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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Aluno que escreve com os pés inicia curso de direito no interior do Ceará

Robson Gomes, 17 anos, sofre paralisia nas mãos e escreve com os pés.
Estudante sonha em ser juiz de direito e trabalhar com pessoas especiais.

O estudante Robson Gomes, que escreve com os pés devido a uma paralisia que afeta as mãos, iniciou nesta semana o curso de direito e diz estar "um passo mais próximo" do sonho dele, que é ser juiz de direito.

"Passar para o curso de vestibular mais concorrido da Urca [Universidade Regional do Cariri] não é fácil, requer muita educação. Agora é só eu me empenhar no curso", diz o estudante, de 17 anos. "Quando eu me formar, quero abranger essa área das cidades, para que os deficientes tenham acesso livre. Só quem está no lugar de pessoas como eu sabe a real situação do dia a dia", diz Robson.

"O Robson é uma grande alegria para todos nós. E é especial, no sentido belo da palavra, pelo esforço e pela dedicação", diz Antônio Ambrósio de Oliveira, coordenador do curso de direito da Universidade Regional do Cariri.

O garoto sofre de paralisia nas duas mãos e usa os pés para redigir e folhear o material didático. “É o mais dedicado aluno que temos", afirma o ex-professor de português Marcelo Jorge Sobreira.

A mãe, Francisca Teresa Gomes, ajuda o filho em tarefas diárias como banho e alimentação, mas nos estudos, diz ela, o jovem “faz tudo sozinho”. Desde os sete anos, Robson Gomes escreve com os pés e tem letra bonita, dizem os professores. Natural de Pernambuco, Robson e a mãe moram no Crato desde o início deste ano.

Fonte: G1 Ceará

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Notas do Ideb podem ser consultadas na internet

Já está disponível no site do Ministério da Educação (MEC) o sistema de consulta aos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011. Na página, é possível consultar a nota de cada escola, da rede de ensino, dos municípios e estados, além de comparar a nota atual com a de anos anteriores e verificar se as metas de melhoria da educação foram atingidas.

O indicador, que é calculado a cada dois anos, estabelece uma nota de 0 a 10 para cada escola, rede de ensino, município e estado, além da média nacional que, em 2011, foi 5 pontos para os anos iniciais do ensino fundamental.

Se nos anos iniciais houve crescimento de 0,4 ponto, nos anos finais a melhora é mais lenta – a nota passou de 4 pontos em 2009 para 4,1 em 2011. No caso do ensino médio, a situação é mais grave: na média nacional, a meta de 3,7 pontos foi atingida, mas nove estados pioraram seu desempenho em relação a 2009.

O Ideb atribui uma nota diferente para três etapas da educação básica: anos iniciais (1º ao 5º ano) e anos finais (6º ao 9º ano) do ensino fundamental e ensino médio. Todos os entes federados e escolas têm metas a serem cumpridas até 2022, bicentenário da Independência do Brasil.

Consulte: aqui

Fonte: Agência Brasil e O Povo Online

Pedra Branca: exemplo nacional

As escolas mais bem avaliadas do Ceará estão localizadas em sítios escondidos na zona rural da cidade

Estudantes da escola Cícero Barbosa Maciel provam que ações simples, mas eficazes, podem transformar o ensino público Foto: EDIMAR SOARES

Quando a equipe do O POVO foi enviada ao pé da serra de Pedra Branca, encravada no Sertão Central cearense, esperava encontrar na cidade a anunciação de um projeto de educação peculiar, algo que justificasse o desempenho de duas pequenas instituições da rede municipal de ensino no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Havia de ter algo por trás da nota 8,1 alcançada por alunos do 1º ao 4º ano das escolas de Ensino Infantil e Fundamental Cícero Barbosa Maciel e Sebastião Francisco Duarte, ambas escondidas na zona rural da cidade. O desempenho dos meninos que estudam ali lançaram as escolas à 12ª colocação entre todas as instituições públicas de educação do País. No Ceará, são as mais bem-avaliadas.

Diante do que O POVO encontrou no município de 43 mil habitantes, o feito de Pedra Branca é de encher os olhos. Tanto das centenas de crianças que atravessam estrada de terra batida para chegar às salas de aula em caminhões pau-de-arara, quanto das equipes de docentes que acompanham o dia-a-dia daquelas turmas, enterradas num sertão pelado a esburacados 261 km de Fortaleza.

“O que há de extraordinário na rotina desses meninos?”, perguntou a repórter a professores, pais de alunos, e crianças que estudam ali. A resposta mais objetiva parecia estar estampada em um cartaz afixado em uma das paredes da Escola Sebastião Francisco Duarte: “Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós juntos”.

O fato é que nada há de excepcional na rotina das quase 300 crianças matriculadas nas duas escolas bem classificadas no Ideb. A frase do norte-americano Warren Bennis aponta para a mais fácil conclusão: as turmas do 1º ao 4º ano das duas instituições de ensino são bem assistidas por professores, aprenderam a ter prazer em estudar e, com o apoio de cada colega, nasceu um batalhão de meninos aplicados e disciplinados.

Para as diretoras de ambas as instituições, o diferencial ali é o acompanhamento pedagógico que é feito de modo individual. Tudo em diálogo com os pais. A informação é tão verdade que no dia em que a reportagem chegou ao local, deparou-se com uma reunião de pais e mestres para que fosse anunciado o desempenho da escola no Ideb. Entre a multidão de pais de alunos que acompanhava a reunião, ninguém sabia ao certo do que se tratava a tal sigla, mas todos apostavam em algo positivo.

“Tenho segurança que meu menino está sendo bem acompanhado aqui. Quando ele chega em casa, a primeira coisa que faz é abrir o caderno pra fazer o dever. E nem pede minha ajuda, não”, contava orgulhosa a agricultora Maria Ivone Paes, 37, mãe de João Alisson, alundo do 3º ano da escola Sebastião Francisco Duarte.

João foi um daqueles que alcançou as melhores notas do Brasil. O primeiro grande feito da vida, aos oito anos. Depois desse, o menino, como tantos outros ali, mudou de planos. Antes, chegara a falar em “mudar de vida” em São Paulo. Hoje, prefere se formar e ser doutor por ali mesmo, na simpática Pedra Branca.

O quê


ENTENDA A NOTÍCIA

O Ceará obteve um dos maiores avanços educacionais do País, além de ter recebido a melhor avaliação do Nordeste nos quesitos do Ideb avaliados pelo Ministério da Educação.

