sábado, 19 de fevereiro de 2011

Ronaldo Correia é novo colunista

Foto: Divulgação
Ronaldo Correia de Brito, cearense radicado em Recife, estreia amanhã crônica no Vida & Arte  No Jornal O Povo.

O autor fala da terra, remete a um sertão cearense que ficou na memória quando aos 17 anos o deixou. Busca na imaginação e nos fatos corriqueiros do cotidiano elementos para montar as paisagens e a gente que ele traduz em palavras. Ronaldo Correia de Brito é enquadrado como escritor regional, mas o termo não comporta a profundidade de sua narrativa, tecida pelo vento da poesia. Ele o extravasa. É roteirista, autor teatral, contista aclamado, romancista e agora cronista.

Este ano, Ronaldo Correia lança o primeiro livro de crônicas – da coleção Para Ler na Escola, da editora Objetiva – e amanhã faz sua estreia no O POVO, em crônicas quinzenais, dividindo o espaço com a escritora Ana Miranda. O escritor escreve periodicamente para as principais publicações do Brasil, mas é a primeira vez que terá textos em um jornal cearense. “Para mim é completamente nova a relação com o leitor cearense. Escrever uma crônica quinzenal de certa maneira é um desafio e provoca ansiedade”, explica.

Apesar de ter o Ceará como terra natal, Ronaldo, nascido em Saboeiro, nos Inhamuns, e criado no Crato, foi para Recife estudar medicina e ficou. Já são mais de 40 anos vivendo em Pernambuco. “Fui incorporado ao Recife e acolhido com carinho aqui”, diz em entrevista por telefone. Com as crônicas dominicais, os laços com os leitores alencarinos serão atados suavemente, como os primeiros textos que virão. “Decidi dar um teor leve para pisar devagar no terreno”.

As ligações afetivas com a terra de nascença são fortes e vão além da narrativa, quase toda construída em uma paisagem imaginária do sertão e do Cariri. “As cidades são as pessoas, tem as paisagens, os lugares, e existe esse afeto pelo ambiente, mas o afeto predominante é por pessoas”. Então, o autor dispara a lembrar de nomes queridos que são a cidade para ele e teme esquecer alguém. “Natércia Campos, Moreira Campos, Eleuda de Carvalho, que sempre escrevia sobre os meus livros, além dos amigos mais recentes como o Pedro Salgueiro, Nilton Maciel, Jorge Pieiro, Tércia Montenegro, Virgílio Maia, Socorro Maia. É muita gente”.


Parceira da dobradinha, Ana Miranda prevê boa leitura dominical. “Ele tem uma visão profunda do Nordeste e vai ter muito a nos dizer. Ele é médico e tem acesso às mazelas das pessoas, pelas conversas. É uma experiência de vida rica. Vai ser maravilhoso”, comemora. Vai sim.

LEIA AMANHÃ
Na crônica de estreia, Ronaldo Correia de Brito escreve sobre a lenda da Pedra da Batateira que povoou sua infância e adolescência no Cariri.
Fonte: Domitila Andrade
domitilaandrade@opovo.com.br


Fonte: O Povo

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