sábado, 31 de dezembro de 2011

Bispo Diocesano Dom Odelir Magri promoveu a Santa Missa de Ordenação Presbíteral do Diácono Fábio Soares

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O povo católico forquilhense vivenciou nesta data do dia 30 de dezembro, seu melhor presente do ano de 2011, quando pela 1º vez aconteceu no pátio da Igreja Matriz de São Francisco de Assis a Santa Missa de Ordenação Presblíteral do Diácono Fábio Soares Duarte.

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A celebração foi presidida pelo Bispo Diocesano da cidade de Sobral, Dom Odelir José Magri que se fazia acompanhar de vinte cinco sacerdotes e uma boa quantidade de seminaristas, que vivenciaram este dia da ordenação que é especialmente urgida pelo poder do Espírita Santo para a Igreja Católica que se reuniu em oração pelas vocações sacerdotais e religiosas de Fábio Soares.

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O belo e sóbrio rito de ordenação presbiteral inicia-se logo após a proclamação do Evangelho e começa pela chamada e apresentação ao Bispo do candidato ao ministério. O Clero presente pediu ao Bispo a ordenação do candidato para a função de presbítero (o segundo grau do ministério ordenado). Declarada pelo superior a dignidade do candidato para o encargo, Dom Odelir confirma a sua eleição para receber o sacramento da Ordem.

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Após a homilia, o Bispo Diocesano pediu que o eleito manifestasse ao povo seu propósito de desempenhar a missão de sacerdote, de proclamar o Evangelho, apascentar o rebanho do Senhor, ensinar a fé católica e ministrar os sacramentos. Em seguida, Fábio Soares, ajoelhado diante de Dom Odelir José Magri, prometeu-lhe obediência, assim como a seus legítimos superiores.

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Segue-se então um dos momentos de maior intensidade e beleza da cerimônia: o eleito prostra-se em sinal de humildade e despojamento enquanto a assembléia canta a Ladainha de Todos os Santos. Depois, permanece ajoelhado enquanto o Bispo e todos os sacerdotes do presbitério impõem-lhe as mãos sobre a cabeça. Na prece de ordenação, o Bispo dirige-se a Deus dizendo: “Nós vos pedimos, Pai todo-poderoso, constituí este vosso servo na dignidade de presbítero; renovai em seu coração o espírito de santidade; obtenha, ó Deus, o segundo grau da ordem sacerdotal, que de vós procede, e sua vida seja exemplo para todos.” É a ordenação propriamente dita, após a qual o sacerdote recém-ordenado é revestido com a estola presbiteral e a casula, e suas mãos são ungidas com o óleo do Santo Crisma. O rito de ordenação conclui-se com a saudação do Bispo e concelebrantes ao novo sacerdote.

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Na Liturgia Eucarística que se segue, ele já participa como concelebrantes, apresentando as oferendas ao povo de Deus. O pároco do município de Forquilha Padre Marcos Antônio Ribeiro da Silva; Monsenhor Gonçalo e o Presidente da Câmara Municipal Vereador Eliézer Siqueira, estes eloqüentemente parabenizaram, o neo-sacerdote Fábio Soares que estava protegido de seus genitores Francisco Alves Soares e Maria Soares Duarte e de seu Irmão Felipe,  também muito emocionados receberam os cumprimentos de familiares e amigos no pátio da Igreja de São Francisco, aonde em seguida ofertaram um farto jantar no Balada’S Club de Forquilha alem de ser cantado os parabéns conjuntamente do aniversário dos 21 anos de sacerdócio do Padre João Batista Rodrigues Vasconcelos.

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A primeira missa celebrada pelo sacerdote recém-ordenado será neste último dia 31 de dezembro de 2011, às 19h00min, na Igreja Matriz de São Francisco em Forquilha. No próximo mês de Janeiro de 2012 o Pe. Fábio Soares assumirá o cargo de formador responsável do Propedêutico Seminário Diocesano São José em Sobral-Ce. Por Célio Cavalcante, membro correspondente da ACEJI.

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Fotos: Célio Cavalcante

Fonte: Blog Forquilha Ontem Hoje e Sempre

Ordenação Sacerdotal do Diácono Fábio Soares Duarte


No dia 30 de dezembro de 2011 na Paróquia de São Francisco de Assis de Forquilha - Ce foi realizzada a Celebração Eucarística na Festa da Sagrada Família, na ocasião foi ordenado Sacerdote o Diácono Fábio Soares Duarte a serviço da Igreja e do povo de Deus, por Dom Odelír José Magri- Bispo da Diocese de Sobral.

O Diácono Fábio Soares fez experiência quando seminarista em Acaraú, onde fez várias amigos.

Parabenizamos-lhe por sua ordenação e clamamos que Deus abençoe-o e ilumine na missão evangelizadora.



ACUNHA, QUINTINO!

Recebi esse texto por e-mail, é daqueles que circulam por aí sem paternidade. Eu, pelo menos, desconheço o autor e a fonte. Como já disse, chegou-me por e-mail encaminhado para uma penca de mais de 50 pessoas. No final da década de 1980, inicio dos anos 90, fiz amizade com Plautus Cunha, filho e biógrafo do Quintino e passei a conhecer melhor a obra e as peripécias desse cabra da peste. Plautus foi jurado do III Salão de Humor Canindeense, evento coordenado por mim e pelo saudoso professor Laurismundo Marreiro... Renato Sóldon, sobrinho do poeta, também coligiu uma série de anedotas atribuídas ao Quintino no seu impagável "Verve Cearense".

Quanto ao texto a seguir, talvez seja coisa do meu compadre Tarcísio Matos, ou quem sabe, uma publicação do site Nordeste Web, do meu amigo Ivan Maurício. A imagem abaixo sim, veio do site do jornal Diário do Nordeste... Achei interessante e resolvi publicá-lo:

Quintino Cunha, o Pai do Canelau
José Quintino da Cunha
* Itapajé, 24 de julho de 1875 ;
+ Fortaleza, 1º de junho de 1943


Foi advogado, escritor e poeta cearense. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Ceará em 1909, e a partir de então começou a exercer a profissão de advogado criminalista.

Foi deputado estadual na década de 1910, mas logo desistiu da carreira de político e encabeçou a campanha do Bode Ioiô para Vereador de Fortaleza, fazendo o animal tirar votos suficientes para ser eleito, caso possível fosse.

Ficou bastante conhecido por seu estilo irreverente e carismático, também lembrado pelas anedotas que contava. É tido como o mais lendário de nossos humoristas literários, o maior de nossos poetas cults. Excêntrico sem ser snob. Feio mas cativante. Eternamente esquecido, sempre resgatado, figura ao lado dos grandes mestres do improviso literário ferino, como Bernard Shaw, Quevedo e Swift, sendo considerado pelo crítico Agripino Grieco "o maior humorista brasileiro de todos os tempos”.

Menino ainda, Quintino Cunha foi convidado a passar uns dias das suas férias na casa de dois coleguinhas de colégio. Convite aceito, viajou até a casa combinada onde deveria hospedar-se por alguns dias, com os convidantes anfitriões. Lá chegando, não encontrou os colegas que haviam viajado para outro destino, sem deixar recado. As tias idosas dos meninos, donas da casa, convidaram-no a ficar e aguardar a chegada dos seus sobrinhos. Quintino não se fez de rogado e ficou, aceitando o convite!

À noite não lhe ofereceram jantar e nem café, ou almoço no dia seguinte. Ele matou a fome com as fruteiras do quintal. Resolveu ir embora dali e o fez, deixando um bilhete sobre a mesa:


“Adeus casinha da fome,
Nunca mais me verás tu
Criei ferrugem nos dentes
E teia de aranha no cu.”

Já célebre advogado, a fama de Quintino Cunha era grande no Nordeste. Tinha havido um crime no interior da Paraíba, onde pai e filho assassinaram um adversário político. Para defendê-los, convidaram o célebre causídico. Este fez a defesa com muita propriedade conseguindo a absolvição dos réus. A cidade fez festa de comemoração pela semana, hospedando Dr. Quintino no melhor hotel. Sua fama correu rápida por todo o município e o feito atingiu proporções.

Eis que surge no hotel um humilde casal dos sítios afastados. O marido dirigiu-se ao advogado expondo-lhe o desejo de um desquite, em face dos desentendimentos do casal. Dr Quintino então pergunta-lhe se este possui algum bem, alguma propriedade.