 Raquel Maia raquelmaia@opovo.com.br

Fonte: O Povo Online

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

CE tem o melhor índice na educação básica

Estado ainda precisa melhorar a formação dos professores e criar o tempo integral inteligente

O Ceará é o Estado do Nordeste com maior crescimento no cálculo que mede a qualidade da educação. É o que aponta a pesquisa do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para as séries iniciais do ensino fundamental no ano de 2011, divulgada, na tarde de ontem, pelo Ministério da Educação (MEC). Com nota 4,9, o Ceará superou em quase 1,0 ponto a meta estabelecida, de 4,0. O indicador avaliou a qualidade de ensino do País levando em consideração as taxas de aprovação e do desempenho de escolas, municípios e Estados na Prova Brasil.

O Ideb avaliou a qualidade de ensino do País, considerando as taxas de aprovação e desempenho das escolas, municípios e Estados na Prova Brasil. O Ceará conquistou a nota de 4,9, superando em um ponto a meta estabelecida FOTO: ALEX COSTA

Em segundo lugar no Nordeste, está o Piauí, com 4,4 pontos, seguido de Pernambuco e Paraíba, ambos com 4,3, em seguida a Bahia, com 4,2, Maranhão, Sergipe e Rio Grande do Norte, cada um com 4,1 pontos, e na última colocação, o Estado de Alagoas, com 3,8 pontos.

No ranking nacional, o Ceará ocupa a oitava posição. O Ideb teve como média nacional, em 2011, o total de 5,0 pontos, valor acima da meta estabelecida para o período, que foi de 4,6, assim como, também, a proposta para o ano de 2013, de 4,9 pontos. O objetivo foi alcançado por todos os Estados. Minas Gerais foi o destaque, com 5,9 pontos, seguido de Santa Catarina, com 5,8.

Indicador

O indicador foi criado em 2005 e, desde então, metas foram estabelecidas para serem atingidas a cada dois anos. É atribuída uma nota diferenciada para três etapas da educação básica: os anos iniciais do ensino fundamental, que compreende do 1º ao 5º ano; os anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, e o ensino médio.

Apesar das unidades terem alcançado as metas em relação aos primeiros anos do ensino fundamental, o resultado mostrou que, em relação às séries finais, sete Estados não tiveram índices satisfatórios, ficando abaixo das expectativas para o período. São eles Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

A titular da Secretaria da Educação do Estado (Seduc), Izolda Cela, considera bastante positivo o resultado do indicador, pois, segundo analisa, mostra o efeito de uma política prioritária do governo com o objetivo de oferecer um serviço público de ensino de melhor qualidade.

Ela aponta como destaque a política de expansão do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), que tem como objetivo refazer a base escolar, promover uma alfabetização bem feita, e, como consequência, uma melhor sequência nos anos iniciais. "Esse é um sinal evidente que nosso investimento no Programa está resultando em uma melhoria vigorosa. Só vamos dar conta da educação básica quando tivermos essa base escolar bem feita", comenta.

Ainda segundo a secretária, apesar de haver dificuldades, é possível obter melhorias quando existe uma coordenação eficaz, com metas claras, ações bem definidas de apoio e acompanhamento e avaliação dos resultados. "Com maior responsabilidade, a rede de ensino começa a se preparar para alcançar as metas, e isso faz com que os alunos aprendam mais", acrescenta.

Melhorias

O professor e mestre em Educação, Marco Aurélio de Patrício Ribeiro, considera a melhora na educação uma realidade. No entanto, segundo analisa, o Estado precisa melhorar na formação permanente dos professores, passando necessariamente por um investimento maior, e conseguindo, assim, melhores resultados na aprendizagem. "A meu ver, o grande projeto, hoje, é a criação do tempo integral inteligente, com aprofundamento de conteúdo, reforço escolar e que se façam presentes a arte, cultura, esporte e lazer", acrescenta.

SAIBA MAIS

Ceará 4,9 pontos
Piauí 4,4 pontos
Paraíba 4,3 pontos
Pernambuco 4,3 pontos
Maranhão 4,1 pontos
Rio Grande do Norte 4,1 pontos
Sergipe 4,1 pontos
Bahia 4,2 pontos
Alagoas 3,8 pontos

RENATO BEZERRA
ESPECIAL PARA CIDADE

Fonte: Diário do Nordeste

Ceará tem seis escolas entre as melhores do Brasil

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Seis escolas cearenses estão entre as melhores do País, de acordo com a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgada pelo Ministério da Educação (MEC). Cinco delas ficam no Interior do estado. Os municípios de Mucambo, Itarema e Sobral participam, cada um, com uma escola. A cidade de Pedra Branca entra na lista com duas instituições de ensino. Conforme O POVO publicou na edição de ontem, o Ceará obteve um dos maiores avanços educacionais do País, além de ter recebido a melhor avaliação do Nordeste nos quesitos avaliados pelo MEC.

De 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental, as escolas Cícero Barbosa Maciel e Sebastião Francisco Duarte, em Pedra Branca, atingiram nota 8,1, numa escala que vai de zero a dez. No ranking nacional, estão, respectivamente, na 12ª e 13ª posições. Já as escolas Professora Altair Giffone Tavares, em Itarema, e Raimundo Pimentel Gomes Caic, em Sobral, ficam apenas 0,1 ponto atrás e caem para 16ª e 17ª colocações na disputa nacional.

De 5ª à 9ª série, o Colégio Militar de Fortaleza, de competência federal, empata com a escola municipal Francisco Ricardo da Silva, de Mucambo, com nota 6,8, e garantem 13ª e 14ª posições entre todas as escolas brasileiras.

Segundo a doutora em Educação e professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Eloísa Vidal, o resultado se explica por políticas equacionadas entre governos municipal, estadual e federal. Ela destaca o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Governo Federal, que, nos últimos anos, tem aumentado o investimento por aluno.

O professor do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC), André Haguette, destaca o Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC) que apoia, com recursos estaduais, projetos de educação nos municípios do interior. “Vários municípios estão tentando uma revolução na educação”, afirma.

No cômputo geral das cidades cearenses, Mucambo teve um dos maiores crescimentos no Ideb quando comparada a avaliação de 2009. Saiu da nota 4,9 para 7,5 em dois anos. O secretário de Educação, Francisco Carlos Brito de Azevedo, pontua a formação continuada dos professores como um dos motivos que alavancaram o ensino para os quase 4 mil alunos na rede de 18 escolas.

