norma constitucional, estabelecendo políticas públicas de Cultura.

Ceará-Apenas 46,8% concluem Ensino Fundamental

Especialistas alertam para a escola funcionar como atrativo para o aluno, o que exige qualidade do ensino


Outro desafio para o Estado é fazer com que todas as crianças terminem o Ensino Fundamental. O Ceará passou de um percentual de 19,6% da população com 15 anos ou mais (idade em que, supostamente, as pessoas deveriam ter concluído o ensino básico) com EF completo, em 1992, para 46,8%, em 2008. Dessa forma, o índice de 100% é uma meta distante para o Ceará atingir em sete anos.

O mestre em Educação, Marco Aurélio de Patrício Ribeiro, aponta a questão social como o maior entrave para que 100% das pessoas terminem o ensino básico. "As crianças que estão na escola pública hoje são filhos de pais que não veem a educação como algo importante. Até porque muitos deles sobreviveram sem a escola. A permanência dessas crianças se deve única e exclusivamente, em alguns casos, ao recebimento de Bolsa Família. Em qualquer situação familiar eles tiram os filhos da escola. A criança encara o local como obrigação", ressalta.

Muitos jovens precisam deixar os estudos para trabalhar e ajudar financeiramente em casa. Além disso, muitas meninas engravidam e abandonam a escola. Esses são outros fatores sociais apontados por Marco Aurélio para a evasão.

Nova concepção

Além disso, o professor destaca que a escola, muitas vezes, não atende à expectativa dos alunos. "O poder público deve focar na qualidade do ensino para funcionar como atrativo", lembra. Para ele, há a necessidade de mudar a concepção de mundo do aluno de escola pública, o que demanda tempo.

Porém, o mestre em Educação acredita que os índices serão bem melhores em 2015. "A tendência é crescer porque os processos vão funcionando. Temos condição de chegar a um percentual aceitável. Contudo, a meta de 100% nunca será atingida porque existem crianças que não se encaixam nas escolas".

A assessoria de comunicação da Secretaria da Educação do Ceará, explicou que, embora a Seduc não seja responsável direta pelo Ensino Fundamental, devido ao processo de municipalização ocorrido no Ceará, há um regime de colaboração entre Estado, Municípios e União para a melhoria da qualidade da educação básica. Uma das ações é o Programa Alfabetização na Idade Certa(Paic).

Conforme a assessoria, o Programa Alfabetização na Idade Certa, lançado em 2007, tem o objetivo de mobilizar e articular todos os municípios cearenses em prol da meta de garantir a alfabetização de todas as crianças matriculadas na rede pública até os sete anos de idade.

Os resultados do Spaece-alfa 2009, por exemplo, possibilitam a construção de um indicador das habilidades de leitura dos estudantes da rede pública e fornecem a base para políticas de incentivo e redistribuição dos recursos financeiros entre os municípios e as escolas. No ano passado foram avaliadas 130.559 crianças em 5.489 escolas públicas.

Água e esgoto

Outro objetivo que não será alcançado pelo Ceará, de acordo com relatório do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) é fazer com que 100% da população tenha acesso permanente à água potável e ao esgotamento sanitário.

Isso porque o relatório apresentou, em 2008, um percentual de 73,52% de moradores em domicílios particulares permanentes com abastecimento de água via rede geral.

Já com relação ao percentual de domicílios particulares com esgotamento sanitário via rede coletora, a situação é ainda mais grave, de acordo com o Ipece.

O relatório apresentado na tarde de ontem, informa que Estado do Ceará tinha apenas 37,2% dos domicílios com esgoto, em 2008.

O lixo é também uma preocupação, já que o Ceará tinha somente 28,66% dos domicílios com coleta direta, em 2008. Os dados são classificados pelos técnicos como preocupantes.


REDUÇÃO DO ÍNDICE

Mortalidade infantil vai ser alcançado

Já a mortalidade infantil é um dos objetivos que certamente será alcançado até 2015. O Estado vem apresentando uma redução significativa da taxa de mortalidade na infância, nos últimos anos, segundo revelam os relatórios do Ipece.

Em 2000, para cada mil nascidos vivos, morriam, no Ceará, 42,6 antes de completar cinco anos de idade. A taxa de mortalidade na infância chegou, em 2007, ao índice de 30,8 por mil nascidos vivos. A meta é reduzir dois terços, ou seja, atingir a taxa de 21,37 por mil nascidos vivos. O que é possível, segundo os técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada já que a redução em três anos (de 2004 a 2007) foi de 10,54 por mil nascidos vivos.

Mortes

Com relação aos índices de mortalidade materna, o médico obstetra e coordenador do Núcleo de Assistência Saúde da Mulher da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Garcia Neto, frisa que a dificuldade de redução do número de mulheres mortas está na qualificação do profissional da assistência pré-natal para que possam identificar os riscos das gestantes. Além disso, existe um déficit de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para as mães no Interior, conforme o médico.

"Mas já estamos corrigindo isso com a criação de vagas na região do Cariri", garante Garcia Neto.

Para reduzir a elevada razão de mortalidade materna, o coordenador informa que o Estado está capacitando profissionais. "Vamos lançar a linha de cuidados da gestante, um material voltado para médicos, enfermeiros, agentes de saúde e odontólogos para que tenham conhecimento dos procedimentos necessários", explica.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Projeto na tela grande

Em sessão especial, será lançado hoje o filme "Poço da Pedra", realizado pelo Ponto de Cultura Acartes, do bairro Pirambu

Atores do filme "Poço da Pedra", em cena filmada no município de Itaitinga (CE). Para a realização do longa, foi construída uma cidade cenográfica no local
Resultado de cinco anos de trabalho do Ponto de Cultura Academia de Ciências e Artes (Acartes), do Pirambu, o longa-metragem "Poço da Pedra" será lançado hoje às 18h, no palco principal do Theatro José de Alencar (TJA). O roteiro é uma adaptação do romance homônimo de Gerardo Damasceno, diretor da Acartes e também do filme.

