sexta-feira, 4 de março de 2011

V Festival Banco do Nordeste das Artes Cênicas.

Il Trasporto Umano (Divulgação)
O V Festival Banco do Nordeste das Artes Cênicas apresentará ao público, no período de 13 a 27 (Dia Mundial do Teatro) deste mês, um elenco diversificado de atividades orientadas para o teatro, o circo e a dança. Com entrada franca, o Festival acontecerá nos três Centros Culturais Banco do Nordeste (Fortaleza; Cariri, em Juazeiro do Norte, no sul do Ceará; e Sousa, no alto sertão paraibano).

Nesta quinta edição, serão realizadas quatro mostras (Palco, Infantil, Rua e Dança), totalizando 32 espetáculos de companhias de seis estados nordestinos (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Sergipe), além de outros três brasileiros (Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná) e um espetáculo internacional, fruto de uma parceria ítalo-pernambucana.

A programação também contemplará ações formativas, como as oficinas de formação artística voltadas para o público adulto e oficinas de iniciação para o público infantil. Igualmente importantes são as atividades relacionadas à instrução patrimonial e à apreciação de outras áreas que empreendem diálogo com as artes cênicas, a exemplo do cinema.

Cortejos de abertura e encontro sobre profissionalização

Na abertura do Festival, acontecerão cortejos nas três cidades. Em Fortaleza, no dia 13 (domingo), às 10 horas, haverá o cortejo de bonecos gigantes e uma apresentação do grupo Batuqueiros, um coletivo percussivo focado nos ritmos da cultura popular nordestina e afro-brasileira.

Em Juazeiro do Norte, no dia 16 (quarta-feira), às 17 horas, os grupos de Reisado "Discípulos do Mestre Pedro" e "Guerreiro Santa Madalena" levam a tradição popular, em um cortejo que sai da Praça Padre Cícero em direção ao Largo do Memorial Padre Cícero.

Em Sousa, o cortejo de abertura contará com quatro grupos convidados e acontecerá no dia 17 (quinta-feira), a partir das 17 horas, saindo da Praça da Matriz em direção ao Centro Cultural Banco do Nordeste.

No CCBN-Fortaleza, no próximo dia 15 (terça-feira), no período de 10h às 18h, acontecerá o Encontro sobre Profissionalização de Grupos de Teatro. O evento será um momento de informação de troca de ideias sobre os caminhos, os tributos, as leis e as diferentes formas de apoio do poder público e privado para que os grupos adquiram sustentabilidade com o seu fazer artístico-profissional. Contará com a presença de representantes dos Ministérios da Cultura e do Trabalho, Cooperativa Paulista de Teatro, Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Ceará (SATED-CE) e de importantes grupos nordestinos de teatro, a exemplo do Bagaceira (CE) e do Clowns de Shakespeare (RN).

Cordel do Amor Sem Fim (Divulgação)
Mostra Palco

Entre os destaques da Mostra Palco, estão os seguintes espetáculos e respectivos grupos: "Roliúde", com o grupo carioca EmCartaz Empreendimentos Culturais; "O Capitão e a Sereia", com o Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte; "Marotes e Mamulengos", com o grupo cearense Circo Tupiniquim; "Só Sei Que Foi Assim", com o coral cearense Seios da Face; "Engenharia Erótica - Fábrica de Travestis", com o Grupo Parque de Teatro, do Ceará; "Tropeço", com a Cia. Tato Criações Cênicas, do Paraná; "Sebastião", monólogo com o autor, encenador e ator baiano Fábio Vidal; "A Descoberta das Américas", com o Leões de Circo Pequenos Empreendimentos, do Rio de Janeiro; "Cordel do Amor Sem Fim", com O Poste Soluções Luminosas e Samuel Santos, de Pernambuco; e "O Auto da Índia", com o grupo sergipano Marionetas.

Mostras Rua, Infantil e Dança
A Rainha  do Nada (Divulgação)

Por sua vez, a Mostra Rua traz como atrações os seguintes espetáculos e grupos: "Cordel do Pega Pra Capá", com a companhia baiana Gente de Teatro e Funceb; "Circo Arlequin", com a Trupe Arlequin de Circo Teatro, da Paraíba; "Palhaço Colorau e Neorlândio", com o grupo cearense Tempero do Riso; "Por que a gente não é assim? Ou Por que a gente é assado?", com o grupo cearense Bagaceira; e "Silêncio Total - Vem Chegando o Palhaço", com o ator e diretor paraibano Luiz Carlos Vasconcelos.



 Abrilhantam a Mostra Infantil sete espetáculos e grupos, a saber: "Mamulengo, Arte do Riso", com a companhia cearense Te-Tê-Rê-Te-Tê; "Il Transporto Umano", com o Circo em Bothiglia (Itália-Brasil); "Criaturas de Papel", com os cearenses do Bricoleiros; "Canções e Brinquedos Roceiros - Uma Ópera Caipira", com o grupo paulista Tempo de Brincar; "Zero", com a companhia paulista Mevitevendo; "Alegria, Alegria! O Circo Chegou", com o grupo cearense Garajal; e "A Rainha do Nada", com a companhia cearense de Teatro Epidemia de Bonecos.

Avesso do Passo (Divulgação)
A Mostra Dança apresenta quatro grupos e espetáculos: "Avesso do Passo", Cia. de Dança da Escola Municipal de Frevo do Recife; "Diferente Olhar Infinito", com o grupo cearense N Infinito; "Folgança", com a Escola de Dança do Paracuru (CE); e "Brincando", com a Cubos Companhia de Dança, de Sergipe.






Debates, curtas, entrevista e noites de autógrafos

A programação do Festival ainda contará com debates, palestras, exibição de curtas-metragens sobre Teatro e uma entrevista aberta ao público com o ator Luiz Carlos Vasconcelos, dentro do programa Nomes do Nordeste. Também acontecerão Noites de Autógrafos com lançamentos literários sobre Artes Cênicas patrocinados pelo Programa Banco do Nordeste de Cultura. Serão lançados os livros "O ator risível - procedimentos para as cenas cômicas", do professor-doutor Fernando Lira, e "Criador & Criatura", do ator, diretor, professor e pesquisador teatral Hemetério Segundo.




ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

*         Viviane Queiroz
(curadora e coordenadora geral do V Festival Banco do Nordeste das Artes Cênicas) - (85) 3464.3178 / 8843.3957 - viviqueiroz@bnb.gov.br

*         Tessi Letícia Barbosa (gerente do CCBN-Fortaleza) - (85) 3464.3111 / 8635.6031 - tessileticia@bnb.gov.br cpaulavm@bnb.gov.br>

*         Lenin Falcão (gerente do CCBN-Cariri) - (88) 3512.2855 / 8802.0362 - lenin@bnb.gov.br anastacio@bnb.gov.br>

*         Ricardo Pinto (gerente do CCBN-Sousa) - (83) 3522.2980 / 8802.5737 - yuca@bnb.gov.br

*         Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Cultural Banco do Nordeste) - (85) 3464.3196 / 8736.9232 - lucianoms@bnb.gov.br

Colaboração de: Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Cultural Banco do Nordeste)

Fonte: BOOM

CD Tributo - Muitos carnavais

Evaldo Gouveia
Homenageado do Carnaval 2011 de Fortaleza, o cantor e compositor cearense Evaldo Gouveia ganha disco-tributo com releituras de sua obra. O CD duplo já está disponível para download gratuito

Parte da obra do cearense Evaldo Gouveia está sendo disponibilizada para o público, inclusive para ser baixada gratuitamente na internet, no disco duplo com 20 faixas, "O Trovador - Uma homenagem a Evaldo Gouveia". O compositor iguatuense também é o grande homenageado do ano de 2001 pela Prefeitura Municipal de Fortaleza.