Capital

Nenhuma escola de responsabilidade municipal ou estadual em Fortaleza conseguiu destaque no Ideb deste ano. “É o efeito metrópole. Não é um privilégio de Fortaleza”, justifica Vidal. O tamanho da rede educacional, a desigualdade intensa de renda nas grandes cidades e uma infraestrutura local deficiente são variáveis que têm impacto direto nos resultados educacionais, segundo ela.

“Fortaleza deveria liderar (a mudança educacional), mas não é isso o que acontece”, afirma Haguette. Ainda assim, a Capital ultrapassou sua meta prevista para o Ideb, que era de 4, e atingiu nota 4,2.

Por quê


ENTENDA A NOTÍCIA

Segundo especialistas, uma política de investimentos conjugada entre governos - municipal, estadual e federal - ajudou os municípios do Interior a melhorar a nota do Ideb neste ano. Todo o Estado conseguiu resultados positivos.

Saiba mais

Ranking

De 1ª à 4ª série
Ceará: 4 escolas
Minas Gerais: 2 escolas
Paraná: 4 escolas
Rio de Janeiro: 2 escolas
São Paulo: 3 escolas
Tocantins: 2 escolas
Rio Grande do Sul: 1 escola

De 5ª à 9ª série
Ceará: 2 escolas
Pernambuco: 2 escolas
Rio de Janeiro: 5 escolas
Bahia: 1 escola
Minas Gerais: 3 escolas
Paraná: 2 escolas
Sergipe: 1 escola
Mato Grosso do Sul: 1 escola
Rio Grande do Sul: 2 escolas
Goiás : 1 escola

 Alan Santiago ceara@opovo.com.br

Fonte: O Povo

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ensino infantil recebe R$130 mi

Para fazer frente ao desafio de expandir a oferta de educação infantil no Estado, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) anunciou investimentos na ordem de R$130 milhões, sendo R$96 milhões oriundos de empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o restante do governo estadual.

A proposta é incentivar e apoiar a construção de novos Centros de Educação Infantil (CEI) nos mais diversos municípios cearenses FOTO: RODRIGO CARVALHO

Com o valor, o Estado pretende apoiar os municípios cearenses na construção de Centros de Educação Infantil (CEI). O investimento possibilita a construção de até 310 unidades. A ideia, de acordo com a titular da Seduc, Izolda Cela, é de universalizar o atendimento às crianças de quatro a cinco anos. Para aquelas de zero a três anos, fase que considera a mais desafiadora, a meta é ampliar e não universalizar o atendimento.

Para isso, foram lançados dois editais. No primeiro, o município se compromete a construir um CEI dentro dos padrões estabelecidos pelo governo e recebe outro do Estado. Um segundo edital possibilita que a despesa de um CEI seja financiada metade pelo município e a outra pelo Estado. A secretária afirma que a Seduc ainda tem margem de recurso para, depois das eleições, definir novas iniciativas.

Outra ação destinada à área é o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (ProInfância), do governo Federal, voltado para a construção destes centros, já tendo contemplado municípios cearenses.

"As estruturas nem sempre são adequadas, então, precisamos expandir o atendimento e melhorar as estruturas. Com esta ação do Estado e do governo Federal, quem sabe teremos condições de expandir a oferta sem pagar o preço alto de ter crianças atendidas em condições insuficientes", frisa Izolda. A secretária diz que ainda é uma luta das prefeituras melhorar as estruturas do ensino fundamental. "Estamos longe de ter um parque escolar ideal".

Unidades
310 Centros de Educação Infantil podem ser construídos com a verba anunciada, universalizando assim o atendimento às crianças menores de cinco anos de idade

Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Ceará é o Estado que mais fecha escolas rurais

Entre 2002 e 2010, o Estado perdeu 42,8% destes estabelecimentos de ensino, afirma Ipea

O Nordeste sozinho é responsável por 55,4% do total de escolas rurais fechadas de 2002 a 2010, 15.358. Na região, o Ceará é o Estado que apresenta o maior número, com 42,8% menos escolas rurais em 2010, se comparado a 2002. Já o Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia e Piauí tinham, em 2010, quase um terço a menos desses estabelecimentos no campo do que em 2002. Os dados são da publicação "Políticas Sociais: acompanhamento e análise", divulgada, ontem, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com especialista, a principal causa dos fechamentos das escolas é a dificuldade de manutenção e a falta de estrutura Foto: Honório Barbosa

Segundo o estudo, o fechamento acelerado de escolas no meio rural do Nordeste é especialmente preocupante, pois, além de essa região concentrar o maior número absoluto e relativo de população rural no Brasil, é no campo nordestino que estão os maiores problemas de acesso à educação e onde se concentram os piores indicadores.

O mestre em Educação Marco Aurélio de Patrício explica que a maior parte desses estabelecimentos de ensino fecham por conta da dificuldade na manutenção. "Em sua maioria, são escolas pequenas, com difícil acesso. Muitas vezes não têm água, energia e a merenda é entregue de forma irregular", diz.

Ele diz que, como alternativa, os gestores tentam agrupar estas escolas. Porém, com isso, surgem outros problemas, como o de transporte de alunos e a distância destas unidades escolares em relação às residência destes estudantes. "A distância de casa para o colégio é um dos fatores que contribuem para a evasão".

Marco Aurélio avalia a política de fechamento destas escolas como errada, pois, segundo ele, não há o espírito de deixar a escola mais perto do aluno. "O fechamento não pode ser uma medida econômica, mas, sim, por um planejamento inteligente, visando cumprir as metas de educação nacionais. Afinal, a população destas regiões são as mais carentes e pobres e a educação é a única alternativa de melhores condições de vida", conclui ele.

Construção

A Secretaria da Educação do Estado (Seduc) informou que foram construídas cinco escolas de Ensino Médio (EM), localizadas em assentamentos. Os estabelecimentos contam com estrutura que atende à realidade camponesa com a mesma qualidade das escolas construídas em áreas urbanas. Além destas unidades, 40 Escolas de Ensino Médio foram entregues nos últimos cinco anos na área rural.