- Não doutor, eu nada “pissuo” e trabalho alugado, em sítios alheios.
Vira-se para a esposa e faz-lhe idêntica pergunta, vindo a resposta:
- Doutor, pra que a verdade lhe seja dita eu ainda tenho menos que ele.

Dr. Quintino respondeu-lhes em versos:

"A questão é muito tola!
Aqui mesmo, eu os desquito.
Fique ele com sua rola
E ela com o seu priquito."


Conhecido e até hoje contado pelos frequentadores da Praça do Ferreira, o causo da defesa do deficiente físico conhecido apenas como Francisco, apelidado de “Chico Mêi Cu”, foi uma das mais famosas proezas de Quintino Cunha.

Conta-se que nos idos anos 20, um pobre deficiente físico, sem pai nem mãe, sem eira nem beira, mancava pelas ruas do Centro da pequena Fortaleza, onde fazia os biscates que lhe davam o pouco para o sustento. Encabulado, quieto e calado, aparentava não dar importância ao canelau que mangava à sua passagem: “Chico Mêi Cu!”, “Chico Mêi Cu!”, “Chico Mêi Cu!”. Foram anos de chacotas.

Certa feita, num ato de cólera, Francisco fez uso de uma peça perfuro-cortante que transportava, e ceifou a vida de um de seus mais ferrenhos mangadores. Foi detido e de imediato levado à cadeia pública, onde ficou por um tempo aguardando julgamento.

No dia do juízo, atendendo às súplicas dos que rogavam pela libertação de Francisco, em defesa deste, fez-se presente diante do Júri o renomado advogado Quintino Cunha. Após as interlocuções vigorosas da promotoria, que pedia condenação com pena máxima para o réu, o Juiz deu a vez da defesa, à qual Quintino deu início:

- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu tenho a dizer que... (Pausa).

Após alguns segundos de pausa, ele repete:
- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu tenho a declarar que... (Nova pausa).

Após os novos segundos de pausa, ele torna:
- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu poderia falar que...

De imediato o Juiz esbraveja:
- MAS QUANTA DEMORA! O SENHOR IRÁ OU NÃO DAR INÍCIO À DEFESA?

Ao que Quintino replica:
- Repare só, Meritíssimo: Não faz sequer um minuto que eu só me dirijo a vós de forma respeitosa, e já provoquei vossa inquietação. Agora imagine Vossa Excelência, o que deve ter passado pelas idéias do pobre Francisco, após todos esses anos de achincalhamento e mangoça pública.

Seguindo, Quintino Cunha deu continuidade ao discurso de defesa. E com toda a eloquência e poder de convencimento que lhes eram peculiares, conseguiu a absorvição do réu. Saiu do tribunal carregado nos braços por seus amigos, rumo ao botequim mais próximo.

Hoje, a maioria dos cearenses não sabe que foi Quintino Cunha. Nem mesmo os moradores do bairro que leva o seu nome o conhecem. Por isso é importante divulgá-lo, para que a memória do precursor da molecagem cearense não caia no esquecimento.

Viva a irreverência cearense! Viva Quintino Cunha!

Fonte: Acorda Cordel

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

I Torneio de Xadrez na EEEP Marta Giffoni

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No último dia 23 de dezembro 2011, foi realizado o I Torneio de Xadrez da EEEP Marta Maria Giffoni de Sousa, na cidade de Acaraú, Ceará. Este evento fez parte do cronograma de atividades realizadas pelo Clube de Xadrez da escola, coordenado pelos professores Emanuel Bento e Fernando Hugo.

A Classificação geral foi a seguinte:

1° Nivando Oliveira Rufino (2° Ano - Aquicultura)
2° Felipe Alves Ferreira  (3° Ano- Informática)
3º Lucas Gonçalves Costa (3° Ano- Informática)
4° Manoel Tiago Costa Vasconcelos (2° Ano - Aquicultura)
5° Rivaldo Ismael Tavares Alves (3° Ano- Informática)
6° Luan Rodrigues dos Santos (1° Ano - Enfermagem)
7° Ronaldo Nascimento de Vasconcelos ( 1º Ano –Enfermagem)
8° Osias Felipe Rocha Neto (1° Ano - Enfermagem)
9° Flávio Sabino Fernandes Júnior (2° Ano- Informática)
10°Tiago Pereira Rufino (1° Ano – Hospedagem)
11° Adriana Dantas Melo (3° Ano - Informática)
12° Rafael Silva Sousa (1° Ano - Enfermagem)
13° Francisco Evilásio Lima do Nascimento (2° Ano - Aquicultura)
14° José Leandro Silveira Vasconcelos (2° Ano - Aquicultura)
15° Mateus Araújo Barros (1° Ano - Enfermagem)

Fonte: Escola Marta Giffoni

Ritmos variados fazem a festa de réveillon em cidades do Interior

Cidade Negra, RPM, Waldonys, Luiz Fidélis e muito mais farão a festa da virada do ano nos municípios do Interior

Fortaleza Réveillon para atender a todos os gostos. Assim está a programação de festas para a virada no ano em Municípios do Interior. Rock, reggae, forró, axé e mais uma variedade de ritmos integram os shows agendados para a noite de amanhã. É só escolher o de sua preferência. A entrada de ano no sertão e no litoral promete ser bastante animada.

imageCidade Negra é a grande atração da festa na praia de Jericoacoara Foto: Dilvulgação

O réveillon na Zona Norte e no Litoral Oeste do Ceará será à base de muita música e shows pirotécnicos. Em Sobral, na Margem Esquerda do Rio Acaraú, 2012 será recebido por mais de dez mil pessoas, como prevê a Prefeitura, com um show da banda RPM, que tocará num palco armado no teto do Museu Madi.

Mas, antes do RPM entrar, por volta das 23h15, para a contagem regressiva da passagem de 2011 para 2012, sobem ao palco os meninos da banda Usuários, às 22h. Trata-se de uma banda local, que vai cantar muito pop rock até as 23h45.

image Cantor Beto Barbosa, em nova fase, promete apresentar em Maranguape, sucessos que conquistaram grande público como Adocica e Preta Foto: Divulgação

Após a contagem regressiva, a ser feita pelos integrantes do RPM, haverá uma queima de fogos com um show pirotécnico de aproximadamente 10 minutos. Em seguida, volta à cena o show do RPM, com previsão de duas horas e meia de duração, durante as quais Paulo Ricardo, Luiz Shiavon, Paulo Pagni e Fernando Deluqui cantarão sucessos como "Alvorada Voraz", "Olhar 43", "Rádio Pirata", "Louras Geladas", "Revoluções Por Minuto", "London-London6", "Quatro Coiotes" e "Sete Mares".

Em Jericoacoara, há dois momentos interessantes para entrada de 2012. Um será o réveillon com Cristo, a partir das 20h de amanhã, na Casa de Jeová, com o grupos musicais religiosos. O outro réveillon será à beira da praia, a partir das 22 h com shows do Cidade Negra, Fábio Castro Live e Thiago Mancha.

image Sanfoneiro Waldonys apresenta o ritmo regional na noite da virada em Limoeiro, cidade que concentra as atrações no Vale do Jaguaribe Foto:  Silvania Claudino

Hoje, já há pré-réveillon na praia, às 22 horas com Felguk, Cabessativa, Andread Jó e Danilo Rudah. Uma infraestrutura completa está montada para receber turistas para entrada de 2012. Eles vão encontrar decoração temática, open bar, front stage, camarote e café da manhã.
O principal réveillon popular do Litoral Leste será de Canoa Quebrada, em Aracati. Show pirotécnico visto da areia da praia, que tem a lua e a estrela como símbolos, e bandas de música em vários espaços são os destaques da festa. Uma multidão é aguardada na Rua Dragão do Mar, a "Broadway". Num palco armado haverá show de Rebel Lion, Viviane Silva e Cia, além de apresentação do DJ internacional Santi Palazzo. O "Réveillon de Paz e Alegria" é realizado pela Associação dos Empreendedores da praia (Asdecq).