O autor já havia adaptado a obra para peça de teatro, juntamente com o dramaturgo Raimundo Cavalcante. "Escrevi esse livro há uns 20 anos, e ainda não lancei, é inédito. A primeira adaptação foi para uma peça, lançada em 2002 e encenada pelo grupo de teatro da Acartes. À época ainda não éramos ponto de cultura, mas já tínhamos esse grupo formado", recorda Damasceno.

Apesar de ser uma ficção, "Poço da Pedra" faz uma releitura de fatos recorrentes na política do nosso estado e do País. A comunidade do pequeno distrito de Poço da Pedra, no município de Itaimbé da Serra (nomes fictícios) sofre com a ambição de políticos e poderosos que planejam dominar as terras do local, ao saberem que naquela região irá passar uma rodovia federal, que promete valorizar a área. Assim, o grupo investe na divisão dos moradores.

Ápice
Depois de adaptar a história para teatro, Damasceno e Cavalcante renovaram a parceria e adaptaram o livro para o audiovisual. Ao todo, foram 43 dias de filmagens. "A primeira etapa durou um mês, quando gravamos boa parte das cenas. Fizemos um intervalo, captamos o restante do recurso e filmamos por mais 13 dias. Tivemos tomadas em Fortaleza, mas o grosso foi realizado no município de Itaitinga", revela Damasceno.

"Construímos uma cidade cenográfica, com 14 locações. Também gravamos quatro cenas em Guaramiranga. Concluída essa fase, iniciamos a edição e finalização. Isso demorou mais uns cinco meses", detalha o diretor.

Mas, segundo Damasceno, o processo de construção do filme vem desde 2005, quando a Acartes tornou-se Ponto de Cultura. "Como Ponto, uma de nossas atividades é a oficina permanente de capacitação de atores, além de oficinas de cinegrafista, som, edição. Nos últimos cinco anos formamos elenco e equipe técnica para várias produções e produzimos muitos curtas-metragens", recorda o diretor. "Esse é nosso primeiro longa, a coroação de uma trajetória. Sua realização vem desde a aprovação do projeto dentro da Lei Rouanet, a captação de recursos, a preparação de elenco", destaca Damasceno.

Cerca de 100 profissionais trabalharam na execução de "Poço da Pedra" - 80% deles foram instruídos e formados em cursos fornecidos pela própria Acartes. O ator global Aramis Trindade é um dos protagonistas do filme. No lançamento, o longa será exibido pela primeira vez para imprensa e convidados.

Na ocasião, também será haverá exposição dos maquinários confeccionados e utilizados no filme. Célio Turino, Secretário de Cidadania Cultural do Governo Lula e idealizador dos Pontos de Cultura, estará presente e será homenageado.

MAIS INFORMAÇÕES
Lançamento do filme "Poço da Pedra". Hoje, às 18 horas, no palco principal do Theatro José de Alencar. 
Para imprensa e convidados.

ADRIANA MARTINS
 REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste 

Radioteatro volta à programação da Rádio Nacional e da Rádio MEC

Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O radioteatro está de volta às rádios Nacional e MEC, por meio de uma iniciativa que resgata a vocação das duas emissoras do Rio de Janeiro para a criação artística no âmbito da dramaturgia. O recém-criado Núcleo de Dramaturgia EBC, resultado de um convênio entre a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Sociedade dos Amigos da Rádio MEC (Soarmec), estreia nos próximos dias 25, na MEC, e 28, na Nacional, a série inédita Contos no Rádio.

Em programas semanais com até 30 minutos de duração, a série levará ao ar radiofonizações de contos da literatura brasileira e universal. Até o final de junho, os programas trarão adaptações de contos de alguns dos maiores escritores brasileiros, como Machado de Assis, Lima Barreto e João do Rio. A exceção será um texto inédito livremente inspirado na obra A Casa de Praia das Sextas-Feiras, do escritor italiano Alberto Moravia.

O programa de estreia apresentará a versão radiofônica e teatralizada do conto O Homem que Sabia Javanês, de Lima Barreto. Escrito em 1911, o conto é um relato satírico de um comportamento até hoje generalizado no povo brasileiro – o homem que não deixa escapar a oportunidade de adquirir status, mesmo que para isso tenha que se passar por alguém que não é.

Nas semanas seguintes, Contos no Rádio trará adaptações de três contos de João do Rio, grande cronista da vida carioca nas primeiras décadas do século 20, a chamada “belle-époque”. São eles A Amante Ideal, AParada da Ilusão e O Homem de Cabeça de Papelão. Na Rádio MEC, a série será apresentada às segundas-feiras, às 20h, e na Nacional, às quintas-feiras, às 10h.

Com direção artística e coordenação de Marilia Martins e produção de Nelly Coelho, o Núcleo de Radiodramaturgia EBC está possibilitando a convivência entre novos atores e antigos nomes do radioteatro, que permaneceram nos quadros das duas emissoras, exercendo outras funções. Feliz com o resgate do gênero, o veterano radioator Gerdal dos Santos elogia a renovação da linguagem proporcionada pela série. “São novas vozes e novas sonoplastias, que acompanham a modernidade, o que só vem a engrandecer o radioteatro e a cultura brasileira no rádio”, afirma.