Download
A idealizadora do projeto e produtora executiva do luxuoso CD, Elaine Brito, da Prefeitura Municipal de Fortaleza, afirma que o álbum tem uma perspectiva musical mais ampla da obra do homenageado. "É um disco que resgata parte do trabalho de Evaldo Gouveia e seus parceiros letristas, mas não é composto somente por músicas carnavalescas. O CD físico está saindo agora, mas também já está disponível para baixar pela internet no hotsite da PMF em http://www.carnavaldefortaleza.com.br".

O álbum "O Trovador - Uma homenagem a Evaldo Gouveia", numa atitude pioneira, foi disponibilizado pela Prefeitura com licença Creative Commons, para audição e uso não-comercial. O trabalho tem a direção musical e artística do consagrado percussionista e arranjador cearense Pantico Rocha (da banda de Lenine).

Destaques do disco
"Bloco da Solidão" - Tendo na primeira parte da canção o solo violoncelo de Ocelo Mendonça, em perfeita sintonia com os ponteios do violão de Marquinhos Arcanjo, a voz brejeira de Elba Ramalho desfila agradável

"O Conde" - O grupo carioca Casuarina já começa a original marcha rancho imprimindo uma atmosfera com o tempero do samba, alicerçado com um regional de violão, cavaquinho pandeiro e percussões.

"Alguém me disse" - O bolero ganha ritmo latino com os metais. A privilegiada voz de Kátia Freitas brilha sob os auspícios de Cristiano Pinho, que assina o arranjo e toca guitarra, fazendo um solo brega a "la Fernando Catatau"no final da canção.

"O Trovador" - Começando com as guitarras distorcidas de Jr. Tostoi que também permeiam toda a canção, desde o início as digitais artísticas do talentoso Lenine. "O mundo melhor de Pixinguinha" - Sérgio Loroza e os integrantes do bloco Unidos da Cachorra fizeram um casamento perfeito e com direito também ao arranjo e no violão de Tarcísio Sardinha.

"Mulher brasileira" - Com muita percussão, o Bangalafumenga com sua levada cativante também fez uma boa versão do samba de Evaldo.

"Maldade" - O Breculê fez um arranjo "tronxo" (no bom sentido), que remete à atmosfera de seu primeiro CD, "Vidas Volantes". Já em "Somos iguais", Leny Andrade registra sua voz grave no clima notívago de piano, baixo e bateria da bossa nova. "Em cada verso, um samba" traz Zé Renato imprimindo sua marca, fazndo jus ao título da música.

"Pior pra você" - O samba sincopado recebe um roupagem moderna do grupo Academia com vocais semelhantes ao do MPB4. "Que Queres tu de mim" - Jane Duboc nos remete ao clima da bossa nova e ainda conta com a bonita gaita de Gabriel Grossi. "Tango para Tereza" - Marcus Caffé conta com o criativo acordeom de Ítalo Almeida com citações de Astor Piazzolla.

"Dançando forró - Waldonys canta e toca dando o seu recado brejeiro e bem nordestino. "Analista de boêmio" - A estreia da companheira de Evaldo, Lidu, não compromete o samba. "Esquinas do Brasil/Canto cearense" - O dono das canções empresta sua marcante voz celebrando também o seu tributo.

Duplo O Trovador - Uma homenagem a Evaldo Gouveia Vários
Secultfor
2011
20 faixas
Gratuito

Produção: Pantico Rocha. Participações: Evaldo Gouveia, Dominguinhos, Lenine, Leny Andrade, Jane Duboc, Elba Ramalho, Zé Renato, Isabela Taviani, Sérgio Loroza, Eudes Fraga, David Duarte, Marcos Caffé, Kátia Freitas, Lidu, Waldonys, Casuarina, Fino Coletivo, Bangalafumenga, Breculê, Academia e Bloco Unidos da Cachorra.

NELSON AUGUSTO
REPÓRTER

Rio Acaraú - aumento do volume de água

As fortes chuvas que cairam nos últimas dias nas cidades da Região Norte começam a provocar um aumento no volume d'agua do nosso Rio Acaraú, na cidade Acaraú.

As imagens foram feitas nesta tarde nos bairros de persiguida e mucunã, os mais atingidos pelas cheias do Rio Acaraú. O nivel do Rio continua a subir.







quinta-feira, 3 de março de 2011

Na educação, progressos lentos

Relatório da Unesco alerta para analfabetismo de adultos

O Globo

O Brasil é o oitavo país com a maior população de adultos que não sabem ler nem escrever, com 14 milhões de analfabetos. Esse dado foi divulgado ontem pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação (IDE).
O estudo mostra que há 796 milhões de adultos analfabetos em todo o mundo, a maioria vivendo em dez países.

A Unesco reconheceu o esforço do país para diminuir o analfabetismo. Entre 2000 e 2007, 2,8 milhões de adultos foram alfabetizados e, de 2004 a 2009, o índice caiu 1,8%.

— Mas o Brasil precisa trabalhar em ritmo mais acelerado para cumprir sua própria meta de 2015, que é reduzir o analfabetismo a 6,7% da população — ressalta Fontani.

Segundo a Unesco, o Brasil melhorou seu desempenho na educação, mas não conseguiu deixar a 88 posição no ranking internacional.

O IDE mostra que o Brasil tem um dos índices mais baixos da América Latina, ficando em 19 lugar e perdendo para todos os países da América do Sul. O Brasil melhorou seu índice de 0,883 no ano passado para 0,889, este ano.

— O Brasil está no caminho certo, mas falta muito para atingir as metas de 2015 e 2016, que são colocar todas as crianças na escola e diminuir o analfabetismo de adultos — diz Paolo Fontani, coordenador da Unesco no Brasil. 

MEC regulamenta prova nacional de concurso para professores

Matriz de referência será discutida por comitê de especialistas, que já recebeu primeira proposta. Texto vai a consulta pública

Priscilla Borges, iG Brasília

O Ministério da Educação teve de mudar o primeiro formato da Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente. Atendendo pedidos de pesquisadores e entidades ligadas aos professores, ela ganhou novo nome e função também. A preocupação dos especialistas era que a prova fosse utilizada para avaliação de rendimento do professor e elaboração de rankings. Agora, ela será limitada a selecionar candidatos à carreira. A portaria que regulamenta a prova foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União.

Para as entidades, essa já é uma função importante e que trará ganhos à profissão. “Uma prova nacional pode abrir caminho para termos uma profissão com parâmetros nacionais, além do piso salarial e as diretrizes nacionais de carreira. Ela é importante também porque começa a democratizar o ingresso à carreira em diferentes municípios e Estados”, afirma Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Em maio do ano passado, quando as primeiras propostas vieram à tona, ela era chamada de Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente. Foi apelidada de Enem do magistério e seguia os moldes da avaliação do ensino médio. Apesar de a primeira função do exame, desde sua proposta inicial, ser a de ajudar Estados e municípios a fazer uma seleção de profissionais de qualidade, outras possibilidades foram estabelecidas e permanecerão.

O documento inicial, colocado em consulta pública à época, dizia que os resultados poderiam servir como auto-avaliação e diagnóstico da formação dos docentes para orientar gestores a definir políticas públicas para a área. Apesar de a ideia estar mantida, as entidades garantem que o modelo não é o mesmo. A primeira edição do concurso nacional só ocorrerá em 2012.

Participação social
Representantes de entidades de pesquisa ligadas à educação, como a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (Anped), e de associações como a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a CNTE foram convidadas pela nova presidenta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, para participar das discussões do modelo da avaliação. Eles farão parte de um comitê que dará consultoria ao Inep na elaboração da prova.

