sábado, 10 de setembro de 2011

Sobral festeja natalício de D. José Tupinambá

Um dos maiores empreendedores de Sobral recebe homenagens hoje pela data de seu nascimento

Dom José é considerado o segundo fundador de Sobral, pela sua expressiva contribuição ao desenvolvimento do Município

Sobral. Dom José Tupinambá da Frota é referência neste Município. Hoje, os sobralenses festejam os 129 anos de nascimento do primeiro bispo da cidade. Dom José será lembrado com uma solenidade no Beco do Cotovelo com a presença do prefeito de Sobral, Clodoveu Arruda (PT), e do bispo diocesano Dom Fernando Suburido.

O deputado estadual Teodoro Soares, quando era reitor da Universidade Vale do Acaraú (UVA), instituiu setembro como mês de Dom José. A atual edição das comemorações é a 12ª. "Dom José Tupinambá da Frota teve uma profícua ação pastoral, aliando Educação e Cultura, quando esteve à frente da Diocese de Sobral de 1916 a 1959. Ele foi tão atuante em toda Região Norte que, 50 anos após a sua morte, sua presença continua nas obras que deixou e no trabalho de seus padres", destaca Teodoro Soares.

Biografia
Filho de Manoel Artur da Frota e Raimunda Artemísia Rodrigues Lima, Dom José nasceu em 10 de setembro de 1882, na Rua da Aurora, hoje Rua Domingos Olímpio, atual residência da família de Antônio Frutuoso da Frota Filho.

Dom José ingressou na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma (Itália), recebendo o grau de doutor em Teologia e Filosofia em 1902. Morou no Colégio Pio Brasileiro e em 29 de outubro de 1905 ordenou-se sacerdote diocesena.

Em 1906, ao voltar ao Brasil, trabalhou inicialmente em Sobral, ajudando o padre Diogo, seu tio, nos afazeres paroquiais. Em 1907, atendendo o convite de Dom José de Camargo Barros, lecionou Teologia Dogmática, Ética e Liturgia no Seminário da Ipiranga, em São Paulo. Em 1908, foi nomeado por Dom Joaquim, vigário da Paróquia de Sobral, onde fixou residência. Durante os oito anos em que esteve à frente desta paróquia, deu provas de seu dinamismo empreendedor, quando melhorou e embelezou a Igreja Matriz, estruturou a catequese, deu nova vida às associações religiosas, dignificou os atos litúrgicos e fundou um dispensário, dedicando-se aos pobres e enfermos.

Com a criação da Diocese de Sobral, em 10 de novembro de 1915, pelo papa Bento XV, foi nomeado como seu primeiro bispo. Sua sagração episcopal teve lugar na Bahia no dia 29 de junho de 1916, aos 33 anos de idade, por Dom Jerônimo Thomé da Silva, arcebispo primaz da Bahia. Sua posse nesta diocese se deu no dia 22 de julho do mesmo ano.

Em seu episcopado de 43 anos é considerado, pelo conjunto de sua obra eclesial, política, cultural e administrativa, como o segundo fundador de Sobral. Quis fazer de Sobral uma nova Roma, equipando-a de aparato multiforme, constituído pelo Seminário São José, na Betânia, os colégios Sant´Ana e Sobralense, a Santa Casa de Misericórdia, o jornal Correio da Semana, o Abrigo Sagrado Coração de Jesus, o Banco Popular e o Museu Diocesano. Historiadores destacam que como "ortodoxo, de moral ilibada, nunca descurou do seu rebanho, dedicando-se com desvelo à sua missão".

Ele também foi fundador da Universidade Vale do Acaraú (UVA). Por iniciativa de Dom José, o Arco de Nossa Senhora de Fátima foi construído em 1953, na administração do prefeito Antônio Frota como marco da visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima a Sobral. Projetado por Falb Rangel, o Arco de Nossa Senhora de Fátima foi executado por Francisco Frutuoso do Vale, que também foi o autor da imagem de Nossa Senhora que o encima.

Na "Princesa do Norte", há diversos espaços que lembram o seu bispo maior, como o museu que leva seu nome TUNO VIEIRA

No Museu Dom José tem um acervo de quase cinco mil peças. Ele é considerado o quinto do Brasil em arte sacra e decorativa pela Conselho Internacional de Museus. Estudioso de genealogia, foi sócio correspondente da Academia Cearense de Letras, do Instituto do Ceará e do Instituto Brasileiro de Genealogia.

Pai espiritual
Foi o maior benfeitor de Sobral. Durante 51 anos, dos quais oito como vigário e 43 anos como bispo, foi o chefe, o líder, o pai espiritual da comunidade sobralense. Não é à toa que no Município têm diversos espaços em seu nome, como homenagens.

Ele escreveu e publicou dois livros: "História de Sobral" e "Traços biográficos de Manuel Artur da Frota". Faleceu no dia 25 de setembro de 1959, aos 77 anos de idade. Foi sepultado no pavimento da Capela do Santíssimo, na Catedral, a seu pedido, sob um epitáfio esculpido em mármore, com essas palavras: "Ad pedes Domini pie requiescat" (Devotamente para descansar aos pés do Senhor") .

Líder
51 anos, dos quais oito como vigário e 43 anos como bispo, Dom José foi o chefe, o líder, o pai espiritual da comunidade sobralense. Não é à toa que no Município lhe reverencia em diversos espaços

MAIS INFORMAÇÕES
prefeitura Municipal de Sobral
Rua Viriato Medeiros, 1250 - Centro
Telefone: (88). 3677-1100

Lauriberto Braga 

Repórter

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Grande Show Católico Jovem em Juritianha


Fonte: Vale do Acaraú Noticias

Uece em parceria com o IFCE oferta Mestrado em Computação


Estão abertas as inscrições para a seleção da 11ª turma de mestrado profissional em computação aplicada (MPCOMP) oferecido pela Universidade Estadual do Ceará – UECE, em parceria com o Instituto Federal do Ceará – IFCE. O curso tem convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e Fundação Universidade Estadual do Ceará (FUNECE).

Podem se candidatar às vagas aqueles profissionais com graduação plena e tecnológica ligadas as área de ensino, informática, redes de comunicação, computação, engenharia, ciências exatas, economia, administração e afins. Mais informações podem ser conferidas no link aqui

AAKC esteve presente no desfile cívico-militar em Acaraú


A AAKC-Karatê que está presente nos municipios de Acaraú, Bela Cruz, Cruz, Marco, Itarema e Sobral esteve presente neste dia 07 de setembro de 2011, nas comemorações da independência do Brasil no município de Acaraú, desfilando pelas principais ruas.


"Aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos os atletas pela presença, representando o karatê de nossa região, o qual tem dado tantas alegrias com títulos conquistados fora do Estado e do país, inclusive já estamos em campanha para participar do Campeonato Brasileiro na cidade de Belém(Pa)." Palavras Prof. Robyson Régis.

O poeta Dal Costa de Acaraú é atração do 7º Festival de Cantoria do Eusébio

Desafios, repentes, competições de melhor dançarino e cantor são atrações do Festival de Cantoria no Eusébio

A arte da viola revela talentos nos Municípios cearenses, uma tradição que passa entre as gerações
ALEX PIMENTEL
Fortaleza. Com uma participação de público estimada em cerca de 800 pessoas, acontece amanhã, a partir das 20 horas, o 7º Festival de Cantoria do Eusébio. O evento contará ainda com o show da banda de forró pé de serra Forró do Povo e da cantora Elisa Lombard.