Na era de ouro do rádio, a Nacional foi a emissora que apresentou a primeira radionovela do país, Em Busca da Felicidade, em 1941. Até os anos 60, foram mais de 800 novelas, de 118 autores, além de peças e seriados, como o famoso Teatro de Mistério. A Rádio MEC, por sua vez, tinha em sua programação adaptações de peças teatrais, crônicas e textos literários, com um elenco que incluía nomes como Fernanda Montenegro e Sergio Viotti.

Edição: Lana Cristina
 

Lançamento do III Festival Nacional de Humor de Maranguape

Criado em 2009, a programação oficial do evento acontecerá entre os dias 19 e 21 de maio

Aconteceu  terça-feira, 12, a abertura do III Festival Nacional de Humor de Maranguape, no Teatro Municipal da cidade. Criado em 2009, a programação oficial do evento acontecerá entre os dias 19 e 21 de maio.

O lançamento do Festival contou com a exibição de filmes, às 9h e às 15h, pelo CineSesc Volante, e às 20h, com a apresentação do grupo Tambores de Aratanha, de Pacatuba. Além disso, a ocasião foi marcada por shows de humor com Tom Leite, Rapadura, Dona Franquinha, Bagaceira e Coloral e Neurlândio.

Dentre as atividades promovidas pelo Festival, como palestras, oficinas e apresentações de humor pela cidade, destaca-se a Mostra Competitiva, que dará troféus e prêmios em dinheiro aos três primeiros colocados, sendo R$ 5 mil ao primeiro lugar e R$ 3 mil e R$ 2 mil, para o segundo e terceiro colocados, respectivamente. As inscrições podem ser feitas no site do evento.

Criado em homenagem a Chico Anysio, nascido em Maranguape, o evento terá apresentação de humoristas renomados e amadores de diversos estados brasileiros.

Serviço

Lançamento do III Festival Nacional de Humor de Maranguape
Outras info.: (85) 3369.9188

Fonte: O Povo
Confira II Festival de Humor



Acesse: III Festival Nacional de Humor de Maranguape

Chico Anysio – 80 anos, 15 filmes

Um dos maiores cearenses faz 80 anos.  Inigualável na arte de fazer rir com sua galeria de personagens marcantes, Chico Anyo recebe a saudação de toda a imprensa do País e dos cearenses. A televisão foi a sua principal casa de espetáculos, seguida do teatro. Levado pela curiosidade, constato que o grande Chico escreveu 18 enredos de filmes, só participou de 15, sendo um deles emprestando a voz ao velhinho Carl Fridicksen, de Up! Altas Aventuras


Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho – de Maranguape desde 12 de abril de 1931. Humorista, escritor, pintor e… cearense da gema. Começou na extinta TV Ceará e está na Rede Globo há 43 anos. Grande como Chico, só o seu humor único, refinado e criativo.

Tive o privilégio de cumprimentar Chico, uma única vez. Convidado para a pré-estréia de Tieta do Agreste, em Salvador, onde foi rodado sob a direção de Cacá Diegues, após a sessão, generosamente, em meio aos cumprimentos de dezenas de espectadores, ressaltou a satisfação em ter ali a presença de um conterrâneo conferindo o filme.


Apesar da longa carreira na televisão, Chico tem poucos filmes em seu currículo, apesar de ter escrito 18 chanchadas. Mas, nem por isso devemos lamentar, pois durante esse tempo ele estava ocupado em criar sua genial galeria de personagens tão imortais quanto ele. Mesmo assim, não dá para esquecer o Zé Esteves, pai de Tieta, no filme de Cacá Dieques, e especialmente a voz que emprestou, com sutileza e amoção, ao velhinho Carl Fridicksen, aquele filosófico e notável personagem de Up! Altas Aventuras, o qual passa a vida toda esperando pelos sonhos e somente na velhice passa a concretizá-los.
Chico, ao contrário  de Carl, passou toda a sua existência concedendo vida a personagens que expressam o Brasil e arrancam risos de toda a nação. Através deles Chico se engrandeceu ao ofertar um dos maiores bens da existência: a arte de fazer rir os semelhantes. Obrigado Chico, e parabéns pelos 80 anos.
Confira a filmografia do mago das caras.
1955 – O Primo do Cangaceiro, Mário Brasini (também co-autor do argumento)
1959 – Eu Sou o Tal, de Eurípedes Ramos e Hélio Barroso
1959 – Entrei de Gaiato, de J. B. Tanko (co-autor do roteiro)
1959 – Mulheres à Vista, de J. B. Tanko (co-autor do roteiro)
1960 – O Palhaço o que É?, de Carlos Manga
1960 – Cacareco vem Aí, de Carlos Manga (co-autor do roteiro)
1960 – Pequeno por Fora, de Aloísio Y. de Carvalho (autor do roteiro)
1971 – O Doce Esporte do Sexo, de Zelito Viana (co-aur do roteiro)
1987 – Tanga – Deu no The New York Times, de Henfil
1996 – Tieta do Agreste, de Carlos Diegues
2009 – Se eu Fosse Você 2, de Daniel Filho
2009 – Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei, de Micael Langer, Calvito Leal e Cládio Manuel
2009 – Up! Altas Aventuras (EUA), de Pete Docter e Bob Peterson (voz do personagem Carl Fredicksen)
2010 – Uma Professorinha Muito Maluquinha, de André Alves Pinto e César Rodrigues
Confira o engraçadíssimo treiler de um dos primeiros filmes de Chico, Cacareco Vem Aí. Em cena Sonia Mamede, Chico e o inesquecível Oscarito.





