sábado, 19 de novembro de 2011

Festa da Padroeira de Acaraú-2011


TEMA GERAL
Unidos a Maria, Mulher de fé, venceremos o pecado

Prezado paroquiano,

Temos a grata satisfação de convidá-lo para a festa da padroeira Nossa Senhora da Imaculada Conceição nesta Paróquia de Acaraú. Este ano refletiremos o tema: Unidos a Maria, mulher de fé, venceremos o pecado.  A Mãe Santíssima espera por você!  Faça parte da nossa família participando das novenas, rezando e pedindo pela sua santificação e de tantos outros cristãos.  Sua participação nos alegrará e fortalecerá nossa unidade como Igreja, povo de Deus.

Maria foi concebida sem o pecado original e escolhida pra ser a mãe do Filho de Deus.  Podemos invocar o seu nome sempre! Ó Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! Ela sempre nos atende como atendeu ao povo em Caná da Galiléia devolvendo a alegria para os noivos e seus convidados. Maria disse a Jesus: “Eles não têm vinho.” E ao mesmo tempo falou aos serventes: “Fazei tudo o que ele vos disser.” O primeiro Milagre de Jesus aconteceu. Maria continua intercedendo a seu filho Jesus por nós que somos pecadores e necessitamos da misericórdia Divina. Se o pecado nos escraviza, a Graça nos liberta.

Você está sendo convidado a trazer alegria para todos que fazem esta comunidade paroquial. Por isso não deixe de participar! Convide sua família, seu amigos, seus vizinhos, mas venha mesmo! A comunidade inteira está esperando por você.

Desde já, desejamos uma santa e abençoada festa para todos.
Que Nossa Senhora da Conceição nos proteja e nos abençoe sempre!

Pe.  Antonio Eudes Cruz e Conselho Pastoral Paroquial

Estrada Gourmet no 3º Grand Shrimp Festival - Receita vencedora Chef Liliane Pereira



O Estrada Gourmet foi recebido pela Chef Liliane Pereira, que preparou com exclusividade o prato Camarão Villa Mango, vencedor da segunda noite do 3º Festival Internacional do Camarão da Costa Negra. Ceará/Brasil em 11, 12 e 13 Nov 2011. Parabéns a Chef campeã Liliane Pereira.
Realização: M2 Photo Studio;
Direção: Valter Menezes;
Cinematógrafo: Paulo Martinatti (Captação, Montagem e Finalização).

Camarão: Regionalismo no festival de Acaraú

Buscar o "terroir" é uma das preocupações na gastronomia mundial, aqui no Ceará não poderia ser diferente. Venceu o III Festival Internacional do Camarão da Costa Negra a tapioca, a castanha, o queijo coalho, a manteiga da terra, a rapadura entre outros insumos regionais

Escondidinho de camarão com purê de macaxeira e queijo de cabra, criação da Chef Liliane Pereira. FOTO: RODRIGO CARVALHO

Todos os ingredientes citados "fizeram a festa" nas preparações vitoriosas do festival de Acaraú. O toque regional das receitas trouxe de uma forma inteligente e criativa as notas necessárias para um evento que acontece no interior de um estado nordestino.

Saber utilizar o regional sem cair no lugar comum é uma arte. E foi esse um fator decisivo para as boas notas destinadas aos Chefs que melhor pontuaram em todos os dias na competição da Fazenda Cacimbas. Se o evento não cobra diretamente a utilização de insumos regionais, fica nas entrelinhas a necessidade de se utilizar para ser bem sucedido.

Tudo bem que o Festival é Internacional. Mas, aqui, internacionais devem ser as técnicas de cocção, e a forma delicada de apresentação que nesse quesito deve ter importância. É dever dos Chefs concorrentes terem a noção da indispensável utilização das frutas da região como a manga, o maracujá, o coco, o caju, a acerola, a pitanga, ervas como o coentro, alfavaca, pimentas de cheiro e outros insumos naturais de nosso sertão e nossas praias.

Sentimos em algumas preparações a falta de atenção com os nomes dos pratos, que poderiam levar no bojo um toque de criatividade nordestina. Homenagem à mulheres do Estado, lugares pitorescos e até mesmo versos de alguns autores e cantores, de poemas e músicas que falam do Ceará. O nome não acarreta preparações menos saborosas, mas traz um charme a mais ao desenrolar da degustação.

Além de despertar desejo, ser "chic" (sim podem ser regionais e chiquérrimos), o prato deve apresentar uma leveza e simplicidade. Segundo o Presidente do júri, o Chef italiano Paolo Caldana, "nos pratos não se deve complicar. Quanto mais simples na questão do gosto e da apresentação, mais fácil de o prato ser analisado. A apresentação é um valor paralelo que pode ser positivo ou negativo no julgamento".

Ainda contamos com a opinião de Chef Bruno Stippe que diz: "pouca valorização do produto regional e a falta de técnicas básicas de cocção do camarão, que é quando se passa do tempo, tonando-o mais rígido, deve somar-se à valorização da vedete do prato o camarão da Costa Negra".

O Chef Carlos Soares, o famoso e competente Carlão, apresenta a dica principal: "o prato deve representar o Nordeste e ter como acompanhamento insumos delicados para não se sobressair à vedete do festival que é o camarão".

De acordo com declarações acima e também na nossa humilde opinião, as preparações devem ter toques de sofisticação. O festival é internacional, mas não se deve fugir do "terroir" e da apresentação final delicada. Queremos aqui, abrir um debate de ideias para que no próximo evento, que é uma vitória da gastronomia cearense, sejam orientados e cobrados mais severamente os critérios da valorização dos produtos regionais.

Cito aqui a preocupação da Rosmarindo, que trouxe o Pão da Costa Negra, com o Chef Karliano Rola e Paulo Barata, um legítimo português, uma das melhores atrações do festival. Apresentando este pão, fez referência ao acarajé baiano, com dendê na massa levíssima e recheio de camarão. Fez-se fila para a degustação e comércio do produto.

A presença das empresas Expand e do Pão de Açúcar, com vinhos de excelente procedência, agregou valor e trouxe a harmonização com os pratos competidores. Mas sentimos a falta de um stand de alguma indústria de cachaça, a nossa caninha, o que daria ao evento um ar de "festa do interior".

