sábado, 1 de outubro de 2011

Acaraú-Escola Vicente de Paulo da Costa realiza solenidade de entrega dos computadores aos alunos premiados no SPAECE/2010


A escola Vicente de Paulo da Costa (Juritianha/Acaraú) realizou no dia 23 de setembro de  2011 a solenidade de entrega dos computadores aos alunos  premiados na prova SPAECE/2010. Esses alunos premiados faziam parte da extensão de ensino da Escola Liceu de Acaraú – Maria Alice Ramos Gomes. Na solenidade contamos com o apoio a Equipe da 3ª CREDE, professores, alunos, gestores, gestores das escolas municipais, pais, funcionários e toda comunidade escolar.

Segue abaixo a lista dos alunos premiados:

Mário James Amaro Rodrigues – 2010 anexo
Tatiane Fernandes de Sousa – 2010 anexo
Adelaide da Silveira Costa – 2010 anexo
Dione Ribeiro Rufino – 2010 anexo
Erica Priscila Rocha Silveira – 2010 anexo
Suene Kelly Costa de Albuquerque – 2010 anexo
Roneuda Alves do Nascimento – 2010 anexo

Luciana Pinto Costa (Profa. Coord. do LIE)
lucianadoacarau@gmail.com

Fonte: 3ª CREDE

Escola de Ensino Médio de Juritianha comemora um ano do Projeto Geração da Paz (Agenda 22)


A Escola de Ensino Médio Vicente de Paulo da Costa (Juritianha / Acaraú), realizou nos seus três turnos de funcionamento a comemoração do primeiro aniversário do Projeto da Geração da Paz da Agenda 22. Esse projeto foi e é desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC) e completou nessa quinta-feira (22 de setembro) um ano de atividades.
Nesse dia a escola teve todo uma programação em comemoração com palestra, músicas, leitura de mensagens feitas pelos alunos, poesias, danças e o momento simbólico do hasteamento da bandeira da Paz.
 
Fonte: Luciana Pinto Costa (Prof. Coord. do LIE)

Fonte: 3ª CREDE

Confira mais um vídeo institucional do campus de Acaraú do IFCE

Veja depoimento do diretor do campus de Acaraú do IFCE, Prof. Amilton Nogueira, e do Prefeito de Acaraú, Pedro Fonteles, no primeiro processo seletivo do campus, sobre a importância da implantação deste equipamento educacional para a região.


Rio Acaraú aguarda obras de revitalização

Com influência direta na urbanização de Sobral, o Rio Acaraú sofre diferentes tipos de agressão em suas águas

Cartão postal da "Princesa do Norte", o rio é fonte de trabalho para lavadeiras. Esgotos e demais entulhos são despejados no leito que está mais reduzido nesta época do ano
LAURIBERTO BRAGA

Sobral. O Rio Acaraú é cantado em verso e prosa em Sobral. Mas o rio está poluído. A sujeira se faz presente nas duas margens do Acaraú que corta Sobral ao meio. A margem esquerda, considerada a mais favorecida por ter equipamentos culturais esportivos, sofre também com entulhos e esgotos que são jogados no leito. No lado direito, chamado "margem dos pobres", há uma grande movimentação de lavadeiras e pessoas que lavam carros e animais nas águas. Duas grandes pontes facilitam o tráfego sobre o rio, mas ainda há canoas que fazem a travessia. E é exatamente estas canoas que estão tendo dificuldade de atravessar. Os águas pé são constantes, especialmente no trecho em frente ao Museu Madi, que em 2009 foi tomado pelas águas do Acaraú, após grande enchente causada pelas chuvas.

A Prefeitura de Sobral tem projetos para reurbanização as margens do Acaraú. Contatos para liberação de dinheiro inclusive já foram feitos. O prefeito Clodoveu Arruda (PT) é um dos amantes do Acaraú. Pelo twitter @veveuarruda ele chegou a fazer poesia enaltecendo a importância do Acaraú para Sobral. Não é à toa que a Universidade da Região leva o nome de Estadual Vale do Acaraú. Nesta semana, um aluno de Direito, ao recepcionar o ex-governador cearense e criado em Sobral, Ciro Gomes, exagerou que "as águas do Acaraú ficam mais mansas para receber este filho ilustre".

Pelo twitter, o prefeito disse que "Um velho calção de banho, um dia pra vadiar, um rio que não tem tamanho, um arco íris no ar... o rio é o Acaraú". Ainda pelo seu microblog, Veveu Arruda destacou "nas águas doces do Rio Acaraú. E segundo dizem aumentará a quantidade de peixes, inclusive os ornamentais", sobre a revitalização do rio.

"Vamos revitalizar o Acaraú. É um dos nossos cartões postais. O primeiro passo agora é reconstruir o Museu Madi e colocar ali uma espécie de centro cultural. Preocupamos-nos também com a margem direita. A ideia é, por exemplo, peixamento", destaca Veveu Arruda.

Os peixes existentes hoje no Acaraú são piranhas que são de difícil pesca. Além do mais, o rio, com as poucas chuvas deste ano, não vem tão caudaloso. Isso acabou provocando erosões em suas margens.

Abastecimento
No bairro Dom Expedito, o rio está quase seco. O lixo avança e as lavadeiras aproveitam os filetes de água para lavar e estender as roupas. No local, o Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto de Sobral (Saae) faz uma grande operação para reforço de captação de água.

"Estamos ampliando o volume de água para a Estação de Tratamento de Água do Dom Expedito", explica o presidente do Saae Sobral, Edson Silva. Com a ampliação, será possível atender melhor toda área urbana à margem esquerda. "Esta ampliação corresponde a mais de 70% do número de domicílios atendidos com abastecimento de água na sede de Sobral", acrescenta Edson Silva.

Na bacia, estão construídos alguns dos mais importantes açudes cearenses: o Edson Queiroz, em Santa Quitéria; o Forquilha, em cidade homônima; o Aires de Sousa (ou Jaibaras), em Sobral; além do Paulo Sarasate (ou Araras), sobre o leito do Rio Acaraú e cuja barragem está localizada no limite entre Varjota e Santa Quitéria.

O Acaraú tem determinante papel no processo de expansão urbana de Sobral. A municipalidade realizou a reconciliação da cidade com o rio, integrando o centro histórico, um bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com seu casario e igrejas, à margem oeste do Acaraú, com a construção de uma área com aporte paisagístico.

O projeto compreende uma área de proteção ambiental, com a formação permanente de um espelho d´água, uma espécie de lago, tornando o clima mais ameno, com uma barragem vertedouro, na ponte Othon de Alencar. A barragem, que tem altura de 2m70cm, possui capacidade de acumular dois milhões de metros cúbicos de água.

Para a construção dessa nova área de lazer, a Prefeitura investiu também em projetos de saneamento, cuja finalidade era salvar o leito do Acaraú da carga de resíduos poluentes que eram gerados no centro da cidade e bairros da periferia.

A urbanização da margem esquerda compreende uma área de oito hectares distribuídos com anfiteatro, memorial, mirante, praça cívica, praça do artesão, iluminação moderna, paisagismo, atracadouros, ilha de repouso, quadra de esportes e de lazer, estacionamentos e ciclovias. O local passou a contribuir para o desenvolvimento econômico, urbano e cultural do Município, sendo utilizado por todos os sobralenses e visitantes como opção de lazer.

FIQUE POR DENTRO
Origem
O Acaraú nasce na Serra das Matas, um dos pontos mais altos da Zona Norte. Saindo do Município de Monsenhor Tabosa, em pleno sertão, percorre 320km. Corta Sobral e banha 18 cidades dentre elas Tamboril, Pires Ferreira, Santana do Acaraú, Morrinhos, Marco, Bela Cruz e Cruz, até chegar ao mar, em Acaraú. A origem do nome Acaraú é indígena. É resultado da fusão de "Acará" (Garça) e "Hu" (Água), significando, portanto, "Rio das Garças". Historiadores contam que às margens habitou em séculos passados os índios Tremembé.

MAIS INFORMAÇÕES
Prefeitura Municipal de Sobral, Rua Viriato de Medeiros, 1250
Centro, Zona Norte
Telefone: (088) 3677.1100


Lauriberto Braga 
Repórter

Que tal Fortaleza ganhar um grande álbum de família?