No sertão jaguaribano, o destaque da festa da virada é Limoeiro do Norte. Na praça central, a primeira atração será o cantor e compositor David Duarte, cantando MPB. Em seguida, o sanfoneiro Waldonys faz a festa da virada com forró e show pirotécnico. A atração seguinte será o Forró Novo Balancear. A festa é realizada pela Prefeitura Municipal de Limoeiro do Norte.

image Banda RPM fará a contagem regressiva para a chegada do Ano Novo na margem esquerda do Rio Acaraú, em Sobral. A festa promete animação geral Foto: Kid Júnior
 

Forrozeiros

A noite da virada de ano na região do Cariri tem programação diversificada. As maiores comemorações festivas acontecerão em praças públicas e clubes recreativos. Em Juazeiro do Norte, os forrozeiros Luiz Fidelis e Fábio Carneirinho farão um show gratuito na Praça Padre Cícero. Para quem não pretende curtir muita badalação, o Verde Vale Lazer Hotel oferece um jantar comemorativo ao som da Família Linard. Já no Crato, as famílias terão como opção o festejo no Clube Recreativo Grangeiro, que este ano trará a banda baiana Axé Meu Rei. No Sítio Pinheiros, em Barbalha, a diversão é garantida. O Forró da Curtição, Forró Daquele Jeito e a Banda Beleza a Mais irão animar o réveillon a partir das 22h. Também haverá queima de fogos. Os ingressos são limitados.

image Banda Rebel Lion é uma das pioneiras no ritmo do reggae no Ceará. Os músicos lideram programação amanhã na praia de Canoa Quebrada Foto: Divulgação

Na região Centro-Sul, haverá show popular, nas cidades de Iguatu e Várzea Alegre. Em Iguatu, após a celebração de tradicional Missa da Paz na Praça da Matriz de Senhora Sant´Ana, acontece show pirotécnico e em seguida forró com animação de duas bandas locais, Pele Morena e Pegada de Solteiro. Em Várzea Alegre, haverá show pirotécnico no Parque Cívico de São Raimundo Nonato com duração de 10 minutos e depois festa com a Kokitel do Forró.

image Forrozeiro Luiz Fidélis, acompanhado de Fábio Carneirinho, garante entrada de ano com muita alegria na Praça Padre Cícero, em Juazeiro Foto: Elizângela Santos

Na Região Metropolitana de Fortaleza, Maranguape oferece o "III Réveillon da Cidade", promovido pela Prefeitura, em parceria com o Governo do Estado. A programação começa a partir das 22h, após missa na Igreja Matriz. A primeira atração a subir ao palco será a Banda Forró Pé de Ouro. Já a contagem regressiva e a virada serão comandadas pelo cantor Beto Barbosa, que subirá ao palco 20 minutos antes da meia-noite. O show pirotécnico deverá durar 12 minutos, sendo seguido por sucessos do cantor, como "Adocica".


Mais informações:

Prefeituras de Sobral (88) 3677.1100
Limoeiro do Norte, (88) 3423.1759
Juazeiro do Norte, (88) 3566.1002
Iguatu: (88) 3581.6792

Fonte: Diário do Nordeste

Hino Nacional-Forró



Fonte: Casa do Ceará-DF

Só Nordestino entende o que se fala no Nordestão



Fonte: Casa do Ceará-DF

Aprovado projeto arquitetônico da nova sede da Casa do Ceará em Brasilia

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A Casa do Ceará em Brasilia, entidade reconhecida de utilidade pública pelos governos do Distrito Federal e do Estado do Ceará, terá nova sede. De acordo com o presidente, Osmar Alves de Melo, o projeto arquitetônico está aprovado na Administração de Brasilia.

Segundo ele, o trabalho inicial se deve ao esforço do presidente anterior, Fernando César. A instituição tem o objetivo de promover e difundir a cultura do Nordeste e em especial do Ceará, o ensino, confraternização entre cearenses e descendentes radicados na capital federal.

Por: Luciano Augusto

Fonte: Correio Braziliense e Ceará Agora

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mestres da Cultura de Santana do Acaraú - Manoel Batista de Sousa

Fonte: Igor Braguinha

Prêmio da Unifor com inscrições prorrogadas

Trabalhos do gênero poesia podem ser inscritos no concurso até o dia 27 de janeiro do ano que vem

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Na edição 2012 do Prêmio de Literatura Unifor, serão premiados trabalhos de poesia, nos formatos de livro e poemas isolados, todos inéditos

Boa notícia para os poetas. Visando dar mais tempo para os autores cearenses e ampliar a participação de outros estados, o IV Prêmio de Literatura Unifor prorrogou o prazo para inscrição de trabalhos. Agora, os trabalhos podem ser remetidos até o dia 27 de janeiro de 2012. Editado bienalmente, o prêmio é promovido pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Ele contempla obras inéditas de literatura, variando o gênero a cada edição. Este ano, serão premiados trabalhos de Poesia, para publicação de livro integral com poemas de um único autor; e uma coletânea, reunindo 20 autores, com os melhores poemas inscritos isoladamente.

Esta é a segunda vez que o Prêmio de Literatura Unifor contempla obras de poesia. O gênero foi tema da primeira edição do prêmio, em 2006, seguido por contos (2007) e crônica (2009). Este ano, os autores devem inscrever apenas obras de poesia em língua portuguesa e inteiramente inéditas, sendo vedada até mesmo a participação de trabalhos já publicados em blogs ou redes sociais. Todo o material deve ser entregue sob pseudônimo, com os dados da identidade do autor dentro de envelopes lacrados.

O primeiro lugar na categoria Obra Inédita, para livros com no mínimo 100 páginas, terá a obra publicada com 400 exemplares e receberá uma viagem a Washington (EUA), para visitar a Biblioteca do Congresso Americano. Já na categoria de Trabalhos Inéditos, cada autor pode participar com até três poemas de, no máximo, cinco páginas. Nela, os 20 primeiros colocados serão premiados com a publicação dos textos em uma coletânea. O primeiro lugar na categoria receberá, ainda, uma viagem ao Rio de Janeiro, para visitar a Biblioteca Nacional.

Estímulo

De acordo com o professor e colunista do Diário do Nordeste, Batista de Lima, membro da Academia Cearense de Letras e um dos idealizadores do Prêmio, a intenção é estimular a produção literária e divulgar esses escritores fora do Estado. "Há autores que ganham que nunca foram publicados. O problema, no Ceará, é que publicamos os livros, temos mais de 20 editoras, e não temos distribuidoras. Nossa preocupação, então, é levar as publicações do prêmio para além das divisas do Estado", argumenta, destacando que uma parte das publicações é distribuída para bibliotecas de todo o País.
O resultado será divulgado em solenidade de entrega dos prêmios e lançamento dos livros, prevista para o dia 21 de março de 2012, no Teatro Celina Queiroz. O edital está disponível em www.unifor.br. As inscrições devem ser feitas via correio ou na Vice-Reitoria de Extensão da Unifor (Av. Washington Soares, 1321, Edson Queiroz - Fortaleza/CE, CEP: 60811-905).

Mais informações:

Prêmio de Literatura da Unifor - Inscrições até dia 27 de janeiro de 2012. Modalidade: Poesia. Categorias: Obra Inédita e Trabalho Inédito. Edital disponível no site http://www.unifor.br.
Contato: (85) 3477.3311

Fonte: Diário do Nordeste

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Estátua de Iracema ganha nova cor para evitar pichações em Fortaleza

Monumento foi pintado com tinta especial para evitar ação de vândalos.
Restauração será concluída em janeiro, de acordo com a Prefeitura.

image Estátua de Iracema foi pintada com tinta antipichação para evitar mais ação de vândalos no Bairro Messejana (Foto: TV Verdes Mares/ Reprodução)

A estátua da Iracema, localizada na Lagoa de Messejana em Fortaleza, está sendo restaurada e foi pintada com uma tinta antipichação. De acordo com a Prefeitura de Fortaleza, responsável pela reforma, a tinta de cor verde é ecologicamente correta e econômica porque permite que a pichação seja removida a seco ou com o mínimo possível de água e sabão.

O monumento da índia personagem do romance do escritor cearense José de Alencar era alvo constante de vândalos, segundo a Prefeitura. Dentro da cartela de cores da tinta antipichação, o órgão diz que o novo tom escolhido foi o que mais se aproximava da cor original da estátua.

Ainda de acordo com a Prefeitura, a restauração na estátua de Iracema na Lagoa de Messajana será concluída no mês de janeiro quando também será resposto o motor da fonte e a lança da índia que foram roubados.

Homenagem
A estátua foi inaugurada no dia 1° de maio de 2004 e tem as formas inspiradas na modelo cearense Natália Nara, escolhida por meio de um concurso para representar a índia. De acordo com a Prefeitura, o monumento tem uma estrutura de aço, é revestida por uma resina uretânica especial, possui 12 metros de altura e pesa 16 toneladas.