Fonte: Blog de Cinema-Diário do Nordeste

Almanaques para todos

Sempre me incomodou o colunismo no Cronópios, não pelos seus autores, que são excelentes, mas por uma suposta hierarquia que o colunismo representa, ou induz pensar. Para o Cronópios todo autor do portal é especial, especialíssimo, e não deveríamos ter pódio de fama ou medalha de consagrado. Depois de alguns estudos e pensar muito a respeito, acho que consegui uma solução melhor que o colunismo num site como o nosso. Todos os autores do Cronópios terão a oportunidade de um espaço equivalente e até melhor que o de uma coluna.

Quando estrearmos o Novo Cronópios, as colunas serão transformadas em Almanaques. Os Almanaques serão páginas especiais do autor, com todos os textos publicados no Cronópios reunidos. Isso acontecerá automaticamente segundo o critério: os autores que tiverem 10 ou mais textos publicados no Cronópios irão ganhar um Almanaque com o seu nome.

Os Almanaques aparecerão como uma publicação da editora virtual do Cronópios, a Editora Nuvem. Além dos textos dos autores aparecerem publicados no Cronópios, eles estarão também reunidos no seu Almanaque pessoal na estante da Editora Nuvem.

Acho que dessa forma o Novo Portal Cronópios torna-se mais horizontal, eliminando irreais hierarquias de valores, além de ficar mais útil e motivador para todos que participam desse empreendimento cultural.

Fonte: Pipol
Editor - Portal Cronópios

TV Jangadeiro lança Site Memórias, Videos e Artigos - 285 Anos de Fortaleza


Confira: aqui

Fortaleza: Uma história de vida e movimento

Em visita a Fortaleza durante uma expedição científica pelo Brasil, o casal Luois e Elizabeth Agassiz relatou da seguinte forma a cidade: “Sente-se aqui movimento, vida e prosperidade”. Isso foi em 1866, conforme registro da Revista do Instituto Histórico do Ceará. O olhar estrangeiro reconheceu na capital cearense um ambiente criativo e salutar justamente no momento em que Fortaleza se transforma num dos principais centros urbanos do país, com o crescimento das exportações de algodão. Nesses 285 anos de vida, podemos dizer que a década de 60 do século XIX foi o ponto de afirmação de um estado de espírito que marcou Fortaleza e o Ceará: uma inquietude alegre, o anseio de ser moderno, não apenas fisicamente, mas um centro de efervescência política e intelectual.
Rua Guilherme Rocha (Foto: Arquivo Nirez)
Nesse período, figuras proeminentes se destacavam nacionalmente em diversas áreas. Na política, o Partido Liberal foi conduzido por nomes como Martiniano de Alencar, Thomaz Pompeu (o futuro senador Pompeu), Nogueira Accioly e Vicente Alves de Paula Pessoa. Já o Partido Conservador contava com líderes como Antônio Rodrigues Ferreira (o boticário que deu nome à Praça do Ferreira), o senador Fernandes Vieira e os barões de Ibiapaba e Aquiraz.
A cidade também era retratada, com críticas e elogios, em artigos e obras literárias de Oliveira Paiva, José de Alencar, Adolfo Caminha e Antonio Sales, que abordavam temas como urbanização, modernidade, filosofia, moda e comportamento. A pujança criativa culminou na criação da Padaria Espiritual em 1892, movimento literário que antecipou diversos pontos da Semana de Arte Moderna, de 1922.

A imprensa igualmente fazia refletir essa multiplicidade de posições, com publicações de linha editorial conflitantes. Circulavam na época seis jornais em Fortaleza, como os diários Pedro II e Constituição (conservadores), opostos do Cearense e do Jornal de Fortaleza (liberais), além do jornal maçom Fraternidade, de 1873.
Não quero aqui afirmar que a moral política ou o tônus intelectual fossem mais elevados no passado e que tenham se deteriorado com o tempo. Não. Digo apenas que em Fortaleza as discussões de interesse coletivo ensejavam o envolvimento de cidadãos e personalidades marcantes, desde estudante de origem humilde a líderes de segmentos diversos. A cidade cresceu sob o signo dessas disputas que, nos dias de hoje, arrefeceram, causando certa anemia política e paralisia administrativa.

Os grupos políticos da atualidade não divergem nem convergem claramente sobre assuntos pertinentes, são tímidos na apresentação de soluções e caminhos, mas agressivos na exploração de velhos vícios. Tudo ficou pasteurizado pelos ditames das propagandas políticas, pelos chavões politicamente corretos, dos jeitinhos espertos, e o pior, por uma tendência bem brasileira, muito bem anotada pelo historiador Paulo Mercadante, de deixar as diferenças de lado para dividir o poder entre amigos.

Essa tradição ainda podia ser notada na década de 90 do século XX, quando Fortaleza era palco de uma disputa entre o PMDB de Juraci Magalhães e o PSDB de Tasso e (na época) Ciro. Foi um período de grandes obras, ações de pavimentação e remodelação do transporte público, que serviu de base para um debate sobre o tipo de desenvolvimento que a capital cearense precisava.

Nos dias de hoje, as discussões se resumem às disputas de aliados políticos em busca de verbas e cargos, a Câmara Municipal é composta, em sua maioria, de desconhecidos sem trabalhos significativos para a cidade, a Prefeitura, submissa aos caprichos de partidos políticos e às outras esferas de poder, onde tudo é decidido por um clube de parceiros que se protegem mutuamente de críticas públicas. Líderes políticos debatem se obras simples devem ter prazo de entrega, se festas com artistas famosos constituem prioridade na agenda da cidade, ou se a chuva no semi-árido, em vez de benção, é uma desgraça que impede a concretização de promessas.