Acervos fotográficos de famílias fortalezenses irão ilustrar livro sobre a história da Cidade entre os anos 1950 e 2010

A família Lonngren Sampaio foi uma das primeiras a mandar suas fotos (ACERVO PESSOAL)

A editora Terra da Luz recebe até o próximo dia 10 fotografias de acervos pessoais para ilustrar o livro Viva Fortaleza – 1950-2010, que contará 60 anos de história da capital cearense a partir de instantâneos cotidianos do passado. Quem contribuir com a cessão das imagens irá receber como contrapartida todos os originais digitalizados (caso ainda não estejam) e um exemplar do livro, a ser lançado no dia 24 de novembro, no Dragão do Mar.

Fotógrafos profissionais, aos pares com textos de escritores, jornalistas e intelectuais cearenses, também assinam no livro ensaios sobre a Cidade, que terá passado e presente ladeado em suas páginas. Entre os escritores, Fausto Nilo, Lira Neto, Demitri Túlio, Izabel Gurgel, Oswald Barroso e Regis Lopes. Os textos serão acompanhados com fotos de Maurício Albano, Lia de Paula, Alex Costa, Gentil Barreira, Fábio Lima, entre outros.

“Em 2006, fizemos um trabalho sobre a história de Fortaleza de 1890 a 1950 (A Fortaleza). Esse novo projeto vem complementar essa trajetória da Cidade. No primeiro, nós fizemos um levantamento do acervo do Nirez e alguns contatos com acervos familiares, mas como muitas pessoas ficaram falando que tinham fotos, na casa da avô, da mãe, resolvemos fazer essa chamada para a população colaborar”, explica a editora Patrícia Veloso.

Na ocasião de publicação do livro, também será aberta uma exposição com originais, reproduções e projeções das fotografias pessoais cedidas, além das imagens feitas pelos fotógrafos convidados. Objetos de época também farão parte da exposição, que ficará em cartaz até fevereiro.

“Nessa exposição, vamos ter por exemplo imagens aéreas de Fortaleza nos anos 70 sobrepostas com vistas atuais. É uma mudança profunda.”, adianta Patrícia. “Tem foto também das pessoas no Náutico, no Passeio Público, na Beira Mar ainda na década de 1950 e 1960, tem umas fotos aéreas do Romcy, um seleção interessante de uma família visitando os arredores do Palácio do Plácido, onde hoje é a Ceart”.

Aos interessados em contribuir, fotografias originais e cartões-postais enviados, selecionados ou não, serão posteriormente devolvidos. Fotografias impressas podem ser entregues no escritório da editora e as imagens digitalizadas encaminhadas para o e-mail terradaluzeditorial@gmail.com. No ato da entrega, o participante assina um termo para oficializar o uso das imagens. Para informações sobre o envio das fotografias, consulte o endereço www.terradaluzeditorial.com.br/vivafortaleza.

SERVIÇO

VIVA FORTALEZA
1950-2010

O quê: Livro que será ilustrado com fotos enviadas pela população
Quando: Até o dia 10 de outubro.
Onde: Editora Terra da Luz (rua Afonso Celso, 577 - Aldeota)
Outras informações: 3261 0525 e 8878 7021 ou
www.terradaluzeditorial.com.br/vivafortaleza

Saiba mais

O blog fortalezas.tumblr.com, mantido por Salomão Santana, reúne registros os mais diversos do passado da Cidade, com destaque para as fotos de acervos pessoais. De vídeos do João Inácio Jr. Show a uma fotografia das vendedoras da Mesbla em 1986, está tudo lá.

Pedro Rocha
pedrorocha@opovo.com.br

Fonte: O Povo 

Do Blog: Projeto parecido com o Acaraú pra recordar  de Totó Rios

Uma dádiva para os estudiosos da cultura cearense


A Fundação Waldemar Alcântara (FWA), através da Coleção Obras Raras, torna disponível para pesquisadores, professores, estudantes e aos interessados na história de nossa região títulos incomuns, e amplia o acervo com o qual contempla o resgate de registros marcantes do processo de formação de nossa cultura. A Coleção é composta dos livros “O Ceará”, de autoria de Raimundo Girão e Martins Filho, “Boletim de Antropologia”, organizado pelo Dr. Thomaz Pompeu Sobrinho, e o “Diário de Viagem”, de Francisco Freire Alemão, transcrito dos originais do autor, cujo título leva seu nome.

Tivemos oportunidade de participar na noite de ontem de um evento muito especial para a cultura cearense. A exemplo do que vem fazendo há muitos anos, o Centro Cultural Oboé promoveu mais um lançamento de livros. Entretanto, em que pese a importância dos eventos anteriores, esse foi especial por diversos motivos. Primeiro, porque foi antes de tudo uma festa de aniversário, em comemoração ao 500º lançamento. Depois, devido à importância dos  livros que foram apresentados na ocasião.

Dr. Lúcio Alcântara

Nessa festa, o Centro Cultural Oboé contou com uma parceria muito especial, a Fundação Waldemar Alcântara. Essa Fundação vem publicando há alguns anos reedições de obras de grande valor para o estudo e conhecimento da história e cultura do Estado do Ceará. A coleção, publicada como parte do Projeto Obras Raras, intitula-se Biblioteca Básica Cearense. Como muito bem disse o Dr. Lucio Alcântara em sua fala por ocasião da abertura do evento, essa coleção “é uma espécie de brasiliana cearense”, fazendo uma analogia com a Biblioteca Brasiliana, publicada ao longo de décadas pela editora Record.

Foram lançadas ontem duas reedições e uma primeira edição, conforme mencionamos acima. São obras de grande valor histórico e cultural, não se podendo deixar de mencionar o esmero com que foram editadas, em especial “O Ceará” e os dois volumes do “Boletim de Antropologia”, publicados em edições fac-similares.  A enriquecer as obras deve-se mencionar ainda os textos introdutórios escritos pelo Dr. José Murilo Martins (“O Ceará”), Prof. Dr. Ismael Pordeus Jr. (“Boletim de Antropologia”) e Prof. Dr. Antonio Luiz Macêdo e Silva Filho, Prof. Dr. Francisco Régis Lopes Ramos e Profa. Dra. Kênia Sousa Rios (“Diário de viagem de Francisco Freire Alemão”).

Coral Vozes do Outono

A festa de lançamento foi aberta com uma apresentação do Coral Vozes do outono, sob a regência do maestro Poty. Com as luzes do auditório apagadas, o Vozes do outono adentrou o auditório em procissão, com velas acesas, enquanto entoavam um Bendito, provocando intensa emoção em todos os presentes. Seguiu-se a fala do Dr, Lúcio Alcântara, representando a Fundação Waldemar Alcântara. A seguir, o Prof. Dr. Régis Lopes apresentou a Profa. Dra. Lorelai Kury, da FIOCRUZ, que proferiu uma elucidativa palestra sobre “A Comissão Científica do Império (1859-1961)”, que esteve no Ceará e da qual fazia parte Francisco Freire Alemão, autor de um dos livros.  

Prof. Dr. Régis Lopes

Quando cheguei em casa, antes de me deitar ainda dei uma folheada em cada um dos quatro exemplares adquiridos no lançamento. Uma maravilha! Quase não consigo largar o “Diário de Viagem de Francisco Freire Alemão”. Em “O Ceará”, me detive lendo a parte dedicada a Massapê, minha terra, e descobrindo informações históricas que eu até o momento desconhecia. Tive que fazer um esforço para fechar os livros, pois já era quase meia-noite e precisava dormir. Que noite abençoada!

Profa. Dra. Lorelai Kury

Agradeço à amiga Lígia Coe Girão, neta do historiador Raimundo Girão, por ter me enviado o convite para o evento.

Por Vasco Arruda

Coleção 'Obras Raras', com 3 livros que retratam a história e a cultura do CE, é lançada



Fonte: G1 Ce

Ralph Della Cava recebe título

UFC concede título de "outor honoris causa" ao pesquisador norte-americano Ralph Della Cava, autor de obra referencial sobre padre Cícero

Della Cava tem obra referencial no estudo de padre Cícero (VIDAL CAVALCANTE/AE )

O historiador norte-americano Ralph Della Cava recebeu , em Juazeiro do Norte, o título de “doutor honoris causa” da Universidade Federal do Ceará (UFC). A solenidade ocorreu no auditório do campus da UFC no Cariri. O título será entregue pelo reitor da instituição, Jesualdo Farias.
Della Cava é um dos maiores pesquisadores da vida do padre Cícero, e seu livro

Milagre em Joaseiro, publicado em português em 1977, é considerado obra inaugural das pesquisas acadêmicas sobre o fenômeno político-religioso da cidade.

O reitor da UFC lembra que a homenagem ao professor aposentado da Universidade de Columbia, em Nova York, se insere nas festividades do centenário de Juazeiro do Norte.