De acordo com a Seduc, alunos e professores têm acesso a bibliotecas, laboratórios de Línguas, Informática e de Ciências, espaço para o Grêmio Estudantil e quadra poliesportiva. O objetivo do Estado é ampliar e melhorar a rede de ensino no Interior, propiciando a permanência do aluno nas localidades onde moram e reduzir o uso do transporte escolar.

Em todo o Brasil, o total de escolas do campo fechadas entre 2002 a 2010 é de 27.709. Em termos percentuais, em 2002, as escolas do campo representavam mais da metade de todas as escolas de ensino básico brasileiras, 50,2%. Em 2010, este número diminuiu para 39,7%.

Campo ainda precisa de maior incentivo
Ainda é preciso impulsionar e melhorar as políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento rural no Brasil, em especial aos agricultores familiares, aponta o estudo "Políticas Sociais: acompanhamento e análise", realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Conforme a análise, 7.593.352 brasileiros pertencentes à população rural estão em extrema pobreza. Destes, 5.049.317 residem no Nordeste. O levantamento aponta como fatores que ressaltam esta exclusão social as estruturas fundiárias, as formas predominantes de acesso à terra e água e as relações de trabalho.

Outro dado revelado é que, até dezembro de 2010, no Ceará, 20.955 famílias estavam em assentamentos e recebiam o incentivo de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural. Segundo o estudo, "dois grandes desafios devem ser compatibilizados como forma de o governo dispor de estratégia com maiores chances de sucesso no enfrentamento à extrema pobreza rural: recolocar a reforma agrária no centro das políticas de inclusão e justiça social no campo e reformular pontos do Plano Brasil Sem Miséria de forma a incluir o acesso à terra".

André Ferreira, professor do Departamento de Teoria Econômica da Universidade Federal do Ceará (UFC), reitera que é preciso investir em grande escala em ações voltadas para a agricultura familiar e para a melhoria nos assentamentos rurais.

THAYS LAVOR/JÉSSICA PETRUCCI
REPÓRTERES

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Universidades receberão R$ 55 mi

Investimento será feito até 2014. Uece ganha R$ 25 milhões e a Urca e a UVA terão R$ 15 milhões cada

O total de R$ 55 milhões é o montante autorizado pelo Governador Cid Gomes para investimentos nas três universidades estaduais cearenses até o ano de 2014. Dos recursos, R$ 25 milhões serão destinados à Universidade Estadual do Ceará (Uece), R$ 15 milhões para a Universidade Regional do Cariri (Urca) e R$ 15 milhões para a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). O anúncio foi feito na última sexta-feira (3) durante reunião de Monitoramento de Ações e Programas Prioritárias do Governo do Estado (Mapp).

Na Uece, entre as melhorias, está a construção de laboratórios e quadras esportivas Foto: José Leomar

De acordo com o secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), René Barreira, os investimentos irão contribuir para a garantia do ensino e da pesquisa, impulsionando, assim, o desenvolvimento sustentável do Estado do Ceará.

"Essa melhoria promove, dentre outras coisas, a atração de doutores para as universidades, já que terão ainda mais condições de desenvolver suas pesquisas, isso reflete não apenas aprendizagem dos estudantes, mas no desenvolvimento socioeconômico do Estado como um todo, já que o resultado das pesquisas traz benefícios para toda a sociedade", avalia Barreira.

Cerca de R$ 90 milhões foi a soma dos investimentos nas universidades estaduais em infraestrutura, custeio e manutenção, isso do ano de 2008 a 2011. O secretário destaca, ainda, a forte contribuição que o Estado tem dado para a expansão do ensino superior público federal. Foram mais de R$ 18 milhões, de 2007 até hoje, empregados em recursos e desapropriações.

Como resultado, houve a criação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), localizada no município de Redenção, a instalação de campi da Universidade Federal do Ceará no Interior do Estado, e a ampliação do número dos Institutos Federais do Ceará (IFCE).

Aplicação

Melhorias na infraestrutura física serão realizados com os investimentos aplicados na Uece. Serão construídos laboratórios, quadras esportivas, e implementados projetos de acessibilidade. Também será adquirido ônibus tipo rodoviários, assim como outros equipamentos.

Para a Urca, está previsto a construção do Campus de Artes Violeta Arraes, na cidade de Barbalha, bem como a reforma e ampliação do Campus São Miguel e adequação dos campi da Universidade à acessibilidade. Também haverá aquisições de equipamentos, veículos, acervo e material didático, além de reforma da parte elétrica.

Na UVA, os recursos serão aplicados na compra de veículos para apoio às atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão. Serão adquiridos equipamentos de informática e mobiliários para salas de aula, além da construção e aparelhamento do Restaurante Universitário. Os investimentos beneficiarão, ainda, a área de assistência estudantil, a compra de livros, apoio a projetos de pesquisa e extensão, e a melhoria das instalações do Museu Dom José, administrado pela Universidade.

Fonte: Diário do Nordeste

Educação no Ceará - Evento debate desafios da primeira infância

Seminário reúne representantes de várias cidades do Estado para debater exemplos para a área

"Cidadania é dar a todos o mesmo começo, e eu não vejo outra forma de iniciar os seres humanos com as mesmas condições, a não ser pela educação que eles recebem". A fala da pedagoga Vera Lúcia Paolillo foi proferida na abertura do seminário "O que estamos fazendo de melhor pela primeira infância?" que acontece até a tarde de hoje, na Assembleia Legislativa. Educadores, secretários de educação de municípios e pesquisadores estiveram presentes iniciando os debates.

De acordo com informações do IBGE, 30% das crianças do Estado do Ceará são atendidas nos Centros Educacionais Infantis (CEIs) FOTO: ALEX COSTA

O evento busca soluções e apresenta resultados e alternativas para a educação das crianças de zero a seis anos. O atendimento, principalmente das pessoas de zero a três anos, ainda não é possível na rede pública em grande parte do Estado.
O professor Antenor Manoel Naspolini se engajou na causa da melhoria da educação nesta faixa etária no Ceará, desde 1988. Para ele, os projetos atuais são oportunos, já que, em sua concepção, tudo se decide antes dos seis anos. "Por isso, é necessário que a criança tenha boas referências, bases afetivas na família, porque o verdadeiro aprender acontece nesta idade".

Resultados

Representantes de várias cidades estiveram presentes mostrando os resultados que os programas do governo estão surtindo, a exemplo do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic). Crianças de até sete anos são beneficiadas pelo Paic, mas os mais atendidos são as de quatro e cinco anos. A proposta para atendimento das crianças de zero a três anos é que o Paic seja incrementado para recebê-las.