O coordenador do evento, Francisco Edson das Chagas, disse que a cada edição o festival tanto aumenta no número de público, quanto de atrações.

"Hoje, o evento é uma referência forte para os cantadores e repentistas que buscam divulgar seus trabalhos por meio do Festival", afirmou o coordenador Francisco Edson. O festival acontece na casa do coordenador e há distribuição de prêmios para o melhor cantor, dançarino e distribuição de brindes, oferecidos pelos patrocinadores da iniciativa.

Atrações
Dentre as atrações previstas para o próximo sábado, incluem os repentes de viola com os poetas Luiz Pinto de Quixadá e Dal Costa de Acaraú. Na ocasião, haverá uma homenagem especial para o poeta Daniel Capistrano da Costa (de Águas Belas, Boa Viagem).

Francisco Edson disse que o Festival surgiu quase como um acaso, há sete anos. Lembra que na época queria apenas celebrar o aniversário de 18 anos do filho mais velho, que havia passado no vestibular. Com isso, convidou amigos violeiros. Um desses achou que poderia também levar outros companheiros de cantorias e fazer com que a festa também fosse uma oportunidade para se comercializar comidas e bebidas.

Francisco Edson disse que a ideia vingou de forma surpreendente já na primeira edição, o que suscitou fazer um evento bem maior. Dessa vez, o grande incentivador era o filho mais velho. Por mais uma vez, a festa aconteceu em abril. O fato triste é que dias depois, esse morria de um infarto fulminante.

Incentivo
"Foi o momento mais triste e traumático que passei na vida. No entanto, por incentivo de amigos não desisti e, em homenagem à sua memória, passei a realizar o evento todos os anos, só que agora nos meses de setembro", disse.

Edson disse que o sofrimento inicial foi superado pelo sucesso da festa que se consolidou na região, atraindo artistas regionais de todo o Estado. Além disso, toda a receita da festa é destinada para cobrir os custos e ainda para investir nos festejos natalinos.

MAIS INFORMAÇÕES
7º Festival de Cantoria

Rua Cruzeiro, 808 - Coaçu - Eusébio - Estrada do Fio (1ª lombada à direita) Telefone: (85) 9947.4006

Museu do Ceará sofre problemas estruturais

Apesar da fachada pintada recentemente, o prédio tem infiltrações e apresenta portas e janelas quebradas

Ao lado das gargalheiras e algemas usadas por escravos, são vistas grandes infiltrações na parede da sala "Escravidão e Abolicionismo"; na "Artes da Escrita", a situação é a mesma
FOTO: ALEX COSTA

Visto de fora, o Museu do Ceará parece estar em ótimo estado de conservação, especialmente por causa de uma pintura na fachada, que recebeu recentemente. Porém, se analisado com olhares mais atentos, mesmo por fora, pode-se detectar uma série de problemas, como janelas e portas quebradas, com pintura deixando a desejar. Visto de dentro, são muitos os sinais da falta de manutenção. O principal deles são as infiltrações, que estão por toda parte.

Nem mesmo o espaço de visitação, no primeiro andar, escapou. Na sala "Escravidão e Abolicionismo", ao lado de gargalheiras e algemas usadas para castigar escravos, enormes infiltrações podem ser vistas. Na sala "Artes da Escrita", a situação é a mesma. Mas é na administração onde o problema está mais crítico. Lá, o reboco da parece está fofo e uma parte já começou a soltar.

Entre os visitantes, boa parte dos problemas estruturais passam despercebidos. A recepcionista Érica Cavalcante, 25 anos, que estava, ontem, visitando pela primeira vez o Museu do Ceará, afirma que achou o local interessante. No entanto, voltou para casa frustrada, porque não constava nada sobre o assunto que ela pesquisava para um trabalho da faculdade: a seca de 1887 e o sanitarista Rodolfo Teófilo.

Já a estudante de Serviço Social Edilaine Sousa, 25 anos, achou o museu "um pouco limitado". "A história do Ceará é muito rica e eles só mostram o que consideram mais importante. Tem muitas fotos de pessoas, mas pouco sobre os acontecimentos", critica. A estudante diz que a estrutura do museu é ótima, mas acha que ele poderia ser melhor explorado.

Para a professora Taciana Façanha, 36 anos, que estava com uma turma de 29 alunos, o museu atende o seu objetivo, que é visualizar na prática o que conteúdo que está sendo passado aos alunos: o patrimônio histórico-cultural de Fortaleza. Ela elogia a forma como foram separadas as temáticas, sempre com uma relação com o assunto anterior, e afirma que os monitores são muito bons.

Mensalmente, o Museu do Ceará recebe 3 mil visitas, grande parte agendada por escolas. Devido ao número reduzido de visitantes no fim de semana e por questões de segurança, ele não funciona aos domingos.

Sede de evento
Enquanto isso, o Ceará se preparada para receber a 5ª Primavera dos Museus, que acontece de 19 a 25 de setembro, com participação de 589 instituições, que promoverão 1.779 atividades em 310 cidades do País, entre elas Fortaleza. "Mulheres, Museus e Memórias" é o tema desta edição do evento. O historiador do Museu do Ceará, João Paulo Vieira, destaca que viu na temática uma oportunidade de falar de um sujeito importante na história, que é a mulher.

O edifício do Museu do Ceará foi inaugurado em 4 de julho de 1871, quando funcionava a Assembleia Provincial Legislativa. Já sediou o Tribunal de Contas do Ceará, a Faculdade de Direito, o Tribunal Regional Eleitoral, a Biblioteca Pública e o Instituto do Ceará.

Quinta Primavera
Casa José de Alencar
De 19/09 a 20/12 - Exposição de fotos, jornais e outros documentos
Informações: 3276-2379

Museu da UFC
De 21/09 a 07/10 - Seleção de obras das artistas que compõe o Museu da UFC
Informações: 3366-7481

Museu do Ceará
Dia 22/09 - Mostra de pintura "Somos todas do mundo", da artista Lídia Rodrigues. Informações: 3101-2609

Miss - Ceará
Dia 21/09 - Exibição de documentários sobre a inserção feminina no universo predominantemente masculino Informações: 3101-1202

Memorial da cultura cearense
Dia 24/09 - Encontro com a artista plástica Nice Firmeza, que falará de memórias de seus 90 anos
Informações: 3488-8611

MAIS INFORMAÇÕES
A programação completa da 5ª Primavera dos Museus pode ser conferida no site

INCENTIVO
Faltam investimento e interesse da população
Artes visuais, artes plásticas, história, muita história, um universo que anda um pouco escondidos na nossa Capital, tanto pela falta de investimentos, quanto pela falta de divulgação e interesse da população nos museus. Segundo dados da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), atualmente, cerca de oito museus estão ativos na Capital.

Entretanto, apesar de existir a estrutura física a maioria dos prédios está em péssimo funcionamento. Segundo o historiador e professor da Universidade Federal de Ceará (UFC), Regis Lopes, o que falta são políticas públicas de incentivo.

"O poder de atração dos museus está ligado ao investimento e direcionamento. Acho que o problema não é falta de verba e sim de interesse", ressalta Lopes. Para o professor, a principal saída seria a criação de programas educativos com as escolas. Dessa maneira, segundo ele, a criança aprenderia desde cedo a importância do museu e se tornaria uma adulto frequentador desses lugares.