Esse comitê já recebeu a primeira proposta de matriz de competências – que define como o banco de itens da nova prova será elaborado – para analisar. O mesmo documento ficará em consulta pública no site do Inep para receber contribuições da sociedade até março, quando a matriz deve ser definida. Leão lembra que a matriz poderá ser modificada anualmente, o que permite que os cursos de graduação não fiquem presos à proposta de avaliação do concurso nacional.

Os Estados e municípios que não quiserem utilizar a prova nacional poderão solicitar, por exemplo, apenas itens ao Inep para montar a própria seleção. “Poderemos contribuir para a qualificação dos concursos, mesmo que as prefeituras não queiram aderir à prova nacional. Faz parte do papel do MEC induzir essa qualidade”, destaca o ministro.

Dalila Andrade Oliveira, presidente da Anped, espera que o MEC exija dos municípios que utilizarem a prova contrapartidas, como exigências de boa carreira. “Já que o ministério vai resolver o problema deles na elaboração de concursos, ele pode exigir, por exemplo, o cumprimento de pagamento de piso salarial, por exemplo”, comenta.

Para Carlos Sanches, presidente da Undime, o concurso nacional será de extrema importância para os municípios. “Vai facilitar muito o processo de contratação de professores. A maioria absoluta dos municípios de pequeno e médio porte tem dificuldades orçamentárias e estruturais para realizar concursos”, ressalta. Sanches acredita que o nível dos contratados dará um salto de qualidade com a prova.

O presidente da Undime ressalta que, com a prova, pagamento do piso e a oferta de um plano de carreira atraente, não haverá territórios para seleção de professores. “Esse tipo de medida demora a impactar na decisão do jovem de optar pela carreira do magistério, mas é um facilitador e logo poderá chegar lá”, acredita.

Um em cada cinco professores divide tempo entre ensinar e estudar

Levantamento do Ministério da Educação revelou que 381 mil docentes cursavam uma graduação em 2009. Metade estudava pedagogia

De cada cinco professores em exercício na educação básica brasileira, um está matriculado em um curso superior. Levantamento realizado pelo Ministério da Educação aponta que os docentes que frequentam salas de aula não apenas para ensinar, mas também para aprender, formam um contingente de 381.214 profissionais. Metade deles cursa pedagogia.
Para chegar a essa conclusão, o Ministério da Educação cruzou dados do Censo da Educação Superior com outros do Censo do Professor da Educação Básica, todos de 2009. Segundo o ministro Fernando Haddad, a checagem foi feita com base no CPF dos professores e dos estudantes matriculados no ensino superior. A conclusão de que 20% dos 1.997.978 docentes da educação básica estudam, para Haddad, é “surpreendente”.

“Os dados me surpreenderam positivamente. O censo mostra que ainda temos muitos professores sem licenciatura. O que ele contabiliza é formado ou não formado. E não percebíamos o esforço feito no processo de formação. Pela primeira vez, podemos contar o que está se formando”, ressaltou o ministro.

O censo docente mostra que, em 2009, 152 mil professores sem curso superior atuavam em creches, pré-escolas, ensino fundamental e até ensino médio nas cinco regiões do País. Outros 12 mil sequer concluíram o ensino médio. Além deles, 62 mil davam aulas sem curso de licenciatura (o que, pela lei, não deveria acontecer já que a modalidade é que prepara professores) e mais 500 mil dão aulas para disciplinas para as quais não se formaram.

Atualmente, 1,4 milhão de estudantes estão matriculados em cursos de licenciatura no País. Só em 2009, 464 mil novos alunos ingressaram nessa modalidade de curso e houve um crescimento no número de formandos nessas áreas: em 2007, 246 mil concluíram esse tipo de graduação, enquanto 277 mil terminaram em 2009.

O próximo passo do MEC será, de acordo com Haddad, analisar melhor o perfil desses professores-estudantes. O levantamento do ministério não mostra, por exemplo, quantos desses 381 mil educadores estão cursando a primeira graduação ou quantos estão na segunda. Sabe-se apenas quais são os cursos mais procurados por eles e alguns não estão ligados diretamente às formações de rotina das escolas.

Número de professores matriculados em cursos de graduação em 2009
Curso Total Presencial Distância
Pedagogia 192.965 76.821 116.144
Letras 44.754 25.405 19.349
Matemática 19.361 11.550 7.811
História 14.478 8.256 6.222
Biologia 14.458 8.615 5.843
Educação física 14.047 13.119 928
Geografia 10.457 7.369 3.088
Direito 8.891 8.890 1
Artes e música 7.549 5.482 2.067
Administração 5.809 3.096 2.713
Física 5.286 3.477 1.809
Química 5.239 3.756 1.483
Serviço social 4.259 1.179 3.080
Engenharia 3.287 3.207 80
Psicologia 3.061 3.061 0
Filosofia 3.055 2.624 431
Ciências 895 724 171
Outros cursos 23.363 19.979 3.384
TOTAL 381.214 206.610 174.604
MEC/Inep

Pedagogia é o curso que mais possui professores matriculados: 192 mil. A metade do total. Deles, um grande número faz cursos a distância, cuja qualidade é questionada pelos especialistas. Ao todo, são 174 mil nessa modalidade de ensino no País. “O Brasil tem necessidades urgentes de formação e diferenças enormes entre os Estados. O problema é se formar professores a distância se tornar um hábito”, ressalta Roberto Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). “O pior é quando essa é a primeira formação”, diz.

Entre os cursos mais procurados segundo levantamento do MEC, porém, está o de direito com 8,8 mil alunos, administração com 5 mil, serviço social com 4,2 mil e engenharia com 3 mil. Para o ministro, esse pode ser um sinal de que os professores estão buscando outras áreas para trabalhar, como a de gestão. Já para a CNTE, o dado revela desistência. “É uma tentativa de mudar profissão e ir para outra área que permita salários melhores, condições melhores”, opina Leão.

Esse é exatamente o caso da professora de português do Centro Educacional 3 de Brazlândia, no Distrito Federal, Adriana Jacob. Aos 38 anos, ela cursa o 2º semestre do curso de direito em uma faculdade privada. Apertou a renda doméstica para dar conta de criar os dois filhos e pagar a faculdade, com a ajuda de uma bolsa de estudos. “Decidi mudar de profissão, porque não existe valorização profissional e financeira no magistério”, lamenta.

Adriana conta que passou quase cinco anos amadurecendo a decisão de recomeçar. Professora há 17 anos, ela conta que assumir essa mudança de vida foi mais difícil do que conciliar o trabalho e os estudos. “Se o governo quer valorizar a carreira, precisa olhar o que acontece em sala de aula e ouvir o professor. Não tenho qualidade profissional e é isso que me fez desistir, porque gosto de dar aulas e sei que ensino bem”, afirma.

Monitor em uma escola de educação infantil, Reginaldo Santos da Mota, 20 anos, também faz parte das estatísticas e está cursando pedagogia. Ele trabalha desde o ano passado na rede pública e acredita que o trabalho está contribuindo para sua formação. No entanto, a atuação na escola também o fez ter uma certeza nada boa para a educação básica brasileira: o jovem não quer continuar dando aulas. “Depois que eu terminar a faculdade, vou fazer um concurso público para outro tipo de órgão. Não quero dar aula”, garante o estudante do 6 º semestre.

Avaliação

Leão acredita que os desdobramentos do levantamento serão muito importantes para que a sociedade avalie a formação dos professores. Haddad lembra que, com as novas análises, será possível medir precisamente o impacto do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. Estabelecido pelo governo federal, Estados e municípios, o plano é uma meta de formar, nos próximos cinco anos, 330 mil professores não-graduados.