Nesse aniversário de 285 anos, meu desejo é que a vida e o movimento relatado pelo casal Agassiz ainda no século XIX, qualidades que emanam dos fortalezenses e moldam a cidade, sejam resgatadas, que o desejo de prosperidade, que a vontade de participar e de apontar caminhos, que a capacidade de inovar e que o orgulho de viver em uma cidade moderna, de futuro, seja recuperado, para Fortaleza brilhar como referência nacional de prosperidade, harmonia e organização.

Fonte:
CORDEIRO, Celeste. O Ceará na segunda metade do século XIX. In: SOUSA, Simone de (org.). Uma nova História do Ceará. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2000.

Wanderley Filho é historiador


Fonte: Jangadeiro Online

As palavras certas para dizer à ventura

Palavra Por Aí, À Ventura é o terceiro livro da escritora cearense Inez Figueiredo e apresenta uma viagem pelo fantástico universo da palavraPalavra Por Aí, À Ventura é o terceiro livro da escritora cearense Inez Figueiredo e apresenta uma viagem pelo fantástico universo da palavra
A autora traz ao leitor 21 contos em uma atmosfera de subjetividade (DIVULGAÇÃO)
A palavra é a senhora da linguagem, a simbolização do pensamento. Por isso os escritores a esmeram, lapidam, antes de colocá-la no papel e entregá-la à eternidade, tal qual o ourives dando forma à sua joia rara. É com esse cuidado, elevando a palavra ao patamar que a julga merecedora, que a escritora cearense Inez Figueiredo lança hoje (14), na Livraria Cultura, seu novo livro Palavra Por Aí, À Ventura.

O livro contém 21 contos em que a preocupação primeira da autora é a seleção das palavras certas para a instauração de uma atmosfera de subjetividade, ainda que mostre a aventura da palavra em seu aspecto universal. “O livro é uma espécie de monumento à palavra”, diz a autora. A linguagem poética é transplantada para o seio da narrativa curta, colocando como personagem principal a misteriosa palavra. Ainda que em prosa, o livro demonstra claras influências de poesia, linguagem que Inez utilizou nos seus dois primeiros livros, O Poeta e a Ponte (1997), e Estrela, Vida Minha (2004).

São muitas e variadas as influências que o leitor mais atento poderá identificar nas linhas de Palavra Por Aí. Desde profundas reflexões filosóficas a mitologia e música, tudo isso em variadas ambientações que permitem uma verdadeira viagem em tempo e espaço. “Há um conteúdo simbólico muito grande. É um retrato de como o autor, o poeta, o artista em geral trabalha para simbolizar aquilo que ainda não tem nome, mas que ele percebeu e precisa expressar”, explica a escritora. “Só lendo mesmo para entender”, completa.

A facilidade da literatura em trabalhar a percepção e colocá-la em palavras é, segundo Inez, a explicação para a penetração cada vez maior de autores e seus livros em universos como cinema, teatro e música.

Para aguçar a imaginação do público, o lançamento do livro será precedido de um experimento cênico dirigido e encenado pela premiada atriz Rejane Reinaldo, que atualmente cursa doutorado em Teatro, na Bahia, e vem a Fortaleza especialmente para a apresentação. O tema da performance é um texto de Inez Figueiredo, intitulado Pentesiléa e o vão (não incluso no livro). Pentesiléa, rainha amazona na mitologia grega, aparece como um símbolo do feminino presente no universo, na natureza, nas palavras, como expressão criativa.

A cenografia dessa apresentação introdutória ficou a cargo do artista visual Marcelo Santiago. Ainda que se trate de uma apresentação simples, de cerca de 20 minutos, Santiago afirma que não economizou na criatividade para dar ao espaço um caráter expressivo e original. Segundo ele, a ideia foi criar um visual estético para a leitura dramática do poema. “Procuramos criar um conjunto bem interessante em um único ambiente, uma confluência de variadas linguagens como pintura, fotografia e texto”, expõe o artista.

SERVIÇO

POR AÍ, À VENTURA

Quando: hoje, 14 de abril (às 19h)
Onde: Livraria Cultura, no Shopping Varanda Mall (Av. Dom Luís, 1010 – Meireles)
Outras info: 4008 0800
Marcos Robério

Fonte: O Povo

Chanceler Airton Queiroz realiza visita ao Instituto Histórico do Ceará

Instituição centenária está aberta a visitações, abrigando mais de 320 mapas e com cerca de 32 mil obras catalogadas

O presidente José Augusto fala aos visitantes, chanceler Airton Queiroz, Pedro Sisnando e Pádua Lopes
FOTO: KID JÚNIOR

Em visita ao Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará, o chanceler da Universidade de Fortaleza (Unifor), Airton Queiroz, acompanhado do jornalista Pádua Lopes, superintendente do Diário do Nordeste, conheceu as instalações e obras históricas com a intenção de apoiar o trabalho de pesquisa daquela instituição centenária, fundada no dia 4 de março de 1887. "Estamos fazendo uma visita institucional, mostrando nossa disponibilidade em colaborar com a história e memória de Fortaleza. É uma abertura de diálogo", afirma o chanceler.

O grupo foi recebido pelo presidente José Augusto Bezerra, e pelo vice-presidente Pedro Sisnando Leite. Na companhia dos anfitriões, eles conheceram a sede, situada na Rua Barão do Rio Branco, 1594, e foram informados dos atuais projetos, encontros e atividades que acontecem no casarão. Com mais detalhes, o grupo visitou o Memorial Barão de Studart, a biblioteca, o arquivo, a hemeroteca, tendo acesso inclusive aos exemplares da Revista do Instituto que vem sendo editada desde 1887.