Para Maíra Ortins, coordenadora de artes visuais da Secultfor, há muitos museus funcionando na Capital e em excelente condições, contudo o que falta são espaços culturais, ou seja, lugares onde é possível uma divulgação de múltiplos trabalhos, desde artes visuais, artes plásticas, passando pelo teatro até formações e palestras. "Os museus são lugares extremamente importantes, mas se não existirem os centros culturais não teremos o que expor lá. Precisamos de interesse", diz.

SEM VERBA

Memorial das Secas fechado há 7 anos

O Palacete Carvalho Motta, prédio antigo, robusto e com ares franceses, situado na esquina das ruas Pedro Pereira com General Sampaio, nem parece que um dia abrigou o tradicional Museu das Secas, memorial fundado em 1983 pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) que exibia peças antigas recontando à trajetória deste evento climático. O local está fechado há sete anos.

Por falta de recursos financeiros, o projeto de reforma e reabertura do local está parado, o acervo abandonado, longe do público e do olhar curioso de pesquisadores. Uma grande lacuna que se abre na memória.

Acervo
Na lista de relíquias presentes havia objetos iconográficos e maquinários, telefones à manivela, lunetas e um arsenal de obras raras; uma biblioteca, relatórios, documentos e diversos registros de construções de açudes, a exemplo do Açude do Cedro, tais preciosidades ricas para qualquer colecionador.

Entretanto, o que resta agora são pichações nas paredes recém pintadas, janelas quebradas, grades enferrujadas e falta de perspectiva de futuro. A vendedora ambulante, Rosenilda Alves, 43 - que usa as sacadas do prédio como banca de roupas - se encanta com a beleza da arquitetura, mas lamenta a decadência e fim do antigo museu.

"Tinham uma eterna promessa de reforma que nunca saiu do papel. Passaram só uma tinta na parede e pronto. É só enrolação mesmo. Podia virar um importante ponto turístico da nossa cidade", diz. Segundo ela, até hoje curiosos perguntam sobre o memorial, outros até pensam que o palacete é uma igreja ou um simples casebre qualquer.

A arquiteta do Dnocs, Raquel Pontes, conta que há um projeto de transformar o antigo Museu das Secas em um Centro de Referência Virtual. Entretanto, o anseio esbarraria, segundo ela, na ausência de verba e falta de vontade política. "Fizemos um longo e criterioso restauro, mas não temos prazo de quando o local voltará a funcionar. Quem sabe em 2012", comenta.

LUANA LIMA, IVNA GIRÃO E KARLA CAMILA 
REPÓRTERES/ESPECIAL PARA CIDADE

Cultura popular precisa resgatar sua identidade

Festas tradicionais: mestre em Educação, Paulo Henrique Leitão dos Santos alerta para a "espetacularização" das culturas carnavalescas e cita as fantasias dos maracatus
FOTO: VIVIANE PINHEIRO

Fórum apontou, ainda, a necessidade de preservação da identidade dos grupos de cultura popular
Em Fortaleza, há uma tendência a "sapocaização" de grupos da cultura popular, sobretudo durante o Carnaval de Rua na Avenida Domingos Olímpio. A observação foi feita, no fim da tarde de ontem, pelo mestre em Educação, Paulo Henrique Leitão dos Santos, ao participar do I Fórum de Patrimônio e Festas no Ceará.

O evento - que fica encerrado hoje no Auditório Ícaro de Sousa Moreira, no Centro de Ciências da UFC - é uma iniciativa de equipe de pesquisadores do Programa Pró-Cultura, do Ministério da Cultura.

Segundo ele, a "espeta-cularização das culturas carnavalescas" é mais visível na apresentação das fantasias dos maracatus, apesar de ser a representação de uma corte negra. "O peso das fantasias, muitas vezes, dificulta até mesmo o desfile dos participantes das agremiações", lembrou, acrescentando que determinadas características das apresentações são apropriadas ao desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo, mas não aos grupos culturais da Capital cearense.

"Essa tendência põe em risco a evolução dos maracatus na avenida", exemplificou o palestrante, que integra o Cordão do Coroá, grupo criado em 2003 pelo programa de extensão da UFC e que pesquisa as culturas populares de tradição oral. Paulo Henrique Leitão atua, também, como coordenador de Ação Comunitária do Serviço Social do Comércio (Sesc-CE).

O fórum tem o objetivo de debater e a avaliar os desafios operacionais, políticos e territoriais do patrimônio imaterial das festas populares (tradicionais e religiosas), perante os incentivos públicos, o turismo e a mídia no âmbito do Ceará e de Fortaleza em particular.

Relação com a mídia
As dimensões territoriais das festas populares e do turismo, bem como a relação desses grupos com a mídia, "muitas vezes não respeitam os limites do mapa", citou o palestrante. Isso ocorre com os romeiros e os penitentes, que um dia estão no Ceará e no dia seguinte podem estar em outro Estado do País. "As políticas públicas devem observar a movimentação territorial desses grupos", frisou.

Tanto no contato com a mídia como em outros momentos, os grupos culturais devem preservar suas identidades, defendeu Leitão.

Sobre isso, a brincante do Maracatu Axé Oxissi, Francisca Estela Gonçalves, 65 anos, ressaltou a importância do evento "para que a gente discuta melhor o assunto e as pessoas possam se conscientizar a respeito do valor da cultura para nosso Estado". Comentou que tanto o Governo do Estado como a Prefeitura de Fortaleza deveriam "valorizar mais o Carnaval da nossa cidade, oferecendo mais apoio financeiro, pois fazemos uma festa muito bonita".

O fórum está sob a coordenação regional do professor Christian Dennys de Oliveira, do Departamento de Geografia da UFC, que destacou que o evento visa ainda discutir as formas de financiamento e fomento à cultura. Na programação de hoje, o destaque será a mesa-redonda "Tradição, renovação e educação patrimonial", além da apresentação do Cordão de Coroá.

MOZARLY ALMEIDAREPÓRTER

Contos para o cordel

Coleção adapta contos de fadas para a literatura de cordel, através do trabalho da dupla Arievaldo Viana e Jô Oliveira

Personagens de contos de fadas no universo da literatura de cordel. Acima, ilustrações feitas pelo pernambucano Jô Oliveira

Embalando a infância de milhares de crianças no mundo inteiro, os contos de fadas europeus adaptados pelos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, no início do século XIX, ganham versão para a literatura de cordel, a partir da harmonia métrica do cearense Arievaldo Viana e das belas ilustrações do pernambucano Jô Oliveira.

A dupla vem trabalhando na coleção "Era uma vez... Em Cordel", publicada pela editora Globo. Ao todo, 12 histórias clássicas do cânone da literatura infantil serão convertidas em versos. Dois deles, "A peleja de Chapeuzinho Vermelho com o Lobo Mau" e "O coelho e o jabuti", já estão prontos. O lançamento acontece amanhã, na XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro.

O cordelista Arievaldo Viana, com presença confirmada no evento, conta que o convite para participar do projeto veio do amigo e parceiro de trabalho Jô Oliveira. "Ele é um grande artista! Um ótimo ilustrador! Jô foi convidado a desenvolver um projeto para a editora. Então, teve a ideia de adaptar contos de fadas dos irmãos Grimm para a literatura de cordel, chamando-me para transformar a história em rima. Os livros estão lindos, uma edição bem caprichada, com ilustrações coloridas e traços parecidos com os da xilogravura. Mais a frente quando a coleção estiver toda completa, vamos trabalhar com o ´Livro das Mil e Uma Noites´, contos populares originários do Médio Oriente".