“Foi o primeiro pesquisador que tratou a temática com fundamentação científica, trabalho que tomou corpo a partir da UFC, da relação forte com professores. É uma dívida que a universidade tinha com ele”, cita Jesualdo.

Régis Lopes, professor do departamento de História da UFC, explica que a homenagem é merecida não apenas pelos estudos do professor norte-americano, mas pelo seu papel “importantíssimo na luta contra a ditadura”. “Nos anos 60, ele fez o possível e o impossível para denunciar a tortura”, detalha Régis.

Alma Mater
Em Juazeiro do Norte desde o começo da semana para conferência no X Congresso de História da Educação, Ralph Della Cava diz que foi com grande honra que recebeu a notícia da homenagem.

“Além de ser uma honra, é uma maneira de estreitar minhas ligações com a universidade de que fui professor visitante e onde está minha própria ‘alma mater’ no Brasil”, descreve.

Ele relata como foi motivado pelo professor de Antropologia Cultural do Brasil, Charles Wagley, a estudar os fenômenos ligados ao padre Cícero. “Ele me disse: ‘vá a Juazeiro e conte a história’”, relembra

O professor Ralph cita a resistência inicial de alguns professores a que um estrangeiro viesse escrever sobre Juazeiro do Norte. Ele conta também que o período de sua pesquisa, entre 63 e 64, coincide com o Concílio Vaticano II, quando a Igreja, querendo demonstrar abertura, consente o acesso aos documentos. “Fui o primeiro a receber a licença para a pesquisa”, rememora.

O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O título é concedido a pessoas de fora da universidade que tenham contribuído, de modo notável, para o progresso das Ciências, Letras, Artes ou Cultura em geral.

SAIBA MAIS

Ralph Della Cava é professor aposentado do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Columbia, em Nova York. Sua filha, Miriam, nasceu em Fortaleza e com um mês de vida foi com o pai para Juazeiro do Norte.

O professor norte-americano recebeu ontem da Prefeitura de Juazeiro do Norte placa comemorativa do Centenário da cidade. Na solenidade, foi lançada reedição do livro “Patriarca do Juazeiro”, do padre Azarias Sobreira. Também ganharam reedições os títulos “Mistério do Juazeiro”, escrito em 1935 por Manoel Pereira Diniz, e “Joaseiro do Padre Cícero e a Revolução de 1914”, escrito em 1938 por Irineu Pinheiro.

Dois livros inéditos também foram lançados ontem: “Rostos de Juazeiro”, de Raimundo Araújo, e “Padre Cícero e Juazeiro – Textos Reunidos Coletânea sobre Padre Cícero”, do padre Neri Feitosa.

Thiago Mendes
thiagomendes@opovo.com.br

Fonte: O Povo

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Livro homenageia Ralph Della Cava

Organizado por Gilmar de Carvalho, "Onze vezes Joaseiro" presta tributo ao historiador norte-americano

O Padre Cícero, talhado por artistas de Juazeiro do Norte
EDUARDO QUEIROZ

Ainda que a biografia escrita pelo jornalista cearense Lira Neto tenha chegado a um maior número de leitores, o estudo do historiador norte-americano Ralph Della Cava segue como obra fundamental para compreender o Padre Cícero - tanto o personagem histórico, quanto o mito dele indissociável.

Editado pela Paz & Terra (e atualmente fora de catálogo), "Milagre em Joaseiro" tornou-se uma obra incontornável para aqueles que se dedicam aos estudos do Padre Cícero e das manifestações culturais do solo sagrado do Cariri. A força desta obra, lançada originalmente em 1977, é o motor do livro "Onze vezes Joaseiro", tributo a Della Cava, organizado pelo pesquisador e escritor Gilmar de Carvalho, autor prolífico de estudos sobre as relações entre a comunicação e a cultura no contexto das tradições populares.

A obra será lançada amanhã, às 19 horas, no Campus da Universidade Federal do Ceará, em Juazeiro do Norte, no Cariri. Na ocasião, Della Cava receberá o título de Professor Honoris Causa da UFC.

O livro organizado por Carvalho reúne nove ensaios sobre manifestações culturais do Cariri, além de um ensaio fotográfico de Francisco Sousa (fotógrafo que tem palmilhado o Estado registrando suas manifestações tradicionais) e um cordel do poeta e gravador Abraão Batista.

Na obra, Gilmar de Carvalho volta ao Padre Cícero, tema de seu "Madeira Matriz", para falar de sua permanência no cordel e na xilogravura. Enquanto outros estudiosos transitam pelos signos contemporâneos da cultura de Juazeiro, das paredes votivas do Horto ao ziguezague dos mototáxis.Leia mais no caderno Regional

DELLANO RIOS 
EDITOR

UVA planeja restaurante universitário em Sobral

Ter um restaurante unificado para todos os universitários é a meta da UVA, que busca parceiros para a ideia
Sobral. O reitor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Antônio Colaço, determinou aos arquitetos da instituição a elaboração imediata de projetos para construção do Restaurante Universitário (RU). Esta medida é um apelo antigo dos estudantes da UVA, que nos seus 44 anos ainda não tem um espaço para refeição dos mais de 9 mil alunos dos 19 cursos de graduação.

"A minha sugestão para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) é que no comecinho de outubro nós teríamos uma definição da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior se iria haver ou não um restaurante compartilhado. A ideia é que ele fosse de todas as universidades, onde todas as instituições entrassem na sua construção e todas poderiam usá-lo", destaca o reitor.

Salas climatizadas
Mas Antônio Colaço tem um "plano B". "A nossa ideia agora, que não é um individualismo, mas não queremos comprar um jornal para os outros lerem. O RU não custará muito, mas de toda sorte, como os recursos do Estado são minguados, finitos e as demandas são muitas, a UVA vai, de qualquer modo, em outubro, fazer uma aproximação. Temos dois ou três arquitetos. Eles vão visitar alguns restaurantes. Vamos fazer uma proposta. Essa proposta vai ser discutida com o DCE, com os CAs e com os alunos de uma maneira geral para que tenhamos este restaurante em breve".

Segundo o reitor, o fim maior é a aprendizagem dos alunos. Por isso, a UVA está climatizando dentro de um ano todas as salas de aula, aperfeiçoando laboratórios e criando áreas de convivência. Outras obras são a recuperação e iluminação de prédios históricos da Universidade Regional.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pedro Salgueiro lança seu Blog Movimento Esperado

 
Pedro Salgueiro nasceu no Ceará (Tamboril, 1964). Publicou O Peso do Morto (1995), O Espantalho (1996), Brincar com Armas (2000), Dos Valores do Inimigo (2005) e Inimigos (2007), todos de contos; além de Fortaleza Voadora (2007), de crônicas. Organizou, em parceria, o Almanaque de Contos Cearenses (1987) e O Cravo Roxo do Diabo: o conto fantástico no Ceará (2011). Edita, com outros escritores, as revistas literárias Caos Portátil: um almanaque de contos e Para Mamíferos. Algumas faculdades (História, Pedagogia e Agronomia), diversos prêmios literários, contos em blogs, sites, suplementos, revistas e antologias, um emprego público vitalício e outras inutilidades afins. Dentre várias atividades: desbravador de abismos, perquiridor de caminhos e descobridor de atalhos.

"Vou tentar manter três postagens por semana: procurando ficar mais próximo do conceito de blog antigo, como se fosse um pequeno diário de bordo, leituras preferidas, times do coração, eventos futuros e inutilidades afins.
Pois não faz muito minha cabeça o que se tornou o blog moderno, mais um mini-site que um blog.
Enfim, vou tentando, aprendendo, espero que não desistindo rsrsrs"

Pedro Salgueiro


Do Blog: Seja bem vindo ao mundo dos blogs, espero que perservere para que possamos saborear de sua postagens.

Blog Tantas Coisas ao Vento de Brisa Moura


Os interesses
Ludibria-te, pois teus olhos enxergam menos.
Menos, muito menos que outros.
Ludibriada você só é igual a todos
Valorizar grandes coisas de valores pequenos
Alguém com tão inocente ganância
só pode ser usada para o sexo
Sonhar acordada e ser momentaneamente amada
E momentaneamente amar
Por alguns meses em nexo
E o que é o amor além da carne?
O amor que você vende e recebe
É o amor que acaba sem charme
Assim que o dinheiro termina.

Acesse: http://www.tantascoisasaovento.blogspot.com/

TG 10-018 visita guarnição de Fortaleza/CE

 
Nos dias 22 e 23 de setembro com a finalidade de prover a integração do Tiro-de-Guerra com a OM madrinha, os integrantes do TG se deslacaram à Guarnição de Fortaleza em visita de Instrução ao 23º Batalhão de Caçadores.