Fonte: TV Verdes Mares

Padre Ibiapina o Apóstolo do Nordeste

José Antônio Pereira Ibiapina, nasceu em 1806, no povoado de São Pedro de Ibiapina, região de Sobral, filho de Miguel Ibiapina, um dos participantes da Confederação do Equador, fuzilados no Passeio Público. Após os acontecimentos de 1825, Ibiapina, órfão, recebeu ajuda de José Martiniano de Alencar e se dirigiu a Pernambuco, onde se bacharelou em direito. 

 Cidade de Sobral, região onde em 1806 nasceu o Padre Ibiapina (foto IBGE) 

Na década de 1830, foi eleito pelo Ceará deputado geral do Império (1834-37) e juiz de direito em Quixeramobim (1834-35). Sofreu, contudo, uma grande desilusão amorosa: a noiva, Carolina Clarence (filha de Tristão Gonçalves), com que planejava casar-se, o abandonou e fugiu com um primo.

Ibiapina começou a se desentender com o então presidente cearense, senador José Martiniano de Alencar, ao recusar-se a promover, como juiz, as perseguições políticas e pessoais pretendidas pelos liberais. Posteriormente, Antônio Ibiapina abandonou a magistratura e a política, decepcionado com as injustiças que presenciava.

Em 1938 passou a residir em Recife, dedicando-se à advocacia. Em pouco tempo se notabilizou na profissão, ganhando fama de defensor dos pobres. Levava uma vida reservada, profundamente católica.

Em 1853, aos 47 anos de idade, o sobralense decidiu dar novo rumo à sua vida e ordenou-se padre pelo Seminário de Olinda, trocando o sobrenome Pereira pelo nome de Maria, em homenagem à Virgem Mãe de Deus. Sensibilizado com o sofrimento dos humildes, passou a percorrer os sertões de Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí, como missionário e realizando obras em mutirão – açudes, poços, cacimbas, capelas, igrejas, cemitérios – para atenuar o sofrimento e o abandono do povo do sertão nordestino.

Multidões escutavam e seguiam o pregador, os sertanejos consideravam Ibiapina um homem santo, atribuindo-lhe milagres e curas.

Uma das Casas de Caridade criadas pelo Padre Ibiapina, localizada no Crato, ao lado da Rádio Educadora do Cariri. Uma estátua homenageia e lembra o seu fundador (foto do Diário do Nordeste)

O padre construiu as famosas Casas de Caridade, que se destinavam a servir de escolas para as filhas de famílias ricas, de orfanato para as crianças mais pobres,   e ainda de centro profissional e hospital.  Criou também a Irmandade da Caridade, composta por mulheres leigas, beatas vestidas com hábitos e que faziam votos de castidade e pobreza, renunciando aos prazeres do mundo. Essas beatas trabalhavam nas casas de Caridade. Ibiapina acabaria entrando em rota de colisão com a alta cúpula da Igreja Católica.

 Casa de Caridade de Santana do Acaraú Foto http://memorialdasenhorasantana.blogspot.com

As mudanças operadas na organização eclesiástica em decorrência da romanização afetaram o relacionamento entre os padres e os paroquianos no Nordeste. A igreja aumentou o número de dioceses, colocando-as sob a administração de sacerdotes paulistas, mineiros ou estrangeiros, elementos estranhos ao universo cultural e social dos sertões. 

O Ceará foi uma área marcada profundamente pela romanização. A criação da diocese local em 1854 coincidiu com o período inicial de tal processo.  No ano de 1861 foi nomeado o primeiro bispo da província, Dom Luís Antônio dos Santos.  Este se voltou totalmente para a doutrinação romântica dos novos clérigos. Em 1864 fundou o Seminário da Prainha, em Fortaleza, chefiado pelos padres lazaristas franceses, uma ordem confiável e obediente ao Vaticano,  que tinha entre outras funções, o controle do misticismo popular, que tinha então como figura máxima o padre Ibiapina.

 Seminário da Prainha em 1905 (arquivo Nirez)

Este acabou advertido pelo bispo D. Luís, sendo obrigado a entregar as Casas de Caridade e as Irmandades da Caridade ao controle episcopal,  e a deixar o Ceará. Ibiapina foi para a Paraíba, onde continuou seus trabalhos missionários pelo Nordeste, até falecer naquela província, em 19 de fevereiro de 1883.

Suas práticas marcaram profundamente os corações sertanejos e influenciaram outras importantes lideranças religiosas, como Padre Cícero e Antônio Conselheiro.

Fonte:

História do Ceará, de Aírton de Farias

Fonte: Blog Ceará em Fotos

Lions Clube faz entrega dos prêmios do concurso - Cartaz da Paz

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Neste dia, 16 de dezembro, num momento muito especial, o Lions Clube de Acaraú cumprindo mais uma etapa do Programa de Lions Internacional, fez entrega dos prêmios aos vencedores do concurso “Cartaz da Paz”, AL 2011/2012.

O primeiro e o segundo colocados são alunos da Escola Francisca Silveira Gomes, no Bairro Pedrinhas, onde fomos recebidos com muito carinho pelo diretor, professores, alunos e funcionários.

O terceiro colocado é da Escola Rosa Ferreira Dias, no Bairro Travessa Munguba. Os prêmios foram patrocinados pela Secretaria Municipal de Educação, Caixa Econômica Federal e Paróquia Nossa Senhora da Conceição.

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Fonte: Blog Lions Clube de Acaraú

Karatê: Esporte cresce muito na Região

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Neste mês de Dezembro de 2011 foram realizados nas cidades de Acaraú, Cruz, Marco e Itarema, os Exames de Gradução de Kyu(Troca de Faixas) e nas ocasiões foram premiados os melhores atletas do Vale Acaraú e também foram feitas homenagens a pessoas que colaboração para o crescimento do karate esportivo.

Homenagiados: Quese Belém(Acaraú), Dodô da 4LT Pinturas(Itarema), Neto Santos(Itarema) e Jonas Muniz Prefeito de Cruz e ainda os Professores Magno Hávila(Acaraú), Ricardo Alex(Itarema), Ernaldo Neves(Itarema), Rodolfo Vasconcelos(Itarema), Gabriel Leni(Sobral), Gerardo Júnior(Bela Cruz e Marco), Gilberto Vasconcelos(Bela Cruz) e Luiz da Silva(Cruz).

Foi percebida uma euforia por parte dos atletas na entrega da premiação do Ranking, tanto por parte de quem recebia, como dos colegas de treinamento de sua cidade, esperamos que tenha servido de motivação em busca de nova conquista em 2012. A relação dos atletas agraciados com o prêmio está em postagem anterior. 

Exame: 59 atletas conquistaram uma nova graduação, um número expressivo que mostra o grande crescimento do karatê na Região, que cada vez mais tem adeptos. Para se matricular basta procurar o local de treinamento de sua cidade, levar uma cópia da Certidão de Nascimento ou RG e pagar a primeira mensalidade que viaria de local para local.

Em destaque os atletas que tiraram a média acima de 8,0: 

- Henrique Lincoln, faixa verde 3º kyu, média 8,4;
- Karen Cristina, faixa laranja 4º kyu, média 8,3;
- Andrezza Moura, faixa amarela 6º kyu, média 8,3;
- Vitório Rodrigues, faixa amarela 6º kyu, média 8,1;
- Ingrid Silveira, faixa vermelha 5º kyu, média 8,1;
- Mikael Jr., faixa amarela 6º kyu, média 8,1.

Agente pode observar que na qualidade o sexo feminino ficou empatada com o masculino.

Logo abaixo temos a relação dos novos graduados:

Amarela(6º Kyu):

Acaraú
Nikolas Rian, Pedro Ulisses, Victor Magalhaes, Danilo Regis

Bela Cruz
Luciana Kelly, Erick Riccioppo, Carlos Vitor, Carlos Ramon, Vitório Rodrigues

Cruz
João Lucas, Rafael Arnaldo, José Gutemberg, José Rigoberto, José Nilce, Andrezza Moura , Thiago Henrique, Gabriel Pablo, Rhian Nascimento, Victor Wagner, Larissa Farias, Talita Maria, Ivna Silveira, Joao Vitor, Mikael Jr., Pedro Celio.