Livros
Publicado pela primeira vez em 1812, a história da Chapeuzinho Vermelho é uma das mais queridas pelo público infantil. Pelas mãos de Arievaldo Viana, ela se transformou em "A peleja de Chapeuzinho Vermelho com o Lobo Mau". A ideia do conto permanece, mas agora o texto é escrito em estrofes compostas de sete versos. Do mesmo modo, a conhecida fábula "O coelho e o jabuti" ganha uma versão divertida, entoada pela simplicidade e a cadência das rimas de Arievaldo Viana.

"Alfabetizei-me com os folhetos em cordéis. É muito importante para mim poder, de alguma forma, contribuir com a difusão e novas adaptações desse gênero literário. A coleção ´Era uma vez... Em cordel´ também circulará pelas salas de aula do País, fortalecendo mais uma vez o fato de a literatura de cordel ser um instrumento pedagógico potente, capaz de facilitar o processo de ensino-aprendizado de jovens e crianças", destaca.

Além da coleção, Arievaldo Viana vem se dedicando a outros planos. "Estou envolvido em vários projetos, de quais pretendo relançar o livro ´O baú da gaiatice´, um dos meus primeiros escritos. Essa será a terceira edição. Também venho me dedicando à produção de cordéis sobre contos gauchescos (´Causos de Romualdo´), que serão lançados na Feira do Livro de Porto Alegre, em novembro. O cordel é a minha vida. Todos esses projetos são uma forma de tentar manter viva essa tradição na sociedade contemporânea", conta o poeta.

Fique por dentro Versos da tradição
A literatura de cordel é um gênero poético que se origina de formas de poesia da tradição popular europeia, trazidas ao Brasil ainda na época colonial. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular, principalmente no Nordeste. Costuma ser composta em sextilhas (estrofes de seis versos), e abrange os mais diferentes assuntos. Um dos mais famosos artistas do cordel foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Em sua obra encontramos versões contos populares, histórias de cangaceiros e fatos do cotidiano.

Poesia
A peleja de Chapeuzinho Vermelho com Lobo Mau
Arievaldo Viana e Jô Oliveira
Globo
2011
36 páginas
R$ 34

Poesia
O coelho e o jabuti
Arievaldo Viana e Jô Oliveira
Globo
2011
32 páginas
R$ 32

ANA CECÍLIA SOARES
REPÓRTER

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SETASE Participa do Desfile 07 de Setembro

A Secretaria do Trabalho, Ação Social e Empreendedorismo participou do tradicional Desfile Cívico de 07 de Setembro, com pelotões compostos de usuários da Assistência, como os grupos de Convivência para Idosos, Grupos de Capoeira dos CRAS, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e Programa Projovem Adolescente.

O Desfile Cívico de 07 de setembro iniciou na praça da matriz, onde se fizeram presentes autoridades municipais e militares, além do Prefeito Municipal Pedro do Cleto, que realizou a abertura oficial do evento. Participaram também do desfile, escolas municipais e estaduais, integrantes do Tiro de Guerra, Batalhão da Guarda Municipal e Polícia Civil, Lions Club de Acaraú.

A Secretaria do Trabalho, Ação Social e Empreendedorismo abriu seu desfile fazendo uma homenagem a Silvana Rufino, ex monitora do PETI de Almécegas, que faleceu no acidente do ônibus dos universitários. Em seguida, desfilaram as crianças do PETI de Paulo VI e Curral Velho, os idosos dos grupos de convivência, Jovens do Programa Projovem Adolescente e por fim o grupo de capoeira dos CRAS.


O Programa Projovem Adolescente participou com uma pequena representação dos  seus coletivos, e cada um coletivo que desfilou escolheu um tema a ser explorado, como por exemplo: Artesanato (Fonte de Renda e cultura local); Inclusão Digital;  Trabalho e Empreendedorismo; Fazendo Arte Através do HIP HOP; Fortalecimento dos Grupos Produtivos, etc.






Fonte: Blog Secretaria do Trabalho, Ação Social e Empreendedorismo

A SETASE em parceria com o SEBRAE -Criação da Câmara de Dirigentes Lojistas


Na perspectiva de contribuir para o desenvolvimento de Acaraú, tendo como foco a erradicação da miséria por meio de novas oportunidades de geração de emprego,  a SETASE  em parceria com o SEBRAE realizaram na dia 30 de setembro reunião com empresários locais para a criação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), com a presença do representante distrital da Confederação das CDLs. Na ocasião foram discutidas as vantagens da criação do CDL de Acaraú como meio de fortalecimento e organização dos empreendedores locais. Em breve mais notícias sobre a CDL em Acaraú.

Livro pode 'ganhar vida' no lançamento, diz escritora cearense


Na hora de lançar um livro, a escritora cearense Socorro Acioli diz sempre ter ideias “mirabolantes” para fugir do evento tradicional com falas ilustres seguidas por sessão de autógrafos e um coquetel. Em janeiro do ano passado, a escritora conseguiu executar uma dessas ideias e lançou sua 14ª obra, “A bailarina fantasma”, com uma visita guiada com a presença de 200 pessoas pelo Theatro José de Alencar, local histórico de Fortaleza e que serviu de cenário para o livro. “O escritor tem de pensar em um evento que deixe o leitor com curiosidade para ler o livro. Fazer com que o livro ganhe vida”.

A história do livro de Socorro Acioli se passa toda no Theatro José de Alencar e foi escrita a partir da lenda de uma bailarina vestida de azul que rondava o local. “Sempre penso que o lançamento seja um prolongador do tema do livro. No caso da 'Bailarina', o 'mergulho' no texto tinha de ser no Theatro”, explica. Além do apoio da editora, a ideia do lançamento do livro ser uma visita guiada teve ajuda da diretoria do teatro e, inclusive, fez parte da comemoração do centenário do equipamento cultural.

“Fiz um roteiro nos cenários da história. Conduzia os visitantes para diferentes locais e lia um trecho do livro. Geralmente, nos lançamentos, vão os amigos e a família. Como agreguei um evento diferente, acabei atraindo muita gente que não conhecia”. Apesar da publicação ser voltada para o público juvenil, a escritora conta que cerca de 200 pessoas entre crianças, adolescentes e adultos passaram pelo passeio que começou às 16h de uma quarta-feira e terminou por volta das 22h.

Lançamento multimídia
O convite para a visita guiada de “A Bailarina Fantasma” também foi original. Socorro Acioli produziu um book trailer da história, o primeiro do Ceará. “Enviei para imprensa, para os convidados e disponibilizei na internet. Meu público de 8 a 14 anos está todo na internet. É o meio mais fácil para chegar neles”. No vídeo, a escritora apresentava o livro com atores interpretando pequenos trechos da história.
saiba mais

A escritora é um exemplo da importância de saber planejar o lançamento e como isso pode gerar consequências positivas. “Muitas vezes, o que importa não é a venda e, sim, a divulgação na mídia. Fazer lançamentos diferentes gera espaço e é um investimento a longo prazo”. Até agora, já foram vendidos 30 mil exemplares da obra e a comercialização está esgotada nas livrarias de Fortaleza. Umas das novidades é que 'A Bailarina Fantasma' também vai virar filme por uma produtora do Rio de Janeiro.