Amantes dos livros e das memórias de Fortaleza antiga, os visitantes se debruçaram sobre os fatos históricos, comentaram memórias da família, apontaram casarões antigos que infelizmente não existem mais e só aparecem em cartões-postais. "O trabalho feito no Memorial Barão de Studart é maravilhoso, é um museu exemplar de grande importância histórica para Fortaleza. Todos devem conhecê-lo", comenta o jornalista Pádua Lopes.

Barão de Studart

O Memorial Barão de Studart está aberto para visitação pública às terças e quintas-feiras das 13h às 17h. Visitas de grupos também podem ser agendadas. "Temos um espaço interativo, em que o visitante é convidado a viajar no tempo, conhecer uma cidade que nem viveu", explica o presidente.

Além do Memorial, o próprio casarão já remonta aos tempos da Fortaleza antiga, das sacadas e arquiteturas imponentes e decoradas, dos intelectuais, do movimento da Padaria Espiritual e da agitação literária que dava um ar todo francês à Província.

Enquanto o grupo era guiado pelo passeio, causos eram contados pelos corredores do Instituto. Com saudosismo, todos lembravam dos muitos que passaram pela Instituição. Dos prédios que foram demolidos. Da saudade da Fênix Caixeiral, do Palácio do Plácido.

Presidentes

Paulino Nogueira Borges da Fonseca, Thomás Pompeu de Sousa Brasil Filho, Barão de Studart, Antônio Martins Filho e Geraldo Nobre foram alguns dos presidentes do Instituto. Atualmente, a entidade conta com cerca de 40 sócios, dezenas de amigos e parceiros que dedicam um pouco de tempo à pesquisa histórica, ajudando a preservar o patrimônio cultural do Ceará. Paulo Bonavides, Zélia Sá Viana Camurça, Miguel Angelo de Azevedo e Gisafran Nazareno Mota Jucá são alguns dos sócios filiados.

"Estamos sempre abertos a visitas cordiais e institucionais. Estamos com algumas dificuldades, falta apoio financeiro. Toda ajuda e abraço amigo é bem-vindo para que possamos manter a memória preservada", diz o atual presidente.

Apesar das limitações financeiras, um Projeto de Lei, ainda em apreciação pelas comissões na Assembleia Legislativa, poderá garantir uma ajuda de custo anual oferecida pelo Governo do Estado.

"Queremos que essa matéria seja aprovada para que possamos realizar mais atividades e projetos de pesquisa. Temos um acervo enorme, com muitas fontes para historiadores", comenta José Augusto Bezerra.

Entre os novos projetos está, por exemplo, o de recuperação e catalogação de todo o acervo de Capistrano de Abreu. A ideia é digitalizar os documentos para que possam ser públicos a quem interessar estudar.

Além de intelectuais, professores e historiadores, o casarão tem recebido visita de estudantes de escolas públicas e de turistas de todo o País.

Para curiosidade dos que por lá passam, há exemplares exclusivos de jornais antigos, fotografias, mapas, textos, tudo relíquia que só com a dedicação dos sócios e amigos do Instituto foi possível evitar que o tempo apagasse. Edições antigas do Diário do Nordeste estão guardadas e sendo acessadas.

Há exemplares inéditos dos jornais A República, O Ceará, o Cearense e demais raridades. Não falta o que pesquisar, tudo está devidamente catalogado.

Atualmente, todas as edições da Revista do Instituto do Ceará estão digitalizadas, publicadas no site: http://www.ceara.pro.br/Instituto-site.


FIQUE POR DENTRO

Histórico

O Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) foi fundado em 4 de março de 1887, em Fortaleza, é uma sociedade civil, de caráter científico e cultural, sem fins lucrativos, de duração por tempo indeterminado e reconhecida de utilidade pública pela Lei Municipal nº 5.784, de 13 de dezembro de 1983, pela Lei Estadual nº 100, de 15 de maio de 1935, e pelo Decreto Federal nº 94.264, de 22 de maio de 1987.

Motivados pelo desejo de tornar conhecidas a história e a geografia da província, 11 vultos da sociedade cearense empreenderam árdua tarefa a fim de fazer do Instituto referência nacional para a propagação de pesquisas que legitimasse a formação de sua história. É composto de 40 sócios efetivos, na maioria professores universitários, além de sócios beneméritos, correspondentes e honorários.

Clara Lêda lança oitavo livro

A escritora cearense apresenta, hoje, às 19h, no Ideal Clube, "A corrente e o pingente", seu primeiro romance, que se passa em cidades da região da Ibiapaba, no Ceará

A autora já tinha sete livros publicados e agora resolveu homenagear a região onde nasceu e passou boa parte da vida
Uma história de amor que se passa na região da Ibiapaba, Interior do Ceará. Assim pode ser resumido o enredo do livro "A corrente e o pingente", que a escritora Clara Lêda lança, hoje, a partir das 19 horas, no Ideal Clube. A publicação foi uma das selecionadas por um edital aberto pela Secretaria da Cultura do Estado (Secult), no ano passado.

Clara Lêda já contava com sete livros lançados, a maior parte infantis, mas este é seu primeiro romance. A ideia, explica ela, foi homenagear municípios como Ubajara, São Benedito e Ibiapina, onde passou a infância. "É uma região pela qual as pessoas se apaixonam só em visitar, imagina em viver", ressaltou. "Fora a beleza natural indiscutível".

Os cenários descritos no livro, como o casarão, logo no início, existem mesmo. Já os personagens, revela Clara, são todos fictícios, porém, com toques de realidade. "Peguei histórias que vivenciei através da minha família ou de amigos e usei para dar vida aos personagens", diz.