Fonte: TG 10.018

Liceu de Acaraú realiza assembleia para constituição de sua Unidade Executora


O Liceu de Acaraú, neste dia 28 de setembro, reuniu professores, funcionários, alunos, pais e pessoas da comunidade com a finalidade de constituir a nova Unidade Executora conforme edital publicado e afixado na escola. Na abertura da assembleia o diretor Francisco Luiz agradeceu a presença de todos e o coordenador Isaias Costa deu seguimento explanando sobre as atribuições desta Unidade Executora na escola. Em seguida foi feita a escolha, pelos presentes, da diretoria da Unidade que ficou assim constituída: Presidente – Luiz Daniel Alves Rios (professor), Vice-presidente – Manoel Eudes da Silveira, Secretária – Fabricia Janaina Maia Sousa (professora), Tesoureira – Rozivana de Andrade dos Santos (aluna), Membros – Teresa de Jesus Sousa da Costa (mãe), Francisco Carlos do Nascimento (pai) e Antônia Fernandes da Silva (aluna).

Professores da EEEP Marta Giffoni participam do IV Encontro de Professores Diretores de Turma e Gestores Escolares na 3ª CREDE


Professores Diretores de Turma da EEEP Marta Giffoni, participaram em 27.09.2011 às 8:30:00 hs na 3ª CREDE -Acaraú, do IV ENCONTRO DE PROFESSORES DIRETORES DE TURMA E GESTORES ESCOLARES, com o objetivo de fortalecer a implementação do Projeto Professor Diretor de Turma nas escolas da rede estadual da 3ª CREDE.

O Projeto Diretor de turma é inspirado em programa semelhante desenvolvido em Portugal e com resultados surpreendentes. O piloto foi implantado nas 51 escolas profissionais do Estado, e já está implantado em toda a rede estadual de ensino. De acordo com os Técnicos da SEDUC, a escolha das escolas profissionais para iniciar o projeto se deve em razão da evasão nessas unidades serem quase zero e pela necessidade de apreender a metodologia para melhor praticá–la no restante da rede pública. Para isso, uma técnica portuguesa professora Haidé Eunice Gonçalves Ferreira Leite está repassando todas as informações possíveis e acompanhando os resultados.

A professora Haidé Eunice Gonçalves Ferreira Leite, nascida na cidade de Fafe, Portugal, e radicada no município de Fortaleza, desde 2007.
A educadora licenciou-se em Português e História pela Universidade Aberta de Lisboa e bacharelou-se em Ensino Básico e Ensino Complementar pela Escola do Magistério Primário de Braga/Portugal.

Ainda em Portugal, Haidé assumiu diversos cargos de gestão destacando-se principalmente como diretora de instituição de ensino e como professora diretora de turma. Essa experiência a trouxe para a cidade de Fortaleza, no ano de 2007, para desenvolver junto à Secretaria da Educação Básica do Ceará, através da Associação Nacional de Política e Administração da Educação, o “Projeto Professor Diretor de Turma”, em andamento desde 2008.

De acordo com o deputado Artur Bruno (PT) que concede o título de Cidadã Cearense a professora, o reconhecimento profissional de Haidé tem sido mostrado por meio de inúmeros convites para apresentação de projetos educacionais e culturais em palestras e capacitações de docentes, também para a implantação de projetos ligados à área de gestão de ensino e, principalmente, pelo apreço que os educadores do Ceará têm devotado à sua atuação, ações que têm sido pautadas em prol do desenvolvimento educacional de uma terra pela qual se sente grata e acolhida.

O diretor de turma é um professor da escola, que utilizará três horas semanais da sua c/h para desempenhar seu papel de acompanhar a aprendizagem de cada um aluno da turma, além de ser um amigo, um ouvinte dos adolescentes/jovens. Estes muitas vezes com problemas que parecem tão grandes, mas que com orientação correta consegue resolvê–los sem tantos dramas pessoais. Ele deve levar em consideração o desenvolvimento do conhecimento do educando em todas as dimensões. Além de estabelecer um clima de liberdade e criatividade. A idéia é valorizar o adolescente/jovem para que este adquira autonomia progressiva, espírito crítico, participativo e capaz de assumir direitos e deveres. O papel dos pais também é fundamental.

É função do Diretor de turma: acompanhar o desempenho de todos os alunos daquela sala, seja nos resultados acadêmicos (notas, trabalhos, dificuldades em determinada disciplina), seja na sua freqüência escolar. O objetivo é diminuir a massificação, reduzir os indicadores da evasão escolar e integrar a escola, família e comunidade.

Na EEEP Marta Maria Giffoni de Sousa, desde o ano de 2009 tem o projeto implantado na escola, e já se percebe os frutos desse trabalho através da participação dos pais e no comportamento do aluno (notas, auto-estima, desempenho, criticidade). Paralela a reunião bimestral é realizada a reunião intercalar, que direciona de forma correta as intervenções necessárias, todas objetivando a permanência e aprendizagem do aluno, valorizando-o como um ser protagonista da sua própria história e cultura.

Almece celebra 28 anos de fundação

 A 8ª coletânea da Almece, lançada ontem, conta com poesias, discursos, contos e também crônicas

Mais de 200 pessoas foram ao evento, em que houve homenagem a representantes da Academia
NATINHO RODRIGUES
 
A Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará (Almece) comemorou, ontem à noite, no Centro, o 28º aniversário de sua fundação. Durante o evento, aconteceu o lançamento da 8ª Coletânea da Almece. Também foram agraciados com diplomas as principais personalidades do círculo sócio-cultural da Academia.

Mais de 200 pessoas compareceram à festa. Elas tiveram a oportunidade de acompanhar uma apresentação com cantores líricos, pianistas e também tecladistas.

Segundo o presidente da instituição, Francisco Lima Freitas, hoje, a Almece é um exemplo de dedicação e trabalho em prol das letras. "Nós valorizamos as colônias do interior e as transformamos em um veículo para levar as letras por todo o Estado".

Ele comentou que é incrível a união dos membros da Academia para contribuir para a projeção das letras no Ceará.

Freitas deu destaque ao lançamento da 8ª Coletânea da Almece. "Contos, crônicas, poesias e discursos poderão ser encontrados nesta edição. Com isso, podemos divulgar cultura e demonstramos que queremos divulgar o Estado", disse.

Além disso, o presidente falou sobre a homenagem aos representantes da Academia durante a cerimônia de aniversário da instituição. "Pessoas importantes para a instituição merecem essa grande homenagem neste dia", opinou.
 

Mercado do Artesanato mostra identidade cultural

O Mercado prossegue até amanhã, no Centro de Convenções de Sobral, promovendo profissionalização

O evento foi aberto pelo prefeito Veveu Arruda e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Pedro Aragão

Sobral. Em sua terceira edição, o Mercado do Artesanato de Sobral mostra a identidade cultural com profissionalização e perspectiva de mercado. Aberto pelo prefeito Veveu Arruda e pelo secretário de Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Pedro Aurélio Ferreira Aragão, o Mercado prossegue até amanhã, no Centro de Convenções de Sobral.

Apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Mercado do Artesanato integra o Fundo Estadual de Cultura, do Governo do Estado do Ceará (FEC), pela Lei 13.818, de 16 de agosto de 2006, e abrange a formação de 500 artesãos de Sobral e Zona Norte, incluindo atividades teóricas e práticas.

A proposta do evento, coordenado pelo Programa Trabalho Pleno - Projeto Artesão Sobralense, é estimular o desenvolvimento e aprimoramento do artesanato sobralense, como expressão cultural e geração de renda visando, ainda, o fortalecimento da economia local por meio do apoio aos artesãos autônomos e a grupos produtivos.

Identidade
Com uma temática voltada para a identidade cultural, o evento enfatiza a formação da história sobralense, para que os produtos artesanais desenvolvidos no evento, sejam mais representativos da cultura local, agregando valor cultural às peças, como elemento impulsionador da comercialização dos bens produzidos artesanalmente.

O Mercado do Artesanato, diz o analista técnico do Sebrae-Sobral, Tomaz Machado do Carmo, é composto por atividades teóricas - palestras, cortejos, aula-espetáculo, visitas guiadas ao Centro Histórico - e atividades práticas, como oficinas de aproveitamento de tecidos; bordado; artes plásticas em gesso, madeira, cipó, palha de carnaúba; tecelagem, pinturas, reciclados, gastronomia e couro. "A ideia é construir uma marca Sobral para o nosso artesanato". Para isso, consultores Gilmar Martins, Sandra Goldacker, Evely Matthews Jucá, Suyenne Silva Lemos, Epítácio Júnior, Túlio Braga, Cristina Vieira, Cláudia Lóscio, Tomázia Cunha, Fátima Sousa e Armênia Rocha ministram oficinas até hoje.