Um mês depois do sucesso do lançamento oficial, foi realizada uma leitura pública do livro no foyeur do Theatro José de Alencar. Vinte e um convidados leram na íntegra um dos 21 capítulos da história. Ao longo de 2010, a escritora ainda fez mais seis visitas guiadas sobre o livro a convite do próprio teatro e de escolas da capital cearense. “Até hoje, se eu chegar no teatro, os guias me chamam para fazer o passeio com os visitantes e contar a história da bailarina”.
Socorro Acioli defende que o livro precisa fazer um “casamento" com outras artes. Em 2011, a escritora lançou mais uma obra, o cordel “O Inventário de Segredos” e mais uma vez fez diferente. Socorro convidou o grupo cearense Breculê para musicar todos os capítulos da sua 15ª obra e realizou um show em uma livraria de Fortaleza.

Momento crucial para escritor
O coordenador editoral da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult), Raymundo Netto, reafirma que o lançamento do livro é uma questão crucial, principalmente, para os escritores que publicam por conta própria ou em acordo com as editoras. “A maior parte da imprensa dá ênfase à publicação de um livro quando é feito o lançamento. Esse é o momento de divulgação e de venda”, destaca.

Raymundo Netto, que também é escritor e já trabalhou na publicação de mais de 90 livros pela Secult, orienta que o local do evento de lançamento precisa ter uma relação com a história do livro e com o público. “Quando o escritor tem apoio da editora, a preocupação é menor e o lançamento acaba sendo simbólico. Mas, no caso de escritores independentes, o esforço tem de ser bem maior porque a grande venda do livro será no lançamento”.

O coordenador editoral lembra pequenos detalhes que devem ser pensados na organização do lançamento de um livro. “É importante preparar a logística do local, separar dinheiro para os trocos, tomar cuidado com as papeletas com os nomes para a dedicatória, a distribuição do livro nas editorias especializadas com pelo menos 15 dias de antecedência do lançamento. Esses detalhes fazem a diferença e garantem o sucesso de um lançamento”.
Gabriela Alves
 
Usei o Facebook para conseguir lançar meu livro, diz autora estreante

EEEP Marta Giffoni participa do Desfile Cívico de 07 de Setembro


A Escola Estadual de Ensino Profissional Marta Maria Giffoni de Sousa,  participou nesta manhã  juntamente com  as escolas do Município (Acaraú),  de Desfile Cívico alusivo  a data de 07 de Setembro – Independência no Brasil.

Fonte: Escola Marta Giffoni

Alunos do campus de Acaraú participarão de Festival das Juventudes


Alunos do campus de Acaraú do IFCE serão selecionados para participarem, em Fortaleza, do II Festival Latino-Americano das Juventudes. Nenhum ônus será cobrado dos selecionados, sendo custeado transporte e hospedagem. A reunião em que se selecionará os estudantes do campus ocorrerá na próxima quinta-feira (8/9) a partir das 17h no auditório do campus, situado vizinho ao Fórum do Município. 

O Festival é um espaço para que as juventudes se encontem, dividam experiências e pensem modelos de uma sociedade democrática, sem preconceitos. Em sua segunda edição, o tema do encontro será "O canto de um novo mundo" e contará com palestras, debates, apresentações artísticas, feiras, além de shows de bandas locais, nacionais e internacionais. O Festival acontecerá na cidade de Fortaleza (CE), capital do Estado, no período de 8 a 11 de outubroe cerca de dez mil jovens da América Latina toda deverão participar. Maiores informações sobre o Festival: www.fortaleza.ce.gov.br/festivaldasjuventudes

Os alunos do campus de Acaraú que desejem participar do evento, é só entrar em contato pelos telefones (85)9618.7754 ou (88)9960.7137.

Desfile cívico-militar do 7 de setembro acontece em Acaraú

Alunos de escola municipal expondo faixa
Sete de setembro. Data em que se comemora a independência do Brasil. Para lembrar a data, a Prefeitura de Acaraú (CE), na região Norte do Estado, promoveu hoje um desfile cívico militar com ampla participação popular. Marcharam pela manhã nas ruas do Centro, alunos de escolas municipais, estaduais e particulares da sede e de seus distritos, pelotões das polícias Militar, Ronda do Quarteirão, pelotão de escoteiros, Tiro de Guerra de Acaraú, Guarda Municipal, entre outras instituições.  
Fizeram-se presentes inúmeras autoridades, dentre as quais o Prefeito de Acaraú, Pedro Fonteles dos Santos, o Chefe do Tiro de Guerra, Vanderlei Terras de Souza, Secretários Municipais, Comandante da Polícia Militar, Major Rondon, o Vigário da Paróquia de Acaraú, Padre José Eudez Cruz, diretores e professores de escolas.  
A concentração se deu às 7h, em frente à igreja Matriz de Acaraú, no Centro, onde foi feito o hasteamento da bandeira e houve pronunciamento das autoridades. Em seguida, o desfile iniciou-se às 8h30min, seguindo em direção à Praça Manuel Duca da Silveira, também no Centro, onde foi montado um palco onde se posicionaram as autoridades para receber os pelotões. Alunos impunhavam faixas com os nomes de suas escolas e cartazes com projetos que participam e frases contra as drogas e a favor do esporte. Ronda do quarteirão e Guarda Municipal tocavam músicas cívicas, dando a cadência da marcha em homenagem à Pátria.

Faixa estimula a inclusão de deficientes
As calçadas ficaram repletas de populares que aguardaram ansiosamente a passagem do cortejo em homenagem ao país. Projetos governamentais eram divulgados em cartazes e faixas, como do projeto de Leitura, da Secretaria de Educação e contra as drogas, pelo Proerd do Ronda do Quarteirão. Também eram divulgadas inúmeras mensagens conscientizadoras, como da necessidade de inclusão de pessoas com deficiência.  
O evento foi organizado pela Secretaria de Cultura e Turismo de Acaraú em articulação com as outras Secretarias Municipais e outros órgãos e entidades acarauenses.

Inúmeros alunos de escolas do Município foram mobilizados a confeccionar cartazes, faixas e a caracterizar-se para o evento. Em destaque no desfile, uma bandeira do Brasil confeccionada com garrafas PET pelos alunos da Escola Francisca Silveira Gomes, do bairro Pedrinhas. Conforme a professora Maria Sandrina, o objetivo foi conscientizar as pessoas da necessidade de reciclar, "colaborando, assim, para a conscientização ambiental". A escola mobilizou mais de 250 alunos que estavam participando do desfile. 
Também desfilaram 18 crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais, matriculados na Escola Municipal Professora Tereza de Jesus Silva. Esse público, conforme a técnica Nádia Araújo, da Secretaria de Educação, tem sido beneficiado com projetos e ações por parte da Secretaria de Educação, como as salas estruturadas e multifuncionais, preparadas para atender esse público. Além da formação continuada de profissionais para atendimento adequado.  
Para o Cabo Francisco de Assis, do Tiro de Guerra do Município, o desfile cívico militar promovido pela Prefeitura estimulam às crianças e jovens não somente a ter amor pela Pátria, como também "acaba tirando-os do mundo das drogas e impulsionando a uma realidade melhor".