Para Carlos Sanches, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Unidem), o plano já está impactando esses dados de formação. “Temos quase um terço dos nossos professores sem formação adequada. É um dado muito positivo”, acredita.

Eólicas recebem R$ 790 milhões

O BNDES aprovou nesta quarta-feira (2/3) financiamento de R$ 790,3 milhões para nove parques eólicos, somando 281,5 MW. Desse montante, R$ 562,6 milhões serão destinados à construção de oito usinas pela Wind Power Energia no Ceará. A empresa é uma sociedade entre a Impsa e o Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS). As eólicas serão construídas nas cidades de Acaraú (156 MW), Itarema (30MW) e Aracati (25,5MW).

O Grupo EDP receberá R$ 227,7 milhões para a instalação do Elebrás Cidreira I (70 MW), em Tramandaí (RS). O parque é operado pela Elebrás Projetos e faz parte do Proinfa e deverá a entregar energia ainda esse mês.

O BNDES já aprovou 51 financiamentos, totalizando R$ 4,1 bilhões, para implantação de 1,37 GW eólicos. Outros 44 pedidos de crédito estão sob análise, somando cerca de R$ 3,3 bilhões.

Governo Federal deveria estadualiar perímetros

Dos 10.600 hectares do Perímetro Irrigado de Tabuleiros de Russas, administrado pelo Dnocs, só 3.200 estão a produzir.

A área restante já foi licitada – e faz algum tempo – mas até agora, por causa da burocracia própria de uma repartição pública, nenhum contrato de compra e venda foi assinado.
Esta é uma face da moeda; a outra face revela que, há 10 anos, a gerência do perímetro comunica, mensalmente, ao Dnocs a relação dos irrigantes inadimplentes – que não pagam o K-2, que é a conta da água – e nada acontece com eles.

No Perímetro Irrigado do Baixo Acaraú, também no Ceará, só 30% dos irrigantes produzem e pagam as taxas de água e energia; os outros 70% acham que água e luz são coisas que o Governo tem de lhes dar de graça.

A soma da inadimplência dos irrigantes com a falta de atitude do Dnocs – que teve cortados neste ano R$ 30 milhões destinados à gestão dos seus perímetros irrigados – dá como resultado a mixórdia que provocou, segunda e terça-feiras desta semana, a reunião, em Fortaleza, dos gerentes desses projetos, infraestruturados com dinheiro público – e bote dinheiro nisso.

O que fazer para que toda a área desses perímetros passe a produzir?

A saída mais fácil e rápida seria a sua estadualização.

Exemplo: o Governo do Ceará, por meio da Adece, está pronto para assumir a gestão das áreas irrigadas do Dnocs aqui.

Falta só a decisão política do Governo Federal.

Estudantes de Acaraú ganham escola de educação profissional


O governador Cid Gomes entregou à população do município de Acaraú, na Região  Norte, a Escola Estadual de Educação Profissional Marta Maria Giffoni de Sousa. A inauguração aconteceu da noite desta quarta-feira (2) e contou com a presença da secretária da Educação do Estado, Izolda Cela. A unidade é uma das 100 escolas de educação profissional que o Governo Estadual está construindo no Interior, como forma de garantir a capacitação de mão-de-obra aos alunos do  ensino médio. Só até o fim deste semestre serão inauguradas outras 26 escolas semelhantes.

Com as novas unidades, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) projeta disponibilizar aos estudantes cearenses mais de 60 mil vagas de ensino profissionalizante. Na escola de Acaraú, o investimento chegou a R$ 9,2 milhões, oferecendo os cursos nas áreas de informática, enfermagem, hospedagem, agronegócio, aquicultura e guia de turismo.

Cid Gomes destacou que o único caminho para o desenvolvimento é através da educação. A meta do Governo do Estado, segundo ele, é garantir ensino profissionalizante aos alunos dos municípios com mais de 25 mil habitantes. "Com a implantação desse modelo de educação nós garantimos que os jovens saiam da escola preparados para o mercado de trabalho", salientou Cid.

Ao fazer o uso da palavra, a titular da Seduc destacou que a educação do estado evolui a cada ano, quer seja com a qualificação dos professores, quer seja com a reforma e construção de novas unidades de ensino. "Nosso esforço é para que os jovens sejam preparados para a vida profissional", destacou ao lembrar a importância dos alunos nesse projeto de ensino profissionalizante.

De acordo com o prefeito, Pedim do Cleto, o município de Acaraú vive anos de progresso desde que o governador Cid Gomes assumiu a gerência do Estado. Ele cita que no município já foi inaugurado o Centro de Espacialidades Odontológicas (CEO), e que estão em obras a Policlínica e o hospital do município. O chefe do executivo municipal agradeceu aos representantes do Governo a instalação da Escola. “O aluno estuda em um turno e pratica atividades culturais, esportivas e de qualificação no horário em que não está na sala de aula, assim afastamos nossos jovens das ruas e do mau caminho”, disse o prefeito.

Em um discurso emocionado a aluna Brisa Pires leu: "Nós alunos agradecemos ao governador, não pela oportunidade de sonhar, mas pelo início de uma grande realidade". Já a diretora da unidade, Fabiane Moraes, afirmou que os investimentos que o Governo do Estado vem realizando no setor da educação pagam uma dívida histórica com a educação pública de qualidade", resumiu.

A cerimônia contou com as presença do deputado estadual  João Jaime.

03.03.2011
Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado
Casa Civil ( comunicacao@casacivil.ce.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 85 8878.8462)

Percepção de que educação brasileira melhorou é maior entre menos favorecidos

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta segunda-feira (28), mostra que para quase metade (48,7%) dos brasileiros a educação no País melhorou. O levantamento revela ainda que entre os grupos menos favorecidos, como os de menor renda e escolaridade, a percepção é de que houve sim melhoras significativas quanto à qualidade de ensino nos últimos anos.

Enquanto entre os que ganham até dois salários mínimos 49,5% dos entrevistados responderam que as condições hoje são melhores e apenas 19,3% acreditam que houve uma deterioração do ensino, entre os que ganham acima de 20 salários mínimos o percentual de quem aponta uma piora sobe para 29,3% e os que dizem que houve uma melhora baixa para 46,7%, um índice ainda superior aos 43,4% observados entre os que recebem entre dez e 20 vezes o piso.

Dos 2.773 entrevistados, 27,3% avaliam que não houve mudanças na qualidade do ensino e quase um quarto (24,2%) acredita que o sistema piorou.
Segundo o coordenador de Educação do Ipea, Paulo Corbucci, a percepção da melhora é maior não apenas entre os que ganham menos e os negros, mas também entre quem vivem nas três regiões onde, historicamente, se concentram os piores indicadores educacionais do País: Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“Nos últimos anos, os grupos menos favorecidos, como, por exemplo, os de renda mais baixa, tiveram uma melhora no acesso à educação, com melhores condições de ensino. Isso, obviamente, se reflete na percepção que essas pessoas têm em relação à qualidade”, afirmou Corbucci, citando a ampliação do acesso à educação básica e à superior, além da implementação de ações afirmativas, como a do sistema de cotas para o ingresso de negros na faculdade.

Embora a maioria dos entrevistados de todas as cinco regiões considerem que o nível de ensino melhorou nos últimos anos, no caso das regiões Sul e Sudeste a quantidade de pessoas que dizem ter havido uma melhora (respectivamente, 42,9% e 40%) é menor do que as que consideraram que a educação continua igual ou piorou. Nas outras três regiões, o percentual dos que consideram que o ensino melhorou ultrapassou os 54%, com destaque para a Região Centro-Oeste (62,9%).

A percepção da população é reforçada, em parte, em números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), sistema de avaliação que já havia apontado para a evolução positiva nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Fruto, possivelmente, da ampliação de investimentos.