Para que isso aconteça, muitas mudanças são imprescindíveis, e os profissionais devem ser preparados especialmente para esta acolhida na escola. Vera Lúcia Paolillo lembrou que "a função social da educação infantil é compreender duas ações básicas: cuidar no educar e educar cuidando".

De acordo com a secretária de Educação do Estado, Maria Izolda Cela de Arruda Coelho, as melhoras graduais estão garantindo um novo nível para a educação no Ceará.

Conforme dados do IBGE, o Ceará tem o maior percentual no País de crianças de quatro e cinco anos na escola. De zero a três anos, o Estado apresenta a melhor marca, com 30% das crianças atendidas nos Centros Educacionais Infantis (CEIs). "Nossa meta para este ano é universalizar e atender em todos os Municípios a demanda de crianças de quatro e cinco anos. As de zero a três serão atendidas paulatinamente. O projeto será efetivado a longo prazo. A solução é melhorar e construir mais CEIs".

A gestora citou a importância de as crianças frequentarem o ambiente escolar. "Os anos iniciais da vida são um momento de desenvolvimento da linguagem, da formação de vínculos, da noção de tempo e espaço, das regras sociais, dos limites. O momento é determinante e esta criança precisa de um bom educador para sua formação".

MÁRCIA FEITOSA
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Projeto propõe Agricultura familiar na escola

No próximo ano, o currículo escolar poderá ter nova matéria para os estudantes do Ensino Médio

Quixadá. A partir do próximo ano letivo, os alunos da rede pública de educação do Ceará poderão ter mais uma disciplina no currículo escolar. Tramita na Assembleia Legislativa do Estado proposta de inclusão da "agricultura familiar" na grade curricular das escolas de Ensino Médio do Estado. O projeto de indicação, de autoria da deputada Rachel Marques, tem como objetivo desenvolver e fomentar a agricultura familiar, o fortalecimento da economia local com a geração de renda, o desenvolvimento agrário e, ainda, o combate à pobreza.

No Município de Quixadá, mais de 80% da merenda escolar é proveniente da agricultura familiar. A ideia é que, com os ensinamentos em sala de aula, os jovens valorizem futuros trabalhos voltados para o campo FOTO: ALEX PIMENTEL

A proposta já foi aprovada pela Comissão de Educação. A Comissão de Agropecuária também deu aval positivo. Para ser votado na Assembleia, o projeto de lei ainda deverá passar por mais duas comissões temáticas: de Serviços Públicos e de Orçamento e Finanças. Mas, segundo a assessoria da parlamentar estadual, ela está otimista. Espera conquistar o aval da maioria dos deputados antes do fim do ano. Ela precisará de quórum mínimo de 24 parlamentares e maioria simples, apenas 13. Depois é aguardar a aprovação do governador do Estado, Cid Gomes.

Conforme Rachel Marques, a disciplina deverá focar o estudo sistemático e crítico das abordagens e construções teóricas a respeito da agricultura familiar. A matéria abordará a importância histórica e contemporânea da produção familiar na agricultura. Dará uma noção de sustentabilidade, formando uma relação entre o modelo de convivência no campo fortalecido a partir da década passada por meio de políticas públicas. Os sistemas de produção agrícolas familiares, suas articulações, convergências, impasses e limites em um campo de possibilidades integram o conteúdo de estudo.

Acreditando na potencialidade rural, a deputada requereu a realização de seminários nas macrorregiões do Estado para abordar Programa Nacional de Alimentação Escolar. As datas ainda não foram definidas, mas, de acordo com a secretária da Comissão de Educação, Jamilys Castro, serão realizados oito encontros ao longo do ano. Um dos primeiros será no Sertão Central, em Quixadá. O Município apresenta políticas governamentais expressivas no setor. Mais de 80% da merenda escolar é proveniente da agricultura familiar. Ela pretende aproveitar a oportunidade para discutir a proposta da nova disciplina.

Sem entusiasmo

Embora reconheçam a importância da atividade rural no atual contexto socioeconômico, muitos estudantes não veem com entusiasmo a implantação de mais uma disciplina no currículo escolar. Língua Portuguesa, Matemática, Física, Química, Biologia, Inglês, Sociologia e até Ética e valores; já têm muito conteúdo para assimilar ao longo de três anos. A média é de 14 disciplinas. "Não bastassem as novidades da internet, mais conhecimento obrigatório na sala de aula, não tem quem aguente", desabafa a estudante do 2º Ano, Nívia Ferreira. Ela estuda numa escola pública de Quixadá. Pretende se formar em Medicina.

A secretária geral da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Ceará (Fetraece), Lucilene Lima, tem um ponto de vista bem diferente. Ela nasceu em Tauá. Estudou no Liceu daquele Município, onde concluiu o Ensino Médio. Mais de 80% dos colegas eram da zona rural. Tiveram a oportunidade de conhecer a produção agrícola na Europa, mas não aprenderam sobre as potencialidades do nosso Estado. Enquanto os Inhamuns é vocacionado a criação de pequenos animais a região da Ibiapaba é um importante Centro de produção de hortifrutigranjeiros, exemplifica.

Na opinião da representante da Fetraece, a implantação da nova disciplina estimulará os jovens moradores de zonas rurais a permanecerem no campo. Eles serão incentivados todos os dias, dentro das salas de aula. Os estudos poderão ser associados à ecologia, ao meio ambiente e até a economia. "Afinal, a maior parte dos nossos alimentos vem da agricultura familiar. Poucos sabem disso. O atual modelo de educação estimula eles a migrarem para as áreas urbanas, a procura de emprego no comércio ou nas indústrias", acrescenta.

Foi tentado o contato com o Conselho Estadual de Educação, mas, até o encerramento desta edição, a secretária do órgão não havia sido localizada.

FIQUE POR DENTRO
Cultivo da terra por pequenos produtores
A agricultura familiar foi oficializada no Brasil em julho de 2006, pela Lei 11.326. A norma legal estabelece as diretrizes para a formulação da política nacional da agricultura familiar e empreendimentos familiares rurais. Estudiosos conceituam essa atividade como cultivo da terra realizado por pequenos proprietários rurais, tendo como mão-de-obra essencialmente o núcleo familiar, contrastando com a agricultura patronal, que utiliza trabalhadores contratados, fixos ou temporários, em propriedades médias e de grande porte.