Guarda Municipal de Acaraú
Francisco Natan da Silva, de 14 anos, aluno do 5º ano da Escola Municipal Odete Silveira, impunhava orgulhoso a faixa com o nome de sua escola. O estudante acredita que o desfile é um momento importante "em que nós brasileiros comemoramos o aniversário da independência do Brasil". 
O Prefeito Municipal de Acaraú, que saudou aos presentes e participou ativamente das atividades em comemoração a Pátria destacou a importância de eventos como o realizado neste sete de setembro para homenagear a Pátria, com "perseverança num dia de sol forte em nossa cidade, demonstrando nosso amor pelo nosso país". 
Desfile também ocorreu a partir das 16h no distrito de Aranaú, que contou com ampla participação popular. 

Fonte: Vale do Acaraú Notícias

Ceará deve ter mais de 50 parques eólicos em 2014


A produção de energia eólica no Ceará deve manter ritmo de franca expansão nos próximos três anos. Atual líder nacional no setor, e com projetos ainda a serem construídos, o Estado deve chegar em 2014 com mais de 50 usinas e uma capacidade instalada de quase 1,5 mil MW, segundo panorama traçado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Atualmente o Ceará possui 17 usinas eólicas em operação. Os parques estão localizados em Acaraú, Amontada, Aquiraz, Aracati, Beberibe, Camocim, Fortaleza, Paracuru e São Gonçalo do Amarante. Todos as usinas, somadas, têm uma capacidade instalada de 493,9 MW. De acordo com o presidente do Conselho Regional do Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) do Ceará, engenheiro eletricista Antônio Salvador da Rocha, 1 MW é suficiente para abastecer 500 famílias.

O panorama da Abeeólica para 2014 prevê o Ceará com 54 usinas e capacidade instalada de 1.488,7 MW - atrás somente do Rio Grande do Norte. A energia seria suficiente para uma demanda equivalente a 744 mil famílias, aproximadamente. 

Projetos vão além do litoral
O litoral do Estado vem deixando de ser o único ponto onde os projetos eólicos são instalados. A região da Ibiapaba é uma nova realidade para os investidores. Em 2010, por exemplo, novos parques eólicos foram aprovados em leilão para Ubajara e Tianguá.

De acordo com o diretor da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) no Nordeste, Pedro Cavalcanti, a ida de projetos para regiões além do litoral se deve a um conjunto de fatores, como lincenças ambientais impedidas em cidades litorâneas e viabilidade econômica mais adequada à realidade do investidor.

Pedro aponta ainda que  as praias cearenses já possuem um grande número de usinas - o que motiva os investidores a optarem pela expansão em outras regiões.

"Todo o litoral está mapeado. No Ceará a questão ambiental é mais severa, mas isso não impediu o Estado de se expandir. O Ceará deu um grande sinal de vitalidade nos últimos leilões", comenta o diretor.
Nos últimos leilões de energia o Rio Grande do Norte obteve melhores resultados que o Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste

Agronegócio contra a pobreza


A presidente Dilma Rousseff lançará, neste mês, em Brasília, o Plano Nacional de Irrigação do Semiárido Nordestino. A informação é de Ramon Rodrigues, secretário nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional. “Estamos fechando detalhes financeiros com a Secretaria do Tesouro Nacional. Vamos apostar em parcerias público-privadas para modernização dos perímetros irrigados”, diz. No Ceará, serão contemplados os perímetros de Jaguaribe-Apodi, Araras Norte, Tabuleiro de Russas e Baixo Acaraú. As ações, para quatro anos, reforçarão o agronegócio e integram o plano de combate à miséria do governo federal.

Mulheres Acarauenses são capacitadas através do Programa Bolsa Família


A Secretaria do Trabalho, Ação Social e Empreendedorismo e o Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), por meio do Projeto Criando oportunidades, realizam capacitação em corte costura para 25 mulheres de baixa renda do município.

As aulas estão sendo realizadas diariamente no período noturno na sede do Centro de Referência de Assistência Social I (CRAS), localizado na Rua Santo Antônio. 

O Programa Criando oportunidade tem como objetivo desenvolver um processo contínuo de formação profissional dos grupos priorizados pelo FECOP ( jovens de 16 a 24 anos à procura do primeiro emprego, mulheres beneficiadas com o Programa Bolsa Família, pessoas com deficiência,etc), viabilizando a realização de ações de qualificação social e profissional e de estratégias que possibilitem a inclusão social e produtiva destes segmentos.

por Adélia Andrade
Fotos: Josi Guedes
Fonte: Blog SETASE-Acaraú

Homenagem da SETASE à Silvana Rufino-Monitora do PETI de Almécegas


Já dizia a música “ Os bons morrem jovens”, e é verdade morrem jovens e cedo demais. Foi o que aconteceu com a nossa querida Silvana, monitora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), da localidade de Almécegas. Exemplo de simplicidade e determinação, começou a participar do PETI quando ainda era criança, porém resultado de sua força de vontade, se tornou monitora, conduzindo de forma exemplar suas atividades com as crianças de sua região. Em sua trajetória em busca de seus sonhos, sem esperarmos, sem sermos avisados, Deus tira de nosso convívio nossa querida Silvana. E de quem é a culpa ?

A culpa é da vida que tem início, meio e fim.

Nesse momento somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos que afeta indistintamente: As perdas do ser humano.

O tempo será o remédio para conseguirmos o consolo, e a certeza que não importa aonde esteja, estará sempre conosco e com todos que lhe amam.

Homenagem de todos que fazem parte da Secretaria do Trabalho, Ação Social e Empreendedorismo.

Fonte: Blog SETASE-Acaraú

3ª CREDE participa do Seminário da Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro


Equipe da 3ª CREDE (Acaraú) participou do Seminário da Olimpíada de Língua Portuguesa: A ESCRITA EM FOCO: REFLEXÕES EM VÁRIAS VOZES, ocorrido em Brasília-DF, no período de 29 a 31 de agosto de 2011. 
As técnicas da 3ª Coordenadoria de Desenvolvimento da Escola e Aprendizagem, Mirele Maria Rodrigues da Silva, Erlane Muniz de Araújo Martins e a Professora da EEM Luzia Araújo Barros, Eliana Maria Santiago Lima representaram o Estado do Ceará no evento nacional promovido pelo CENPEC, Ministério da Educação e Banco Itaú que reuniu vários profissionais envolvidos, em todo País, com políticas públicas para o ensino da Língua Portuguesa. 

O Seminário propiciou reflexões e debates sobre as possibilidades do ensino da Língua com foco na escrita, assim como intensificar a interlocução entre práticas docentes, ações de formação e saberes acadêmicos, dando-lhes visibilidade. A proposta é que as diferentes vivências profissionais estabeleçam um diálogo fecundo, tanto com os princípios teórico-metodológicos expressos nos documentos oficiais, quanto com os estudos realizados por Universidades e outros Centros de investigação. 

A união de todas as vozes expressas no Seminário forneceram os conteúdos necessários para a elaboração de um documento com indicações para políticas públicas na área do ensino da Língua Portuguesa.

Aluna da EEEP Marta Giffoni premiada em concurso de redação viaja para Recife em visita ao Museu da Abolição


Rayassa Magdyelly Nogueira da Silva, 2º Ano B – Enfermagem, participou em 2010 de Concurso de Redação com o Tema – Afrodescendente - ficando colocada em 2º lugar. Como  premiação realizará   juntamente com o professor Estevão Silveira ( Disciplina de História), visita ao Museu Abolição, em Recife. A viajem está programada para amanhã - 07.09.2011.
A Secretaria da Educação (Seduc), por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento de Desenvolvimento da Escola (Cdesc), divulgou em 2010  o resultado do Concurso de Redação “A contribuição da cultura africana para a construção da história do Brasil”.

