sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Aprendizado olímpico

Olimpíada Nacional de História do Brasil se aproxima do fim com sucesso de inscritos e nas salas de aula de todo o país


Alunos e professores de todo o Brasil devem passar o feriadão do Dia das Crianças sob tensão. Mais especificamente, são 1,2 mil estudantes que se preparam para a etapa final da 3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, que acontecerá nos dias 15 e 16 de outubro na Universidade Estadual de Campinas.

Esta foi a Olimpíada com recorde de participação, cerca de 60 mil – mais que o dobro das duas edições anteriores. O sucesso se deve, em grande parte, ao envolvimento de estudantes com temas recentes misturados a fatos marcantes da história do Brasil. A prova final será no sábado e, no dia seguinte, haverá a cerimônia de premiação.

Na internet, estão disponíveis questões das provas já realizadas – o combustível necessário para os estudantes se prepararem. Foram cinco fases on-line até a derradeira, que é presencial. Além, claro, do conhecimento adquirido ao longo da jornada, os vencedores ganham medalhas, certificados e assinaturas da Revista de História da Biblioteca Nacional.

O sucesso da Olimpíada é melhor exemplificado não pela frieza dos números, mas pelas declarações de professores que viram o desinteresse de alunos ser transformado em entusiasmo diante de um novo mundo a ser desbravado.

“A maioria deles não gostava de história, não valorizava e não mostrava interesse pela aprendizagem. Era, para alguns alunos, um despertar para a disciplina, uma visão nova e uma interação ímpar em um ambiente desconhecido”, conta a professora Leila Vasconselos, de Joassuba, no Espírito Santo.

Adesão crescente
Em sua terceira edição, a Olimpíada já conta com alguns veteranos como o professor cearense Cleber Gomes. Em 2009, ele orientou apenas duas equipes; em 2010, foram 60 grupos e, este ano, já chegou a 98 – com direito a 15 deles entre os finalistas.

”A Olimpíada leva o aluno primeiro a gostar da matéria e depois a perceber sua importância na construção de uma tomada de consciência crítica”, defende o professor.
 O maior ganho se reflete nas salas de aula, como mostra o professor Marcus Fábio, também do Ceará.
“Meu trabalho nas aulas regulares melhora muito. Eles realmente entendem melhor a História do Brasil. Os meninos e meninas costumam dizer que as minhas melhores aulas são as da Olimpíada, mas cobro muito deles também. Oriento, mas deixo a escolha das opções de cada questão com eles”, contou.

Historiadores do futuro
As atividades propostas pela Olimpíada simulam as atividades de um historiador, com direito a contato direto com documentos históricos, fotografias, imagens e mapas. E o melhor é que este acervo continua disponível aos professores mesmo depois do evento. Assim, a metodologia de abordagem de alguns temas históricos pode ser aproveitada pelo professor em outros momentos do seu curso.

Outras informações no site do Museu Exploratório: http://olimpiada.museudeciencias.com.br/3-olimpiada/inicio/index

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