A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2014 o Ano Internacional da Agricultura Familiar, reconhecendo o papel fundamental desse setor para a segurança alimentar no mundo. Cerca de 60% dos alimentos consumidos pela população brasileira são produzidos por agricultores familiares. Eles são responsáveis pela produção de 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e, na pecuária, 60% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves e 30% dos bovinos. De acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar, aproximadamente 13,8 milhões de pessoas trabalham em estabelecimentos familiares, correspondo a 77% da população ocupada na agricultura.

Mais informações:
Assembleia Legislativa do Ceará
Av. Desembargador Moreira 2807 - Fortaleza
Telefone: (85) 3277.2500
www.al.ce.gov.br

ALEX PIMENTEL
COLABORADOR

Fonte: Diário do Nordeste

terça-feira, 19 de junho de 2012

Aluna de Sobral apresenta trabalho em Fórum Mundial

A aluna Italândia Ferreira de Azevedo, do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, apresentou, na categoria pôsteres, o trabalho “Construindo Protótipos Simples com Materiais Recicláveis” no II Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que aconteceu no período de 28 de maio a 1º de junho, em Florianópolis (SC). O estudo foi orientado pela professora Nórlia Nabuco Parente, do IFCE – Campus de Sobral.

A partir de um trabalho voluntário realizado em uma escola pública da rede municipal, os estudantes do Campus de Sobral realizaram oficinas com alunos doze alunos do 8° ano do Ensino Fundamental. Durante o projeto, foram construídos “brinquedos robôs”, com a utilização de materiais reciclados e componentes eletrônicos descartados, como: garrafas PETs, periféricos de computadores, peças de circuitos eletrônicos, entre outros.

O IFCE levou uma caravana com 42 alunos ao Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que reuniu mais de 15 mil pessoas na capital catarinense. Além da apresentação de trabalhos científicos, o evento contou com debates, relatos de experiências e atividades culturais. “O Fórum permite a integração entre as instituições que tratam do ensino profissionalizante”, destaca o Diretor de Ensino do Campus de Sobral, Eliano Vieira Pessoa, que também participou do evento. A próxima edição do fórum ocorrerá em 2014, na cidade de Recife (PE).

Fonte: IFCE-Sobral

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Bela Cruz - 1º lugar na feira Ceará faz ciência

O Município de Bela Cruz – CE representado pelos alunos Jonas Siqueira e Paloma Beatriz da Escola Municipal José Batista da Rocha em Cajueirinho foi agraciado com o 1º Lugar – Ensino Fundamental II na Feira “Ceará Faz Ciência” promovida pela SECITECE em 23/05 em Sobral – CE.

Os estudantes belacruzenses desenvolveram um sistema de recepção para sinal de celular utilizando materiais de baixo custo, como fios de cobre e uma tampa de panela. "O sistema beneficia a nossa comunidade e está sendo utilizado em outros locais também, pois já há a comprovação do seu sucesso".

Bela Cruz vem conquistando prêmios em feiras e amostras cientificas a nível local (FEBECITEC), estadual (CEARÁ DA CIÊNCIA e CEARÁ FAZ CIÊNCIA) e nacional (FEBRACE). Os projetos científicos são oriundos da Feira Belacruzense de Ciência e Tecnologia – FEBECITEC promovida anualmente pela Secretaria de Educação com o patrocínio exclusivo e total da Prefeitura Municipal de Bela Cruz na pessoa do Prefeito Daniel Adriano.

Fonte: Blog Bela Cruz meu amor

terça-feira, 22 de maio de 2012

81% dos estudantes alfabetizados na idade certa

Cerca de 81% dos estudantes da rede pública foram alfabetizados na idade certa. Ceará tem 177 municípios com nível desejável de aprendizado. Os resultados foram divulgados ontem.

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Falta pouco para que o mapa do Ceará alcance por completo o nível desejável de alfabetização. Dos 184 municípios, 177 alcançaram essa meta. Sobram apenas sete. Cerca de 81% dos estudantes cearenses encontram-se alfabetizados ao término do segundo ano. É o dobro, se comparado com o início do Programa de Alfabetização na Idade certa (Paic), em 2007, quado eram apenas 40%.

Houve também redução no número de alunos com baixo índice de aprendizado. Caiu de 47,4% em 2007, para 8,8%, em 2011. Os dados fazem parte do Sistema Permanente de avaliação da Educação Básica (Spaece-Alfa) de 2011, divulgado ontem pelo Governo do Estado.

Para o governador Cid Gomes, os números representam o esforço cotidiano de professores e alunos. “Os resultados demoram a acontecer na educação. Estamos vivendo uma revolução”, classifica. O desafio agora, segundo a secretária da Educação do Estado, Izolda Cela, é a igualdade dos resultados. “Nossa meta agora é elevar a média”, destaca. Em 2011, as turmas do 2º ano alcançaram 177,1 pontos. Em 2010, foram 162,6.

Nova Olinda lidera o ranking de municípios com melhor desempenho na avaliação do 2º ano, com 282,4 pontos. Para a secretária municipal da Educação de Nova Olinda, Vanda Lúcia Sampaio Oliveira, é preciso vontade política. “Tem que ter investimento e compromisso”, diz. O município figura entre os primeiro colocados desde 2010. O mesmo ocorreu com Jijoca, Solonópole, Mucambo e Deputado Irapuan Pinheiro.

Entre os alunos do 5° ano, também houve avanço no nível de aprendizado de português e matemática. Em 2010, apenas um município estava no nível adequado. Em 2011, são 12. Na disciplina de português, 22,2% das crianças estão em nível adequado. Em matemática, 18,5%.

“Estamos em processo contínuo de construção do currículo e capacitação dos professores”, pontua Izolda Cela. Ao todo, 244.785 alunos do 2º e 5 º ano de 4.519 escolas públicas participaram da avaliação da Seduc.

Na escala da alfabetização, os municípios são classificados por cinco níveis. Abaixo de 75 pontos – alunos não alfabetizados; de 75 a 100 – alfabetização incompleta; de 100 a 125 – intermediário; de 125 a 150 – suficiente; acima de 150 –desejável. Já no resultado do 5º ano, os municípios são identificados por quatro níveis em relação à Língua Portuguesa e Matemática.