O concurso se inseriu no âmbito das atividades de implantação, fortalecimento e estímulo do estudo e ensino sobre História e Cultura Afrobrasileira determinado, pela Lei 10.639/03 alterada pela Lei 11.465/08 da LDB.

Participaram do concurso alunos do Ensino Médio, regularmente matriculados nas Escolas Públicas Estaduais da Rede de Ensino do Estado do Ceará.

Escola Vicente de Paulo da Costa realiza Gincana do Estudante



No sábado,  02 de setembro de 2011, aconteceu mais um sábado letivo da Escola Vicente de Paulo da Costa, onde  houve  grande participação dos alunos. Foi um dia esportivo e cultural, com uma gincana que teve como tema "Todos pela paz!" E as provas giraram em torno do mesmo. As turmas da escola foram divididas em 5 equipes (PAZ - branco, ESPERANÇA - verde, SOLIDARIEDADE - azul, RESPEITO - lilás E ALEGRIA - amarelo). Pela manhã, a partir das  sete e meia, aconteceram os jogos masculinos e femininos, encerrando o momento esportivo com os jogos dos professores, às 14h. À tarde, entrando pela noite (terminou 20:30)  pudemos  prestigiar o talento artístico de nossos alunos em apresentações como: Poesia, paródia, cartum, desfile, coreografia, show de calouros e uma prova surpresa maravilhosa que envolveu habilidades motoras, raciocínio lógico e espírito de equipe. Ao final das atividades, houve lanche para os alunos. Parabéns a todos - funcionários e alunos - que fizeram este sábado letivo acontecer de verdade. A equipe campeã foi a da SOLIDARIEDADE - azul.


Fonte: Escola Vicente de Paulo da Costa

ONG C.A.S.A executa o PROJOVEM ADOLESCENTE


Pelo terceiro ano consecutivo, a C.A.S.A em parceria com a Secretaria de Ação Social de Acaraú, executa o PROJOVEM ADOLESCENTE a jovens entre 15 e 17 anos assistidos pelo Programa Bolsa Família.
O Projovem nestes 3 anos, já atendeu mais de 400 jovens de aproximadamente 10 bairros da Cidade.
Tirá-los da ociosidade e promover atividades lúdicas e educativas é contribuir de alguma forma para um futuro mais cheio de esperança e consciência social.

O Acaraú-O mais novo Informativo do Rio das Garças.

Como o bjetivo de mostrar as noticias da arte, cultura, educação, história, literatura, esporte e sociedade do Acaraú.

O mais novo Informativo do Rio das Garças.

Seja bem vindo!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Abertura oficial da Semana da Pátria


A abertura oficial da Semana da Pátria ocorreu ontém, segunda-feira. 5 de setembro. O evento começou às 8h, com a chegada do Fogo Simbólico da Pátria no municipio que foi recepcionado pelo Tiro-de-Guerra 10-018, representantes de instituições públicas, Polícia Militar, Guarda Municipal, estudantes do município, associações esportivas e grupo de escoteiros. Em seguida foi realizada a corrida com a chama, partindo do Monumento do Peixe, pelas principais ruas até a Praça do Centenário, onde ocorreu a cerimônia em que a chama foi entregue ao representante do municipio.

O Senhor Francisco Marcio Cavalcante Pinheiro, Secretário de Meio Ambiente, representando o Exmo Senhor Prefeito Municipal de Acaraú, Pedro Fonteles dos Santos, recebeu a chama das mãos do atleta acarauense Magno Hávila Belém, tri-campeão brasileiro de Karatê. ao receber a chama o senhor Marcio, declarou aberta a semana da Pátria no município. Autoridades civis e militares, representações das escolas municipais também participaram do evento.

Durante a cerimônia, houve o hasteamento do Pavilhão Nacional, seguido da leitura da mensagem da Defesa Nacional aos jovens e a canção do Hino da Independência.

Um olho no cravo e outro na fechadura


O meu fascínio pela literatura fantástica tem origem, sem dúvida, na tradição oral que corria o Sertão numa época em que eu era menino e que a luz da Light se apagava às 22h em quase todas as pequenas cidades do interior do Nordeste brasileiro.

Aparelhos de televisão eram uma raridade, poucas famílias mais abastadas podiam acompanhar o que se passava no resto do Brasil. A nós, filhos de pobres,só nos restavam algumas brincadeiras que não necessitavam da claridade, mas o que verdadeiramente nos encantava era sentar na calçada, alpendre ou mesmo no meio da rua e abrir uma roda de contação de histórias.

Geralmente um adulto, não raro os mais velhos da vizinhança, iniciava logo uma narrativa de assombração, era a senha para que todos se calassem, apertassem a mão do irmão mais velho e grelassem os olhos na tentativa de enxergar a boca de onde saía os mesmos e velhos causos de cavalos correndo em roçados na madrugada, luzes em oiticicas de beira de rio, carnes sendo cortadas em mercados fechados, aparições e perseguições em ruas e veredas de nossa cidadezinha.

Minha mãe vivia brigando com meu pai por conta dos mil mal-assombros que incutia em nossas cabecinhas noite adentro. Iam deixar trauma nos meninos, dizia. Mas eles deixaram em nós foi um gosto pelo mistério que levamos pela vida afora. Já adulto, e em contato com a cultura letrada, era mais do que natural que gostasse de literatura fantástica.

Mas desenvolver esse gosto pelo gênero não foi tão fácil, porque raros eram os autores da dita “literatura séria” que o cultuavam. Há uma ou outra história perdida de alguns escritores românticos, pouquíssimas dos ditos realista-naturalistas e menos ainda dos modernistas. Mas com o tempo fui descobrindo narrativas fantásticas até no mais empertigado realista. Uma espécie de gênero minoritário, mas cultuado por quase todos os escritores.



Fui criando gosto de marcar os contos fantásticos encontrados em livros e coletâneas. Daí a vontade de juntá-los, de classificá-los, de estudá-los. Faltava-me um cabedal teórico, que aos poucos fui descobrindo e lendo mais como curioso e menos como estudioso sério. Das classificações sisudas de Todorov (que no centro de sua teoria apontava como definição única a hesitação entre o racional e o irracional, abrindo leque à direita para o estranho explicado e à esquerda para o maravilhoso, principalmente este, que nos levaria ao Realismo Mágico latino-americano) aos mais modernos dos estudiosos, fui percebendo que, assim como a literatura fantástica foi mudando com o passar do tempo, a tentativa de classificá-la, conceituá-la, também foi no rastro, se perdendo nas infinitas veredas deixadas pelo que os escritores iam produzindo.

Um dia, assistindo uma palestra na universidade, um professor discorria sobre as características marcadamente realistas de nossa literatura nordestina, devido ao clima quente da região, às eternas lutas do homem com a terra, os desafios da sobrevivência etc. e tal. Diante de tal quadro, prometi a mim mesmo que juntaria um número significativamente de textos fantásticos para contrapor a essa verdade tão aparentemente óbvia do seguro professor. Quase todos os livros que li depois desse episódio foram lidos com um olho no cravo do Diabo e o outro na fechadura do fantástico.