“Nas regiões Sul e Sudeste, onde os níveis de Educação já eram mais elevados, a possibilidade de melhora é menor. Já nas regiões onde essas condições eram mais precárias, a [percepção] da melhora é maior”, afirma Corbucci, não descartando a possibilidade de, conforme aponta o estudo, “estar havendo uma estagnação ou diminuição do ritmo de avanço da qualidade da educação em regiões onde os índices, apesar de melhores, ainda são inferiores aos patamares internacionais”.

Já quando considerado o quesito cor ou raça dos entrevistados, as avaliações de entrevistados negros e pardos são mais positivas (50,9% de melhorou e 22,2% de piorou) que as dos brancos (46,4% e 26,6%, respectivamente). A percepção sobre a qualidade da educação também varia de acordo com a escolaridade dos entrevistados. Para 35,4% dos que têm nível superior completo ou pós-graduação, a educação piorou. Já entre aqueles que estudaram só até os últimos anos do ensino fundamental (5ª a 8ª séries ou 6º a 9º anos), apenas 21,4% têm a mesma opinião.

Avaliação revela diferenças regionais
O Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), usado para fazer o levantamento, foi desenvolvido pelo Ipea para captar a opinião da população sobre políticas e serviços públicos em diversas áreas. Essa metodologia revela a variação entre as regiões do País. O Sudeste registrou o maior percentual de avaliações negativas: 36,1% acreditam que a educação piorou, enquanto no Nordeste esse grupo representa apenas 14% da população. No Centro-Oeste, 62,9% acham que a oferta melhorou – maior índice de respostas positivas.

A percepção sobre a qualidade da educação também varia de acordo com a renda e a escolaridade dos entrevistados. Para 35,4% dos que têm nível superior completo ou pós-graduação, a educação piorou. No grupo daqueles que estudaram só até os últimos anos do ensino fundamental (5ª a 8ª série ou 6º a 9º ano), apenas 21,4% têm a mesma opinião.

Entre os que ganham de dez a 20 salários mínimos, verificou-se o maior percentual de respostas negativas: 34,2% acreditam que o ensino está pior. Na população com renda mensal de até dois salários mínimos, 19,3% têm essa percepção.

Segundo o estudo, “o nível de conhecimento das mulheres sobre os temas avaliados foi aproximadamente 10 pontos percentuais maior que o verificado entre os homens”. Essa diferença, aponta o Ipea, pode ser explicada “pelo fato de as mães estarem mais atentas à vida escolar dos filhos” do que outros membros da família.

Fonte:
Portal Brasil
Agência Brasil

Inauguração da Escola de Educação Profissional Marta Maria Giffoni de Sousa em Acaraú

Imagens da inauguração realizada pelo governador Cid Gomes - Ceará - da EEEP Marta Maria Giffoni de Sousa. O evento reuniu toda sociedade de Acaraú e Municípios vizinhos ( Prefeitos, vereadores, líderanças). Estiveram presentes o Prefeito de Acaraú, Sr. Pedro Fonteles, e os Deputados Manoel Duca da Silveira e João Jaime Neto ( Estadual), Secretária de Educação do Estado - Maria Izolda Cela de Arruda Coelho - alunos, pais de alunos, núcleo gestor, professores e funcionários da Escola.
A Drª Carmém Rita Giffoni, filha da educadora Marta Giffoni, agradeceu a homenagem prestada ressaltando a importância da escola de modalidade profissional para o Município.

Arte em Grafismo expressando a cultura nordestina e a evolução do homem através do Conhecimento e da Informação.
Imagem do interior da Escola.
Número de Arte e Dança realizada pelos alunos da Escola.
Momento de grande fluxo de visitação a escola.
Governador Cid Gomes e a Professora de laboratório de Informática Educativa ( Cáritas Nogueira) - L.I.E.
Da esquerda para a direita: Junior ( Curso de Informática), Governador Cid Gomes e Davidson ( Curso de Informática).
Autoridades presentes falando sobre o grande valor da educação.
Governador Cid Gomes e a diretora da escola - Fabiana Morais de Carvalho, no momento de visitação do governador as dependências da escola.





Novo livro de contos de Chico Anysio

Repetindo o sucesso do livro anterior, “Os Fazedores de Histórias”, editora lança o livro “O fim do mundo é ali”, com 43 contos de ficção de autoria de um grande artista

Da Redação

A Editora Prumo lança mais uma obra de ficção de Chico Anysio, aclamado como um dos maiores humoristas brasileiros. Inspiradas nas cenas do cotidiano do povo brasileiro e nos seus mais variados estereótipos, as 43 histórias do livro O fim do mundo é ali têm como ponto comum o humor e a malícia característicos do artista e refletem a sua verve e sua compreensão pelos sentimentos populares. “O seu talento se estendeu para a literatura ao agradar público e crítica com o trato singular que dá à narrativa”, afirma o publisher Paulo Rocco, no prefácio do livro.

No novo título, o autor prende o leitor com o ritmo que dá à sua prosa e com seu humor de qualidade indiscutível. Num mesmo conto, Chico Anysio é crítico, narra com ironia, e se mostra quase sempre sagaz quando encontra um gran finale surpreendente para as suas histórias, característica já marcada de sua escrita. No conto ”Prazer e Lazer”, ele começa indagando: “E se Paris não existisse? O que seria feito da safadeza? Não que a capital francesa seja uma grande devassa, ninguém disse isto; mas que Paris é cheia de novidade, apareça um para negar”. O autor narra a experiência de Pedro Emílio num bordel de Paris, e diverte o leitor com a maneira de pontuar os clichês típicos da situação, e com as ”armadilhas” em que coloca os personagens.

No conto ”Menor abandonado”, Chico Anysio abusa de sua inventividade e malícia, mas conserva certa dose da inocência própria dos personagens. A história narra as investidas de Flávia para conseguir adotar um filho, já que o médico lhe dissera ser impossível engravidar. Sem alegria e no desespero, ela segue o conselho da amiga do trabalho nos Correios, que lhe dá a sugestão salvadora: “Tem tanto menor abandonado na rua. Pega um, leve para casa e faz uma experiência. Se der certo com ele, ainda mais dará com um que você adote oficialmente”. O trecho apenas anuncia o que Chico Anysio preparou para o desfecho arrebatador da história.

Um dos aspectos mais marcantes do estilo do autor está na caracterização dos personagens, habilidade já exibida com genialidade na televisão, no teatro, no rádio e nas artes plásticas. "A Prumo sente-se honrada em ter no seu catálogo um escritor desse nível, consagrado pelo seu excepcional talento, tanto profissional quanto pessoal, capaz de entender a alma do próximo, da coletividade, e reproduzi-la em diferentes formas de mídia, criando uma relação fácil, sutil com quem esteja do outro lado”, afirma Paulo Rocco.



