O Ceará bate novo recorde em número de inscritos. Em 2010, foram 208 mil. No Brasil, o número de candidatos passa de 5 milhões
O número de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011 é recorde. No Ceará, são 300.129 candidatos aptos a participar das provas, que acontecem em outubro. O Estado é o sexto no País em inscrições e o segundo da Região Nordeste, atrás apenas da Bahia. Em todo o Brasil, 5.366.780 estão inscritos para o exame. Os números foram divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC).
Em relação ao Enem 2010, o Ceará registra aumento de 44,2% de inscrições. No ano passado, eram 208 mil os candidatos. Na avaliação do pró-reitor de Graduação da Universidade Federal do Ceará (UFC), Custódio Almeida, o crescimento indica um maior interesse na prova e no que ela representa.
Através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Enem é utilizado como forma de ingresso em dezenas de instituições de ensino superior. A participação na prova é critério ainda para solicitação de bolsas em faculdades particulares. “A tendência é que cresça cada vez mais o número de interessados uma vez que a quantidade de instituições aderindo ao Enem também está crescendo”, diz o pró-reitor da UFC.
O coordenador de Planejamento, Informação e Comunicação da Universidade, Miguel Franklin, cita que a provável adesão da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) ao sistema para seleção de alunos brasileiros também deve ter atraído inscrições para o Enem. Ele reforça ainda que nenhuma das 83 instituições integrantes do Sisu 2011 indicaram vontade de deixar o processo.
Sobre a Unilab, o pró-reitor Custódio Almeida reforça que “a tendência é de que haja utilização do Enem no processo seletivo”. O POVO tentou conversar com um representa da Unilab, mas as ligações feitas, no final da tarde de ontem, para o reitor, Paulo Speller, e para a assessoria de imprensa não foram atendidas.
Expectativa
Os estudantes inscritos no Enem 2011 seguem se preparando para a prova. Pela primeira vez, a estudante Eva Gomes Morais, 17, fará o Enem “pra valer”. “Eu fiz como teste no ano passado”, cita. A experiência valeu para Eva conhecer o sistema de avaliação. “Achei muito cansativo. Foram quase cinco horas de prova direto, em salas não tão confortáveis”, avalia. Eva lembra que, neste ano, a preparação terá um mês a menos.
O estudante Bruno Bezerra Feitosa, 19, também fará o segundo Enem. Apesar de preferir o antigo método de seleção para a UFC, ele está estudando para tentar ingressar em Engenharia Civil. “O Enem exige muita interpretação, muita leitura. Por ser uma prova nacional, acaba puxando mais”, avalia Bruno.
Já a estudante Hannah Fernandes, 23, está empenhada nos estudos para cursar Medicina. “Acho que o Sisu é bom porque facilita, você não precisa fazer várias provas”, diz.
ENTENDA A NOTÍCIA
Segundo o MEC, dos 5.366.780 inscritos, 1.224.157 vêm da rede pública e a maioria (1.704.820) tem entre 21 e 30 anos. Não foram divulgados tais dados por estado. A maior parte das inscrições no Enem aconteceu na Região Sudeste.
Mariana Lazari
marianalazari@opovo.com.br
Fonte: O Povo
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