Nos workshops, a presença dos Chefs Bernard Twardy e Fábio Moreira. Com técnicas afiadas, eles trouxeram um prato que prestigiou os produtos de uma fazenda de Icapuí, os tomates Nero. Outros fizeram a festa juntamente com o delicioso camarão. Foram técnicas e apresentação singular, utilizando a folha de bananeira. Perfeita. Continuando nos "nossos", teve ainda o Ivan Prato que será destaque na nossa próxima coluna, onde falaremos de outro valor que é o trabalho em equipe.

No final, fica aqui o nosso desejo de um Festival da Costa Negra sempre melhor. Então, com a palavra, o empreendedor Livino Sales, "dono do negócio". "A presença do Governador Cid Gomes e secretariado trouxe esperanças em melhores parcerias. O Chefe do poder executivo pode ver que fazemos, na criação do camarão, um trabalho respeitando o Meio Ambiente, a sustentabilidade, e que necessita crescer para trazer uma resposta sócio-econômica ainda maior para a região do Acaraú e municípios vizinhos". E viva o Festival do Camarão da Costa Negra.

Festival Internacional do Camarão: Sucesso internacional

Chefs internacionais foram convidados para ministrar workshops - e participar do júri do concurso - utilizando o camarão. Consenso entre todos foi a qualidade do crustáceo - reflexo da criação sustentável - e o desenvolvimento da gastronomia brasileira

Emmanoel Ruz preparou quatro receitas, usando desde camarão salteado a cru. FOTO: RODRIGO CARVALHO

O camarão da Costa Negra, que conquistou nesse ano o selo de indicação Geográfica, foi provado e aprovado por chefs estrelados e nomes importantes da gastronomia nos cenários local, nacional e internacional. O melhor é que toda a programação era gratuita.

Marcaram presença Paolo Caldana, presidente mundial da Federazione Italiana Cuochi, Roma; Crhistian Leroy, chef executivo do Le Cordon Bleu do México; Bruno Stippe e Carlos Soares, respectivamente presidente e secretário-geral da Federazione Italiana Cuochi no Brasil; Fábio Barbaglini, uma estrela Michelin e melhor chef da Itália em 2003; Emmanuel Ruz, uma estrela Michelin e chef do Restaurante Lou Fassun em Grasse (França) e Bernard Twardy, chef corporativo do Beach Park.

Christian Leroy - diretor da Le Cordon Bleu do México - contou com a colaboração de Marie Anne durante sua aula. FOTO: RODRIGO CARVALHO

Apesar da origem internacional, um consenso defendido entre os chefs era a necessidade dos cozinheiros valorizarem os ingredientes locais e a sazonalidade da produção agrícola. Desta forma, os produtos podem chegar frescos e saudáveis às mesas dos restaurantes. O chef italiano Fábio Babagliani, por exemplo, destaca que seu trabalho gira em torno de buscar a melhor concentração de sabor. "Gosto de trabalhar com produtos frescos, utilizando as técnicas mais conhecidas, claro, mas sempre buscando fazer uma cozinha leve, mas com muito sabor", contou o chef em conversa exclusiva com Guia do Sabor.

Babagliani, que foi eleito o melhor jovem chef da Itália em 2003, também comentou que conseguiu encontrar melhores peixes no Ceará do que em São Paulo. No entanto, ressaltou que a cozinha brasileira, de forma geral, precisa melhorar os processo de cozimento. "Ou tudo é cozido demais ou cozido de menos. O tempero também sempre vai aos extremos. Espero que meu workshop seja um incentivo para os cozinheiros locais refletirem melhor sobre este quesito tão crucial na cozinha", disse.

Da França, outro país de peso na gastronomia internacional, o chef Emmanoel Ruz segue a mesma linha de trabalho do italiano Babagliani. "Nós buscamos oferecer aos nossos clientes, uma cozinha leve, plena de sabores", afirmou o francês, que preparou quatro receitas ao vivo. O ragu de camarão, o tartare de camarão com maracujá e limão, o camarão com leite de coco e citronela e o camarão flambado deixaram os presentes com água na boca.

O chef executivo da Le Cordon Bleu Christian Leroy também apresentou receitas clássicas da culinária francesa e adiantou que o Brasil receberá oito escolas Le Cordon Bleu e a primeira já será inaugurada no mês de maio no Rio de Janeiro. "Em todas as escolas, a base é a cozinha francesa, mas incentivamos também a valorização dos produtos locais.


IZAKELINE RIBEIRO
REPÓRTER

Fonte: Guia e Sabor-Diário do Nordeste

Festival internacional do camarão da costa negra: Prêmio para os melhores pratos

Mais de 12 mil pessoas passaram pela Fazenda Cacimbas - da Nutrimar - no último fim de semana para apreciar a terceira edição do Festival Internacional do Camarão da Costa Negra. Aberto ao público, o evento contou com workshops de chefs internacionais (confira matéria na página 6) e um disputado concurso gastronômico, no qual o público e jurados experimentaram 18 receitas exclusivas

Tapioca de camarão com manga e coco foi para a equipe do Guia, o melhor prato da vencedora do concurso, Liliane Pereira.  FOTO: RODRIGO CARVALHO

Vale a pena sair de Fortaleza ou outra cidade do Estado para ir comer camarão em Acaraú ,durante o Festival Internacional do Camarão da Costa Negra? Sim. Vale muito. Com uma boa estrutura de auditórios, restaurante, bar, stands servindo o crustáceo em diversas versões, a Fazenda Cacimbas abre suas portas para receber de três a quatro mil visitantes todos os dias.

O grande destaque do evento é, sem dúvida, a competição entre chefs para preparar a melhor receita com camarão. Julgados por critérios como pontualidade, criatividade, textura, utilização de ingredientes regionais, harmonização e decoração, os chefs Valdemir Segundo, chef do Medit; Camila Câmara, do Fashion Gourmet; Bia Leitão, do Lautrec; Liliane Pereira, do Villa Mango; Thassia Godoy, do De Tommaso e Stênio Machado, do Maee apresentaram, em cada dia do festival, receitas exclusivas. Além dos jurados, o público experimentava as criações por R$ 15,00 - cada prato.

Vencedora do concurso, Liliane Pereira  FOTO: RODRIGO CARVALHO

Diariamente, o júri pontuava os pratos e indicava os vencedores da noite. A pontuação final deu à chef Liliane Pereira o troféu Camarão da Costa Negra com 2.412 pontos. Na sequência ficaram Thassia Godoy (2.226), Bia Leitão (2.212), Camila Câmara (2.181), Stenio Machado (2.085) e Valdemir Segundo (1.791). A valorização dos produtos regionais em todas as receitas apresentadas foi um dos pontos fortes da ganhadora Liliane Pereira.