Sobre o autor



Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu em 12 de abril de 1931, em Maranguape, no Ceará. Aos oito anos de idade, Chico Anysio se mudou com a família para o Rio de Janeiro, onde teve uma infância tranquila, dividida entre as aulas e o futebol, sua grande paixão. Mais tarde, conseguiu um emprego na Rádio Guanabara, exercendo funções diversas desde radioator até comentarista de futebol. Trabalhou em várias rádios na década de 1950, sempre atuando e também escrevendo roteiros. Sua estreia na tevê foi em 1957, na TV Rio, com o programa Noite de Gala. Em 1959, estreou Só Tem Tantã, mais tarde rebatizado como Chico Total. Chico Anysio é um artista múltiplo, criador de personagens clássicos no rádio, na televisão e no cinema; autor de romances, livros de contos e piadas; compositor de canções e comentarista esportivo dos mais sagazes. (com assessoria)

Fonte: Diário de Cuiabá

Professores efetivos nomeados por Cid Gomes são empossados na UVA


Os professores efetivos admitidos no último Concurso Público realizado pela Universidade Estadual Vale do Acaraú foram empossados nesta terça-feira (1º) em solenidade presidida  pelo Reitor da UVA, professor Antonio Colaço Martins, no campus da Betânia, em Sobral. Os novos professores, nomeados pelo Governador Cid Gomes, no dia 25 de fevereiro passado, tiveram suas nomeações publicadas no Diário Oficial do Estado do Ceará, no dia 28 de fevereiro. Os professores estão lotados nos cursos de Administração, Biologia, Ciências Sociais, Direito, Enfermagem, Engenharia Civil, Filosofia, Física, Geografia, História, Matemática e Zootecnia.

Para o reitor Antonio Colaço Martins, a chegada dos novos professores é de grande importância para o desenvolvimento do ensino e da pesquisa. “Pela nossa missão e visão de futuro, o primeiro dos três pilares da Universidade é, sem dúvida nenhuma, o ensino. O nosso compromisso com os ecossistemas do semiárido tem que estar presente no ensino e na pesquisa. A Universidade está em crescimento e as nossas limitações ainda são grandes, por isso é exigido um compromisso ainda maior dos professores. Espero que a nova geração de professores seja realmente consciente do dever que tem para com a Universidade”, disse o reitor.

Dos 21 professores admitidos no Concurso Público, apenas 16 puderam estar presentes ao Ato de Posse e serão empossados em outra data. Estiveram presentes, ainda, ao Ato de Posse a Pró-reitora de Ensino de Graduação da UVA, professora Ludmila Apoliano, a Diretora do Departamento de Recursos Humanos da UVA, Noeme Lopes Solon, além de Pró-reitores, Diretores de Centros e Coordenadores de Cursos.

02.03.2011
Assessoria de Imprensa da UVA
Fábio Melo ( comunicacao@uvanet.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. / 88 3677.4271)

Assaré em festa por seu poeta maior

Patativa do Assaré  FOTO: DIVULGAÇÃO
Cego de um olho ainda na infância, Antônio Gonçalves da Silva transformou sua realidade em versos
Crato Com uma programação que envolve exposições, Fórum de Cultura e Turismo, mesas redondas, lançamentos de livros e cordéis, shows musicais e apresentações de violeiros, estão sendo comemorados os 102 anos de nascimento do poeta Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, que nasceu no dia 5 de março de 1909, na Serra de Santana, Município de Assaré, e morreu no dia 8 de julho de 2002.

Para sábado, data do seu aniversário, estão programados alvorada festiva com a Banda de Música Manoel de Benta, Encontro de Poetas e Sanfoneiros Populares, Sarau "Cante Lá, Que Eu Canto Cá"; Volta Ciclística da Poesia Popular; programa de rádio especial sobre a data, missa e desfile de carnaval.

Familiares do poeta cearense FOTO: ANTÔNIO VICELMO
Sete anos depois de sua morte, a imagem do matuto pobre de voz arrastada, manco de uma perna, ainda está presente nas ruas de Assaré. Cada um dos conterrâneos tem uma história para contar sobre o poeta que projetou o nome de sua terra natal para este Brasil afora e até no exterior. Outros fazem questão de recitar um verso inédito do poeta. Dona Zenilda, a mais conhecida fabricante de linguiça da cidade, lembra um Patativa boêmio, que varava as madrugadas improvisando versos e bebendo cachaça.

Na Serra de Santana, onde ele nasceu e viveu a maior parte de sua vida, seu nome é lembrado como "Senhorzinho", o homem trabalhador, pai de família exemplar, que criou a família no cabo da enxada. A filha Inês, que escreveu a maioria dos seus poemas, tem uma verdadeira veneração pelo pai que deixou para a família o maior patrimônio que um herdeiro pode receber: a honestidade, a coerência, a humildade e a altivez. "Mesmo com estas qualidades, meu pai não baixava a cabeça diante dos poderosos", desabafa Inês.

Para o reitor da Universidade Regional do Cariri (urca), Plácido Cidade Nuvens, que tirou Patativa do anonimato, com a publicação do livro "Cante Lá que Eu Canto Cá", ele, além de ter sido a maior expressão da cultura popular, foi também um poeta clássico, erudito que está na galeria dos maiores poetas do Brasil.

Mesmo depois de morto, Patativa continua fascinando os intelectuais. O escritor e pesquisador Gilmar de Carvalho, um dos mais autênticos divulgadores da cultura popular, lançou uma antologia onde consagra a riqueza criativa do poeta popular brasileiro, que rompeu as fronteiras nacionais e chegou à prestigiosa Universidade de Sorbonne, na França.

Gilmar, que teve o privilégio de conviver com Patativa e gozar de sua confiança e intimidade, descreve o amigo como uma "máquina de fazer poemas. Cego de um olho ainda na infância, a pena de Patativa não foi destinada à escrita, como a de outros grandes poetas, e sim para o voo livre de quem tem a musicalidade na voz primordial da contação. Patativa tinha acessos de produção poética em que ele tremia todos os músculos da face, como se fosse uma máquina produzindo poemas, as veias do pescoço latejando".

A descrição do intelectual cearense é perfeita. Gilmar fala de cátedra, ou melhor, de cadeira, para usar uma linguagem sertaneja. Ele relembra as longas conversas, sentados nas cadeiras de couro, conhecidas como "cadeira do Bodocó", tomando água de jarra, em copos de alumínio, esmerilados com as cinzas do fogão a lenha da casa de taipa de Patativa, ou na calçada de cimento, de onde se avista a Serra do Quincuncá, fonte de inspiração do poeta.

"O que a gente conhece é um pouco do Patativa. Ele era uma fonte, não parava de fazer poesia, de improvisar, de brincar", relembra Gilmar.

LITERATURA

Médico relembra fatos cotidianos

Crato. O oftalmologista cearense, radicado em Campinas (SP) desde 1966, João Alberto Holanda de Freitas, escreveu o livro "O Patativa que eu conheci", onde relata sua convivência com o poeta popular cearense. Em 1988, Patativa permaneceu três meses na cidade, hospedado na casa de Holanda, para transplante de córnea e operação de catarata.

A convivência por três meses com a família do médico e dos amigos, os versos, as cantorias, as idas e vindas, os repentes e a sabedoria de um dos maiores poetas populares do País estão agora documentados nas 144 páginas do livro. A obra traz um DVD encartado, com registros dos saraus "noite à dentro" durante a permanência de Patativa na cidade, e impressões do médico sobre o poeta conterrâneo.

Natural de Aquiraz, o médico matava a saudade do Ceará, revivendo com o poeta o sertão sofrido, estorricado pela seca, maltratado pelos políticos, dominados pelos coronéis, mas, ao mesmo tempo, valente na luta contra as adversidades. Ao seu lado, Patativa era o retrato em preto e branco da realidade nua e crua do interior do Ceará, onde o médico viveu sua infância.

Sem Patativa perceber, o médico ia registrando toda a genialidade do poeta, auxiliado por um microgravador enfiado no bolso. Com certeza, o gravador não conseguiu documentar a dor de Patativa tão bem expressa nestes versos: "Gravador que estás gravando/ Aqui, no nosso ambiente/ Tu gravas a minha voz/ O meu verso, o meu repente/ Mas, gravador, tu não gravas/ A dor que o meu peito sente!/ Tu gravas em tua fita/ Com a maior perfeição/ O timbre da minha voz/A minha fraca expressão!/ Mas não gravas a dor grave/ Gravada em meu coração!/ Gravador, tu és feliz!/ E - ai de mim! - o que será?/ Bem pode ter desgravado/ O que em tua fita está/ E a dor do meu coração/ Jamais se desgravará!".