Escola nota 10

As escolas com os melhores resultados de alfabetização, tendo por base o Índice de Desempenho Escolar, foram premiadas com o título de Escola Nota 10. A premiação é destinada as 150 escolas com melhor média, que recebem R$ 2 mil por cada aluno avaliado pelo Spaece.

A titular da Seduc lembra que no ano de implantação do prêmio ão foi possível alcançar a cota estipulada, apenas 148 escolas atingiram o perfil. Em 2011, mais de 850 estavam elegíveis.

ENTENDA A NOTÍCIA

Os resultados do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica - Spaece Alfa-2º ano e do Spaece Alfa 5ºano foram apresentados com festa ontem pelo Governo do Estado. Cerca de 81% dos estudantes da rede pública sabem ler e escrever.

Saiba mais

A solenidade de apresentação do Spaece-Alfa 2011 estava marcada para iniciar às 8h30min. Mas a comitiva com o governador Cid Gomes e o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, chegou cerca de uma hora e meia depois.

Logo na entrada, os dois foram abordados por representantes do Sindicato Apeoc que entregaram uma carta ao ministro, pedindo a federalização da carreira de professor.

Cid e Mercadante foram ovacionados pelos representantes do Município.

No fim do evento, o governador Cid Gomes não falou com a imprensa. Disse apenas que estava acompanhando o ministro.

O clima na solenidade era de festa. Durante a manhã, água, picolé e pipoca foram distribuídos para a multidão.

 Viviane Gonçalves vivi@opovo.com.br

Fonte: O Povo

Municípios cearenses atingem níveis desejáveis de alfabetização, segundo avaliação

Os níveis de alfabetização nos municípios cearenses foram considerados satisfatórios em 2011, segundo dados da avaliação da alfabetização obtidos através do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece), em sua vertente Spaece-Alfa. Ao todo, 178 municípios atingiram níveis desejáveis, segundo o levantamento.

Fortaleza, Jaguaretama, Jaguaribara, Ipaumirim, Lavras da Mangabeira, Várzea Alegre e Parambu ficaram um pouco abaixo do nível desejável, atingindo nível suficiente. Na avaliação das séries de 5º ano, o município de Mucambo atingiu a melhor média, com 269,1. Já de 1º ano, Nova Olinda ficou com a maior nota: 282,4.

Em 2011, um total de 244.785 crianças matriculadas no 2º e 5º ano do ensino fundamental de 4.519 escolas públicas foram avaliadas em 2011.

O Spaece-Alfa foi implantado em 2007 em função da prioridade do Governo, expressa por meio do Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), tem como meta garantir o sucesso da alfabetização de todas as crianças matriculadas na rede pública de ensino até os sete anos de idade.

O Paic beneficia os 184 municípios com apoio técnico e financeiro para a gestão municipal, avaliação, formação de professores, aquisição de material didático e de literatura. O Programa está focado em cinco eixos fundamentais: educação infantil, gestão pedagógica da alfabetização, literatura infantil e formação do leitor, gestão municipal de educação e avaliação externa.

Prêmio

O Governo do Estado também fez a entrega da quarta edição do Prêmio Escola Nota Dez. A premiação é destinada às 150 unidades públicas que obtiveram os melhores resultados de alfabetização, tendo por base o Índice de Desempenho Escolar – Alfabetização (IDE-Alfa) e 150 unidades públicas que obtiveram os melhores resultados do 5º ano, tendo por base o Índice de Desempenho Escolar –  (IDE  5).

Escola Nota 10 (2011) contempla a inclusão da premiação para o 5ª ano, o que garantiu a expansão do número de escolas beneficiadas de 300 para 600. Nesta edição, além da média, os critérios passaram a considerar a condição da escola e do município com relação à garantia da universalização do aprendizado.

Em 2011, a turma de 2º ano do Ensino Fundamental atingiu uma média de 177.1 pontos. Um crescimento significativo em relação ao ano anterior que apresentou média de 162.6 pontos, já situada no intervalo desejável. A análise demonstra que 81,5% dos estudantes encontram-se alfabetizados ao término do 2ª ano do Ensino Fundamental. Em 2007, esse percentual era de apenas 40%.

Viviane Gonçalves

Fonte: O Povo Online

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ceará é referência nacional na alfabetização de crianças

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“O Ceará é nossa maior fonte de inspiração na alfabetização de crianças. Saio daqui hoje seguro para entrar nesse clima. Queremos ver o Brasil fique todo verde também”. Foi assim que o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, avaliou o Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC). Acompanhado do governador Cid Gomes, o Ministro conheceu nesta segunda-feira (21) os resultados do Programa referente ao ano de 2011, anunciados pela secretaria da Educação (Seduc) durante solenidade no Cambeba. Segundo o Ministro, o PAIC – um programa de incentivo a alfabetização de crianças até seis anos de idade implantado em 2007 por Cid Gomes - será referência para instalação do Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). “O PAIC é um programa muito exitoso. Com ele o Ceará desenvolveu uma capacidade fantástica de ensinar as crianças a ler e escrever. E queremos que esse Programa aconteça não só mais no Ceará, mas em todo o Brasil”, declarou o Ministro.

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Na ocasião, foram divulgados os resultados do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica - Spaece Alfa-2º ano e do Spaece Alfa 5ºano. Os números apontam que em relação aos 184 municípios cearenses avaliados pelo Spaece Alfa-2º ano, 178 atingiram médias de proficiência situadas no nível desejável, seguidos de seis que estão no nível suficiente. Fazendo um comparativo no mapa do Ceará quando o PAIC foi iniciado, apenas 14 municípios eram identificados pela cor verde, fazendo uma referência ao nível de proficiência desejável. “Isso que está acontecendo no Ceará é a grande revolução da educação”, comemorou Cid Gomes.

Durante a solenidade, os primeiros 12 municípios com melhor avaliação no Spaece Alfa-2º ano receberam um troféu das mãos do Governador, foram eles: Nova Olinda, Abaiara, Mucambo, Dep. Irapuan Pinheiro, Solonópole, Tarrafas, Jijoca de Jericoacoara, Potiretama, Pires Ferreira, Guaraciaba do Norte, Pedra Branca e Forquilha. O mesmo aconteceu em relação a avaliação Spaece Alfa 5ºano, que avalia o nível de educação em relação as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Cid Gomes também fez a entrega de premiação ao 12 municípios que já se encontram com seus alunos no nível adequado. Os municípios que alcançaram o nível desejável foram Mucambo, Solonópole, Abaiara, Sobral, Jijoca de Jericoacoara, Penaforte, Brejo Santo, Groaíras, Graça, Pedra Branca, Potiretamama e Pires Ferreira.