Na abertura, houve palestras de Izaira Silvino, Ricardo Gomes Lima e Dênis Melo, além das apresentações de Helly Brasil, Tchesco Oliveira e Cia do Tijolo.

Exposição permanente
O encerramento amanhã, acontecerá com um encontro dos mestres da cultura popular: Irmãos Aniceto (Crato); Reisado do Mestre Antônio Ferreira (Lagoa do Mato/Aracatiaçu-Sobral); e grupo de Martônio Holanda. No dia 5 de outubro será inaugurada, na Casa da Cultura de Sobral, uma exposição onde serão expostos os produtos desenvolvidos no Mercado do Artesanato. Na oportunidade, o prefeito da cidade, Veveu Arruda vai anunciar um local para exposição permanente dos artesãos sobralenses.

MAIS INFORMAÇÕES:
Secretaria da Tecnologia e Desenvolvimento Econômico de Sobral
Rua Visconde de Sabóia, 300 - Junco
Telefones: (88) 3611.4421/3611.6311

Fundação relança obras raras sobre o Ceará

A arte das rendeiras cearenses é um dos temas tratados nos boletins antropológicos da UFC, recém-reeditados MARÍLIA CAMELO

O bibliófilo e ex-governador do Ceará Lúcio Alcântara, homenageou o pai ao criar a Fundação Waldemar Alcântara (FWA). A entidade atua no campo da cultura, com ações em diversas áreas, sempre com ênfase para a produção cearense. Um dos destaques da fundação é seu programa editorial, que já reeditou mais de 20 obras raras, estudos de autores fundamentais para compreender o Ceará, como Rodolfo Teófilo e Barão de Studart.

Amanhã, quando o Centro Cultural Oboé comemora seu 500º lançamento editorial, a FWA apresenta seus títulos mais recentes. Textos de períodos diversos de nossa história, de teor e formato distintos, eles retratam bem a linha abragente que enlaça os volumes da coleção Biblioteca Básica Cearense. São quatro novos livros: "O Ceará" (1939), de Raimundo Girão e Antônio Martins Filho; "Diário de Viagem de Francisco Freire Alemão" (escrito de 1859 a 1861), do botânico carioca que integrou a famosa Comissão Científica de Exploração, à época do Império; e, divididos em dois tomos, os cinco números do "Boletim de Antropologia", editados pelo Serviço (e posterior Instituto) de Antropologia da Universidade Federal do Ceará.

"Para editar estes títulos, contamos com o apoio fundamental do Banco do Nordeste", conta Lúcio Alcântara. "Os apoios e patrocínios são fundamentais para nosso trabalho editorial. Alguns títulos, a própria FWA editou sozinho, mas temos uma lista de obras que pretendemos reeditar, em edições fac-similares. São edições sem interesse comercial, mas que são muito procuradas por pesquisadores. Pedimos sugestões de títulos ao Instituto do Ceará, à Academia Cearense de Letras e outras instituições. No entanto, sempre que lançamos algo, as pessoas lembram de mais livros e nos sugerem", explica Alcântara.

Lançamentos
O ceará - de Antônio Martins Filho e Raimundo Girão. Fundação Waldemar Alcântara (FWA), 470 páginas

Diário de Viagem - de Francisco Freire Alemão - Organizado e apresentado por Kênia Rios, Régis Lopes e Antonio Luiz Macêdo e Silva Filho. FWA, 591 páginas

Boletim antropológico (volumes 1 e 2) - Vários autores. FWA, 350 páginas e 266 páginas

Lançamento às 19h30, no Centro Cultural Oboé (Rua Maria Tomásia, 531, Aldeota).

Contato:
(85) 3264.7038

Lustosa da Costa


As primeiras manifestações da literatura cearense dizem respeito aos “Oiteiros” e as tertúlias palacianas. Sendo a poesia de Juvenal Galeno que marca os primórdios da nossa literatura.
Cabe referir, no período do Romantismo o nome de José de Alencar, o nosso maior representante literário. 

Já o Simbolismo no Ceará ocorre paralelo à Padaria Espiritual e o nome de maior destaque é o de Lívio Barreto. Ressalva-se também Patativa do Assaré, o mais canônico e o mais alto de todos os nossos poetas populares. Rachel de Queiroz, Domingos Olímpio, dentre outros nomes, hoje completamente deslembrados, e principalmente os escritores nem lembrados pela região nordeste, projetam na literatura brasileira e que confirmam o Ceará como um celeiro de escritores, alguns renomados e outros não.

Aos escritores cearenses é justo acrescentar o nome de Lustosa da Costa. É fundamental colocar a grandeza deste cronista, jornalista e romancista, e dizer da sua vida e da sua obra, e falar do primor e do encanto de sua prosa.

Lustosa da Costa reside em Brasília onde foi repórter da sucursal de “O Estado de S.Paulo” e colunista político do “Correio Braziliense”. É, atualmente, colunista do “Diário do Nordeste”, de Fortaleza. Iniciou carreira jornalística no “Correio da Semana”, de Sobral e exerceu o posto de editor chefe de “Unitário” e “Correio do Ceará”, jornais da cadeia “associada”, na capital cearense. Em 2000 foi eleito membro da Academia Brasiliense de Letras no lugar do goiano Bernardo Elis e ganhou o Prêmio Ideal Clube de Literatura, com o livro de crónicas “Rache o Procópio!”.

A obra de Lustosa da Costa representa um marco da nossa tradição literária moderna e a seu respeito já se manifestou a crítica favoravelmente. A caracterização dos personagens é perfeita, e em seu registro história e memorialística se juntam numa grandeza meridional e abrangente.

Natural de Cajazeiras (PB), o jornalista Lustosa da Costa chegou a Sobral no ano de 1942. Na época, com quatro anos de idade, morou na terra de Dom José até o final de 1955. Estudou no seminário e de lá saiu em 1953 para o colégio sobralense. Chegou a participar ativamente de movimentos estudantis criando dois jornais em 1955: o Clarim, com Aldo Melo e o Idealista, com João Alberto Bezerra. Mordido pela paixão política chegou ainda a participar de vários comícios da época e estrelou como articulista, em agosto de 1954, no Correio da Semana.

O jornalista, que tem Sobral como seu berço cultural é filho de um funcionário público que residiu na mesma cidade foi homenageado com a construção de uma biblioteca pública com seu nome: Biblioteca municipal Lustosa da Costa. Retornando de Paris em 1995, o autor escreveu: “Sobral não é uma cidade, é uma saudade chorando baixinho em mim”.

O escritor já conta vinte e cinco livros publicados, três dos quais editados em Lisboa. Quase todas as suas obras têm um eixo central, a cidade sobralense, no Ceará. As obras como “Sobral cidade das cenas fortes”, “Rache o Procópio!”, “No aprês-midi de nossas vidas”, “Vida paixão e morte”, “Cartas do beco”, “Sobral do meu tempo”, “Ideologia do Favor”, de 1977, dentre outras, das quais, o autor aborda a questão do clero, aborda também a questão do Coronel Patrolino Albuquerque. Todos os livros têm Sobral como foco. 
Trata-se de livros provincianos; o autor retrata sua infância, sua cidade, seu bairro, a casa onde morou.

Segundo Milton Dias, Lustosa da Costa se inscreve na lista dos melhores cronistas brasileiros. Nas suas crônicas: “Sobral do meu tempo,” de 1982 e”Clero, Nobreza e Povo de Sobral”, de 1987, apresenta o estilo simples, escorreito, a prosa pura, enxuta, a que não falta um lirismo contido, o vocabulário rico, sem afetação, a palavra fácil, a plasticidade, abordando os temas mais variados, os mais graves e os mais leves com a mesma vibrante espontaneidade.

Na obra “Louvação de Fortaleza”, o autor engrandece a cidade, pelo seu elevado conteúdo humano e literário, e pelos personagens que desfilam, ao longo das crônicas, traduzindo um acendrado amor por este pedaço de solo abençoado, aberto, livre, capaz de receber e proporcionar condições de sobrevivência a qualquer um.

Lustosa da Costa, cearense por adoção, é um dos jornalistas políticos brasileiros que carregam maior bagagem cultural. Atualmente, o autor ingressa com o mesmo brilhantismo e competência igual, no campo do conto.