É o caso da menina negra adotada por um casal que ganhou o nome de Simone. Dias depois, uma autoridade da região foi até a casa da família tomar satisfações por terem dado o nome de uma de suas filhas a uma negra. "Desta forma, aproveito para tratar de questões delicadas como o racismo".

Documento
O livro acaba, portanto, sendo um documento histórico da época, dada a riqueza de detalhes dos cenários e do comportamento da sociedade nos início do século XX. Os acontecimentos se desenrolam a partir da história de Raul, um rico e solitário empresário da Ibiapaba, e Anne, uma jovem europeia, que mudou-se para a região por conta do clima ameno e com o objetivo de fugir de uma maldição que assolava as mulheres da família: todas elas morriam no momento do parto. Os dois se conhecem num dia em que Raul sai com seu cavalo pelo mato, sem rumo, e dá de cara com uma bela jovem. Nasce uma paixão e o mocinho passa a buscar mais informações sobre aquela mulher que ele nunca tinha visto.

Em meio a muita ação e suspense, os protagonistas se veem às voltas com um homem misterioso, que carrega no peito a corrente e o pingente do título da obra - a foto da capa é do fotógrafo Caio Júlio, filho da autora. "Ele é uma peça fundamental para que seja desvendado o segredo da maldição", adianta, sem querer entregar mais nenhum detalhe.

IBIAPABA
A corrente e o pingente Clara Lêda
Expressão gráfica, 2011, páginas, r$ 30


MAIS INFORMAÇÕES
Lançamento do livro "A corrente e o pingente", hoje, a partir das 19 hostas, no Ideal Clube (Avenida Monsenhor Tabosa, 1381, Meireles).
Contatos: (85) 3248.1055

Fonte: Diário do Nordeste

Cia Ciclos traz de Tabuleiro do Norte o espetáculo Sob Pressão

A coreografia, que pretende traduzir a angústia no mercado de trabalho, será apresentada durante o mês no projeto Quinta com Dança do Dragão do Mar
Depois de passar por Mossoró (RN) e Limoeiro do Norte (CE), o espetáculo chega a Fortaleza para falar sobre experiências de tensão
Um grupo de bailarinos oferece aos habitantes do interior do Ceará, na região do Vale do Jaguaribe, a possibilidade de experimentar a dança contemporânea. Criada há sete anos, a Cia. Ciclos é composta por dez integrantes e liderada por Duaram Gomes, professor de Educação Física que ousou ingressar no mundo da dança. O diretor garante: por lá, a dança contemporânea já conquistou seu público.

De Tabuleiro do Norte para Fortaleza, o grupo apresenta hoje (14) o espetáculo Sob Pressão no primeiro Quinta com Dança do mês de abril, no Centro Dragão do Mar. A companhia pretende traduzir a angústia de lidar com a concorrência no mercado de trabalho. “É um espetáculo sobre ação e reação. No palco, os bailarinos passam por esses estímulos negativos até o momento em que explodem”, explica o diretor.

É a primeira vez que Sob Pressão é apresentado na íntegra na capital cearense, mas já foi levado às cidades de Mossoró e Limoeiro do Norte. A composição da coreografia foi guiada pela observação de fatos cotidianos, o cenário simula grades que remetem aos sentimentos de angústia e isolamento. Em 45 minutos, a proposta é que o público identifique no seu próprio cotidiano essas experiências de tensão.

Alex Nogueira, bailarino e professor da Escola de Dança de Paracuru, acompanha o trabalho da Cia. Ciclos, e foi convidado para dar aulas de balé para o elenco.“Eles têm muita vontade de dançar, depois de trabalhar o dia inteiro se reúnem à noite e ensaiam até de madrugada. Conseguiram montar um balé de qualidade com uma dramaturgia interessante”, diz.

Com duas participações na Bienal Internacional de Dança de Fortaleza (2003 e 2009) no currículo, o grupo segue em temporada com a coreografia no Centro Dragão do Mar nos dias 21 e 28.

SERVIÇO

QUINTA COM DANÇA APRESENTA SOB PRESSÃO
Quando: hoje (14) e nos dias 21 e 28/4, às 20 horas.
Onde: teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema).
Quanto: R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia) - no local.
Outras informações: 3488 8600.

Fonte: O Povo

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Chinesa Compal terá centro de pesquisa para tablets com Venturus

SÃO PAULO (Reuters) - A unidade brasileira da fabricante chinesa de produtos eletrônicos Compal acertou parceria com o centro de pesquisa Venturus para produção de projetos de software embarcado voltado a aparelhos portáteis, incluindo tablets.

A parceria, que vai criar o Centro de Competência em Usabilidade de Software Embarcado, começará a trabalhar com projetos para computadores tablet para o mercado mundial e vai formar profissionais de software em Campinas (SP), Fortaleza e Campina Grande.

O objetivo do centro é desenvolver produtos com "diferencial competitivo ao mercado de dispositivos móveis".

O anúncio acontece um dia depois que a presidente Dilma Rousseff afirmou em Pequim que a chinesa Foxconn avalia investimentos de 12 bilhões de dólares no Brasil e após o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, ter afirmado que a empresa e a Apple vão começar a fabricar o tablet iPad no país até o final de novembro.

"Daremos início ao programa com projetos voltados para tablets cujo mercado é muito promissor no Brasil e no mundo. Nosso centro de competência vai atuar em pesquisa e desenvolvimento para oferecer ao consumidor uma experiência diferenciada em usabilidade", afirmou em comunicado o diretor de P&D da Compal, Alexandre Lisbôa.