Itarema
Andrew Castilio, Tiago Laercio, Daniel Rubens, Jonathan Librini, Moises Henrique, Alberione José

Marco
Guilherme Carneiro, Camilo Gabriel, Davi Carvalho, Gabriel Coelho, Gabriel Lucas, Matheus Neves, Arthur Bezerra,

Sobral
Francisco Valdir

Vermelha(5º Kyu):

Acaraú
Ruy Pará, José Fabrício, Daniel Caetano

Cruz
Francisco De Paulo, Paulo Ryan, Daryo Sampaio, Caio Fernandos

Itarema
Nicolas Neves, Aldir Teles Jr.

Laranja(4º Kyu):

Rayla Mara – Cruz
Ingrid Silveira – Cruz
Karen Cristina – Cruz
Fernando Luiz - Itarema

Verde(3º Kyu):

Henrique Lincoln – Acaraú
Diego Regis – Acaraú
Fabiana Conceição – Cruz
Hyago Gomes – Itarema

Roxa(2º Kyu):

Ernaldo Neves – Itarema

Marron(1º Kyu):

João Pedro Belem – Acaraú
Rodolfo Vasconcelos - Itarema

Fósseis milenares e rastros da era jurássica esperam turistas no Ceará

Cidades do Cariri compartilham geoparque reconhecido pela Unesco.
Estátua do Padre Cícero é famoso ponto de turismo religioso.

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No topo da serra do Araripe, em Santana do Cariri, o Pontal de Santa Cruz revela um dos mais belos cenários da região; área faz parte de um dos sítios de estudo paleontológicos.  (Foto: Geopark Araripe/Divulgação)

Roteiro de fé e caldeirão de manifestações culturais, a região do Cariri, no Sul do Ceará, é também um dos principais polos de estudos paleontológicos do país. Em uma programação de dois dias, o visitante pode conhecer parte das escavações e fósseis espalhados em seis das 11 cidades da região e ainda vai ter tempo para apreciar um museu paleontológico, pontos de peregrinação religiosa e a arte local.

Em meio ao verde da Floresta Nacional do Araripe, são nove sítios de estudo que formam o Geopark Araripe, integrante da rede mundial de geoparques criada pela Unesco. A viagem por registros da história da Terra pode começar pela Colina do Horto, a 3 km da cidade de Juazeiro do Norte, na porção norte da bacia sedimentar do Araripe. Na área da colina, onde fica a estátua do santo popular Padre Cícero, estão as pedras mais antigas do Geopark Araripe, com cerca de 650 milhões de anos.

A cerca de 550 m de altitude, na colina, é possível encontrar rochas de granito com manchas em pequenos cristais de cores preta, branca e rosa. Para fazer visitações dentro do Geopark é necessário agendar no site oficial. Os turistas têm de ser acompanhados por guias do parque, geólogos e biólogos.

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No alto, o soldadinho-do-Araripe e embaixo, uma
libélula ''impressa''  na pedra há milhões de anos
(Foto: Geopark Araripe/Divulgação)

Depois da Colina do Horto, o roteiro segue para a cidade de Missão Velha. No geossítio Cachoeira, a 4 km da cidade, as águas do Rio Salgado deixaram desenhos em arenitos e há rastros de animais, os icnofósseis, preservados na rocha há quase 450 milhões de anos.

Na área, estão registros do aldeamento dos índios Kariri, do século XVIII, e é possível também percorrer um antigo caminho usado pelos primeiros colonizadores até a Fonte do Pinga. Local onde florescem espécies da caatinga como jatobá, aroeira, cedro e catingueira. Casas de pedra construídas pelos primeiros habitantes da região rodeiam o lugar. A área do geossítio tem ainda uma pequena barragem e as ruínas de um engenho de cana-de-açúcar.

Ainda em Missão Velha, o passeio segue até o sítio da Floresta Petrificada, uma grota com cerca de oito metros de rochas avermelhadas e arenito. Entre os seixos das rochas, ficaram pedaços de madeira petrificada. As pedras guardam fósseis de pinheiros de 145 milhões de anos, revelando que, na região, existiam colinas, florestas e rios. O visitante está, na verdade, no fundo de rios jurássicos.
O primeiro dia de viagem termina no Riacho do Meio. Uma área de vegetação densa, com belas trilhas que passam por duas fontes de águas cristalinas. Ponto para apreciar a fauna e a flora nativas do Araripe, com raras espécies, como o pássaro soldadinho-do-araripe. O bando de Lampião se escondia no local, na famosa ''pedra do morcego''.
O segundo dia reserva uma ida a uma passagem natural preservada na rocha sobre um estreito e profundo vale, produto da erosão da água e do vento nos últimos 50 milhões de anos em Nova Olinda, no geossítio Ponte de Pedra. Seguindo a trilha, é possível chegar até a "pedra do coruja" e a "pedra do castelo", indicadas para esportes de aventura como o rapel.

O roteiro termina em uma escavação parada que mostra fósseis como eles aparecem na natureza, no Parque dos Piterossauros. O preço das visitas depende do roteiro. Hospedagem, e transporte ficam por conta do visitante. O Cariri cearense ocupa uma área de 6.342,3km² correspondente aos municípios de Abaiara, Barbalha, Brejo Santo, Crato, Jardim, Juazeiro do Norte, Mauriti, Milagres, Missão Velha, Porteiras e Santana do Cariri.

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Sítios que podem ser vistos em dois dias no Cariri, no sentido horário: Floresta Petrificada, Ponte de Pedra, Parque dos Pteurossauros, as águas e a flora de Cachoeira e o Riacho do Meio (Foto: Geopark/Divulgação)

Museu
De acordo com o professor e paleontólogo Álamo Feitosa, o “apego” aos estudos paleontológicos no Cariri começou há 23 anos, quando o então prefeito da cidade de Santana do Cariri, Plácido Nuvem, decidiu fazer o Museu de Paleontologia, administrado pela Universidade do Vale do Acaraú (Urca). Segundo o professor, o prefeito acreditava que o estudo dos fósseis tinha potencial turístico.

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Entrada no Museu de Paleontologia é gratuita
(Foto: Elisângela Santos/Agência Diário)

“Esta é uma terra rica para se estudar paleontologia, agora mesmo acabo de concluir uma escavação em Brejo Santo onde recolhemos 200 peças do período jurássico”, disse Feitosa, ansioso para encaminhar a nova coleção ao museu. As primeiras peças do museu foram doações de moradores que encontravam os fósseis em terrenos e plantações. Com entrada gratuita, somente em 2011, o museu recebeu 14 mil visitantes.

Réplicas de bichos e fósseis de plantas, moluscos, peixes, anfíbios, crocodilos, tartarugas e insetos podem ser apreciados entre as 10 mil peças no museu. Todos com idade entre 100 milhões e 140 milhões de anos.

Couro e moda
O chamado “Oásis do Sertão” cearense também é famoso pela riqueza dos artigos em couro. O produtor Espedito Seleiro, 72 anos, confecciona peças em couro desde os oito anos de idade. “Comecei com meu pai, ele me ensinou e eu melhorei o serviço, porque naquela época se fazia artigo para vaqueiro, com material grosseiro feito de couro cru”, conta Seleiro, que herdou apenas uma máquina de costura do bisavô e faz todo o trabalho final à mão.

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Couro vira bolsas, gibões e sapatos nas mãos de
Seleiro. (Foto: Espedito Seleiro/Arquivo Pessoal)

Atualmente, o produtor emprega seis filhos e cinco irmãos. Mais do que garantir a sobrevivência da família, a produção de peças em couro é um estilo de vida. Sapatos, bolsas, chaveiros, gibões, sandálias, tudo no dia a dia da família. “Estou repassando isso para meus filhos, não tenho herança, deixo o meu trabalho”, afirma. Quem vai a Nova Olinda não tem dificuldades em encontrar a conhecida oficina.

Famosos como Luciano Huck e Dominguinhos já passaram pela oficina de Espedito Seleiro, tiraram fotos e usaram as peças, segundo Seleiro. A produção da família já foi exportadas para o exterior e para outros estados brasileiros, como Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo o artesão, os preços dos artigos em couro variam de R$ 1,00 (chaveiro) a R$ 1.300,00 (gibão ao estilo de Luíz Gonzaga).

Mestre Noza
Quem quer conhecer a riqueza da produção artesanal do Cariri encontra diversas amostras em um só lugar, a Associação dos Artesãos de Juazeiro do Norte Mestre Noza. Com 28 anos de existência, o nome da associação homenageia um dos mais antigos Inocêncio Medeiros da Costa, o Mestre Noza. Pernambucano, o escultor e xilogravurista foi a Juazeiro do Norte em 1912 como romeiro e acabou ficando na cidade.