F. Vanuza Araújo Matias – de Pires Ferreira, aluna do Curso de Letras, da UVA, em homenagem ao aniversário de Lustosa da Costa, em 10 de setembro.

O retrato do sertanejo cearense em D. Guidinha do poço de Oliveira Paiva


O romance Dona Guidinha do Poço de Manuel Oliveira Paiva, retrata uma história real ocorrida em Quixeramobim, no romance conhecida como Cajazeiras. É a saga de Maria Francisca de Paula Lessa, mulher rica da sociedade, que se apaixona pelo sobrinho do marido, e arquiteta a morte deste. Com a descoberta do assassinato do marido, Maria Francisca é condenada à prisão, onde passa muitos anos, e quando solta, já semi-enlouquecida perambula pela cidade, vindo a morrer como indigente.

Valendo-se de tal acontecimento, o escritor (re)conta a história da fazendeira, nomeando-a de Margarida Reginaldo de Oliveira, mulher dona de si, e de uma personalidade forte, encanta-se pelos dotes físicos e joviais de Secundido, sobrinho de seu marido Joaquim Damião – homem de temperamento manso, de forte ligação com a família. E com base nesses personagens e fatos, cria um verdadeiro retrato dos costumes, linguagem e ambiente do sertão cearense. A fidelidade que o autor manifesta ao descrever a paisagem, foi fruto de sua vinda para o referido lugar, (por motivos de doença) onde estudou e pesquisou a vida e os costumes dos sertanejos, e em todo o livro o autor demonstra uma verdadeira admiração pela dignidade e perserverança sertaneja.

Podemos perceber logo no ínicio a presteza que o sertanejo dedica ao seu próximo, seja este um retirante ou convidado: “ Dar hospedagem era um prazer para aquela gente no isolamento rural em que vivia, como ao fino cavaleiro a prática de uma fineza ou o regalo de um bom cavalo. Emprestavam até uma certa superioridade a quem vinha de fora, numa simpleza de costumes antiquíssimos” (PAIVA, 1993, p. 32). Desse modo, buscavam agradar como podiam, oferecendo o que tinham de melhor, demonstrando até uma certa humildade para com o próximo: “Faça o favor de não reparar se não lhe tratamos melhor. Aqui pelos matos não se encontram os recursos de lá” (PAIVA, 1993, p. 50).

Outra característica destacada do sertanejo que encontramos em toda a narrativa, refere-se a’ seu forte apego à religião, e sua crença em superstições, algumas conservadas até hoje : “Chuva com sol! O que é que quer dizer chuva com sol? Casamento da raposa com o rouxinol” (PAIVA, 1993, p.50). A devoção que o povo tinha por São José, que é tido como controlador das forças metereológicas, detendo o poder de trazer a chuva para aquele região castigada pela seca: “O calor subira despropositadamente. A roupa vinha da lavanderia grudada no sabão. A gente bebia água de todas as cores; era antes uma mistura de não sei quê. (…) Fizeram-se todos os remédios para chover. O vigário da freguesia, além das preces que a Santa Madre Igreja aconselha, consentiu que o povo em procissão mudasse a imagem de Santo Antônio da matriz para capela, que era o melhor jeito a dar para Deus Nosso Senhor ensopar a terra com água do céu. Entrou março, novenas de São José.” (PAIVA, 1993, p. 16).

Um dos contentamentos encontrados e que tornava o ambiente divertido, onde todos alegravam-se era com a cantoria de músicas. O prazer que o povo demonstrava diante de uma viola, revela que mesmo estes convivendo com a falta de água e um calor que deixava a “paisagem com um aspecto de pêlo de leão” (PAIVA, 1993, p. 16) o povo não estremecia, e ainda convida o leitor a conhecer os repentes que eram feitos de improviso, acompanhados sempre da viola, tratando de temas recorrentes aos acontecidos: “ Isto não é saborá/ É méu já purificado,/ Por Séa Guidinha mandado/ Mode os cantadô cantá./ Mode os cantadô cantá,/ Na minha terra isto é vinho,/ Banha nunca foi toicinho,/ Isto não é saborear.” (PAIVA, 1993, p. 78). Este trata-se de um agradecimento a Guidinha por ter fornecido o vinho para festa. A lealdade e a gratidão que dedicavam aos seus senhores eram publicamente versadas por seus vaqueiros cantadores.

Em algumas passagens do romance há uma oposição de tipos: de um lado temos os sertanejos, homens de moral e dignidade, incapazes desonrar o seu nome e do seu próximo, de outro Secundino, o moço da cidade, sem escrupúlos e ambicioso, que não hesita em trair os sentimentos e a honra de seu tio Joaquim Damião, a quem tanto lhe estimara, e que lhe oferecera sua casa. Essa oposição é vista através dos pensamentos de Secundino: “Certo não imaginava que o seu país possuísse daquela raça. Nunca vira reunidos assim tantos espécimens de gente vigorosa, mansa, com uas maneiras ao mesmo tempo broncas e delicadas, sem proferir uma expressão baixa, limpos da alma e do corpo” (PAIVA, 1993, p. 105). Comprovando assim que dentre os objetivos do autor, estava o de registrar e valorizar a cultura e o povo sertanejo.

Embora pouco conhecido e estudado, o romance de Oliveira Paiva constitui um marco na prosa regionalista. O romance regionalista, já tivera sido trabalhado por outros escritores, porém poucos são os que atribuiram aos interioranos a importância que Oliveira Paiva, que em sua obra constrói um verdadeiro retrato deste povo, que não raras vezes teve sua voz ocultada.

Diana Kelly Alves Oliveira – aluna do curso de Letras da UVA

Fonte: Jornal Correio da Semana

Acaraú sedia Etapa Territorial da II Conferência Estadual de Juventude


O lançamento da II Conferência Estadual de Juventude acontece nesta quinta-feira (29), no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, às 19 horas. O objetivo da Conferência é avaliar as políticas executadas em território cearense com o intuito de elaborar diretrizes para a construção da política estadual de juventude.

A etapa estadual da  II Conferência Estadual de Juventude, que acontecerá na cidade de Fortaleza, será realizada entre os dias 04 a 06 de novembro de 2011. Já as etapas territoriais, que acontecem de 01º a 30 de outubro, serão realizadas  nos seguintes municípios: Limoeiro do Norte. Redenção, Itapipoca, Acaraú, Sobral, Tianguá, Tauá, Quixeramobim, Canindé, Barbalha, Iguatu, Cascavel e Caucaia. E as etapas municipais já estão sendo realizadas pelas Prefeituras e prosseguem até o dia 15 de outubro.
De acordo com o  Coordenador Especial de Políticas Públicas de Juventude do Gabinete do Governador, Ismênio Bezerra, a juventude precisa afirmar seu direito de participar como sujeito estratégico do projeto de desenvolvimento nacional.
O lançamento contará com as presenças do Presidente da Assembleia Legislativa Roberto Cláudio; do coordenador especial de Políticas Públicas de Juventude do Gabinete do Governador, Ismênio Bezerra; do presidente da Comissão Permanente de Juventude da Assembleia Legislativa, Júlio César; entre outras outras autoridades e a sociedade civil.

SOBRE A II CONFERÊNCIA ESTADUAL DE JUVENTUDE

O que é a II Conferência Estadual de Juventude?

É uma das etapas da II Conferência Nacional de Juventude, onde a população jovem cearense irá debater e avaliar temas de interesse coletivo. O evento terá com tema principal Juventude e Desenvolvimento.

Quais eixos serão debatidos?

Serão avaliadas as Políticas Públicas de Juventude (PPJs) no período de 2007/2011 e estabelecidas as novas diretrizes para o próximo período 2012/2015 do Governo do Estado do Ceará. O Governo irá divulgar os investimentos, os projetos e ações desenvolvidas  para e com os jovens, além de garantir a ampliação do que está sendo bem sucedido, acolher novas demandas, aprimorar e inovar nas políticas públicas de juventude. Além disso, serão construídas as diretrizes para o Sistema Estadual de Juventude e Estatuto da Juventude, a serem encaminhados para ALCE.

Quem pode participar da II Conferência Estadual de Juventude?

Embora seja uma conferência de juventude, toda a sociedade é convidada a participar:

Como participar da II Conferência Estadual de Juventude?
O Governo do Estado do Ceará vai realizar 13 etapas territoriais e uma etapa final,  além das conferências municipais. Verifique a data em seu município. Os municípios realizarão as etapas municipais.

Como se inscrever para conferência?