O centro de competência vai consumir investimentos de 25 milhões de reais nos três primeiros anos do programa. A parceria envolve ainda Instituto Eldorado, Universidade Federal de Campina Grande, Universidade Federal do Ceará e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará-IFCE.

A fábrica brasileira da Compal, que começou a operar em Jundiaí em 2009, é a primeira da empresa fora da China.

ECONOMIA: O Acarauense Rubens Sales discute o mercado de frutos do mar no Brasil



O empresário Acarauense proprietário da Nutrimar, Rubens Sales concede entrevista a Fátima Turci do programa Economia & Negócios da Record News para discutir o mercado de frutos do mar no país.

Dnit realiza operação tapa buracos em Acaraú

O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) iniciou hoje (11) uma operação tapa buracos na Avenida João Jaime Ferreira Gomes (BR-402). Os trabalhos são feitos em toda a avenida, em Acaraú.


Os serviços foram necessários em razão das fortes chuvas que atingiram a cidade e prejudicaram a pista causando risco de acidentes. A rodovia está sinalizada com cones e funcionários do Dnit orientam os motoristas para que reduzam a velocidade. Não há interdição e o trânsito flui normalmente. 
 

Programa de inclusão de jovens faz repasses de R$ 16 milhões


Recursos de aproximadamente R$ 16 milhões estão à disposição de estados e municípios atendidos pelo Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem Urbano) da Secretaria Nacional da Juventude da Presidência da República. O dinheiro, transferido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), destina-se a pagamento de pessoal.

No dia 1º deste mês, foram transferidos R$ 268,2 mil para a prefeitura de Santarém (PA). No dia 4, o governo do Acre e as prefeituras de Teresina (PI), São Gonçalo e Rio de Janeiro (RJ) foram contemplados com R$ 2,4 milhões, no total.

O repasse de R$ 13,2 milhões, no dia 8, atendeu às prefeituras de Arapiraca (AL), Cariacica (ES), Anápolis e Aparecida de Goiânia (GO), Ananindeua e Belém (PA), Belfort Roxo (RJ), Guarujá (SP), Salvador e Belo Horizonte, além dos governos do Ceará [R$ 5,4 milhões], Pernambuco [R$ 1,9 milhão] e Tocantins [R$ 469,8mil].

Assessoria de Comunicação Social do FNDE

Artista conta história de Pacatuba através de maquetes

Assista o quadro Ceará da Gente. A repórter Ian Gomes foi até Pacatuba(Região Metropolitana de Fortaleza) e conheceu o seu Antony, um artista que explica tudo sobre a história de município através de maquetes.



Fonte: Jangadeiro Online

Lançamento literário no Museu do Ceará homenageia os 285 anos de Fortaleza

A Associação dos Amigos do Museu do Ceará lança nesta quarta-feira (13), no Museu do Ceará, às 17h30min, o livro Moisés Matias de Moura - O cordel de Fortaleza, que pretende seguir a linha de uma história de vida e da interação dele com a Fortaleza dos anos 1940/ 1950, quando sua atuação foi mais intensa. Reúne também dezessete dos mais de cem folhetos que publicou.

A pesquisa foi feita nos acervos da Casa de Rui Barbosa e na Biblioteca Amadeu Amaral (RJ), no Mauc (CE) e nas coleções dos bibliófilos cearenses Rubem Amaral Jr. e Jorge Brito, radicados em Brasília. Moisés Matias de Moura faleceu em Fortaleza, em 1976. O lançamento homenageia o aniversário de Fortaleza, cidade com que ele estabeleceu uma relação de amor e da qual foi um cronista.

Serviço:
Local do lançamento: Museu do Ceará (Rua São Paulo n° 51- Centro)
Data: 13 de Abril de 2011
Horário: 17:30
Mais informações: (85) 3101-2609; 3101-2610

12.04.2011
Assessoria de Imprensa da Secult
Sonara Capaverde ( imprensa@secult.ce.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 85 3101.6759)

Fonte: Portal do Governo do Ceará

Pagas parcelas da merenda e do transporte escolar

Já estão disponíveis nas contas correntes de municípios e estados de todo o país os valores referentes à segunda parcela do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e à primeira parcela do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate).

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) depositou R$ 228,66 milhões para a merenda de estudantes da educação básica e R$ 59,39 milhões para o transporte escolar. Os valores específicos de cada município ou das secretarias estaduais de educação podem ser conferidos no sítio eletrônico www.fnde.gov.br / consultas a liberações de recursos.

O recurso do Pnae transferido aos estados e ao Distrito Federal foi da ordem de R$ 93,06 milhões. Para os municípios, o valor foi de R$ 135,49 milhões, enquanto que para institutos federais de educação, como o Instituto Federal de Educação e Tecnologia da Bahia, Ceará, Espírito Santo, entre outros, foi de R$ 95,68 mil.
Desde o ano passado, o valor per capita repassado pela União a estados e municípios foi reajustado para R$ 0,30 por dia letivo para cada aluno matriculado em turmas de pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos. As creches e as escolas indígenas e quilombolas passaram a receber R$ 0,60 e as escolas de ensino integral, do programa Mais Educação, R$ 0,90.

O orçamento do programa de alimentação escolar para 2011 é de R$ 3,1 bilhões, para beneficiar 45,6 milhões de estudantes da educação básica. Com a Lei nº 11.947/2009, 30% desse valor – R$ 930 milhões – devem ser investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar, medida que estimula o desenvolvimento econômico das comunidades.

Com relação ao transporte escolar, dos R$ 59,39 milhões transferidos, R$ 1,49 milhões foram para as redes estaduais de ensino e R$ 57,89 milhões, para os municípios. (Fonte: Fetems)

Fonte: Redação Capital News