Segundo o tesoureiro da instituição, Aparecido Gonzaga Alves, cerca de 900 peças estão expostas no local. Peças antigas feitas de madeira, argila, couro e até metal fazem parte do acervo fixo da instituição. “São peças dos artesões mais antigos e dos que já morreram. Estas são apenas para expor, não estão à venda. Mas temos artesãos de todo o Cariri produzindo e vendendo peças aqui”, afirma Costa, explicando que a associação já exporta peças para Estados Unidos, Portugal e Alemanha.

Associação conta, atualmente, com 142 artesãos com idades que variam entre 12 e 82 anos. As esculturas em madeira são as mais populares, principalmente, as de referência religiosa. O centro de artesanato abre todos os dias das 8h as 18h. A entrada é franca.

Irmão Aniceto e grupos folclóricos
O visitante do Cariri também não pode deixar de conhecer os grupos folclóricos. Entre eles, os Irmãos Aniceto. Segundo o presidente da Fundação Mestre Elói, Catulo Teles, o forró pé de serra é a especialidade do grupo, formado por cinco parentes e um sexto mestre na posição de reserva: Raimundo, Antônio, Ciço, Jeová, Adriano e Ugui.

De acordo com Teles, os Irmãos Aniceto se apresentam cerca de três vezes por mês na cidade do Crato, a 506 km de Fortaleza. E, com exceção de Roraima e Acre, já se apresentaram em todos os estados brasileiros, além dos países França e Portugal. Fundado no século XIX por um descendente de índios, o grupo está na terceira geração.

Teles explica que o trabalho da família é autoral, só abrem exceções no repertório para hinos e Luís Gonzaga. Longe do glamour que cerca os grandes astros da música, os irmãos são trabalhadores da roça. Sons de animais e pássaros são inspirações para tirar o som da zabumba, pifes, caixa e pratos. Já as letras tratam do cotidiano no sertão.

Aproveitando a passagem pelo Crato, os visitantes podem ainda conhecer o trabalho da Fundação Mestre Elói, que reúno 39 grupos folclóricos e organiza um calendário especial de apresentações anuais.

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Fonte: G1-Ceará

Jeri terá seu 1º Réveillon com Cristo

 Foto: Divulgação

Jericoacoara. Um réveillon alternativo acontecerá nesta praia do Litoral Oeste do Estado.Esta é a proposta do 1º Réveillon com Cristo, que acontecerá no próximo sábado (31), a partir das 20 horas, na Casa do Jeová. Com o tema "Jesus é o dono da festa", o réveillon pretende atrair milhares de pessoas, que deverão visitar a praia de Jeri na comemoração da entrada de 2012.

Para levar jovens e adultos à "Festa do Bem", como os organizadores estão chamando o evento, haverá cinco atrações. Cantarão e pregarão para os jovens o Grupo Louvar-te, Padre Lindomar e Banda, Banda Nova Unção, Irmão Francisco e Edmilson Pessoa.

A festa tem caráter filantrópico também. O ingresso é um quilo de alimento não perecível. O arrecadado será destinado a grupos que combatem as drogas em Jeri e para comunidades carentes da sede Jijoca e da própria praia.

Segundo ele, a "Festa do Bem" chega exatamente para proporcionar um encontro com Cristo. "As grandes festas só deixam Jericoacoara suja no dia seguinte, com muita gente se drogando. Então decidimos promover um evento diferente. Assim será este primeiro Réveillon cristão", promete Daniel.

A proposta é promover uma festa solidária com grupos de música católica e gospel, promovendo a união ecumênica. Calixto lembra que todas as cinco atrações da festa doaram seus cachês para a campanha solidária de ajudar as comunidades carentes e grupos de combate às drogas. "O Grupo Louvar-te, de Jijoca; Padre Lindomar e Banda, também de Jijoca; o Grupo Nova Unção, da Praia do Preá; Irmão Francisco, da Praia de Jericoacoara; e Edmilson Pessoa, também da Praia de Jericoacoara são as atrações da nossa festa, onde ressaltaremos o combate às drogas e a ação solidária", afirma Daniel Calixto.

O Réveillon com Cristo de Jericoacoara tem o apoio da Comunidade Cristã Jericó, do Templo Central de Jericoacoara, padre Lindomar, pastor Cláudio, do Ministério Internacional Morioh, da Rádio Marazul, da Rádio Boa Nova, do deputado estadual João Jaime e o patrocínio de 40 pequenas empresas comerciais. "Todas estas empresas, entidades e pessoas estão envolvidas em proporcionar uma festa de paz, alegria e sem drogas. E que este réveillon seja a partir de agora uma referência para Jericoacoara, com uma festa cheia de valor espiritual e não material. O convite fica para todos entrarmos 2012 com Cristo", finaliza Daniel Calixto.

1º Réveillon com Cristo de Jericoacoara - Festa do Bem Casa do Jeová (Rua da Igreja de Jericoacoara). Dia 31/12 a partir das 20 h. Organizador Daniel Calixto. Fone (85) 9617.9917

Secretário da Cultura conclui livro sobre povos indígenas do Ceará

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O secretário da Cultura do Estado, Francisco Pinheiro, mandou para o Blog o livro de sua autoria intitulado “Documentos para a história colonial, especialmente a indígena no Ceará (1690-1825)”.

A publicação, tese de seu doutorado na Universidade Federal de Pernambuco, foi resultado de uma pesquisa na documentação do Conselho Ultramarino e do Arquivo Público do Estado.

A CAPA foi produzida a partir de uma ilustração de Rugendas.

Fonte: Blog do Eliomar

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sol, ventos e agito atraem visitantes do mundo todo a Jericoacoara (CE)

Ruas de areia e sotaques dão charme ao local, que fica a 284 km da capital.
Praia é um dos pontos mais badalados para prática de windsurfe e kitesurfe.

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Velejador Levi Lenz começou a frequentar a praia ainda criança. (Foto: Richard Ström/Divulgação)

Ventos fortes e águas mornas em um dos lugares mais encantadores do mundo. Assim velejadores que já descobriram Jericoacoara descrevem a praia, na cidade de Jijoca, a 284 quilômetros de Fortaleza. A antiga vila de pescadores é um dos principais destinos de praticantes de windsurfe e kitesurfe, mas em meio a sotaques de toda parte, esportista ou não, o visitante pode relaxar em paisagens paradisíacas ou cair no agito noturno da praia.

Entre julho e janeiro, época dos ventos mais fortes no Ceará, o mar de Jericoacoara fica tomado por velas, pipas e pranchas. É só passear pela praia para encontrar grandes velejadores do mundo. Depois do Circuito Mundial de Windsurfe, em outubro, a maioria dos atletas da disputa passa uma temporada obrigatória em Jeri, seja para rever a família e amigos, renovar as energias ou treinar.
“Além das condições para a prática do esporte, Jericoacoara tem um charme especial”, diz o velejador cearense Teka Lenz, um dos primeiros a descobrir esse verdadeiro “paraíso dos ventos”.

Quem conhece o mar de Jeri conta que é quase impossível ficar um dia sem conseguir velejar no local. “Os ventos são muitos estáveis durante todo o ano. Os picos de vento ficam entre 20 e 30 nós e, no segundo semestre do ano, podem chegar a 40 nós. Poucos lugares no mundo são assim”, explica Lenz, presidente da Associação Brasileira de Windsurfe.

Na alta temporada, um dos clubes de esportes aquáticos da praia, o Club Ventos, chega a receber 200 velejadores, de acordo com o gerente de marketing Nuno Martins. O local funciona há 25 anos oferecendo aulas e alugando equipamentos para a prática de windsurfe, kitesurfe, surfe e stand-up paddle (esporte praticado em uma espécie de prancha de surfe em que a pessoa rema em pé).

“A única preocupação em Jeri é não esquecer de sair da água pelo menos duas vezes durante o dia para passar protetor solar e se hidratar. Os ventos são tão bons que quem veleja fica o dia todo no mar”, conta Levi Lenz, que é cearense e começou a velejar aos seis anos de idade com o pai Teka Lenz.

Hoje, aos 24 anos, o jovem está entre os 20 melhores do mundo na categoria freestyle de windsurfe e revela sua preferência por Jericoacoara para treinar e se divertir. “Vou umas 15 vezes por ano. O legal de Jericoacoara é que você acaba reencontrando amigos do mundo todo, além de conhecer novas pessoas. Em outros lugares também bons para velejar, as pessoas geralmente ficam isoladas nas casas e não se encontram no fim do dia”, afirma.