As inscrições das etapas territoriais serão feitas, antecipadamente, pelo site: www.ceara.gov.br, lembrando que cada participante só poderá inscrever-se para uma etapa territorial. A confirmação da inscrição ocorrerá após o preenchimento da ficha. Haverá inscrições também em vários órgãos do Governo do Estado do Ceará. No site, você poderá conferir a lista dos locais das inscrições presenciais. Garanta sua vaga.   

Outras atividades durante a II Conferência Estadual de Juventude:

- IV edição da Feira do Emprego e Estágio: o objetivo é reunir o público que quer se inserir ou se reinserir no mercado de trabalho. A feira será a culminância do processo anual de empregabilidade, em parceria com o Instituto IDHEA, Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social e vários outros parceiros.

- Feira da Agricultura Solidária dos alunos do ProJovem Campo/CE: os alunos  irão comercializar os produtos cultivados por eles nas aulas práticas.

- Show artístico: Durante a II Conferência Estadual da Juventude  haverá show artístico com o objetivo de integrar, ainda mais, os jovens presentes ao evento.

Contato para entrevista:

Ismênio Bezerra (Coordenador Especial de Políticas Públicas de Juventude do Gabinete do Governador). Contato: 8726.1234/3466.4038

Assessoria de Imprensa
Camila Rios ( camila.rios@gabgov.ce.gov.br / 85 3466.4038)

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Projeto estimula leitura em 40 municípios

Governo do Estado retoma projeto Agentes de Leitura em 40 municípios. Ideia é propagar o gosto pelos livros entre famílias carentes dos distritos
 
 
Com mochila nas costas e força nas pedaladas, 280 agentes de leitura vão percorrer distritos de 40 municípios do Ceará para difundir o prazer da leitura. Com previsão para início em novembro, o projeto Agentes de Leitura, parceria entre as secretarias estaduais da Cultura e da Educação, foi apresentado ontem a gestores municipais no Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU), em Fortaleza.

Cada agente vai acompanhar, durante um ano, 25 famílias de seu respectivo distrito. Por meio de contação de histórias, os agentes vão promover a leitura entre crianças e adultos. O projeto terá como foco famílias atendidas pelo Bolsa Família.

O projeto tem investimento total de R$ 1,4 milhão, do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, e deve beneficiar 7 mil famílias no Estado. A maioria dos municípios contemplados apresenta baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).

O secretário da Cultura do Estado, Francisco Pinheiro, cita que filhos de famílias cujos pais são analfabetos, ou com baixa escolaridade, têm mais dificuldades de aprendizado. “Queremos quebrar esse ciclo vicioso para que haja aquisição de novos conhecimentos”, aponta.

Para se candidatar a agente de leitura é preciso ter ensino médio completo e comprovar residência em um dos municípios beneficiados pelo projeto. O valor da bolsa de auxílio é de R$ 400.

Também serão escolhidos dez agentes articuladores para coordenar o trabalho dos agentes de leitura. Para esse cargo, é preciso ser formado ou concludente de cursos de Ciências Humanas ou Ciências Sociais e comprovar participação em atividades comunitárias. O valor da bolsa é de R$ 540.

Como
ENTENDA A NOTÍCIA
O projeto Agentes de Leitura é executado desde 2006 pelo Governo do Estado. Com recursos do Fundo de Combate à Pobreza (Fecop), os resultados do projeto serão avaliados por meio do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece) Alfa, do Governo do Estado.

SERVIÇO
Seleção de Agentes de Leitura

Quando: até 11 de outubro

Onde: inscrições pelo site da Secult: www.secult.ce.gov.br

Outras informações: (85) 3101 6794/ 3944

SAIBA MAIS

Os municípios contemplados no projeto são: Potiretama, Jaguaretama, Beberibe, Dep. Irapuan Pinheiro, Mombaça, Boa Viagem, São Gonçalo do Amarante, Miraíma, Uruoca, Granja, Barroquinha, Chaval, Caucaia, Quiterianópolis, Parambu, Novo Oriente, Ararendá, Ipaporanga, Poranga, Ipueiras, Monsenhor Tabosa, Tamboril, Graça, Coreaú, Moraújo, Senador Sá, Croatá, Salitre, Tarrafas, Araripe, Saboeiro, Potengi, Antonina do Norte, Santana do Cariri, Mauriti, Granjeiro, Altaneira, Porteiras, Assaré, Nova Olinda e Quixelô.

De acordo com a Secult, cerca de 27 mil livros vão compor o acervo dos agentes de leitura. Cada agente trabalhará com 91 livros.
 
 
 
Thiago Mendes
thiagomendes@opovo.com.br

Fonte: O Povo

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Coronel Ludugero

Coronel Ludugero, personagem do ator Luiz Jacinto

Nascido em 1929, Luiz Jacinto Silva, o famoso Coronel Ludugero, foi escoteiro aos dez anos e estudou no Colégio de Caruaru (hoje Colégio Diocesano), onde concluiu o Curso Ginasial.

Começou a trabalhar ajudando o pai a fazer celas de cavalo, mas não seguiu a profissão.

Com 12 anos foi parar numa padaria entregando pão e em seguida foi ajudante de pedreiro.

Com 16 anos foi para os correios entregar telegramas. Nessa época serviu em São Bento do Una e Serinhaém.

Aos 18 anos foi morar em Recife, onde fez um concurso para telegrafista. Embora não tenha sido aprovado, foi aproveitado pelos correios porque sabia taquigrafia. Permaneceu no órgão até ingressar na vida artística.

Luiz Jacinto começou sua vida artística no Rádio Clube de Pernambuco, onde fazia o programa das 12:30h sob o patrocínio da Manteiga Turvo.

Em 1960 conheceu Luiz Queiroga, que criou o personagem Coronel Ludugero Na mesma época, conheceu também Irandir Peres (Otrope), a atriz Mercedes Del Prado (Filomena).

Com incentivo de Onildo Almeida e Nelson Ferreira, iniciou gravações de músicas sertanejas. A primeira foi "Cumbuque de Ludugero" e a segunda "Ludugero Aposentado". Juntos gravaram vários discos. Seu primeiro grande sucesso foi "Se tivé muié" gravada pelo selo Mocambo, do Recife. O artista gravava também textos humorísticos.

Além de Ludugero, Luiz Jacinto interpretava mais dois personagens:

Zé Beato, um sacristão puritano e envergonhado (criado por Hílton Marques) e Virgulino (criado por Luiz Queiroga).

Em 1964, juntamente com Irandir Costa e Luiz Queiroga, foi trabalhar na extinta TV Tupy, no Rio de Janeiro.

Na TV Tupy, participou do programa AEIOU Urca, fazendo o personagem Zé Beato. Depois participou da Escolinha do Professor Raimundo de Chico Anysio fazendo Zé Beato e Ludugero.

Luiz Jacinto passou a gravar pela CBS do Rio de Janeiro, que fazia a promoção dos seus discos com a Caravana Pau de Sebo, apresentando shows em várias cidades do Nordeste. Entre os artistas que também participavam da Caravana estavam Jacson do Pandeiro, Marinês e Trio Nordestino. Quando morreu, já trabalhava para a Rede Globo.

No dia 14 de março de 1970, morre Luiz Jacinto e toda sua equipe, vítima de desastre aéreo na Baía de Guajará Mirim, em Belém do Pará. O corpo só foi encontrado no dia 30 de março e sepultado um dia depois, em Caruaru.

QUEM ERA O PERSONAGEM CORONEL LUDUGERO

Retratava com bom humor a figura lendária dos coronéis, muitos dos quais pertenciam à Guarda Nacional e gozavam de grande prestígio junto a população. Era um homem simples de poucas palavras, amante da verdade e sincero, gabava-se de si próprio. Contador de histórias fantásticas, era casado com dona Filomena. Bom aboiador, bom cantador de viola e poeta. Mantinha um secretário (Otrope) que o orientava nos negócios e nas questões políticas. Ludugero se sentia feliz em contar histórias, dando expansão ao seu gênio brincalhão, quando não estava em crises de impaciência e nervosismo.