Desde o primeiro dia, a chef mostrou diversas combinações de ingredientes característicos da cultura cearense e nordestina. No primeiro dia, destaque para o Camarão Senhor do Engenho, no qual o preparo contava com uma redução de rapadura e cachaça.

"Eu procurei trabalhar com ingredientes que fossem bem locais em todas as minhas receitas", afirmou Liliane, que no segundo dia apresentou sua melhor proposta - segundo a equipe do Guia do Sabor - um crepe de tapioca com manga flambada, pimenta dedo de moça ao perfume de alecrim. A massa da tapioca estava fininha bem executada e saborosa. O recheio de manga e camarão conferiu frescor ao prato. Por fim, a chef apresentou um escondidinho de camarão com purê de macaxeira e queijo de cabra servido com flor de coentro. Mais uma mostra da criatividade e competência de Liliane, mostrando que simplicidade também põe mesa, sim!

Dona do segundo lugar, a chef paulista Thassia Godoy - que atualmente mora em Natal - apostou nos produtos de outros estados, mostrando as possibilidades do camarão em diversas versões brasileiras. Autora dos pratos com as melhores decorações, a chef enchia os olhos do público com suas criações, como o camarão salteado e defumado servido com emulsão de açaí e angu com mastruz ou o camarão crocante com pão italiano negro (tinta de lula) servido com risoto de alho poró e pistache. Por último, o camarão servido com maxixe, arroz vermelho, banana coruda e pirão de farinha de mandioca com dendê e cachaça.

"Este último foi o prato ao qual mais me dediquei. Eu trabalho muito na perspectiva do slowfood/ecogastronomia e busco valorizar os pequenos produtores", disse.

Representando um restaurante francês, a chef Bia Leitão - 3º lugar geral - reuniu ingredientes regionais em clássicas receitas francesas. Uma grande responsabilidade devido à presença no júri dos chefs franceses Emmanoel Ruz e Christian Leroy.

Mas, a chef foi competente ao apresentar o cassoulet de frutos do mar, camarão com leite de coco e ovo caipira pochê e o camarão crocante recheado com mousse de tilápia acompanhado de batata duchese. "Busquei utilizar um pouco de confort food nos meus pratos. Além dos jurados são cerca de 300 porções servidas no stand e eu queria que as pessoas tivessem boas lembranças com meus pratos", comentou Bia, destacando que ficou impressionada com a estrutura do evento e com a qualidade do camarão. "Ele é realmente diferente e tem seu valor", disse a chef.

Além do concurso, o Festival contou com uma programação de palestras para a comunidade local, stands da Rosmarino - com pães artesanais deliciosos -, do Pão de Açúcar e da Expand servindo vinhos, destacando as melhores harmonizações com camarões, além de exposição dos produtos da Nutrimar.

O 3º Festival Internacional do Camarão da Costa Negra foi promovido e realizado pela Associação Cearense dos Criadores de Camarão da Costa Negra (ACCN) com organização da Prática Eventos. Próximo ano tem mais. Agende-se!


IZAKELINE RIBEIRO
REPÓRTER

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Aluno de escola pública no Ceará ganha concurso Jovem Embaixador

Aluno vai viajar aos Estados Unidos em janeiro do próximo ano.
Sem roupas para enfrentar o frio, jovem pede ajuda a prefeitura.




Um adolescente de 17 anos, de Taperoaba, distrito de Sobral, no interior do Ceará, foi selecionado no programa Jovem Embaixador para viajar aos Estados Unidos para conhecer o país. Ítalo Sousa sempre estudou em escola pública e foi aprovado no concurso nacional. A viagem será em 6 de janeiro do próximo ano.

“É uma oportunidade única de eu ir para os Estados Unidos representando o meu povo, meu país. Eu sempre tive em mente que eu poderia ganhar um intercâmbio, mas nunca representando o meu país, então a satisfação maior é essa”, diz o estudante. Sousa também é professor de inglês e a viagem será uma oportunidade para aperfeiçoar o idioma.

Para a diretora da escola onde Sousa estudou, Fátima Farias, ele é uma referência para os demais alunos da escola Araújo Chaves. “Ele é um aluno que sempre incentivou muito. É muito inteligente e os pais sempre almejaram muitas coisas para o filho. Ele tem sido uma referência para os outros alunos”, diz a diretora.

Com a viagem marcada para o começo do próximo ano, durante o inverno nos Estados Unidos, Ítalo pede agora colaboração para conseguir roupas de inverno. “Estou tentando parceria com a Prefeitura de Sobral para ceder o material”, diz o jovem.

Fonte: Bom Dia Ceará

História do Crato é contada através de sarau



Fonte: CETV-1ª Edição-Juazeiro do Norte

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Costa Negra - Festival do Camarão leva 12 mil a Acaraú

Durante três dias, no último final de semana, aproximadamente 12 mil pessoas participaram das diversos eventos técnicos, científicos, gastronômicos e musicais – que marcaram o III Festival Internacional do Camarão da Costa Negra (“Grand Shrimp Festival”) e o III Encontro do Arranjo Produtivo Local da Carcinicultura do Litoral Oeste, na Fazenda Cacimbas, em Acaraú, numa realização da Associação dos Criadores de Camarão da Costa Negra, com organização estrutural da Prática Eventos.

Visitando pela primeira vez a Fazenda Cacimbas, o governador Cid Gomes percorreu diversas áreas de produção e reconheceu ser grande a dívida do Estado para com o empreendedor Livino Sales “por ter continuado e ampliado o trabalho de seu pai, criado esse grande empreendimento, que gera empregos e divisas para o Ceará, com respeito ao meio ambiente”. E prosseguiu: “A gente vê aqui como é absolutamente possível conduzir essa atividade econômica e ao mesmo tempo cuidar do meio ambiente. O Livino é o responsável pelo resgate da imagem do camarão no Ceará e no Brasil e esse festival cumpre a dupla tarefa de divulgar o camarão da Costa Negra e promover o desenvolvimento turístico da região” - completou o governador cearense.