"Patativa tinha hábitos alimentares muito simples, comia pouco, frugalmente. No almoço, se servia basicamente de arroz e ovo cozido. Comia de colher. Concluída a refeição, não dispensava o café expresso, ia direto fumar um cigarrinho no jardim. Não gostava de TV, que não podia enxergar mesmo, mas ouvia o rádio o dia inteiro, sempre ligado em música ou nas notícias", escreve o autor.

Outro fato é que Patativa nunca permitiu a publicação dos versos que fez durante a Ditadura Militar de 1964, que quase o leva à prisão.

ANTÔNIO VICELMO
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Grandes Museus do Mundo em 3D (Parte 2)


Oi, galera! Semana passada eu publiquei a primeira parte do projeto Google Art Project, no post Grandes Museus do Mundo em 3D (Parte 1). Como o artigo pressupõe uma segunda parte, vamos conhecer outros grandes museus e fazer passeios virtuais em seus acervos.

Sugiro que você dê uma conferida em outros passeios virtuais disponiblizados aqui no blog

- Rijksmuseum: Holanda. Localizado em Amsterdã, é dedicado às artes e história. Ele tem uma larga coleção de pinturas da idade de ouro neerlandesa e uma substancial coleção de arte asiática. O museu foi fundado em 1800 na cidade da Haia para exibir a coleção do primeiro-ministro. Foi inspirado no exemplo francês. Pelos neerlandeses ficou conhecida como Galeria de Arte.

- Reina Sofia: Espanha. Localizado em Madri, é um dos mais importantes museus de arte moderna espanhóis. Coloquialmente denominado por Centro de Arte Moderna Reina Sofia, foi inaugurado oficialmente a 10 de Setembro de 1992 e, o seu nome presta homenagem à Rainha Sofia, rainha consorte de Espanha.

- State Tretyakov: Rússia. Localizado em Moscou, é uma galeria de arte que expõe as mais belas pinturas russas. Sua história começa em 1856, quando o mercador Pavel Mikhailovich Tretyakov adquiriu obras de artistas russos contemporâneos, com o objetivo de criar uma grande coleção. Em 1892, Tretyakov apresentou suas obras.

- State Hermitage: Rússia. Localizado em São Petersburgo, é um museu de arte e cultura. É um dos maiores e mais velhos museus do mundo, fundado em 1764, por Catarina a Grande, e aberto ao público em 1852. As coleções - a maior parte não-permanente - abrange cerca de 3 milhões de peças, incluindo o maior acervo de pinturas do mundo.


- Smithsonian Freer: Estados Unidos. A galeria de arte contém acervos renomados da cultura asiática provenientes da China, Japão, Coreia do Sul, Sudeste Asiático e Oriente Próximo. Pinturas, cerâmicas, manuscritos e esculturas estão entre os favoritos do museu. Além da arte asiática, o museu também contém arte norte-americana do séc. XIX e XX.

- Tate Modern: Inglaterra. Localizado em Londres, é um museu britânico de arte moderna. Desde sua abertura, em 12 de maio de 2000, o museu promove importantes mostras temporárias de arte moderna e contemporânea, e tornou-se a terceira maior atração londrina. Na coleção figuram algumas importantes obras de Pablo Picasso, Matisse, Braque, Natalya Goncharova, de Chirico, Francis Bacon, Alexander Calder, Chagall, entre muitos outros artistas do século XX.

- Thyssen-Bornemisza: Espanha. Localizado em Madri, no Palácio de Villahermosa. Foi organizada quando da aquisição, pelo governo espanhol, em julho de 1993, da maior parte (e mais valiosa) da coleção de arte da família Thyssen-Bornemisza. Mostra as coleções de forma cronológica, começando no Renascimento e terminando no século XX.

- Uffizi Galleria: Itália. Localizado em Florença, abriga um dos mais famosos museus do mundo. É dividida em salas ou ambientes, cerca de cinqüenta, nomeadas geralmente pelo artista mais importante exposto. Há salas dedicadas aos maiores artistas do Renascimento, como Leonardo da Vinci e Rafael, salas com arte clássica da Roma antiga, uma grande coleção de quadros de Botticelli.

- Van Gogh Museum: Holanda. Localizado em Amsterdã, é um museu que dispõe de trabalhos do pintor neerlandês Vincent Van Gogh e seus contemporâneos. Como não podia deixar de ser , o Museu Van Gogh possui a maior coleção de pinturas de Van Gogh no mundo.

Grandes Museus do Mundo em 3D (Parte 1)


O Google (ele mesmo!) resolveu se envolver em mais uma empreitada gigantesca: abrir as portas dos mais famosos museus do mundo para visitas virtuais. Para quem ainda não conhece o Google Art Project, vou disponibilizar os links aqui no História Digital.

Buenas, antes de seguir adiante, dê uma conferida em outros passeios virtuais disponiblizados aqui no blog

Além do passeio virtual, você ainda tem a possibilidade de analisar as obras, como se estivesse vendo de perto (e sem as cotoveladas dos turistas ao lado). Algumas estão disponibilizadas em gigapixels, ou seja, imagens de alta resolução que permitem perceber detalhes que seriam impossíveis a olho nu. É ou não é demais!!!

- Alte Nationalgalerie:  Alemanha. É um museu de arte localizado na Ilha dos Museus, em Berlim. Possui uma rica coleção de pinturas e esculturas europeias do século XIX. A Alte Nationalgalerie foi criada em 1861 como Wagenersche und Nationalgalerie, a partir da doação de um acervo de 262 obras de arte pertencentes ao banqueiro Joachim H. W. Wagener.

- Frick Collection:  Estados Unidos. Localizado em Manhattan, Nova Iorque, é um museu de arte. Fica na antiga casa  do magnata do aço Henry Clay Frick, construída em 1913 e 1914. Frick é um dos mais importantes museus de arte dos Estados Unidos. Entre as obras mais importantes estão O Progresso do Amor, de Jean-Honoré Fragonard; três pinturas de Johannes Vermeer e São João, o Evangelista, de Piero della Francesca.

- Galeria Nacional: Inglaterra. Localizada na praça Trafalgar, no centro de Londres. Fundada em 1824, é um dos mais importantes museus da Europa e um dos mais conhecidos do mundo. Abriga uma preciosa coleção de mais de 2.300 pinturas, que datam desde a metade do século XIII até o início do século XX.

- Gemäldegalerie: Alemanha. É um museu de arte localizado na Kulturforum Potsdamer Platz em Berlim, sendo um dos mais importantes do mundo por sua excelente coleção de arte europeia dos séculos XIII ao XVIII. Além de expor seu acervo, a Gemäldegalerie organiza exposições temporárias especiais como ilustração de pesquisas sobre aspectos diversos de obras e artistas de sua coleção.


- Kampa: República Checa. É um museu de arte moderna localizado em Praga. Contém, em seu acervo, obras de artistas da Europa Central. As peças são de uma coleção particular de Meda Mladek, esposa de Jan V. Mladek. O museu abriu as portas em 2003. Há uma grande escultura de uma cadeira no lado de fora do museu, visível de muito longe.

- Metropolitan Museum: Estados Unidos. Localizado em Nova Iorque, foi fundado em 20 de fevereiro de 1820, e é hoje um dos maiores e mais importantes museus do mundo. Abriga uma importante coleção de pinturas europeias dos séculos XII ao XX e obras da arte antiga (grega, romana, egípcia e assírio-babilônica) e oriental. São muito importantes as seções dedicadas a instrumentos musicais, armas e indumentária.