Amor à primeira velejada
A fama de Jeri corre o mundo. O italiano Maurizio Gusella soube no Havaí dos bons ventos e da tranquilidade da praia. Em 2000, ele chegou ao local para uma temporada de velejo decidiu voltar para ficar em 2002. “Jericoacoara é o segundo melhor lugar do mundo para velejar, atrás somente do Havaí. Em estilo de vida, é o melhor”, diz o italiano.

Gusella resolveu ensinar o esporte aos meninos nativos, casou com uma brasileira e é proprietário da pousada onde ficou hospedado na primeira vez que foi a Jeri. A cerca de 100 metros da praia, a Pousada do Maurício é uma das principais opções de hospedagem dos velejadores e um dos ''points'' depois que eles saem do mar. O “happy hour” na pousada mostra que Jeri não ferve somente durante o dia. A vila tem encantos e atrações para todos os gostos e todas as horas.
Ex-aluno de Gusella, Edvan Souza, 24 anos, não esquece do mar e do vento de onde nasceu e que fizeram dele um dos destaques internacionais do esportes. “Não falo só em termos de velejar, mas Jericoacoara é um local especial. Você aproveita todas as coisas da cidade durante o dia e a noite. É um lugar completo”, diz Edvan que aprendeu o esporte ainda menino.

Pôr do sol
Para quem não quer velejar ou fazer programas de aventuras, Jeri oferece muitos encantos. Além das belezas naturais, há uma programação diversa. Por isso, o indicado é ficar, no mínimo, quatro dias. A caminhada pela vila pode ser a pé, com chinelo de dedo, e outros passeios podem ser feitos a cavalo ou de bugues para paisagens mais distantes.

Todos os dias, por volta das 5h30, faz parte da rotina de quem está em Jericoacoara admirar o pôr do sol da duna mais conhecida, a oeste da vila. Depois de descer da Duna do Pôr do Sol, ainda dá para tomar um banho no mar e acompanhar as rodas de capoeira que se formam na praia.

Pedra furada, em Jericoacoara (Foto: Kelvia Alves/Arquivo pessoal)

Depois de uma caminhada de 30 minutos, o visitante chega à Pedra Furada, portal formado na rocha pelos ventos e pelo mar. (Foto: Kelvia Alves/Arquivo pessoal)

Para ir até a Pedra Furada, pode se fazer uma caminhada de 30 minutos quando a maré está baixa. A formação rochosa tem um imenso portal feito pela erosão do mar e do vento. Outra opção para chegar até a Pedra Furada é ir de charrete ou a cavalo, o aluguel custa R$ 20. Em maré alta ou mesmo na volta, um caminho alternativo é pelo Serrote com uma vista superior da pedra e da praia. Como a caminhada pode durar mais de uma hora, ida e volta, o indicado é levar água e proteção para o sol.
De bugue pelas dunas e lagoas
Todos os dias, cerca de 200 bugueiros credenciados realizam passeios para lagoas e dunas ao redor do Parque Nacional de Jericoacoara. A maioria se concentra na Rua Principal e busca cliente na pousada ou hotel. Quem tiver sorte, ainda pode conhecer esses lugares com a única bugueira mulher de Jericoacoara, a maranhense Simone Silva Sousa. Ela mora em Jeri desde 1997. “Amo dirigir e conheço todas as dunas e lagoas da região ”, garante.

Simone conta que o passeio de bugue mais procurado é o de Tatajuba e custa R$ 180 (dividido entre quatro pessoas). Saindo às 9h da manhã, o passeio dura em média seis horas. O roteiro segue a vontade dos visitantes, mas geralmente começa no Rio Camboa e pode passar por uma região de mangues preservados.

Contadora de historia dona Delmira (Foto: Kélvia Alves/Arquivo Pessoal)

Delmira, moradora e bugueira de Tatajuba
(Foto: Dieggo Melo/Arquivo Pessoal)

Depois de uma travessia de balsa, do Mangue Seco para o Guriú, se chega na Velha Tatajuba, vilarejo soterrado pela areia. Dona Delmira, umas das moradoras e testemunhas do fenômeno, recebe os visitantes, contando histórias e mistérios do local. De lá, o destino são as dunas do Coqueiro Solitário e do Funil, onde muitos esquiam em uma pequena prancha de madeira, e, por fim, a Lagoa Torta. Os custos com as travessias de balsa (R$ 10) não estão inclusos no valor do passeio de bugue.

Quem prefere relaxar pode aproveitar a sensação deliciosa de ficar deitado em uma rede dentro da água morna da Lagoa do Paraíso, localizada em Jijoca de Jericoacoara. Essa atração faz parte do roteiro que ainda inclui a Lagoa Azul e a Lagoa do Coração. O passeio custa R$ 150 e também pode ser dividido entre quatro pessoas.

Sabores de todo mundo
Na vila, são encontradas dezenas de restaurantes. Tem do prato feito, com opções de peixe frito e de moqueca de arraia por R$ 6, até cardápio internacional em restaurantes mais refinados. Quem vai ao local não pode deixar de provar o tempero caseiro do Restaurante Dona Amélia, na Rua do Forró. Os pratos custam cerca de R$ 50 para duas pessoas.

Restaurante Naturalmente (Foto: Rodrigo West/Jeri360.com)

Restaurantes à beira mar fazem do jantar um
momento especial. (Foto: Rodrigo West/Jeri360.com)

Outra boa opção são os crepes e o açaí do Naturalmente, servidos em um ambiente agradável, de frente para praia. A proprietária Carla Arruda mora há 15 anos na vila se dividindo entre pranchas e fogões e resolveu ficar depois de passar um réveillon no local.

A torta de banana da Dona Rosa é um dos sabores irresistíveis de Jericoacoara, além de guardar uma boa história. Há 30 anos, a mulher circula de domingo a domingo pelas ruas vendendo pedaços da torta por R$ 3 cada. Com a produção desses doces, Rosa ajudou a sustentar os quatro filhos e até montou uma pousada. “Fico triste no dia em que eu não saio para vender minha torta de banana”, conta.

A receita leva ovos, açúcar, margarina, farinha de trigo, banana, canela e mel. “O segredo está na mão e na prática de 30 anos”, revela. Rosa oferece os doces em restaurantes e nas ruas das 15h às 18h.

Noite
Apesar de ter energia elétrica, a vila continua sem iluminação pública. A noite tem um céu estrelado e a lua que ilumina as ruas com ajuda das velas e luzes dos restaurantes, hotéis e casas. Se engana quem pensa que o movimento na praia se diminui com o cair do sol. Diversos locais e ritmos animam a madrugada de Jericoacoara.
Na Rua Principal, banquinhas vendem bebidas e coquetéis para quem quer circular, conversar e paquerar. O Sky e o Planeta Jeri são os points mais próximos da praia. Mais para dentro da vila, na Rua da Duna, o visitante pode se divertir com reggae no Mamma África. Na Rua do Forró, a pedida é curtir o ritmo tipicamente cearense no antigo forró do Seu Raimundo, hoje batizado de Recanto do Momento.

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Fonte: TV Verdes Mares

Roteiro na serra cearense une natureza, sabores e esportes radicais

Parque Nacional de Ubajara tem trilhas, grutas e passeio de bondinho.
Cidade da serra abriga um casarão de doces e licores.

imageRegião serrana na divisa com o Piauí abriga nove cidades, entre elas, Ipu, terra da índia Iracema do romance de José de Alencar, e Ubajara, que tem um parque ecológico cheio de cavernas e cachoeiras. (Fotos: Ardilhes Moreira/G1 e Setur/Divulgação)

Além do litoral invejável e da riqueza cultural do Sertão, o Ceará guarda cidades serranas. A chapada da Ibiapaba, a noroeste do estado, encanta pelo clima agradável, histórias e paisagens naturais. A cidade de Viçosa do Ceará, a 348 km de Fortaleza, pode ser a porta de entrada para um roteiro surpreendente na região, que inclui as trilhas e grutas do  Parque Nacional de Ubajara.

Viçosa do Ceará foi o primeiro município criado na Serra da Ibiapaba, em 1882, e um dos mais antigos do Ceará. Com uma temperatura média de 22°, a cidade é simples e acolhedora. A arquitetura e cultura de Viçosa unem elementos da colonização francesa e portuguesa e da forte presença indígena. No século XVII, o local recebeu um aldeamento indígena de padres jesuítas e foi moradia do Padre Antônio Vieira por seis anos.