Domínio Controlado
Homenageado com o Troféu Costa Negra 2011, na categoria Grande Entusiasta do Setor, o vice-governador Domingos de Aguiar Filho afirmou que a iniciativa o deixava muito feliz “pela ousadia, a visão empreendedora e a coragem de Livino Sales de implantar na Fazenda Cacimbas uma área produtiva de camarão em cativeiro reconhecida na Europa e Estados Unidos como o melhor camarão do mundo, obtendo agora o Certificado Nacional de Domínio Controlado, o que só foi possível pelo cuidado que o empreendimento dedica ao meio ambiente”.

Na abertura do festival, o presidente da ACCCN Livino Sales, ressaltou que “esse é um sonho que se realizou, não apenas pelo sucesso do empreendimento, mas também por provar que é possível trabalhar pelo desenvolvimento turístico, gastronômico e cultural de nossa região, longe da capital do Estado, com respeito ao meio ambiente e trazendo importantes empresários do setor, conceituados chefs estrangeiros, nacionais e locais e personalidades da vida política estadual.”

Chefs estrangeiros
Participaram do festival os “chefs” Paolo Caldana, presidente mundial da Federazione Italiana Cuochi, de Roma, que fez elogiosas referências ao evento; Patrick Martin, vice-presidente internacional do Le Cordon Bleu, Paris, mas dirigindo a unidade do México; Bruno Stieppe e Carlos Soares, respectivamente presidente e secretário-geral da Federazione Italiana Cuochi no Brasil; Fábio Barbaglini, estrela Michelin e melhor chefe da Itália em 2003; Emmanuel Ruz, estrela Michelin e chef do restaurante Lou Fassun, em Grasse, na França, e Bernard Twardy, chef corporativo do Beach Park, em Fortaleza. Todos eles deram palestras e prepararam pratos à base de camarão durante os diversos “workshops” realizados.

Os restaurantes cearenses que estiveram presentes com a sua culinária servida ao público foram o “Medit”, com o chef Valdemir Segundo; “Fashion Gourmet”, da chef Camila Câmara; “Lautrec”, da chef Bia Leitão; “Villa Mango”, da chef premiada Liliane Pereira; “De Tommaso”, da chef Thessia Godoy e “Maee”, do chef Estênio Machado. Também mantiveram serviços gastronômicos e de bar os “chefs” Eduardo Sisi e Charles Alexandrini, a Expand e o bar Boteco.

Mesmo com avanços, 18,79% são analfabetos

O número de alfabetizados cresceu no Ceará, mas o Estado é o sétimo do País em taxa de analfabetismo

Mikael, 10 anos, ainda está aprendendo a ler e a escrever. O menino cursa a terceira série do Ensino Fundamental FABIANE DE PAULA

Os resultados do Censo de 2010 indicam também que houve uma melhoria na educação, quando comparado ao ano 2000. Para se ter uma ideia da situação, há dez anos, a taxa de analfabetismo do Estado, no faixa etária de cinco anos ou mais, estava em 27,29%. Já no Censo 2010, esse percentual baixou para 18,79%.

Ou seja, dos 7.807.681 milhões de habitantes nesta faixa etária em 2010, exatos 1.465.084 são analfabetos. Já no ano 2000, essa população equivalia a 6.628.263, e os analfabetos estavam em 1.808.565.

O número de alfabetizados também aumentou nestes últimos anos. De acordo com a pesquisa, temos 81,23% da população com cinco anos ou mais alfabetizadas, enquanto, em 2000, esse percentual era de 72,71%. Ano passado, essa população alfabetizada era de 6.342.590 habitantes. Enquanto- em 2000, eram 4.819.697.

Apesar dos progressos, o Ceará possui, nesta faixa etária, a sétima maior taxa de analfabetismo do País. À frente, estão Estados como Maranhão, Piauí, Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Norte.

Com relação à população de 10 anos ou mais, o Ceará também teve avanços. Em 2000, a taxa de alfabetização era de 75,3%, valor inferior à taxa da região Nordeste (75,4%) e à do Brasil (87,2%).

No entanto, em 2010, conseguiu ultrapassar a média da região, chegando a um total de 82,8% da sua população alfabetizada. Esse aumento representou uma variação de 9,97%.


Inclusão
O mestre em Educação e professor da Faculdade 7 de Setembro, Marco Aurélio de Patrício, 45 anos, avaliou positivamente o crescimento da taxa de alfabetizados do Estado. Para ele, esse crescimento é o resultado de uma educação inclusiva.

"O Brasil fez uma opção por colocar crianças na escola, o que remete a termos uma maior quantidade de pessoas dentro dela. No perfil de uma educação excludente, isso não seria possível", explicou Patrício.

Sobre a qualidade deste ensino, ele disse que o processo é lento, mas que, hoje, já estamos muito avançados na discussão. "Há dez anos, a qualidade pedagógica nem era discutida, lutava-se ainda por infraestrutura", destacou o educador.

Sobre a situação do Estado, no que se refere a sétima maior taxa de analfabetismo do País, com exatos 18,79%, na faixa etária que compreende de 5 anos ou mais, ele explicou que este processo é natural devido às condições de miséria em que se encontra a população. "Quando falamos de Norte e Nordeste, os progressos tendem a ser mais lentos, pois leva-se em conta a miséria social", explicou.

Depois dos fatores sociais, ele apontou dois problemas que contribuiram para este resultado, a primeira é a formação "aligeirada" de professores e política da não reprovação.

Porém, ele acredita que o Estado está no caminho certo. E citou alguns fatores que contribuem para permanência deste alunos na sala de aula. Projetos como o Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic)do governo federal, Educação de Jovens e Adultos e a seleção dos professores por meio de concursos são alguns deles.

Experimentam destes avanços a dona de casa Francisca Florenço do Nascimento, 48 anos, que sorrir ao contar que está aprendendo a ler e a escrever. Pela primeira vez, ela está frequentando a escola. A filha Cláudia Florenço do Nascimento, 29 anos, também não é alfabetizada, assim como a maioria dos seus dez filhos. A família vive no bairro Jangurussu, periferia de Fortaleza.

Claudia é mãe do pequeno Mikael, de 10 anos. A doméstica afirma que o seu maior sonho é ver o filho lendo e escrevendo. O menino, apesar da idade, ainda não conseguiu realizar o desejo da mãe. "Eu ainda estou aprendendo, sinto dificuldade. Os meus colegas de turma também não sabem ler. Mas quero muito saber disso tudo", conta Mikael, que cursa a terceira série do Ensino Fundamental em um colégio público.