- Museu de Arte Moderna: Estados Unidos. Mais conhecido como MoMA, é um museu da cidade de Nova Iorque, fundado no ano de 1929 como uma instituição educacional. Atualmente é um dos mais famosos e importantes museus de arte moderna do Mundo. A rica e variada colecção do MoMa constitui uma das maiores vistas panorâmicas sobre a arte moderna.

- Palácio de Versalhes: França. Está localizado na cidade de Versalhes, uma aldeia rural à época de sua construção, mas atualmente um subúrbio de Paris. Desde 1682, quando Luís XIV se mudou de Paris, até a família Real ser forçada a voltar à capital em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo Regime na França.

Acaraú Folia 2011-Programação


Confira a programação e as bandas que irão fazer os foliões do Acaraú Folia 2011 pular durante os cinco dias de festa:

SEXTA

21:00 - Abertura
22:00 - Total Mix
00:30 - Muído Folia
03:00 - Real Elétrico

SÁBADO

21:00 - Abertura
22:00 - Forró Boca a Boca Elétrico
00:30 - Total Mix
03:00 - Novo Balancear Elétrico

DOMINGO

21:00 - Abertura
22:00 - Forró Styllo Metalizado
00:30 - Xexéu (Ex- Timbalada)
03:00 - Forró do Bom Elétrico

SEGUNDA

21:00 - Abertura
22:00 - Mexe Mais Metalizado
00:30 - Plays Elétrico
03:00 - Forró Estourado Elétrico

TERÇA

00:00 - Abertura
21:00 - Mexe Mais
00:30 - Kionda
03:00 - Vânio Bahia

Lembrando que os abadás já estão a venda em Acaraú e custam R$ 50,00 (Cada) para acesso a pista e R$ 100,00 o frontstage, durante o dia a Praia de Arpueiras receberá uma programação especial, agora é só vir conferir o melhor carnaval do interior cearense, Acaraú Folia 2011.

Todas as informações são do blog "Acaraú, Vivendo e Sempre Aprendendo!

Gero Camilo - O pequeno grande

Prestes a estrear espetáculo em São Paulo, sobre um período da vida do pintor holandês Vincent van Gogh, o ator e dramaturgo Gero Camilo conversou por telefone com o Caderno 3 a respeito do novo trabalho e a carreira multifacetada

Experienciar a arte em toda a sua amplitude,sem rótulos ou com-partimentações. É essa a orientação que guia a carreira do ator, dramaturgo, cantor e escritor cearense Gero Camilo, 40 anos, mais conhecido por seus papéis na TV e no cinema brasileiros.

Do currículo do artista, fazem parte, por exemplo, participações nos filmes "Cidade de Deus", "Narradores de Javé", "Bicho de sete cabeças", "Abril despedaçado", "Madame Satã" e "Carandiru", além de produções televisivas como "Amor em quatro atos", "Som e fúria" e "Hoje é dia de Maria".

Menos familiar ao grande público é o trabalho de Camilo nos palcos - como ator, diretor e escritor. Nesse caso, a mais recente amostra de sua competência é o espetáculo "A Casa Amarela", sobre o pintor holandês Vincent van Gogh e o período em que este viveu na cidade de Arles (França).

O monólogo, escrito e encenado por Gero, sob direção de Márcia Abujamra, estreia dia 8 de abril em São Paulo, no teatro Eva Herz (Livraria Cultura). Natural de Fortaleza, Camilo ainda não tem data prevista para trazer "A casa amarela" a Fortaleza.

Impacto

O primeiro contato do artista com a história de van Gogh foi por meio do livro "Cartas a Theo", devorado ainda na adolescência. A obra traz correspondências do pintor a seu irmão e confidente, Theo. "Tocou-me muito o conteúdo literário e poético das cartas. As palavras vieram mais facilmente, chegaram a mim antes da pintura dele - refiro-me aos quadros de verdade, não a reproduções. Foi por meio do livro que me aproximei do pensamento dele", ressalta Gero Camilo.

Para o ator, o período vivido por van Gogh em Arles é um dos mais férteis de sua trajetória artística, por isso a decisão de basear o monólogo nesse recorte. "É quando o pensamento dele mais me atrai, quando ele conceitua muito bem os desejos em relação à sua arte e à arte que se fazia naquele momento. É um desejo coletivo, de construir uma comunidade artística, com o sonho de fazer uma base em Arles por onde vários colegas pudesse passar e, acima de tudo, sustentar-se", esclarece Gero, referindo-se às difíceis condições sociais experimentadas pelos artistas à época.

"Para além do potencial trágico de van Gogh, estou atrás do poeta iluminado, do artista preocupado com a humanidade em vez de voltado ao próprio umbigo ou à sua doença. Essa é a força do traço, da pintura, da poética dele, e é o que mais me atrai, porque comungo com muitos desses pensamentos. Meu objetivo com ´A casa amarela´ é fazer uma ponte entre o que vivemos hoje e as experiências dele, uma espécie de elo de pensamento", exlica Camilo.

O processo de criação do texto da peça ocorreu em Amsterdã, onde Gero Camilo passou um mês. "Aluguei um apartamento e fiquei 30 dias escrevendo. Também peguei coisas que já tinha escrito. Visitei museus, fui ver obras de van Gogh, passei pela cidade onde ele nasceu, Zundert", recorda o artista.

Ramificações

Além de "A casa amarela", Camilo já tem outros projetos engatados para o segundo semestre, entre eles o espetáculo "Lá fora vai estar chovendo sempre", sobre uma família que teve a casa deslocada após uma tempestade e, desde então, fica à deriva. Apresentada pela primeira vez em 2009, a peça será dirigida pelo próprio Gero. Entre os nomes confirmados para o elenco está sua colega e xará, Camila Pitanga.

O artista também deve aparecer em breve na tela grande, em dois longa-metragens previstos para estrear neste ano: "Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios", de Beto Brant, e "Assalto ao Banco Central", de Marcos Paulo. Decididamente um ano agitado para o ator.

O trabalho como dramaturgo sempre esteve presente na trajetória do cearense, cuja montagem mais famosa é "Aldeotas", sobre o reencontro de dois grandes amigos em uma pequena cidade. O artista também tem trabalhos reconhecidos na música (o primeiro CD do artista, "Canções de Invento", foi lançado em 2008) e na literatura - em 2002 ele lançou o livro "A macaúba da terra", com contos e peças, a exemplo de "Café com torradas" e "Quem dará o veredicto?". A obra será reeditada neste ano pela editora Dulcina.

"A poesia sempre esteve presente, sempre me acompanhou. A partir daí se desenvolvem outros braços artísticos. O poema não é só a escrita no papel. No meu caso, faz parte do ato cênico, e aproxima a pessoa da obra", ressalta Gero.

"Não sou uma parte ou uma resenha profissional, vejo a arte mais como um todo", complementa. O ator afirma não ter dificuldades em manejar tantos projetos ao mesmo tempo. "Fica complicado por não ter patrocínio para desenvolver os trabalhos. Com dinheiro seria bem mais fácil", brinca.

Outra proposta fundamental no trabalho de Gero Camilo é resgatar o ator como elemento central da construção criativa do teatro. "Não só no sentido mecânico, de responder às orientações, mas no sentido de se sentir tão responsável intelectual e esteticamente pela criação quanto o diretor", sublinha.

"Muitos atores dessas grandes produções de teatro trabalham como operários e ficam à mercê, na dependência de um patrão. Não os critico, mas deixo claro que, dentro do meu processo de criação, o ator é fundamental no pensamento, na construção do espetáculo e não apenas na sua funcionalidade", destaca.

ADRIANA MARTINS
REPÓRTER