Casarão de sabores
A visita à Casa dos Licores, no Centro de Viçosa do Ceará, é memorável. Na bodega de Alfredo Miranda, de 96 anos, são vendidos licores e cachaças artesanais. Mas se engana quem pensa que o lugar merece apenas uma passagem rápida. Os visitantes são convidados a entrar no casarão de um quarteirão, degustar 72 sabores de licor e ter a sorte de ainda ouvir os causos e sons do pífano de mais de 80 anos do Seu Alfredo.

Do fogão à lenha e do forno de barro de Dona Terezinha, casada há 60 anos com Seu Alfredo, também saem doces, geleias e irresistíveis sequilhos, bulins (biscoitos de nata) e petinhas (biscoitos salgados de goma). Com a idade avançada do casal, a filha Tereza Cristina administra a casa e ajuda a dar continuidade à tradição da família. “O segredo é que ainda fazemos a receita da forma tradicional quando ainda não tinha a facilidade dos ingredientes de hoje”, conta Tereza.

Teresa e Alfredo Mapurunga produzem licores e doces (Foto: Silvana Tarelho / Agência Diário)Na casa de Teresa e Alfredo, as paredes estão
cobertas por estantes tomadas de garrafas de licor.
(Foto: Silvana Tarelho/Agência Diário)

As geleias também acompanham a variedade dos licores. Ao todo, são 46 sabores e entre as favoritas estão as de pétalas de rosa e a de cachaça mineira. Os doces preferidos da clientela são de jaca e buruti. Os preços dos produtos vão de R$ 2 a R$ 20. Na Casa dos Licores, também pode ser encontrado um CD e um DVD com a história e as canções que Seu Alfredo.

Patrimônio histórico
Para conhecer e se apaixonar pela cidade, o passeio pode começar na Igreja Nossa Senhora da Assunção. A igreja é a primeira do Estado do Ceará, foi fundada em 1700 e construída por índios e jesuítas. Em 2002, a igreja foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e exibe as características originais. No interior do templo de estilo barroco, há detalhes do teto ao chão, como os painéis pintados no período colonial no forro em madeira na capela-mor e os degraus de madeira e piso com antigas tijoleiras.

Vale andar pelas ruas, conversar com os moradores, sentar em bancos de praças e parar para admirar a história de um pequeno lugar que tem parte da história do Brasil. No Centro Histórico da cidade, estão os casarões tombados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional (Iphan) como o Sobrado da Marcela, construído em 1890 com recursos enviados por Dom Pedro II, e o Casarão dos Pinhos, com 186 portas e janelas, do tempo em que a cidade ainda era a Vila Viçosa Real da América. Uma das praças é batizada com o nome de um ilustre filho do lugar, Clóvis Beviláqua. A casa onde o jurista morou hoje é um memorial.

Cidade de Viçosa do Ceará (Foto: Prefeitura de Viçosa/Divulgação)Casario de Viçosa do Ceará, uma das mais antigas cidades do Ceará, e a Igreja do Céu, no fim de 334 degraus. (Foto: Prefeitura de Viçosa/Divulgação)

Não há quem resista a não ir e não levar um utensílio doméstico ou uma peça de decoração do Sítio Tope, a 3 km da sede de Viçosa do Ceará. A arte de moldar o barro e passar para as outras gerações deu a Dona Francisca, artesã há mais de 50 anos, o título de mestre da cultura popular, concedido pelo governo estadual.

No fim de uma escadaria de 334 degraus, o visitante encontra a Igreja do Céu, ponto mais alto da cidade com 990 m de altitude. No caminho a via sacra esculpida pelo artista plástico cearense João Frutuoso rende ótimos registros fotográficos.

Grutas
Ubajara, a 212 km de Fortaleza, é um lugar imperdível para ecoturismo. O Parque Nacional de Ubajara, a 3 km do centro da cidade, com 563 hectares, abriga grutas, trilhas, cachoeiras e o famoso bondinho que transporta os visitantes a belezas subterrâneas. Onze cavernas estão catalogadas. A Gruta de Ubajara é a única aberta ao público e revela galerias e salas com formações de estalactites e estalagmites, como a Pedra do Sino, a Sala das Rosas e a Sala das Sete Maravilhas.
“A maioria dos nomes das pedras e salas tem relação com o desenho das formações rochosas”, explica o guia Ricardo Menezes, que trabalha no parque há 11 anos. Atualmente, o Parque Nacional de Ubajara conta com 15 guias credenciados que acompanham os passeios. “Temos roteiros para todos os perfis de visitante”, diz. Para chegar até a gruta, o caminho pode ser feito por trilhas, teleférico e até de bicicleta, se o turista tiver experiência. A viagem de bondinho custa R$ 8 (ida e volta) e o serviço de guia é R$ 4.

O guia Ricardo indica o roteiro a pé 7 km pelas trilhas até a gruta. “É para quem gosta de turismo de aventura. Exige preparo físico porque toda a trilha é de pedra”, conta. Com a duração de três horas e meia, o visitante passa pelo mirante da Gameleira, onde há uma das vistas panorâmicas mais lindas de Ubajara, e segue para um banho relaxante na cachoeira do Cafundó com quedas d'água com mais de 70 m de altura. A volta pode ser feita de teleférico.
O Parque Nacional de Ubajara é aberto de terça-feira a domingo, das 8 h às 17 h. O teleférico começa a funcionar a partir das 9 h. A viagem de bondinho custa R$ 8 (ida e volta) e o serviço de guia é R$ 4. Para chegar de Fortaleza, o visitante deve seguir pela BR-222 até a cidade de Tianguá e depois percorre 17 km pela CE-075. De Ubajara até o Parque, dá para ir a pé numa caminhada de 30 minutos.

Ipu, cenário de José de Alencar
No pé da Serra da Ibiapaba, a 294 km de Fortaleza, está a Bica do Ipu, eternizada pelo escritor José de Alencar. No romance Iracema, o autor cearense conta que a “índia dos lábios de mel” saía todos os dias de Fortaleza para se banhar nas águas da bica.
Em tupi, Ipu significa água que cai do alto. A queda d'água de 180 metros de altura é um dos locais mais privilegiados para a prática de rapel. Atualmente, a área está interditada para obras, mas, segundo a prefeitura, o local deve voltar a receber visitantes no carnaval de 2012.

Quem chega a Ipu, não pode deixar de conhecer a Igreja Nossa Senhora do Desterro. A Igrejinha do Quadro, como é conhecida, foi construída em 1765. Outro monumento conservado é a Estação Ferroviária de 1894 que fazia parte do conjunto arquitetônico da Estrada de Ferro do município de Sobral. O local foi restaurado e, atualmente, é a sede da Secretaria de Cultura de Ipu, aberta à visitação.

Bica do Ipu, na serra da ibiapaba (Foto: Kiko Silva/ Agência Diário)Bica do Ipu, queda d'água de 180 m de altura
(Foto: Kiko Silva / Agência Diário)

Boa estrutura
Na divisa com o estado do Piauí, Tianguá tem boa infra estrutura para receber visitantes . Por isso, a cidade, a 335 km de Fortaleza, é a melhor opção de hospedagem da região e está a uma distância pequena de Viçosa do Ceará e Ubajara. Além de receber bem quem passa, Tianguá também conta com atrativos para quem quer ficar.

O município é rico em cachoeiras, trilhas e mirantes. No Parque Ecológico da Floresta, boas opções são a Bica do Pinga, a 5 km da sede do município, e a Cachoeira de Sete Quedas, a 3 km da sede, um encontro de cachoeiras devido à formação em degraus. Em Tianguá, há ainda uma pista de decolagem de voo livre com uma altura de 600 metros no Sítio do Bosco, a 8 km do Centro da cidade. O local é aberto durante todo o dia, conta com uma piscina natural e restaurante, além de área para camping e chalés. A visitação custa R$ 5,00 e a diária do camping é R$ 20,00.

Por ser uma cidade polo, Tianguá também reúne produtos artesanais vindo de toda a região. Entre as iguarias mais procuradas, estão rapadura, batidas e doces de frutas. Artesanatos de renda e palha também são muitos vendidos como lembranças da Serra da Ibiapaba e do Ceará. O Centro de Artesanato do Terminal Rodoviário Governador Virgílio Távora fica no km 310 da BR-222, e no Sítio Córrego, no km 309 do BR-222, próximo ao posto Ibiapaba.

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Fonte: G1-Ceará