PROTAGONISTA

Sonhos
Raquel Lima Alves, 27 anos
A dona de casa Raquel Lima Alves, 27 anos, moradora do Jangurussu, sonha em ser enfermeira. No entanto, precisou deixar os estudos para cuidar dos quatro filhos. O marido, que trabalha de gari, não sabe ler e nem escrever. Apesar dos desafios, Raquel conta que sempre acompanha de perto a vida escolar das crianças, incentivando e mostrando que estudar é o segredo para conquistar uma vida melhor. "Quando vejo os meus filhos estudando, sinto vontade de aprender também. O meu marido sofre muito por não conseguir ler nem uma carta". A filha mais velha de Raquel tem nove anos e ainda está aprendendo a ler e a escrever.




Fonte: Diário do Nordeste

José de Alencar à casa torna

29 manuscritos, 13 cadernos e mais de 1.500 páginas de escritos do precursor do romance moderno brasileiro, guardados no Rio de Janeiro, voltam ao Ceará, numa revitalização da Casa José de Alencar. Os arquivos serão digitalizados e ficarão disponíveis para consulta em 2012


Alencarino (adj. masc.) – 1. Relativo ou pertencente ao escritor brasileiro José de Alencar, à sua obra ou estilo. 2. Quem nasce no Ceará, a terra de José de Alencar (informal). Variação: alencariano. Se “bom filho à casa torna”, os netos não ficam atrás. Mais de cem anos após seu falecimento, o maior símbolo da literatura cearense, José de Alencar, terá de volta ao Ceará alguns de seus filhos de papel e tinta: escritos alencarianos em terras de alencarinos. Na busca de se tornar um centro de referência em pesquisa na obra do escritor, a Casa de José de Alencar (CJA) vem num processo de repatriamento de 13 cadernos do messejanense, totalizando cerca de 1.500 páginas de manuscritos do autor.

O repatriamento é apenas uma das três etapas atuais no processo de revitalização do espaço da casa onde José de Alencar residiu na infância, em Messejana, tendo nascido em 1829. O equipamento, gerido pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e dirigido pelo professor João Arruda, busca se tornar um centro de referência em pesquisa na obra literária, crítica e até filosófico-antropológica de José de Alencar, de acordo com o diretor do espaço.

A primeira fase foi a digitalização de todo o material físico escrito por José de Alencar (ou transcrito por Mário de Alencar, seu filho). O processo começou com a pesquisa do professor Marcelo Peloggio, do departamento de Literatura da UFC, que despontou no lançamento do livro filosófico-antropológico Antiguidade da América e A raça primogênita. “Antes só existia como registro físico; você tinha que ir ao Rio de Janeiro e ter uma autorização especial para lidar com esse material, agora vai ficar disponibilizado para quem tiver interesse”, disse Marcelo Peloggio. Os dois escritos que formaram o livro serviram de pontapé para a digitalização de todo o material do Museu Histórico Nacional (MHN), que poderá ser acessado na própria biblioteca do CJA a partir de maio de 2012.

Complementando a primeira fase, a segunda parte do processo contou com a organização de um livro com os resumos de todos os arquivos com domínio da CJA. “A gente tinha notado que havia certa dificuldade para o estudante, dado o volume da obra de José de Alencar, em qual a literatura que podia contribuir em sua pesquisa”, explica o professor João Arruda, diretor da Casa. Esse livro, de acordo com o diretor da CJA, já está sendo distribuído para bibliotecas públicas e cursos de letras de universidade públicas. “Vai ser um Google de José de Alencar”, brinca.

A fase final, planejada para culminar no ano próximo, será o repatriamento das obras armazenadas no arquivo histórico do MHN. Daniella Gomes, responsável pelo arquivo histórico do museu, lembra da magnitude dos manuscritos, somando 1.500 páginas de arquivos do século retrasado. De acordo com João Arruda, porém, esses documentos em breve devem partir para a Casa de José de Alencar, onde poderão ser consultados por estudiosos e curiosos sobre as outras facetas do cearense.

Apesar de precursor no romance genuinamente brasileiro e com uma obra extensa, contando cerca de 20 romances publicados entre 1856 e 1877, José de Alencar deixou para as gerações futuras ainda 29 manuscritos, todos mantidos na segurança do Museu Histórico Nacional – mas fugindo da terra do autor e seus conterrâneos em muitos quilômetros. Entre as obras digitalizadas em breve disponibilizadas para todo o público, se destacam os textos filosóficos-antropológicos editados por Marcelo Peloggio no ano passado, os originais da autobiografia e trechos da primeira tentativa de romance de Alencar, Os contrabandistas, que nunca foi finalizado.

SERVIÇO

Casa José de Alencar (avenida Washington Soares, 6055 – Alagadiço Novo).

Visitação: Segunda à sexta-feira das 8h às 17h; sábados e domingos e feriados das 8h às 15h.
Entrada gratuita.
Outras informações: (85) 3276 2379 / 3229 1898


André Bloc
andrebloc@opovo.com.br

Fonte: O Povo

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

28 escolas estão na final do Prêmio Peteca

Escolas da Zona Norte estão concorrendo com vários trabalhos no prêmio contra o trabalho infantil, do MPT


Sobral. Vinte e oito escolas estão na final da edição 2011 do Prêmio Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Peteca), promovido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Do total, dez são da Zona Norte. São três de Sobral (Carlos Jereissati, Pe. Osvaldo Carneiro Chaves e Trajano de Medeiros), duas de Tianguá (Ester de Aguiar Menezes e Orfélia de Portela Moita), duas de Camocim (Carlos Trévia e Natália Albuquerque Lopes), uma de Reriutaba (Raimundo Mesquita), uma de Varjota (Francisco Pio de Farias) e uma de Barroquinha (Carmelita Veras de Paula).

Ao todo, a coordenação estadual do Peteca recebeu a inscrição de 366 tarefas escolares de 70 Municípios. O procurador explica que, no entanto, foram produzidas pelos estudantes em todos as cidades participantes do Programa cerca de 40 mil tarefas sobre o tema trabalho infantil. "Isto mostra o grau de envolvimento dos estudantes com a discussão proposta em sala de aula pelos educadores capacitados para desenvolver o assunto e contribuir para a formação de uma nova mentalidade em torno da exploração do trabalho precoce", comemora o procurador do Trabalho, Antônio de Oliveira Lima.