Para se conhecer a literatura fantástica em nosso país há que se ler autor por autor, catando contos e romances (e, tremei Todorov, até poesias) que se enquadrem no gênero, dialoguem e tangenciem com ele. Tarefa difícil, mas que poderia ser facilitada por coletâneas e antologias, que agregassem tais raras pérolas nos mais longínquos rincões desse nosso imenso país. Mas são raras, por que não dizer: raríssimas, as coletâneas, panoramas, antologias específicas do gênero que trazem textos de autores brasileiros.

Há alguns anos o escritor e compositor Bráulio Tavares, um dos raros estudiosos do gênero fantásticos que eu tenho conhecimento, veio a Fortaleza lançar sua ótima Página de sombras (digo ótima porque, diferentemente das coletâneas anteriores publicadas no Brasil, traz autores diferentes dos mesmos e já mais que sambados exemplos usados por outros antologistas, ao lado de nomes nunca antes apresentados em antologias e coletâneas, como Carlos Emílo Correa Lima, Berilo Neves, Heloísa Seixas e André Carneiro). Durante palestra no lançamento, Bráulio fez menção de dívida a duas outras coletâneas. Uma delas é Maravilhas do conto fantástico (Cultrix, 1958), organizada por Fernando Correia da Silva e com introdução e seleção de José Paulo Paes — que mais tarde também organiza e traduz Os buracos da máscara (São Paulo: Brasiliense, 1985), que inclui dois contos brasileiros, de Murilo Rubião e José J. Veiga. A outra é O conto fantástico (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1959) com seleção, prefacio e notas de Jerônimo Teixeira, trazendo 26 histórias brasileiras dentro do gênero aqui abordado (na breve apresentação, Bráulio supõe ser esta reunião de Monteiro a primeira do Brasil na temática fantástica).

Não pensem que essa limitação bibliográfica se refere apenas ao gênero fantástico. Não, são pobres também as antologias, coletâneas e panoramas referentes a qualquer gênero no Brasil. Qualquer coleção de contos e poemas que entopem as livrarias neste início do século 21 traz lacunas e uma falta de abrangência inacreditáveis. Organizadores sem nenhum conhecimento do que se passa nos vários Estados brasileiros organizam irresponsavelmente os “Melhores Contos”, os “Melhores Poemas” sem critério algum, deixando de fora verdadeiros mestres de nossa literatura, que são penalizados simplesmente por residirem e publicarem em centros distantes da grande mídia (e das grandes editoras) ou mais distantes ainda do universo limitado de conhecimento dos tais organizadores; mestres do porte de um Moreira Campos, Gilvan Lemos, O. G. Rego de Carvalho, Hélio Pólvora, José Chagas, H. Dobal, Francisco Carvalho, Juarez Barroso, José Alcides Pinto, Jamil Sneje e uma enormidade de grandes outros escritores ficam de fora das referidas coletâneas, enquanto outros autores de obras e qualidade infinitamente inferiores estão lá.

PANORAMAS E ANTOLOGIAS LOCAIS

Para suprir e tentar evitar que isso aconteça (injustiças e omissões de grandes autores), pensamos em organizar um panorama do conto fantástico no meu Estado do Ceará, de literatura tão vasta e rica, porém quase desconhecida em seus pormenores pelo restante de brasileiros de outras plagas. Dos contos passamos para os capítulos de romances e até poemas, chegando a um inacreditável total de 207 peças: 130 histórias, 60 poemas (ou excertos) e 17 capítulos (ou fragmentos) de romances. Em tal empreitada contei com as valiosas colaborações de Sânzio de Azevedo (maior conhecedor da literatura cearense) e Alves de Aquino (poeta de valor da nova geração que desponta em nossas letras brasileiras).

Tenho corrido estados a lançar o livrão de quase 800 páginas que foi financiado pela Secretaria de Cultura do Ceará, em seu valioso programa de editais de literatura: Julho corremos as principais cidades do Estado, depois fomos para o Agosto das Letras de João Pessoa/PB, em setembro vamos lançá-lo na Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Até o final do ano tentar correr (ou ao menos caminhar) Brasil afora.

Com esta ideia procurar sensibilizar outros apaixonados, estudiosos ou simples curiosos como eu, a organizarem cada vez mais obras coletivas em seus estados. Assim, quem sabe daqui a algum tempo, os limitados organizadores de antologias nacionais não tenham a desculpa do desconhecimento dos grandes autores de cada pedaço deste país quase continental.

ASSOMBRAÇÕES NO PENAMBUCO ANTIGO
Tenho em lugar especial de minha estante as três primeiras edições do extraordinário Assombrações do Recife Antigo, do mestre Gilberto Freyre, lembrança de quando morei em Recife no final da década de 1980 do século 20 e percorria quase diariamente os maravilhosos corredores da livraria Livro 7 e saía já de noitinha pelas ruas escuras do Recife Velho, embriagado pelos poemas de Augusto dos Anjos e assombrado pelos causos (no subtítulo Freyre os chama de “Algumas notas históricas e outras tantas folclóricas em torno do sobrenatural no passado recifense”) bem catalogados e melhor contados pelo mestre de Apipucos.

Quando Freyre, no seu “Prefácio à 2.ª edição”, diz que “este livro não pretende ser contribuição senão muito modesta para o estudo de um aspecto meio esquecido do passado recifense: aquele em que esse passado se vê tocado pelo sobrenatural. Pelo sobrenatural mais folclórico que erudito, sem exclusão, entretanto, do erudito.” ou ainda quando afirma que “Quando muito, acrescenta uma ou outra novidade, miúda, mas mesmo assim de algum interesse, à literatura ou ao folclore do sobrenatural do Brasil.” Ele Parece querer desafiar futuros estudiosos de outras áreas das artes, do teatro e das artes plásticas e da literatura de Pernambuco (e do cordel, e da música, e da...) a procurarem a presença de aspecto tão importante do imaginário de um povo que é o sobrenatural. Que teimoso e destemido estudioso fará o levantamento de poemas, contos e romances (e músicas, e gravuras, e cordéis, e...) nessa que é uma das mais ricas literaturas do Brasil, a Pernambucana?

Pedro Salgueiro é escritor e organizador de O cravo roxo do diabo - O conto fantástico no Ceará

Fonte: Suplemento Pernambuco

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Alunos ajudam na recuperação de registros do arquivo público do CE

De forma voluntária, alunos ajudam na limpeza de documentos de 1800.
Arquivo Público guarda registros da história do Ceará.




O Arquivo Público do Ceará, no centro de Fortaleza, conta com a ajuda voluntária de quatro alunos do curso de história da Universidade Federal do Ceará (UFC) para a recuperação de documentos do século 19 dos cartórios dos municípios de Aracati e Quixeramobim.

“É um contato maravilhoso, principalmente para aqueles que querem seguir a área de pesquisa", diz Elves Franca, um dos alunos do grupo de voluntários. Eles fazem a limpeza dos documentos e a recuperação das páginas desgastadas pelo tempo e pelas más condições de armazenamento dos papéis, datados de 1800, antes de eles terem chegado ao Arquivo.

As prateleiras do arquivo guardam parte da história do estado. De acordo com o diretor do Arquivo Público, Márcio Porto, há documentos que datam de 1700 e o espaço está aberto à visitação do público.

Serviço
Arquivo Público do Ceará
Rua Senador Pompeu, 648 – Centro
Funcionamento: de segunda a sexta-feira de 8h às 12h e de 13h30 às 17h.

Fonte: G1 TV Verdes Mares