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A secretaria da Educação, Izolda Cela,  também comemorou os resultados do PAIC, que desde sua implantação em 2007, já aponta 800 escolas cearenses, em situação desejável para serem premiadas.  Segundo a Secretária, o desafio agora do Programa é fazer com que todas as escolas cearenses possam ser premiadas. “Quando o PAIC foi lançado, a intenção foi buscar um ritmo mais rigoroso de mudança. Mas a proposta era desafiadora. Hoje temos bons resultados, mas não devemos considerar só o nível de proficiência, nós precisamos ter compromisso com participação dos municípios e nos ajustarmos para buscar a igualdade nos resultados”, destacou Izolda Cela.

Sobre o PAIC

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De acordo com o levantamento, 244.785 alunos do 2º e 5º ano do ensino fundamental de 4.519 escolas públicas participaram da avaliação externa da Seduc, que identifica e analisa o nível de desempenho dos estudantes. Os resultados possibilitam a construção de um indicador, IDE-ALFA, das habilidades de leitura dos estudantes do 2º ano. Em relação ao 5º ano, é o IDE-5 que expressa o desempenho em Língua Portuguesa e Matemática dos alunos da rede pública. Para o Governador Cid Gomes, a “chave do sucesso” do PAIC está nessa avaliação. “A partir de uma iniciativa simples, apoiando as coordenadorias, melhorando a gestão e fornecendo o material didático estamos conseguindo aqui no no Ceará um futuro melhor para nossas crianças através da educação pública de qualidade. Mas o diferencial desse Programa é a avaliação de todas as crianças, em todos os municípios do Ceará”, destacou Cid Gomes.

Prêmio Escola Nota 10

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Durante a solenidade, também foi entregue do Prêmio Escola Nota 10. Em sua quarta edição, a premiação é destinada às 150 unidades públicas que obtiveram os melhores resultados de alfabetização, tendo por base o Índice de Desempenho Escolar – Alfabetização (IDE-Alfa) e 150 unidades públicas que obtiveram os melhores resultados do 5º ano, tendo por base o Índice de Desempenho Escolar –  (IDE  5). Em 2008, quando o prêmio foi instituído, somente 148 escolas, cuja matrícula totalizava 6.711 estudantes do 2º ano do ensino fundamental atingiram IDE-ALFA igual ou superior a 8,5 pontos. Em 2011, o prêmio contempla dentre suas  principais inovações a  Inclusão da premiação para o 5º ano o que garantiu a expansão do número de escolas beneficiadas de 300 para 600. As 10 primeiras escolas premiadas estão localizadas nos municípios de Forquilha; Pedra Branca; Guaraciaba do Norte; Mucambo; Brejo Santo; Sobral; Porteiras; Itarema; Tamboril; Quixeramobim; Martinópole e Sobral. Essas 150 escolas receberão também o prêmio em dinheiro equivalente a R$ 2 mil por cada aluno avaliado por meio do Spaece.

Estavam prestigiando a solenidade o Senador Inácio Arruda; o Ministro dos Portos, Leônidas Cristino; o Presidente da Assembleia Legislativa (AL-CE), Roberto Cláudio; os secretários estaduais René Barreira (Ciência e Tecnologia), Ferruccio Feitosa (Copa), Maurício Holanda (executivo da Seduc); a representante do Unicef, Ana Márcia Diógenes; os deputados federais Artur Bruno, Ariosto Holanda, José Guimarães, Eudes Xavier e Chico Lopes; os deputados estaduais Neném Coelho, Professor Teodoro, Wellington Landim, Raquel Marques e Dedé Teixeira.

Fonte: Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado

Nota: Acaraú - 7 escolas receberam Nota 10

sábado, 28 de abril de 2012

Ceará Censo 2010: cerca de um milhão de cearenses nunca frequentou escola

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Cerca de um milhão de cearenses nunca frequentou uma escola, segundo os dados do Censo Demográfico 2010 divulgado nesta sexta-feira (27) no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse número, o Ceará é o terceiro Estado do Nordeste com o menor índice de escolaridade, ficando atrás apenas da Bahia e de Alagoas.

De 2000 para 2010, o percentual de jovens nordestinos que não frequentavam escola na faixa de 7 a 14 anos de idade caiu de de 7,1% para 3,2%. A maior queda na frequência escolar foi registrada na Região Norte, que caiu de 11,2% para 5,6%. Os melhores índices ficaram com a região Sul, nos últimos 10 anos Santa Cataria apresentou apenas 2,2% da população fora da sala de aula.

Escolaridade

Os números mostram também que o Ceará apresenta cerca de quatro milhões de pessoas que começaram a frequentar o ensino fundamental, mas acabaram abandonando a escola. Atualmente, cerca de 350 mil cearenses têm o Ensino Superior Completo, ou seja, ingressaram em uma faculdade e acabaram se formando e apenas 28 mil optaram por uma especialização, mestrado ou doutorado.

Alfabetização na Idade Certa

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação do Ceará (Seduc), desde 2007, os cearenses têm acesso ao Programa Alfabetização na Idade Certa(PAIC), que conta com apoio técnico e financeiro para a gestão municipal, avaliação, formação de professores, aquisição de material didático e de apoio pedagógico, visando a alfabetização das crianças no educação infantil.

Em 2010, o Governo do Estado lançou o PAIC MAIS que visa estender as ações hoje destinadas às turmas de 1º e 2º ano do ensino fundamental até o 5º ano nas escolas públicas dos 184 municípios cearenses.

Educação de Jovens e Adultos

Ainda de acordo com a Seduc, o Ceará também tem o projeto de educação voltado ao público adulto. A educação de jovens e adultos no Estado é semipresencial e ofertada nos 32 Centros de Educação de Jovens e Adultos – CEJA, sendo que 09 CEJA estão localizados em Fortaleza e 23 CEJA em outras cidades do interior distribuídos nas 20 Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação. Atualmente, o projeto conta  com cerca de  40.000 alunos matriculados  nos dois níveis Fundamental e Médio.

Mais informações no site da Seduc

Fonte: Jangadeiro Online