Dos 17 Municípios finalistas, seis são da Zona Norte; e dos 28 trabalhos que chegam à final, dez são de escolas da Zona Norte. Os vencedores serão conhecidos dia 1º de dezembro em solenidade, à noite, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), na Avenida Barão de Studart, 1940, em Fortaleza, quando serão anunciados os vencedores e entregue a premiação.

Na categoria "Música", três escolas da Zona Norte disputam a final. Concorrem a Escola Prefeito Carlos Trévia, de Camocim; a Escola Ester de Aguiar Menezes, de Tianguá; Escola Padre Osvaldo Carneiro Chaves, de Sobral. Varjota participa com a Escola Francisco Pio de Farias na final da categoria paródia, junto com a Escola Trajano de Medeiros, de Sobral, e a Escola João Napoleão Pinheiro, de Deputado Irapuan Pinheiro.

Os alunos do Colégio Raimundo Mesquita, de Reriutaba, estão na final da categoria Artes Cênicas/Esquete Teatral. Disputam na final com a Escola Antônio Porciano da Costa, de Aracati, e com a Escola João Saraiva Leão, da Capital.

Desenho
Na categoria Desenho, duas escolas da Zona Norte estão na final, Carlos Jereissati, de Sobral, e Orfélia Portela Moita, de Tianguá, disputando com Aracati (Escola Antônio Porciano da Costa) e Fortaleza (Escola Angélica Gurgel). Em Pintura, a Esc. Natália Albuquerque Lopes, de Camocim disputa a final com Germano José do Nascimento, de Beberibe, e Carlos Jereissati, de Canindé. No Conto, a Esc. Carmelita Veras de Paula, de Barroquinha, chega à final com a Esc. Irmã Stela, de Fortaleza; Esc. Júlio Holanda, de Guaramiranga; e a Raimundo Pelópidas de Araújo, de Russas.

Lauriberto Braga 
Repórter

Coleção de livros resgata a cultura popular através de trava-línguas


No próximo dia 16 de novembro será lançada, às 15h, no Auditório Celso Furtado do Banco do Nordeste, no Passaré, a coleção de livros Trava-Língua, de autoria de Arlene Holanda. A coleção, composta por oito livros, busca resgatar a cultura popular e unir crianças, jovens, adultos e idosos em torno de uma brincadeira que diverte e ensina. Além disso, promove os Objetivos do Milênio (ODMs) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O material será trabalhado por, cerca de 1500 crianças e adolescentes de 100 municípios cearenses, integrantes do Projeto Eu Sou Cidadão – Amigos da Leitura, e terá a função de levar esse resgate cultural para dentro da família. Não só a escola, mas a família tem papel fundamental para que a criança descubra o prazer de aprender, de ler, de se enredar nas histórias e encantos dos livros. Além de desenvolver o hábito entre os pequenos, o incentivo à leitura pela família cria laços afetivos entre a criança e o adulto, que irão servir de base para o seu pleno desenvolvimento psico-social.

Desde 2002 o projeto Eu Sou Cidadão vem contribuindo com a formação social de crianças e adolescentes e despertando neles a vontade de ler e entender o mundo. A coleção Trava-Língua será mais uma ferramenta que irá colaborar com esse incentivo à leitura e com a formação cidadã desses jovens.

A coleção TRAVA-LÍNGUA foi concebida e elaborada visando aliar os recursos da literatura ao trabalho lúdico-pedagógico com a linguagem. A perspectiva é unir o processo de aprendizagem ao de processo de conhecimento de mundo das crianças. Assim, as oito obras integrantes da coleção possibilitam o trabalho lúdico com a linguagem, associando temáticas presentes nos textos ao conjunto de valores expressos nos temas transversais. As possibilidades de trabalho interdisciplinar são diversificadas: Ciências da natureza, do corpo humano, tecnologias, Matemática, Geografia, História, Filosofia, Artes, patrimônio cultural, meio ambiente.

No campo da linguagem, o trabalho com manifestações da oralidade se constitui numa ferramenta eficiente para a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento de habilidades e competências e estabelecendo uma relação privilegiada entre educador/educando. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais há recomendação expressa sobre o uso de trava-línguas nos três primeiros anos do Ensino Fundamental. Os textos que constituem as obras unem os recursos da oralidade aos literários, potencializando o repertório de possibilidades a serem exploradas pelas famílias e pela escola.

O lançamento será acompanhado por 150 crianças e adolescentes, que representarão todos os 1500 atendidos pelo projeto. A Coleção Trava-Língua é uma idealização da Associação para o Desenvolvimento dos Municípios do Estado do Ceará (APDMCE), patrocinada pelo Governo do Estado do Ceará, através do II Edital Mecenas do Ceará, e conta com o apoio cultural da Companhia Energética do Ceará (COELCE).

SERVIÇO

O que: Lançamento Coleção Trava-Língua
 
Quando: 16 de novembro de 2011
 
Hora: 8h às 17h
 
Onde: Banco do Nordeste – Auditório Celso Furtado (Av. Pedro Ramalho, 5700 – Passaré – Fortaleza/CE – Próximo ao Estádio Castelão)
 
Mais informações: Bárbara Janiques (85)4006-4058//(85)9912-0243 e Amelia Prudente (85)9603-8179

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Trabalho voluntário leva estudante para os EUA

Estudante cearense levará experiência de trabalho voluntário realizado na periferia de Fortaleza para os Estados Unidos. Ele foi eleito um dos 45 jovens embaixadores pela embaixada norte-americana

A experiência com o trabalho voluntário na escola fez com que Victor fosse escolhido como jovem embaixador (FOTO: EDIMAR SOARES)

O coração da mulher com nome de estrela está pequeno. Culpa da apreensão. Mas também está feliz. Culpa de um sonho realizado. Pela primeira vez, a cria mais velha vai brilhar em constelação estranha. “É uma coisa que ele desejava muito. Então só posso dar força”, diz Mary Dalva Moreira Plácido, 38.

Cearense de Fortaleza, Victor Moreira Plácido Costa, 18, sonha com o voar do tempo até 6 de janeiro de 2012 e o arrastar dos ponteiros até o dia 29 subsequente. É que ele sai do bairro Barroso I, em Fortaleza, rumo aos Estados Unidos. Mérito conquistado pela solidariedade.

Depois de anos divulgando os benefícios da capoeira e, mais recentemente, ensinando inglês aos colegas de sala do 3ºano de Guia de Turismo da Escola Estadual de Educação Profissional Mário Alencar, o autodidata foi eleito “jovem embaixador” por um programa da embaixada norte-americana.