TEXTO EXTRAÍDO DO JORNAL VANGUARDA Nº 6.797

Fonte: Caruaru

Dados Artísticos

Fez sucesso no rádio e na televisão com o personagem Coronel Ludugero, de temperamento explosivo e pronúncia incorreta das palavras. Em 1962 gravou com Rosa Maria pela Mocambo o cômico "Ludugero apoquentado" de Luiz Queiroga e em gravação solo "Combuque de Ludugero", de motivo popular adaptado por Luiz Queiroga. No mesmo ano, gravou de Onildo Almeida e Luiz Queiroga a moda de roda "Si tivé mulé" e de Luiz Queiroga o xote "Fiscá fulero". Em 1964 gravou de Nelson Ferreira e Luiz Queiroga a moda de roda "Sem mulé não presta" e de Onildo Almeida o xote "Duas fia pra casá". Em 1971 lançou o LP "Ludugero casa uma filha", no qual interpretou "Vou pra tamarineira", de Elino Julião. Seu maior sucesso foi "A volta do regresso", de Onildo Almeida e Irandir Costa. Morreu em meados dos 1970 em acidente de avião. Em 1999 a Polydisc lançou o CD "Coronel Ludugero - 20 supersucessos", com músicas que marcaram a carreira do artista, especialmente as paródias humorísticas, com destaque para "Vedete", "Filomena Flor" e "Sem mulé não presta".

Discografia

(1999) Coronel Ludugero. 20 Supersucessos • Polydor • CD
(1971) Ludugero casa uma filha • CBS • LP
(1970) muita saudade • CBS • LP
(1964) Sem mulé não presta/Duas fia pra casá • Mocambo • 78
(1962) Ludugero apoquentado/Combuque de Ludugero • Mocambo • 78
(1962) Si tivé mulé/Fiscá fulero • Mocambo • 78

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira




Fonte: O Nordeste

Jessier Quirino - matuto contando um filme

Paisagem de Interior - Jessier Quirino



O poeta Jessier Quirino descreve cagado e cuspido, como é a paisagem de interior de uma cidade do interior.

Núcleo de Arqueologia e História Indígena no INTA


O Núcleo de Arqueologia e História Indígena (NAHI) das Faculdades INTA conta com laboratório e grupo de estudo dedicado a atividades de pesquisa e extensão. Atualmente é desenvolvido no laboratório do NAHI o projeto chamado “Identidade Material: arqueologia e etnogênese nos domínios Tabajara”. O grupo de estudo também trabalha o projeto “História da Arqueologia no Ceará”.

O projeto “Identidade Material” tem a finalidade de auxiliar os índios Tabajara e Kalabaça de Poranga no processo de reconhecimento étnico. “Entendemos que o Patrimônio Arqueológico é uma ferramenta importante para a construção e reconstrução das identidades desses grupos. O NAHI vem mapeando os sítios arqueológicos conhecidos pelas comunidades Tabajara e Kalabaça e buscando ampliar esse mapeamento através de prospecções sistemáticas no município de Poranga”, explica Prof. Thiago Tavares, Coordenador do Curso de História do INTA.

Ainda como atividades do projeto serão ministradas neste ano diversas oficinas de educação patrimonial para alunos da Escola Diferenciada de Ensino Fundamental e Médio Jardim das Oliveiras. Participam das ações os alunos do curso de História das Faculdades INTA e alunos do curso de História da UECE. Desses, três desenvolvem monografias ligadas ao projeto.

História da Arqueologia no Ceará. - O projeto busca conhecer a história do pensamento arqueológico no Estado do Ceará, através de autores do século XIX e XX que exerceram, de alguma forma, atividades arqueológicas, ou que de alguma forma possam assim ser consideradas. Nesse momento as fontes utilizadas para a pesquisa são as revistas do Instituto do Ceará, no período de 1887 a 1950.

Além dessas atividades o NAHI/Curso de História/INTA dá apoio científico a pesquisas arqueológicas através do laboratório de arqueologia, seja nas análises de materiais arqueológicos, ou seja, com a guarda de coleções arqueológicas provenientes te pesquisas científicas.

As coleções arqueológicas hoje sob a guarda do NAHI são Coleção Arqueológica do sítio Histórico de Quixaba (Aracati-CE), Coleção Arqueológica do sítio Histórico Chácara Maria Celestino Mota (Tauá-CE) e Coleção Arqueológica do sítio Histórico Trici (Tauá-CE).

A Ópera O Guarani para 2012


Atendendo ao pedido do Senador Inácio Arruda feito ontem, na apresentação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, a Orquestra Filarmônica do Ceará incluiu a Ópera O Guarani na programação para 2012.

O ato foi uma manifestação cultural plural onde vários artistas do Ceará surpreenderam com as suas atuações.

Foi aberto com o Hino do Brasil, interpretado pela nossa Orquestra Filarmônica do Ceará, e completado com uma seleção de Luiz Gonzaga e as interpretações do Tenor Ricardo Máximo e da Soprano Flavianny Naama.

No final do ato, vários representantes culturais do nosso panorama político expressaram seu apoio e compromisso com a cultura e a arte.

Outros projetos desafiantes vão ser apresentados também na próxima temporada, depois da conclusão bem sucedida das Nove Sinfonias de Beethoven, executadas pela primeira vez e integramente por uma Orquestra Cearense.

As cinco Sinfonias de Tchaikovsky e as quatro Sinfonias de Brahms completaram uma nova temporada da Filarmônica cheia de emoção e música.

A Ópera O Guarani é um dos grandes projetos da nossa cultura Brasileira.

É uma ópera em quatro atos do compositor brasileiro Antônio Carlos Gomes, baseada no romance de José de Alencar "O Guarani", e foi execuada pela primeira vez, no Teatro Scala de Milão, na Itália, em 19 de março de 1870.

Conta a historia da colonização por parte dos Portugueses previamente dominados pelos Espanhóis, e inclui histórias de romances míticos como a de Cecília, filha do terratenente colonizador Don Antônio, e Peri, cacique da tribo dos Guaranis.

Fonte: Osquestra Filarmônica do Ceará

O escritor cearense Raymundo Silveira lança livro de contos Lagartas de Vidro


O escritor cearense Raymundo Silveira acaba de lançar seu livro de contos “Lagartas de Vidro”, Prêmio Literário “Correio das Artes 60 Anos” da Paraíba. O lançamento aconteceu em João Pessoa. É o terceiro livro do escritor que é membro da SOBRAMES (Sociedade Brasileira de Médicos Escritores). As outras duas publicações são: “Louca Uma Ova” (Prêmio Literário para Autores Cearenses) e “Medicina Crônica” (Prêmio Funarte de Criação Literária). Segundo ele, a comissão julgadora dos trabalhos no Concurso de Contos e Poesia "Correio das Artes 60 anos" foi composta pelos seguintes membros: Maria Valéria Rezende (escritora), Rinaldo de Fernandes (escritor e professor do curso de Letras da UFPB) e Ronaldo Monte (escritor, poeta e psicanalista). Raymundo Silveira anuncia para dezembro deste ano o lançamento conjunto de sua trilogia literária. Transcrevemos abaixo o texto escrito para as orelhas do livro “Lagartas de Vidro”, pela escritora Maria Valéria Rezende.
"Relendo os originais de Lagartas-de-vidro, para  escrever 'a orelha de Ray', vinha-me à memória o premiado 'A orelha de Van Gogh', de Moacyr Scliar, outro médico-escritor, e daí a longa linhagem de seres dessa espécie, talvez em risco de extinção, segundo os que vaticinam o fim da literatura e se estiver certa, como parece, a profecia do próprio Raymundo Silveira no conto Self-service. Meu pai, médico numa família de escritores, dedicava-lhes uma estante especial e  nela, adolescente, pesquei muito do que fez minha formação literária, desde os 'inocentes',  A moreninha, As pupilas do Senhor Reitor, ou os 'inconvenientes' Gargantua et Pantagruel, Memórias de um sargento de milícias, A ceia dos cardeais e muitos outros, até chegar a Grande Sertão: veredas. Cert amente o que faz a literatura que sobrevive ao autor é o embate direto, apanágio dos médicos à antiga, com as queixas, as dores e a imaginação desse intrincado amálgama de corpo e alma que somos, reelaborado pelo talento de escritor.  Aqui o escritor não esconde o médico, não porque nos conte 'causos' de consultório, muito pelo contrário: revela-nos o médico como paciente e compadecido,mas transita por várias sendas da experiência e da linguagem humanas, atravessa num átimo a fronteira entre o mais cru realismo e o fantástico,  engana o leitor fazendo-o crer que lê uma simples crônica antes que irrompa sua pura invencionice, passa dos monólogos de vozes alheias para o relato clinicamente preciso, do fluxo de consciência à metaliteratura, à reflexão na e sobre a vida, à ironia e ao humor, com uma invejável habilidade no manejo da nossa bela e maltratada língua, explorando com maestria suas inúmeras possibilidades sintáticas e seu luxuoso voc abulário. Mas basta de orelha e passemos logo ao corpo inteiro deste livro que faz tão bem o que toda literatura deveria fazer: ajudar-nos, impiedosamente, a compreender melhor o que somos nós." (Maria Valéria Rezende)