Ele viaja com outros 44 brasileiros escolhidos por serem praticantes do bem. Visitará escolas e projetos sociais nos EUA. Victor concorreu com mais de sete mil pessoas. “No começo, eu fazia trabalho voluntário por influência dos amigos. A filosofia era tirar as crianças de bobeira na rua e colocar pra fazer algo de produtivo. Tive de sair porque entrei na escola, onde passo o dia todo. Mas não quis ficar parado. Comecei a ajudar a professora como monitor. Hoje, tenho uma sala e planejo as aulas, que também têm horário certo”, explica o estudante.

Toda segunda-feira, o almoço vira momento de conversação. É o único dia da semana passado todo na escola. Nos demais, ele cumpre disciplina de estágio numa agência de viagens.

Em média, dez alunos recebem os ensinamentos do filho de dona Mary Dalva, que até tenta aprender espanhol, mas não consegue. Confunde com o italiano, outra língua aprendida por conta própria. Assim como o francês. “Estudo em casa. Cheguei a fazer curso no início, mas parei por falta de condições”, revela ele.

As principais atividades acontecerão na semana que Victor passará em Washington. Será a primeira das três, onde ele participará de atividades culturais e fará apresentações sobre o Brasil.

O adolescente não nega a emoção de conhecer outro país. Mas revela sonho maior. Quer aventuras em terras europeias. Em especial na Irlanda e Escócia. Algo ainda não cogitado pela mãe. “Estou muito orgulhosa, porque sempre disse que o que ele conseguisse seria por mérito próprio. A única coisa que a gente pode dar pra ele, nas condições que estamos, é o estudo”.

Seu filho vai, dona Dalva. Mas volta. E cheio de história pra contar. Por ora, dá lição em muita gente. “Faço o que faço porque tento ajudar na melhoria do ensino público. Faço a minha parte; colaboro como posso”, resume.

ENTENDA A NOTÍCIA

Victor foi escolhido pelo fato de prestar serviços voluntários. É o bem rendendo frutos. Ele passa o que sabe adiante, aprende com os alunos e recebe compensações da vida. Uma lição de solidariedade, tão em falta hoje em dia.

Saiba mais

Victor dá dicas para quem quer aprender inglês. “Eu leio muito, escuto bastante música e assisto muito filme em inglês. Ajuda bastante”.

Ele começou a divulgar os benefícios da capoeira aos 12 anos. Há um ano e meio, ajuda os colegas com o inglês.


Todos os beneficiados pelo Programa Jovem Embaixador são alunos da rede pública brasileira de ensino, têm excelente rendimento escolar, falam inglês fluente, têm baixa renda e perfil de liderança, além de prestarem serviço comunitário.

Para ser escolhido “jovem embaixador”, Victor apresentou documentação e passou por testes de inglês nas modalidades escrita e oral.


Na fase final, ele concorreu com outros dois cearenses: André Lucas Rodrigues Moreira, da Escola de Ensino Fundamental e Médio Dom Helder Câmara, e Fernanda Ribeiro Pinheiro, do Liceu Vila Velha. 

Bruno de Castro
brunobrito@opovo.com.br

domingo, 13 de novembro de 2011

Chefes de cozinha internacional participam de festival em Acaraú (CE)

Festival do Camarão da Costa Negra vão até domingo (13).
Cada prato é servido a R$ 15,00 e pode vir acompanhado de vinho.





Chefes de cozinha de várias nacionalidades e apreciadores de frutos de mar participam do Festival Internacional do Camarão da Costa Negra, que será realizado até este domingo (13), em Acaraú, município do litoral oeste do Ceará. Durante três dias, cozinheiros e chefes de seis restaurantes de Fortaleza preparam pratos do animal nativo da região conhecida como Costa Negra.

O francês Emmanuel Ruz é um dos doze chefes de cozinha convidados para o evento e diz que está aproveitando a oportunidade para conhecer mais sobre a gastronomia brasileira. Cada prato é servido a R$ 15,00 e pode vir acompanhado de vinho. Os chefes também têm a chance de ter as criações julgadas por especialistas.

Para o presidente da Associação Cearense de Criadores de Camarão da Costa Negra e idealizador do festival, Livino Sales, a maior conquista da edição deste ano foi o selo que comprova a qualidade do camarão para exportação e coloca o produto cearense entre os melhores do mundo.

Governador Cid Gomes e o Secretário de Turismo Bismarck Maia visitam o III Festival Internacional do Camarão da Costa Negra


O governador do Ceará Cid Gomes esteve neste sábado (12) pela manhã na Fazenda Cacimbas para conhecer a infra-estrutura do III Festival Internacional do Camarão da Costa Negra. Ele estava acompanhado do Secretário de Turismo Bismarck Maia, do idealizador do evento Livino Sales e do seu filho e proprietário da empresa de pescados Nutrimar Rubens Sales.

Na ocasião foi entregue o Trófeu de Política e Administração Pública para o Secretário de Turismo como forma de homenagem. Lisongeado, Bismarck Maia recebeu a homenagem das mãos do próprio Livino Sales e da jornalista Edgony, autora do livro "Costa Negra".  Durante o evento outros troféus foram entregues. Ontem (11), o agraciado foi o Vice-Governador Domingos de Aguiar Filho com o Troféu Grande Entusiasta do Setor.

Durante toda a manhã ocorreu um brunch e as autoridades públicas tiveram a oportunidade de conhecer os chefs que vieram de outros países para participar do evento.

O governador Cid Gomes fez questão de elogiar a iniciativa pioneira do empresário Livino Sales. Segundo ele, o festival cumpre dupla tarefa. "Nós somos os maiores produtores de camarão do Brasil. Além de ser bom para a imagem do Ceará, é um evento turístico. Conseguimos promover e desenvolver o Turismo no Ceará", afirmou.

Cid Gomes também ressaltou o ótimo momento para a tradição pesqueira cearense. Por meio da pesca, segundo ele, é possível gerar uma maior quantidade de empregos no Ceará. "Continuo com o desafio de lutar pelo desenvolvimento do nosso estado. E não é só o poder público que luta, mas iniciativas privadas como essa possibilitam isso. Nós estamos mostrando o potencial que o Ceará tem".

Por fim, o governador elogiou a preocupação com o meio-ambiente que o executor do festival possui. "Além de melhorar a vida de centenas de pessoas, ainda existe a preocupação com a natureza", apontou.

O III Festival Internacional do Camarão da Costa Negra acontece até amanhã (13), na Fazenda Cacimbas, localizada no Município de Acaraú, litoral oeste de Fortaleza.

Fonte: Diário do Nordeste

Garoto de 15 anos vence concurso nacional de literatura

Francisco das Chagas foi vencedor do Concurso Cultural Ler e Escrever é Preciso, do Instituto Ecofuturo

Francisco das Chagas foi a São Paulo receber o prêmio de literatura do Instituto Ecofuturo (DIVULGAÇÃO)

O texto de Francisco das Chagas da Silva conta a história de um menino estava sentado no batente de sua casa e, deslumbrado com as máquinas voadoras que chegaram a sua cidade, resolve conhecê-las. “Uma coisa chamada helicóptero” é um dos textos entre os dez melhores do Brasil na categoria Ensino Fundamental II, com escritos de alunos do 1º ao 9º ano, do concurso do Instituto Ecofuturo.

O menino sonhava que doces, cadernos, lápis, borracha, mochilas, cestas básicas, brinquedos, mudas de plantas e até um dentista para “arrumar” seus dentes pudessem cair como presentes do céu, mas, na verdade, homens armados procuravam ladrões. A história de encantamento e desilusão do jovem de 15 anos foi vencedora no concurso com 4.500 inscritos em todo o País. Francisco é aluno do 8º ano da Escola Municipal Urcesina Moura Cantídio, de Alto Santo, e foi orientado pela professora Maria Gisélia Gomes, que viajou com ele a São Paulo no último dia 7 para receber o prêmio.

Cristiane Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto Ecofuturo, falou do diferencial encontrado no texto. “A gente procura autoralidade, abertura emocional, uma escrita leve que fuja de padrões”. Segundo ela, o texto do jovem mostra um olhar positivo sobre a vida e não resmungos sobre os problemas. “O texto do Francisco brilhou aqui na instituição, ele fala do que está perto, da vida dele”.

Irene Bezerra, mãe de Francisco, não sabe ler, e ficou satisfeita com a vitória do filho. “Estou muito feliz, ele é estudioso demais!”, comemora. O jovem, que sonha em ser jogador de futebol, gosta muito de Português e disse que nunca imaginou ser um dos vencedores. “Quando eu soube, me senti nas nuvens. Agora estou famoso na escola. Fiz oficinas de literatura, passeei, assisti uma peça de teatro em São Paulo. Essa é minha história, o texto é baseado em fatos reais”.

Foram seis categorias, 60 textos vencedores, avaliados por 70 profissionais de várias áreas e por 12 jurados. Segundo a diretora, também são premiadas as escolas e os educadores responsáveis por orientarem seus alunos.“Toda conquista é resultado de um trabalho de equipe”.

Danilo Castro - cotidiano@opovo.com.br

Números

4.500 - Estudantes foram inscritos para o concurso cultural do Instituto Ecofuturo no Brasil

60 - Estudantes foram vencedores em seis categorias. Os premiados foram a São Paulo no dia 7/11.
 
O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Os vencedores do prêmio ganharam uma viagem a SP, uma coleção de livros e a publicação de seus textos no livro Cuido, logo existo – A gramática do cuidado, que será distribuído para as escolas participantes em todo o Brasil.

Texto vencedor do concurso cultural

Uma coisa chamada helicóptero
De Francisco das Chagas da Silva, de Alto Santo

“Eu ainda não conhecia e nem sabia ler direito a palavra he-li-cóp-te-ro, perguntei para minha “tia” (professora) e ela me ensinou letra por letra. Na comunidade que eu moro, temos dificuldades de tudo, pequena e muito pobre as pessoas dificilmente têm acesso às coisas bonitas da vida.


Mas nesse dia surgiu no céu um helicóptero, um, dois, três... sobrevoando. Lindo! Encantador! Que presentaço! Logo do dia das mães!

Ele era verde e amarelo e eu pensei: – É do Brasiiil! Fiz igualzinho aquele homem que fala na televisão.

Consegui devagarinho ler as palavras que estavam escritas neles, de tão baixinho que ficavam, e tinha assim: PM OPERAÇÕES ESPECIAIS.

Não era presente para as mães, não era alegria para uma comunidade tão pobre. Buscavam assaltantes que vinham fugindo da polícia por terem assaltado um banco.

Quando olhei vi... Homens fardados, armas enormes, sangue, gente morta.

Meus olhos foram ao chão, e sentadinho no batente da porta pensei: Porque

uma coisa tão bonita como um helicóptero não traz para nós cesta básica para amenizar a fome, flores para alegrar os dias das mães, brinquedos para gente fazer a maior farra! Mudas de plantas para arborizar essas ruas feias e sujas. E quem sabe até um dentista para arrumar meus dentes?


Ainda pensei: Se caísse dali de cima de dentro do helicóptero cadernos, ih! Com meus desenhos favoritos! Lápis, borrachas, mochilas, nossa! Íamos fazer a maior festa.

E se esses homens das OPERAÇÕES ESPECIAIS trocassem as balas de matar gente por balas que adoçam a boca e a vida da gente!


E se essas fardas que eles usam feias e escuras fossem vermelhas igualzinho a do Papai Noel? Será que íamos ter Natal o tempo todo? Já que é a melhor época do ano?


Quando as pessoas ficam mais amigas e mais pertinho da gente?

Um dia ainda vou pedir aos policiais para cuidar das nossas vidas enquanto somos pequeninos, para não precisar usar helicópteros tão lindos para matar bandidos tão grandes”.

Saiba mais

Sustentabilidade
Francisco escreveu sobre o tema “Vamos Cuidar da Vida”, proposto aos participantes pelo Instituto Ecofuturo.

Segundo a diretora, “a ideia de sustentabilidade às vezes parece uma coisa muito distante”, mas é algo fácil de praticar com atitudes simples. Para ela, cuidar da vida é o primeiro passo para um mundo sustentável, desde relações mais afetivas, humanas, menos cognitivas até a preservação do meio ambiente.

Instituto Ecofuturo foi criado em 1999. O instituto é qualificado como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).

A ONG trabalha em projetos ligados a educação e meio ambiente com a missão de difundir conhecimento e práticas para a construção coletiva de uma cultura de sustentabilidade. Atua articulando parcerias com instituições, empresas, governo, pesquisadores, comunidade e universidades.